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Espanha Campeã da Copa do Mundo Feminina 2023

A Copa do Mundo Feminina de 2023 foi a maior de todos os tempos, superando a edição de 2019 em tudo, desde audiência (quase 2 bilhões de pessoas pelo planeta assistiram ao menos uma partida), número de jogos e de gols. Tudo isso, logicamente, puxado pelo aumento de 24 para 32 seleções. A competição foi disputada pela primeira vez em dois países, na Austrália e na Nova Zelândia, que superaram a concorrência da Colômbia na eleição e deram à Oceania a primeira sede de um torneio adulto da FIFA.

E só podia ser em terras inéditas o nascimento de uma nova campeã mundial, a quinta seleção da história a erguer a taça: a Espanha, que confirmou sua evolução no futebol feminino ao longo dos anos. Antes disso, porém, tivemos surpresas como as quedas de Alemanha e Brasil ainda na primeira fase, e dos Estados Unidos nas oitavas de final. Na contramão, a Colômbia foi até às quartas, e Jamaica, África do Sul e Marrocos chegaram às oitavas.

A campanha de La Roja teve início no grupo C, ancorado na Nova Zelândia. O início foi com vitória por 3 a 0 sobre a Costa Rica. Na sequência, as espanholas golearam a estreante Zâmbia por 5 a 0. Já classificada, a Espanha teve pela frente o Japão na última rodada, mas acabou derrotada por 4 a 0 e encerrou a chave na segunda colocação, com seis pontos.

Nas oitavas de final, a seleção de Aitana Bonmatí (futura Bola de Ouro da Copa), Olga Carmona Jennifer Hermoso, Alba Redondo, Alexia Putellas, Salma Paralluelo, entre outras, goleou a Suíça por 5 a 1. Nas quartas, foi a vez de eliminar a Holanda por 2 a 1, com gols de Mariona Caldentey e Paralluelo, este segundo na prorrogação. Na semifinal, a Espanha derrotou a Suécia pelo mesmo placar de 2 a 1, com mais um gol de Paralluelo e outro de Carmona.

A tão sonhada final da Copa foi entre Espanha e Inglaterra, que superou China, Haiti, Nigéria, Colômbia e Austrália. A partida foi realizada no Estádio Olímpico de Sydney, no dia 20 de agosto, para um público de quase 76 mil torcedores. O título de La Roja veio pela vitória mínima de 1 a 0. O gol foi anotado por Olga Carmona, lateral-direita e capitã da seleção, aos 29 minutos do primeiro tempo.

A campanha da Espanha:
7 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 20 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Catherine Ivill/Getty Images

Espanha Campeã da Liga das Nações 2023

A Liga das Nações da UEFA chegou na terceira edição em 2023, cada vez mais importante e consolidada como uma taça de respeito para as seleções da Europa. A seleção campeã foi a Espanha, que supera a frustração do vice nessa mesma competição em 2021, além das eliminações recentes em Copas do Mundo e Eurocopas, voltando a comemorar um título depois de 11 anos.

Esta edição da Liga das Nações contou com o mesmo regulamento de 2021, com 16 seleções na Liga A, divididas em quatro grupos. Só houve duas diferenças: os piores da Liga C e os melhores da Liga D não fazem mais a troca direta de divisão, sendo submetidos a um play-off de acesso/permanência; e a exclusão e rebaixamento da Rússia na Liga B, em consequência da guerra provocada na Ucrânia.

A Liga A viu algumas surpresas em campo, como o rebaixamento da Inglaterra e a pífia campanha da Alemanha no grupo 3. Também teve a péssima jornada da França no grupo 1, quando defendia o título. A fase de grupos aconteceu antes da Copa do Mundo de 2022, então as perspectivas eram diferentes. Ainda sob o comando de Luis Enrique, a Espanha ficou no grupo 2. La Roja enfrentou Portugal, Suíça e República Tcheca. Em seis jogos, conseguiu três vitórias, dois empates e uma derrota.

Com 11 pontos, a Espanha superou os portugueses por um ponto e os suíços por dois. O início foi com empates por 1 a 1 com Portugal em casa, e por 2 a 2 com os tchecos fora. Depois, venceu a Suíça fora por 1 a 0, e a República Tcheca em casa por 2 a 0. No quinto jogo, a derrota por 2 a 1 para os suíços em Zaragoza deixou tudo aberto para a última rodada. E em Braga, La Roja venceu Portugal por 1 a 0.

A fase final da Liga das Nações aconteceu depois da Copa, em junho de 2023. Com técnico novo, Luis de la Fuente, a Espanha disputou o título com Holanda (sede), Croácia e Itália. A semifinal foi contra os italianos, no De Grolsch Veste, na cidade de Enschede, e os espanhóis venceram por 2 a 1, com gols de Yeremy Pino e Joselu.

A final foi contra a Croácia, que tirou a dona da casa Holanda na prorrogação da semi. A partida foi realizada no Estádio De Kuip, em Roterdã, e contou com a maioria da torcida croata. Mesmo assim, a Espanha foi superior em campo, com as melhores chances criadas. Porém, o 0 a 0 não saiu do placar em 120 minutos. Nos pênaltis, Unai Simón defendeu duas cobranças, Dani Carvajal acertou a batida decisiva, e La Roja foi campeã inédita por 5 a 4 na disputa.

A campanha da Espanha:
8 jogos | 4 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 10 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Lars Baron/Getty Images

Espanha Campeã da Copa do Mundo 2010

A única vez que o continente africano sediou uma Copa do Mundo foi em 2010. A África do Sul teve a histórica incumbência de realizar a maior competição do futebol naquele ano. E foi debaixo do terrível som das vuvuzelas entoadas nas arquibancadas que a Espanha enfim concluiu seu sonho de ser campeã e chegar ao topo depois de sucessivas decepções. O famoso toque de bola do time de Iniesta, Xavi, Villa, Puyol e Sergio Ramos rendeu o maior fruto espanhol, além das conquistas das Eurocopas de 2008 e de 2012.
Mas antes de tudo, os espanhóis levaram um susto na primeira rodada, quando estrearam com derrota de 1 a 0 para a Suíça. A recuperação na fase de grupos veio a tempo com as vitórias de 2 a 0 sobre Honduras e 2 a 1 sobre o Chile, que ainda deram a liderança do grupo H para a Espanha, com seis pontos. Nas oitavas de final a Fúria fez o clássico ibérico contra Portugal, o qual venceu por 1 a 0, gol do artilheiro Villa. 
Nas quartas foi a vez de encarar o surpreendente Paraguai, em outra partida igualmente complicada e vencida por 1 a 0, com direito a pênalti perdido pelos paraguaios e outro gol de Villa, em que a bola precisou bater três vezes na trave antes de entrar. Aliás, as quartas de final da Copa em 2010 foram tão malucas que é impossível deixar de citar o confronto entre Gana e Uruguai, no qual os africanos tiveram a chance da vitória na prorrogação, mas desperdiçaram um pênalti (a mão do Suárez) e depois acabaram perdendo nas outras cobranças (a cavadinha do Abreu).
A Alemanha foi a adversária da semifinal, e outra vitória pelo placar de 1 a 0, gol de cabeça do zagueiro Puyol no segundo tempo, colocou os espanhóis na histórica final pela primeira vez em 80 anos de Copas do Mundo.
No Soccer City em Johanesburgo, a Espanha enfrentou a Holanda em confronto de onde sairia um campeão inédito. Depois de empate sem gols e muitos cartões amarelos no tempo normal, a decisão foi para a prorrogação. E faltando cinco minutos para o fim, Iniesta acertou chute cruzado no gol holandês. A quarta vitória seguida por 1 a 0 deu o título merecido para a seleção espanhola. A responsabilidade de erguer a taça como capitão da equipe ficou para o goleiro Casillas.

A campanha da Espanha:
7 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 1 derrotas | 8 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Eddie Keogh/Reuters

Espanha Campeã Olímpica 1992

O ano de 1992 foi marcado pelas diversas mudanças no mapa-múndi olímpico. A União Soviética dividiu-se em quatro, mudou de nome para Comunidade de Estados Independentes e competiu como a Equipe Unificada, antecedendo sua divisão definitiva em 15 nações. A Iugoslávia também fragmentou-se em quatro países, e os atletas da banida república-mãe competiram como Atletas Independentes. Por fim, a África do Sul foi reincluída entre as participantes após o fim do apartheid. O futebol não vivenciou nenhuma dessas alterações, mas contou com outra modificação na maneira de convocar as seleções. A partir dos Jogos de Barcelona, na Espanha, apenas jogadores abaixo dos 23 anos de idade teriam permissão para a disputa, independentemente de serem amadores, profissionais ou de já terem atuado em Copa do Mundo. Muitas possibilidades surgiriam a partir de então.
Porém, a primeira experiência sub-23 seria conservadora, com o ouro ficando a dona da casa.  No grupo B da primeira fase, a Espanha estreou com goleada por 4 a 0 sobre a Colômbia. Depois, antecipou sua classificação ao fazer 2 a 0 no Egito. Por fim, novo 2 a 0 sobre o Catar, que deixou a Fúria na liderança, com seis pontos. Nas quartas de final, vitória por 1 a 0 sobre a Itália. Na semifinal, foi a vez de derrotar por 2 a 0 o time de Gana. E assim, vencendo todos os jogos e não sofrendo gols, a Espanha chegou na decisão. A adversária foi a Polônia, que deixou para trás Estados Unidos, Kuwait, Catar e Austrália.
Antes do ouro e da prata, foi definido quem levou a medalha de bronze: Gana fez 1 a 0 na Austrália. Espanhóis e poloneses se encontraram na final logo depois. Jogando no Camp Nou, La Roja encontrou as maiores dificuldades até então. Wojciech Kowalczyk abriu o placar aos 44 minutos do primeiro tempo. A Espanha empatou aos 20 do segundo, com Abelardo. Aos 27, Kiko virou a partida, mas Ryszard Staniek empatou de novo aos 31. Quando tudo se encaminhava à prorrogação, aos 45, Kiko fez 3 a 2 e explodiu a torcida espanhola em Barcelona. Na Olimpíada considerada como a melhor organizada da história, o título veio em casa.

A campanha da Espanha:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 14 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Agência EFE

Espanha Campeã da Eurocopa 2012

A última edição de Eurocopa com 16 seleções aconteceu em 2012, e ela foi duplamente sediada pela terceira vez na história, com a incumbência ficando nas mãos de Ucrânia e Polônia. Foi nos gramados ucranianos e poloneses que a Espanha completou a trilogia dos grandes títulos. Agora temida, a equipe chegava para buscar o tricampeonato ostentando ainda a Copa do Mundo erguida em 2010.
Na cabeça do grupo C, a Fúria estreou contra a Itália, porém não passou do empate por 1 a 1, tendo saído atrás no placar. As coisas voltariam ao normal a partir da segunda rodada, com a goleada por 4 a 0 sobre a Irlanda. No último jogo da fase, bastou à Espanha vencer a Croácia por 1 a 0 para garantir a liderança da chave com sete pontos. Os italianos também avançaram às quartas de final. O primeiro mata-mata espanhol foi contra a França, uma velha pedra no sapato espanhol nas Euros de 1984 e de 2000, além do Mundial de 2006. Mas desta vez os franceses não tiveram chances e perderam por 2 a 0, ambos os gols marcados por Xabi Alonso. O confronto mais complicado veio na semifinal, contra Portugal. As equipes ficaram no 0 a 0 em Donetsk, tendo que decidir a vaga nos pênaltis. Os espanhóis foram mais eficientes nas cobranças e venceram por 4 a 3. Dessa forma, a Espanha atingia um feito que apenas União Soviética e Alemanha haviam conseguido: chegar em duas finais seguidas.
Mas soviéticos e alemães jamais conquistaram duas vezes consecutivas a Eurocopa. Era a grande chance espanhola de superá-las. Sua adversárias na decisão foi a Itália, marcando o reencontro da estreia. A partida foi disputada no Olímpico de Kiev, e contaria uma história bem distinta do que foi vista lá atrás. Bem leve em campo, a Espanha abriu o caminho do título aos 14 minutos do primeiro, quando David Silva abriu o placar. Aos 41, Jordi Alba ampliou. A goleada estava por vir, e ela chegou a partir dos 39 do segundo tempo, com o gol de Fernando Torres. Aos 43, Juan Mata fez 4 a 0 e completou a festa. Pela primeira vez o título europeu ficava duas vezes seguidas com a mesma seleção. Mais: a Espanha igualava o topo do ranking de conquistas, ao lado da Alemanha, com três.

A campanha da Espanha:
6 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 12 gols marcados | 1 gol sofrido


Foto Laurence Griffiths/Getty Images

Espanha Campeã da Eurocopa 2008

Mais uma Eurocopa começa, e junto com ela vem o surgimento de uma nova força, que sempre esteve ali mas que na hora H falhava. A história seria mudada com a Espanha a partir de 2008. Seu único título provinha do distante de 1964, na segunda edição continental. O outro troféu era a medalha de ouro nas Olimpíadas de 1992. Em Copas do Mundo, a Fúria não passava de um quarto lugar em 1950 e algumas eliminações que são comentada até os dias de hoje, como em 2002. Tudo seria diferente nos gramados da Áustria e da Suíça, as anfitriãs da Euro.
No grupo D da competição, a Fúria estreou contra a Rússia, goleando-a por 4 a 1 com direito a hat-trick de do centroavante David Villa. Contra a Suécia, vitória por 2 a 1 encaminhou a classificação espanhola. Na última partida da fase, a Espanha passou pela então detentora do título, a Grécia, com outro triunfo por 2 a 1. Com os nove pontos possíveis, a equipe avançou na liderança da chave, com os russos logo atrás. O jogo mais difícil de La Roja aconteceu nas quartas de final. Foi contra a Itália, que endureceu ao máximo e fez com que o placar não saísse do 0 a 0. Nos pênaltis, a Fúria fez 4 a 2 e passou à semifinal. No penúltimo passo, foi a vez de enfrentar novamente a Rússia. E a Espanha fez outro placar dilatado: 3 a 0, com todos os gols marcados no segundo tempo.
De volta à decisão, o time espanhol teria de encarar a Alemanha, que para também chegar ali passou por Áustria, Polônia, Portugal e Turquia. A partida foi disputada no Estádio Ernst-Hapel, em Viena. Melhor o tempo todo, a Espanha dominou os alemães com tranquilidade. O solitário gol do título saiu aos 33 minutos do primeiro tempo, quando Fernando Torres recebeu passe em profundidade e tocou na saída do goleiro Jens Lehmann, encobrindo-o. O resultado final foi de só 1 a 0, mas poderia ter sido mais devido ao maior volume de jogo da Espanha, que conquistava o bicampeonato europeu. Esta jornada de 2008 foi só o começo de uma escalada marcante da seleção ibérica, que culminaria em três taças na galeria e um novo conceito de futebol.

A campanha da Espanha:
6 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 12 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Franck Fife/AFP/Getty Images

Espanha Campeã da Eurocopa 1964

Foi bem-sucedido o começo da Eurocopa, apesar de a adesão de seleções nas eliminatórias em 1960 não tenha sido completa, inclusive com notáveis ausências, como as de Alemanha Ocidental, Itália e Inglaterra. O cenário mudou para 1964, e o número de participantes aumentou de 17 para 29, embora os alemães do lado oeste do muro ainda estivessem de fora. Todas as outras grandes estavam ali, tentando recuperar o tempo perdido.
E se quatro anos antes a Espanha havia ficado de fora da fase final apenas porque se recusou a desembarcar na União Soviética, agora não só ela seria a dona da casa nas partidas decisivas como também derrotaria a própria detentora do título na disputa derradeira. Mas antes, precisou bater alguns adversários durante os anos de 1962 e 1963. Na primeira eliminatória, passou pela Romênia com vitória por 6 a 0 em casa e derrota por 3 a 1 fora. Nas oitavas de final, sofreu um bocado mas passou pela Irlanda do Norte ao empatar por 1 a 1 em casa e vencer por 1 a 0 fora. Nas quartas, não teve problemas para derrubar a Irlanda ao golear por 5 a 1 em casa e por 2 a 0 fora. A Fúria chegou na semifinal ao lado de Hungria, Dinamarca e União Soviética, e acabou escolhida como sede, com jogos em Madrid e em Barcelona. Na semifinal, o time espanhol venceu o húngaro por 2 a 1 na prorrogação, gols de Jesús Pereda e Amancio. Do outro lado, os soviéticos fizeram 3 a 0 nos dinamarqueses.
Espanha e União Soviética faziam na segunda decisão de Eurocopa um confronto que não aconteceu nas eliminatórias de 1960. O general Francisco Franco não era simpático ao colega Josef Stalin e os dois regimes de governo não se entendiam. Isso motinou a proibição da Fúria ao comparecimento em território russo. Mas para 1964 a UEFA chegou em acordo com Franco, que permitiu que os soviéticos jogassem em solo ibérico. E a final aconteceu no Santiago Bernabéu, em Madrid. Gols, só no começo e no fim da partida. Pereda abriu o placar aos seis minutos do primeiro tempo e os soviéticos empataram aos oito. O 2 a 1 que valeu a primeira de três Eurocopas à Espanha veio aos 39 do segundo tempo, através do atacante Marcelino.

A campanha da Espanha:
2 jogos | 2 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 4 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Arquivo/RFEF