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Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 1956

A UEFA é fundada em 1954, e logo no ano seguinte também entra no ar a Copa dos Campeões da Europa. Nas primeiras edições, o jornal francês L'Equipe (onde trabalhavam Jacques Ferran e Gabriel Hanot) auxiliou na montagem da competição, já que a entidade ainda engatinhava.

Na primeira temporada, todos os campeões nacionais europeus do momento foram convidados, mas muitos recusaram ou foram impedidos de participar, sob alegação de que o torneio era uma distração para as ligas locais. Só 16 toparam (e alguns substitutos nem campeões eram).

Quem era vencedor e bem resolvido na Espanha era o Real Madrid, liderado em campo por Alfredo Di Stéfano e Francisco Gento. No regulamento de mata-mata estabelecido pela UEFA, o clube merengue enfrentou nas oitavas de final o Servette, da Suíça. Na ida, vitória por 2 a 0 em Genebra. Na volta, 5 a 0 no Santiago Bernabéu.

Nas quartas, foi a vez de encarar o Partizan, da Iugoslávia. O primeiro jogo nesta oportunidade foi em Madrid, e o Real abriu vantagem com goleada por 4 a 0. Na segunda partida, os iugoslavos assustaram, mas só ganharam por 3 a 0 e permitiram o avanço espanhol. A semifinal foi contra o Milan, com duas disputas abertas. Na ida, 4 a 2 para o Real Madrid no Bernabéu. Na volta, os italianos fizeram 2 a 1 e não impediram os madrilenhos de irem à primeira final.

A final foi contra o Reims, time da França que eliminou AGF Aarhus (Dinamarca), Vörös Lobogó (Hungria) e Hibernian (Escócia). Desde já, a UEFA instituiu a regra do jogo único em campo neutro, escolhendo em 1956 o Parc des Princes, em Paris.

Com doses cavalares de emoção, o Real Madrid chegou ao primeiro de cinco títulos em sequência (e 13 no geral). A equipe perdia por 3 a 2 até os 21 minutos do segundo tempo. Aos 22 e 34, o Real virou para 4 a 3. Os gols foram de Di Stéfano, Héctor Rial (dois) e Marquitos.

A campanha do Real Madrid:
7 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 2 derrotas | 20 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Universal/Corbis/VCG/Getty Images

União Soviética Campeã Olímpica 1956

Pela primeira vez na história, os Jogos Olímpicos saem da rota Europa/América do Norte e ancoram do outro lado mundo, mais precisamente na Oceania. A edição de 1956 foi sediada em Melborune, na Austrália. Com isso, o futebol também apresentou novidades: a cidade australiana foi a primeira não-europeia a receber o torneio oficialmente. (Saint Louis viria a ocupar esse meio século depois). Porém nem tudo foram flores. Dos 16 participantes programados, cinco desistiram da viagem: Egito, Turquia, Hungria, Vietnã do Sul e a nova China comunista. O mata-mata original foi reorganizado para abrigar os 11 remanescentes.
Sem os húngaros, o favoritismo à medalha de ouro caiu no colo da União Soviética, que ali fazia sua segunda participação olímpica (se contarmos a aparição em 1912, nos tempos do Império, é a terceira). Como seu futebol era amador e os atletas eram funcionários do governo, a seleção jogou com o que tinha de melhor a oferecer, no que foi chamado à época de "futebol científico". Na primeira fase, venceu a Alemanha (unificada com jogadores ocidentais e orientais) por 2 a 1. Nas quartas de final, os soviéticos foram inicialmente surpreendida pela Indonésia, que segurou o empate por 0 a 0 em 120 minutos. Na partida extra de desempate, a porteira abriu: 4 a 0. Na semifinal, foi a vez de eliminar a Bulgária em jogo complicado, derrotando o adversário por 2 a 1 na prorrogação. Os búlgaros foram à disputa pela medalha de bronze, e derrotaram a Índia por 3 a 0.
O ouro e a prata ficariam entre os times da União Soviética e da Iugoslávia, que, além dos indianos, passou pelos Estados Unidos. A final foi disputada no Melbourne Cricket Ground. Os dois times estavam embalados, e a partida foi de poucas oportunidades. Quem não desperdiçou foi Anatoli Ilyin, que aos três minutos do segundo tempo fez 1 a 0 e confirmou o título soviético. Foi o primeiro título de uma era interessante de mais de 30 anos para o futebol da união das repúblicas socialistas, que passaria ainda pela conquista da primeira Eurocopa, quatro anos depois, e por sucessivas boas campanhas em Copas do Mundo.

A campanha da União Soviética:
5 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 9 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Arquivo/RFS