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Retrô Campeão Brasileiro Série D 2024

Dizem que a Copa do Brasil é o torneio de futebol mais democrático do país. Mas essa fama deveria mesmo caber no Brasileirão Série D, que ignora qualquer tamanho de torcida e peso de camisa. É um campeonato que premia os quatro melhores clubes com o acesso à Série C e um calendário fixo no ano seguinte e o melhor, além da taça ao campeão.

Em 2024, o título ficou com o Retrô, time pernambucano que venceu a primeira conquista de sua história, logo uma nacional. A equipe vai para a terceira divisão pela primeira vez em 2025. Foi o capítulo final de um campeonato com 64 participantes, que seguiu o mesmo regulamento das últimas temporadas, com oito grupos regionalizados na primeira fase.

A campanha da Fênix de Camaragibe teve início no grupo 4, contra Itabaiana, Jacuipense, ASA, CSE, Juazeirense, Petrolina e Sergipe. A estreia foi com empate por 0 a 0 com o CSE em Alagoas. Na segunda rodada, venceu por 1 a 0 o Juazeirense em casa, na Arena Pernambuco. Na terceira partida, conseguiu mais uma vitória, por 3 a 1 sobre o Sergipe fora de casa. Em 14 jogos, o Retrô venceu oito, empatou dois e perdeu quatro, somando 26 pontos e garantindo a segunda posição da chave.

Na segunda fase, o adversário auriazulino foi o América-RN. Na partida de ida, empatou por 1 a 1 em Natal. No jogo de volta, em Recife, conseguiu outro empate por 0 a 0 e venceu nos pênaltis por 7 a 6. Nas oitavas de final, foi a vez de passar pelo Manauara por 4 a 1 nas cobranças fatais, após vencer o primeiro jogo por 2 a 0 em Pernambuco e perder a segunda partida por 2 a 0 no Amazonas.

O Retrô chegou para as quartas de final para enfrentar o Brasiliense. A ida foi disputada na Arena Pernambuco e a Fênix de Camaragibe venceu por 1 a 0. A volta aconteceu no Distrito Federal, na Boca do Jacaré, mas acabou com derrota por 1 a 0. O acesso foi conquistado na terceira disputa de pênaltis consecutiva, na vitória por 3 a 2.

Na semifinal, mais pênaltis. Contra o Itabaiana, o Retrô perdeu a ida em Recife por 1 a 0 e venceu a volta em Sergipe pelo mesmo placar, vindo a vencer nas cobranças pela quarta vez, por 4 a 3.

A final foi disputada contra o Anápolis, que na semi eliminou o Maringá. A ida ocorreu fora de casa, no Jonas Duarte, com derrota auriazulina por 2 a 1. A volta foi na Arena Pernambuco, e o Retrô reverteu a desvantagem e foi campeão ao vencer por 3 a 1, com gols de Júnior Fialho, Mascote e João Pedro.

A campanha do Retrô:
24 jogos | 12 vitórias | 4 empates | 8 derrotas | 30 gols marcados | 20 gols sofridos


Foto Rafael Vieira/FPF

Ferroviário Campeão Brasileiro Série D 2023

É impossível haver um time campeão duas vezes consecutivas em um campeonato de divisão de acesso, por motivos óbvios. Mas nada impede que esse mesmo clube consiga o mesmo título anos depois, e isso não é nenhum demérito. No Brasileirão Série D de 2023, tivemos o primeiro caso de um bicampeonato: o Ferroviário. Vencedor em 2018, o time cearense volta ao ponto inicial para buscar mais um recomeço, e consegue de maneira incontestável, sem perder nenhum jogo.

Com 64 equipes, a Série D não teve mudanças no regulamento, de oito grupos na primeira fase e mata-mata com 32 classificados. O Ferroviário esteve na chave 2, ao lado de Atlético-CE, Maranhão, Parnahyba, Caucaia, Tocantinópolis, Cordino e Fluminense-PI. A campanha do Tubarão teve início na vitória por 2 a 0 sobre o Fluminense piauiense, no Presidente Vargas, em Fortaleza.

O Ferrão passou invicto pela primeira etapa, com 11 vitórias e três empates em 14 partidas. O forte desempenho rendeu 36 pontos, que classificou o clube na primeira posição da chave, com 13 de vantagem sobre o vice Atlético-CE. A vaga no mata-mata veio junto com o fato de ter sido o melhor time de toda a fase de grupos, que lhe deu o benefício de definir todos os confrontos de volta em casa.

Na segunda fase, o adversário do Ferroviário foi o Princesa do Solimões. Na ida, empate por 1 a 1 em Manacapuru, no Amazonas. Na volta, vitória por 3 a 0 do Tubarão da Barra no Presidente Vargas. Nas oitavas de final, foi a vez de enfrentar o Nacional de Patos. A primeira partida aconteceu no interior da Paraíba, empatado por 0 a 0. O segundo jogo foi em Fortaleza, e o Ferroviário ganhou por 3 a 1.

Nas quartas, a hora de verdade foi contra o Maranhão. A ida foi no Castelão de São Luís, e o Ferrão novamente empatou por 1 a 1 fora. A volta foi no Presidente Vargas, no sufoco. Os maranhenses abriram o placar aos 47 minutos do segundo tempo e quase tiraram o Ferroviário. Porém, um gol contra aos 50 salvou o time cearense, que empatou por 1 a 1 e venceu por 3 a 0 nos pênaltis para confirmar o acesso. Na semifinal, a classificação foi sobre o Caxias, com novo empate por 1 a 1 no Rio Grande do Sul e vitória por 1 a 0 no Ceará, com gol do artilheiro Ciel aos incríveis 58 minutos do segundo tempo.

A decisão foi entre Ferroviário e Ferroviária, num raro jogo de palavras. O clube paulista tirou na semi o mineiro Athletic. A ida foi na Fonte Luminosa, em Araraquara, e ficou empatada sem gols. A volta foi no Presidente Vargas. Já no primeiro minuto, Deysinho abriu o marcador, mas o adversário empatou aos 38. Aos 13 do segundo tempo, Ciel fez 2 a 1, coroando o inédito bicampeonato nacional do Ferroviário.

A campanha do Ferroviário:
24 jogos | 15 vitórias | 9 empates | 0 derrotas | 43 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Reprodução/CBF

América-RN Campeão Brasileiro Série D 2022

É sempre bom de ver quando um clube tradicional começa a se reconstruir. No Brasil, isso já aconteceu com vários. Em comum a todos, o processo começou pelo Brasileirão Série D. Em 2022, chegou a vez do América-RN conseguir sua reafirmação no cenário nacional. Sem estar em uma divisão fixa desde 2016, o time potiguar enfim conseguiu superar a barreira das quartas de final, na sexta tentativa, e ficar com o acesso à terceira divisão. Melhor ainda, chegou pela primeira vez a um título nacional.

O regulamento da Série D de 2022 foi o mesmo da temporada anterior: 64 equipes divididas em oito grupos na primeira fase, com 32 vagas no mata-mata. O América ficou no grupo 3, em uma chave nordestina junto com Crato, Globo, São Paulo Crystal, Icasa, Afogados, Sousa e Retrô. Na estreia, o Mecão venceu o Sousa por 2 a 1 em casa.

Em 14 jogos, foram seis vitórias, seis empates e duas derrotas, com 24 pontos somados. A classificação alvirrubra só aconteceu na última rodada, com outra vitória por 2 a 1 sobre o Sousa, desta vez fora. O time ficou na segunda colocação, com nove pontos a menos que o Retrô, um a mais que o Sousa e dois a mais que o Afogados.

Na segunda fase, o América enfrentou o Jacuipense. Na ida, venceu por 1 a 0 no interior da Bahia. Na volta, o 0 a 0 na Arena das Dunas classificou o Mecão. Nas oitavas de final, o adversário foi o Moto Club. O primeiro jogo foi disputado em Natal, com vitória potiguar por 2 a 1. A segunda partida foi no Maranhão, e o América voltou a vencer por 1 a 0.

As quartas valendo o acesso foi contra o Caxias. A ida aconteceu no Rio Grande do Sul, no Centenário, e o Mecão acabou derrotado por 1 a 0. A volta foi no Rio Grande do Norte, na Arena das Dunas. O América saiu perdendo já no segundo tempo, e nem mesmo o empate salvaria o clube. A virada salvadora ocorreu quase no fim da partida. Por 3 a 1, o alvirrubro estava de volta à Série C. A semifinal foi contra o São Bernardo, e o América avançou com vitórias por 2 a 0 em casa e por 1 a 0 fora.

A final foi contra o Pouso Alegre, clube mineiro que tirou o Amazonas na semi. A ida foi na Arena das Dunas, e o América abriu vantagem de 2 a 0, gols de Téssio e Wallace Pernambucano. A volta foi no interior de Minas Gerais, no Manduzão. O adversário até venceu a partida, mas o 1 a 0 contra serviu para a conquista inédita do América-RN.

A campanha do América-RN:
24 jogos | 13 vitórias | 7 empates | 4 derrotas | 32 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Canindé Pereira/América-RN

Aparecidense Campeã do Brasileiro Série D 2021

O Centro-Oeste juntou-se às demais quatro regiões do Brasil e passou a ter um campeão da Série D. É a Aparecidense, clube do interior de Goiás, fundado em 1985, que chegou ao título na edição de 2021. Foram várias temporadas anteriores de boas campanhas e algumas batidas na trave, mas, de tanto tentar, uma hora as coisas iriam dar certo. O acesso não bastou para o Camaleão.

Foram 68 equipes na disputa da quarta divisão, divididas em oito grupos na primeira fase. A Aparecidense ficou no grupo 5, contra outros sete adversários do Centro-Oeste: Nova Mutum, União Rondonópolis, Brasiliense, Goianésia, Porto Velho, Gama e Jaraguá. A vitória na estreia, por 3 a 1 sobre o Nova Mutum em casa, já dava o tom que seguiria a campanha do time goiano.

Em 14 partidas, foram oito vitórias e três empates, que somaram 28 pontos ao Camaleão. Com um ponto de vantagem o estreante mato-grossense, quatro sobre o União e sete sobre o Brasiliense, a Aparecidense foi líder da chave.

Na segunda fase, o mata-mata teve início contra a Caldense. Na ida, derrota por 1 a 0 em Minas Gerais. Na volta, vitória por 3 a 1 em Aparecida de Goiânia. Nas oitavas de final, foi a vez de encarar o Cianorte. O Camaleão passou mais uma vez após empatar sem gols no Paraná e vencer por 1 a 0 em Goiás.

O acesso foi disputado contra o Uberlândia. Novamente, a primeira partida foi fora de casa, no Parque do Sabiá, e a Aparecidense venceu por 1 a 0. No segundo jogo, no Aníbal Toledo, o clube azul e dourado empatou por 1 a 1 e selou sua vaga na Série C de 2022. A semifinal foi contra o ABC. Na ida em casa, vitória por 4 a 2. Na volta fora, derrota por 1 a 0 que não afetou a classificação à final.

O rival na decisão foi o Campinense, que na fase grupos deixou para trás Sousa, Central, Treze e Caucaia, e que no mata-mata bateu Sergipe, Guarany de Sobral, América-RN e Atlético-CE. O primeiro jogo foi realizado no Estádio Amigão, em Campina Grande. Na Paraíba, a Aparecidense soube jogar diante da pressão adversária e venceu por 1 a 0, adquirindo uma pequena vantagem para a volta, que aconteceu no Aníbal Toledo, em Aparecida de Goiânia.

No seu acanhado campo, o Camaleão sofreu, teve um susto quando os paraibanos abriram o placar, mas respirou em alívio quando o reserva Samuel marcou o gol do empate por 1 a 1, que deu o primeiro título da história do time em nível nacional.

A campanha da Aparecidense:
24 jogos | 13 vitórias | 7 empates | 4 derrotas | 31 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Reprodução/CBF

Mirassol Campeão Brasileiro Série D 2020

A Série D do Brasileirão de 2020 passou por uma nova mudança de regulamento que deixou a competição ainda mais atrativa. Ao invés dos 17 grupos com quatro equipes, os 68 participantes passaram a ser divididos da seguinte forma: oito disputaram uma fase preliminar, avançando quatro para juntar-se a outras 60, que foram separadas em oito chaves de oito clubes cada. Com mais calendário, a imprevisibilidade foi maior, mas o final mostrou mais uma vez um bom planejamento e estrutura nunca podem ser superados.

Vindo do interior de São Paulo e com apenas um título estadual de Série A3 e outro de Série B, o Mirassol, entrou na Série D pelo grupo 7, mas o início não foi legal. Comandado por Eduardo Baptista sua estreia foi com empate em casa, por 1 a 1 diante do Bangu, e na segunda rodada perdeu por 3 a 1 fora de casa para a Cabofriense.

A primeira vitória aconteceu na terceira partida, e compensou os tropeços: 6 a 0 sobre o Toledo no José Maria de Campos Maia. A campanha melhorou, e o Leão da Alta Araraquarense foi acumulando vitórias algumas goleadas, como os 8 a 0 sobre o Nacional-PR e os 5 a 2 sobre o FC Cascavel, e casa, e os 4 a 0 sobre o Toledo fora. A equipe encerrou a fase na vice-liderança com 26 pontos.

Na segunda fase, o Mira eliminou o Caxias nos pênaltis por 3 a 0, após perder por 1 a 0 fora e vencer pelo mesmo placar em casa. Nas oitavas de final, passou pelo Brasiliense ao golear por 5 a 2 em São Paulo e perder por 2 a 1 no Distrito Federal. Nas quartas, conseguiu o acesso ao derrubar a Aparecidense, fazendo 2 a 1 no seu estádio e 3 a 2 em Goiás. Na semifinal, eliminou o Altos com duas vitórias, por 4 a 0 na ida no interior paulista e por 1 a 0 na volta no Piauí.

A decisão foi contra o Floresta, que bateu na semi o Novorizontino. O primeiro jogo aconteceria no Castelão, em Fortaleza, mas um incêndio no estádio transferiu a disputa para o Vovozão, campo da base do Ceará. A mudança de última hora não afetou o Mirassol, que derrotou o adversário por 1 a 0.

A segunda partida foi no José Maria de Campos Maia, e o Leão voltou a fazer 1 a 0, gol de João Carlos. O resultado enfim colocava um ponto final na edição pandêmica Série D, que proporcionou mais um título para o sempre tradicional futebol do interior paulista.

A campanha do Mirassol:
24 jogos | 15 vitórias | 5 empates | 4 derrotas | 49 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Célio Messias/CBF

Brusque Campeão Brasileiro Série D 2019

A Série D de 2019 mostrou uma troca de cadeiras na hierarquia do futebol catarinense. Enquanto o Joinville não passou da primeira fase, o Brusque caminhou a passos largos rumo ao título inédito, que o coloca como a quinta força de Santa Catarina. A conquista também demonstra mais uma prova de como uma cidade pode se unir em torno de um objetivo.

Na primeira fase, o Quadricolor ficou no grupo 15. A estreia foi com vitória por 2 a 1 sobre o Boavista em casa. Na sequência, mais quatro vitórias que selaram a classificação do clube: 3 a 1 sobre o Foz do Iguaçu no Paraná, 3 a 2 sobre o Gaúcho no Augusto Bauer, 1 a 0 no time do RS em Passo Fundo e 5 a 0 no time paranaense em casa. Na rodada final, derrota para o time do RJ por 2 a 1 em Saquarema, que não tirou o time da liderança da chave, com 15 pontos.

Na segunda fase, o Bruscão eliminou o Hercílio Luz, com empate sem gols fora e vitória por 2 a 0 em casa. Nas oitavas de final, o reencontro com o Boavista, o qual empatou por 1 a 1 no Rio de Janeiro e venceu por 3 a 0 em Santa Catarina. Nas quartas, a disputa pelo acesso foi contra a Juazeirense. A ida aconteceu na Bahia, mas o Brusque perdeu por 1 a 0. A volta foi jogada no Augusto Bauer, e lá o time catarinense reverteu com maestria o confronto, goleando por 4 a 0 e obtendo a vaga na Série C de 2020.

A semifinal foi contra o Ituano, e o Quadricolor tornou a perder na ida, desta vez por 2 a 0. Na volta em casa, vitória pelo mesmo placar levou a disputa aos pênaltis. No fim, a festa foi do Brusque que venceu por 4 a 3 nas cobranças e foi à final.

A disputa derradeira pelo título foi contra o Manaus, e a primeira partida foi no Augusto Bauer. Diante de mais de 4 mil brusquenses, o time da casa abriu dois gols de vantagem, porém sofreu o 2 a 2 do adversário a oito minutos do apito final.

A situação ficou para ser definida na Arena da Amazônia, contra mais de 44 mil torcedores manauaras. O Bruscão saiu na frente com Júnior Pirambu, mas levou a virada no começo do segundo tempo. Até que, aos 38 minutos, Thiago Alagoano decretou outro 2 a 2 e outra disputa por pênaltis. Nenhum jogador do Brusque errou as cobranças, sendo o goleiro Zé Carlos o responsável pela última conversão, que deixou tudo 6 a 5 e deu a primeira conquista nacional ao clube do leste de Santa Catarina.

A campanha do Brusque:
16 jogos | 9 vitórias | 4 empates | 3 derrotas | 31 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Thais Magalhães/CBF

Ferroviário Campeão Brasileiro Série D 2018

A Série D chega ao ano de 2018 sem novidades, com exceção do fim da regra do gol marcado fora de casa ter peso dobrado. No mais, 68 times lutando por quatro vagas de acesso. Em campo, muitos candidatos ao título, mas no fim a festa ficou por conta do Ferroviário. Na onda dos rivais, que há anos passeiam nas divisões superiores, o time cearense se tornou o primeiro da capital a ter um título nacional.

Na primeira fase, o Tubarão foi líder do grupo A4, diante de Cordino (Maranhão), 4 de Julho (Piauí) e Interporto (Tocantins). A campanha contra estes adversários foi curiosa, pois o Ferroviário não venceu nenhum jogo em casa: empatou os três. Já como visitante, compensou vencendo dois e empatando uma partida. Ao todo, foram dez pontos que deixaram o clube na primeira colocação da chave.

No mata-mata, o clube voltou a enfrentar o Cordino, agora pela segunda fase. Se classificou com empate por 3 a 3 no Maranhão e vitória por 1 a 0 no Ceará. Nas oitavas de final, o adversário foi o Altos, o qual eliminou empatando por 1 a 1 no Castelão e vencendo por 4 a 2 no Piauí.

Nas quartas, o Ferrão fez o confronto mais difícil, contra o Campinense. Na ida, venceu por 3 a 2 em Fortaleza, e na volta, perdeu por 1 a 0 em Campina Grande. Na emoção dos pênaltis, a vitória por 5 a 4 deu o acesso aos cearenses. Na semifinal, o Tubarão enfrentou o São José de Porto Alegre. Venceu a ida por 3 a 1 no Castelão, perdeu a volta por 2 a 1 no Passo d'Areia e avançou à final no saldo de gols.

A decisão foi entre nordestinos, contra o Treze. E Mais uma vez o Ferroviário fez a partida de ida em casa. O time venceu por 3 a 0 no Castelão, com gols de Janeudo, Edson Cariús e Robson Simplício. A partida de volta foi no Amigão, em Campina Grande, onde o Ferrão soube segurar muito bem a vantagem.

O Tubarão perdeu apenas por 1 a 0, mas o resultado não diminuiu a festa do torcedor tricolor, que voltou para Fortaleza com a taça da Série D na bagagem. De quebra, o Ferroviário ainda fez o artilheiro da competição, o ídolo Edson Cariús, com 11 gols.

A campanha do Ferroviário:
16 jogos | 7 vitórias | 6 empates | 3 derrotas | 27 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Lucas Figueiredo/CBF

Operário-PR Campeão Brasileiro Série D 2017

A Série D chega ao ano de 2017, e pela segunda vez com 68 participantes. Entre eles, duas camisas ilustres: Portuguesa e Bangu, ambos disputando a competição pela primeira vez, e no mesmo grupo. Mas os dois ficaram pelo caminho na primeira fase. Enquanto Lusa e Alvirrubro lambiam suas feridas, no interior do Paraná surgia uma nova força.

O Operário Ferroviário, de Ponta Grossa, vinha de surreais altos e baixos: em 2015, foi campeão estadual e perdeu nas quartas da Série D. Em 2016, foi rebaixado no estadual em 2016 e campeão da Copa FPF. E em 2017, não conseguiu o acesso estadual. Mas a vaga na quarta divisão pelo título da copa estadual estava segura, e seguindo a montanha-russa, era a hora de voltar ao alto.

Na primeira fase, o Operário-PR ficou no grupo A15, contra Brusque, XV de Piracicaba e São Paulo-RS. Nas seis partidas, venceu quatro e perdeu duas, marcando 12 pontos e se classificando na liderança. Na segunda fase, o Fantasma enfrentou a Desportiva-ES. O primeiro jogo foi no Espírito Santo, e o time paranaense venceu por 2 a 0. O segundo jogo foi no Paraná, e o Operário venceu desta vez por 2 a 1.

Nas oitavas de final, outro confronto contra um time capixaba: o Espírito Santo. A ida foi no Kleber Andrade, em Cariacica, e o Fantasma perdeu por 1 a 0. A volta foi no Germano Krüger, e os paranaenses devolveram o placar. Nos pênaltis, o Operário venceu por 4 a 2.

O adversário nas quartas de final foi o Maranhão, e a primeira partida em São Luís. E mesmo estando fora de casa, o Fantasma encaminhou a festa ao vencer por 3 a 1. A segunda partida foi em Ponta Grosa, e nova vitória por 2 a 1 confirmou o acesso. Já tranquilo com a vaga na Série C, o Operário encarou o Atlético-AC na semifinal, empatando por 0 a 0 no Acre e vencendo por 2 a 0 no Paraná.

Na final, o adversário do Operário foi o Globo, do Rio Grande do Norte. A ida foi disputada no Estádio Barretão, em Ceará-Mirim e tinha cara de ser difícil. Mas, de um jeito natural e com sem precisar de esforço, o Fantasma goleou por 5 a 0 e colocou os dez dedos na taça.

Assim, na volta só precisou fazer o tempo passar. Até perdeu no Germano Krüger, por 1 a 0, porém isto não diminuiu a comemoração pelo título da Série D, a grande conquista da história do Operário Ferroviário.

A campanha do Operário-PR:
16 jogos | 11 vitórias | 1 empate | 4 derrotas | 23 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Rener Pinheiro/CBF

Volta Redonda Campeão Brasileiro Série D 2016

A Série D de 2016 passou por uma mudança considerável no número de participantes. De 40, a competição passaria para 48, mas logo depois foi confirmado o número de 68 participantes. Consequentemente, o regulamento foi alterado. Os oito grupo com cinco times se transformaram em 17 com quatro. Uma fase a mais de mata-mata foi adicionada, porém a competição perdeu duas datas em relação aos anos anteriores.

O campeão continuou precisando de 16 jogos, mas os eliminados da fase de grupos passaram de oito para seis partidas no total. No campo, depois de algumas temporadas não tivemos nenhuma camisa mais tradicional, e isto abriu caminho para o sucesso de equipes que estavam há tempos longe de um calendário fixo no segundo semestre.

O Volta Redonda foi o clube que se deu melhor e ficou com o título. No grupo A12, o Voltaço passou invicto a primeira, com quatro vitórias e dois empates diante de URT, Desportiva-ES e Goianésia. Na liderança com 14 pontos, o destaque fica para as duas vitórias por 4 a 0 sobre o time goiano.

Na segunda fase, enfrentando novamente a URT, empatou por 1 a 1 em Minas Gerais e venceu por 2 a 0 no Rio de Janeiro. Nas oitavas de final, contra o Anápolis, vitória por 2 a 1 fora de casa e empate sem gols no Raulino de Oliveira deram nova classificação ao Volta Redonda.

Nas quartas valendo o acesso, o Voltaço encarou o Fluminense de Feira. A ida foi em Feira de Santana, e o time fluminense (do RJ) venceu de virada, por 3 a 2. A volta foi em Volta Redonda, e a vaga na terceira divisão foi confirmada com nova vitória por 2 a 1, gols do atacante Dija Baiano, que já havia marcado o gol do triunfo na partida anterior. Na semifinal contra o Moto Club, empate por 1 a 1 no Castelão e vitória por 3 a 1 no Raulino deram a classificado para a final ao Voltaço.

A decisão da Série D de 2016 foi jogada contra o CSA, e o primeiro jogo foi no Rei Pelé, em Maceió. E do Nordeste o Volta Redonda retornou com empate por 0 a 0 na bagagem. Os gols ficaram para os segundo jogo, no Raulino de Oliveira. Em quase 40 minutos, o Voltaço encaminhou a situação marcando três vezes. No segundo tempo, outro gol selou a goleada por 4 a 0 e a inédita conquista nacional, não só para o Volta Redonda mas também para o interior do Rio de Janeiro.

A campanha do Volta Redonda:
16 jogos | 10 vitórias | 6 empates | 0 derrotas | 29 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Lucas Figueiredo/CBF

Botafogo-SP Campeão Brasileiro Série D 2015

A última Série D com 40 clubes foi disputada em 2015. Também foi neste ano em que tivemos a última presença de um dos dois times de camisa pesada desta edição. Após várias tentativas, finalmente chegava a vez do Remo conseguir o acesso. A campanha paraense foi até a semifinal, quando foi eliminado para o futuro campeão. Dono de alguns títulos em âmbito estadual, o Botafogo de Ribeirão Preto chegaria em sua principal conquista com méritos.

A campanha do Pantera no grupo A6 da primeira fase foi até discreta. Com três vitórias, quatro empates e uma derrota, o time ficou na segunda posição, empatado em 13 pontos com o Gama. O saldo de gols foi que definiu a vaga aos paulistas, muito por conta dos 5 a 1 aplicados sobre o Villa Nova-MG dentro do Santa Cruz. A liderança ficou com o CRAC (18 pontos), enquanto o Duque de Caxias completou a chave.

Nas oitavas de final, o chaveamento colocou o Botafogo frente ao time goiano novamente, e o prognóstico da fase de grupos não era bom, pois os paulistas perderam por 1 a 0 em casa e empataram sem gols fora. Mas a história mudou no mata-mata, e o Pantera avançou vencendo por 3 a 0 em Ribeirão Preto e perdendo só por 1 a 0 em Catalão.

Nas quartas, o acesso foi disputado em dois confrontos contra o São Caetano, a outra camisa pesada da competição. A ida foi no Santa Cruz, e acabou com uma sofrida vitória por 2 a 1, de virada. Com o perigo do gol sofrido em casa, era preciso segurar tudo na volta no Anacleto Campanella. E a estratégia funcionou bem, com o Botafogo segurando o 0 a 0 e comemorando vaga na Série C. A semifinal foi contra o Remo, e a classificação para a decisão veio com vitória por 1 a 0 em Ribeirão Preto e empate sem gols em Belém.

Na final, o adversário foi o River do Piauí, que despachara na fase anterior o Ypiranga de Erechim nos pênaltis. O primeiro jogo foi no Santa Cruz, uma movimentada vitória por 3 a 2, com hat-trick do atacante Francis.

Logo, mais uma vez seria preciso defender tudo fora de casa. E contra 40 mil torcedores no Albertão, em Teresina, o Botafogo tornou a segurar empate por 0 a 0, assim conquistando seu primeiro título nacional na história, a Série D.

A campanha do Botafogo-SP:
16 jogos | 7 vitórias | 7 empates | 2 derrotas | 20 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Rogério Moroti/Botafogo-SP

Tombense Campeão Brasileiro Série D 2014

A Série D de 2014 foi disputada com uma leve alteração em relação as edições anteriores. Em caráter excepcional, a disputa no ano da Copa do Mundo no Brasil teve 41 participantes. Isto ocorreu por conta do rebaixamento de cinco times da Série C de 2013 (que teve 21 times, um a mais que o normal).

As principais forças em campo na quarta divisão foram Remo, Brasiliense e Brasil de Pelotas. Mas no mata-mata, o primeiro caiu diante do segundo, que perdeu para o terceiro. Só os gaúchos comemoraram algo. Não conquistaram tudo porque um clube da Zona da Mata mineira (no limite com RJ), de uma cidade com pouco mais de 8 mil habitantes não permitiu. No ano do centenário, o Tombense foi a surpresa da vez e levou o título.

No grupo A6 da primeira fase, o Gavião-Carcará não passou aperto e liderou com 18 pontos, seis vitórias e duas derrotas. Entre os bons resultados, fez 4 a 0 no Goianésia e 3 a 0 no Luziânia - ambos em casa -, além de 3 a 1 no Barueri fora. O CEOV Operário foi o outro time classificado. Nas oitavas de final, o Tombense enfrentou o Metropolitano. Na ida em Blumenau, empate por 1 a 1. Na volta em Tombos, vitória por 1 a 0 e classificação na mão.

Nas quartas o adversário foi o Moto Club. O primeiro jogo em São Luís foi duro, onde os mineiros tiveram que buscar um suado empate por 2 a 2. O segundo jogo no Antônio Almeida, também conhecido como Estádio dos Tombos, e o Gavião-Carcará confirmou o acesso ao vencer por 2 a 0, gols de Daniel Amorim e Élvis. Na semifinal contra o Confiança, vitória por 1 a 0 em Tombos e empate por 1 a 1 em Aracaju. Todos os gols marcados por Élvis.

A final foi jogada contra o Brasil de Pelotas, e a primeira partida foi no Bento Freitas. Com poucas chances, os dois times não saíram do 0 a 0. A segunda partida foi no Soares de Azevedo, em Muriaé (o estádio em Tombos não tinha a capacidade mínima para a decisão). Mais uma vez as equipes mantiveram o placar zerado.

Nos pênaltis, os mineiros erraram uma cobrança. Mas os gaúchos perderam duas, e o coube ao artilheiro com nome de astro do rock converter a batida do título. Por 4 a 2, o Tombense chegou a sua maior glória. E desde então, o clube não desceu mais da Série C.

A campanha do Tombense:
16 jogos | 9 vitórias | 5 empates | 2 derrotas | 23 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Arquivo/FMF

Botafogo-PB Campeão Brasileiro Série D 2013

Chegamos em 2013, e a Série D parte para sua quinta edição. Já um praxe da competição, clubes com estofo nas divisões de cima marcaram presença, como Londrina, Santo André e Juventude. Só os gaúchos conseguiram o acesso, na terceira tentativa. O título chegou a passar pelas mãos do time, mas no fim ficou com uma equipe da outra ponta do país, a Paraíba. O Botafogo local chegou a um título inédito após a reconquista do estadual, quebrando dez anos de fila.

Na primeira fase, o Belo ficou no grupo A4, o qual passou sem muita dificuldade, vencendo cinco jogos, empatando dois e perdendo somente um. Com 17 pontos, terminou na liderança e se classificou junto com o Sergipe. Atualmente na primeira divisão, o CSA foi o lanterna da chave. Vitória da Conquista e Juazeirense completaram o pentagonal.

Nas oitavas de final, o Botafogo enfrentou o Central. Na ida em Caruaru, derrota por 3 a 1. Na volta em João Pessoa, o resultado foi devolvido e o confronto foi para os pênaltis, onde o time paraibano fez 5 a 3.

Nas quartas, o adversário foi o Tiradentes do Ceará. O primeiro jogo foi no Almeidão, e o Belo venceu de virada por 2 a 1, gols do velho conhecido Warley, atacante. O segundo jogo foi em Fortaleza, no Presidente Vargas, e outra vitória por 1 a 0 confirmou o acesso do time alvinegro. O gol da classificação foi marcado por outro velho conhecido do futebol, Lenílson.

Embalado, o Botafogo enfrentou o Salgueiro na semifinal. A ida foi no Cariri pernambucano, no Cornélio de Barros, e os paraibanos venceram por 2 a 1. A volta foi em João Pessoa, onde nova vitória por 2 a 0 selou a vaga do Belo na final.

Na decisão, o Botafogo-PB enfrentou o Juventude, que 14 anos antes se via na mesma situação com o homônimo carioca na Copa do Brasil. Até o resultado da primeira partida foi igual, 2 a 1 para os gaúchos na Arena do Grêmio em Porto Alegre (o Alfredo Jaconi estava interditado). Mas desta vez a segunda partida foi diferente.

No Almeidão, o Belo inverteu a vantagem em 21 minutos e confirmou o título fazendo 2 a 0 no último minuto. A conquista da Série D de 2013 permanece até hoje como a única nacional de um clube da Paraíba.

A campanha do Botafogo-PB:
16 jogos | 11 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 28 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Thiago Casoni/Futura Press

Sampaio Corrêa Campeão Brasileiro Série D 2012

A Série D de 2012 foi a quarta edição do torneio, que aos poucos foi tomando da Copa do Brasil o posto de competição mais democrática do país. Quarenta equipes dos 27 Estados, todas com chances iguais de título. Pela primeira vez a taça ficou nas mãos de um time mais tradicional.

Enquanto Remo e Juventude viram navios mais uma vez, o Sampaio Corrêa repetiu o feito da Série B de 1972 e da Série C de 1997 e conseguiu duas façanhas: ser o primeiro time com títulos em três divisões nacionais e ser o primeiro campeão invicto da quarta divisão.

No grupo A2 da primeira fase, a Bolívia Querida teve zero dificuldades. Venceu os oito jogos e ficou com o dobro de pontos que o vice-líder Mixto (24 a 12). Comercial do Piauí, Santos do Amapá e Araguaína foram os outros adversários. A destacar de resultados, os 6 a 0 sobre o Santos-AP em casa e os 4 a 0 sobre a Araguaína fora. Nas oitavas de final, o Sampaio enfrentou o Vilhena. Na ida em Rondônia, empate por 2 a 2. Na volta no Castelão de São Luís, goleada por 4 a 1 e classificação garantida.

Nas quartas, a Bolívia disputou o acesso contra o Mixto, no reencontro da fase de grupos. A primeira partida foi em Cuiabá, no Estádio Dutrinha, e o time maranhense conseguiu empatar por 1 a 1. A vantagem do gol fora de casa fez a diferença para a segunda partida em São Luís, pois as duas equipes não saíram do 0 a 0. Passada a tensão, o Sampaio Corrêa comemorava o retorno à terceira divisão. A semifinal foi disputada contra o Baraúnas, e o roteiro foi parecido com os das fases anteriores: empate por 1 a 1 na ida no Rio Grande do Norte, e vitória por 1 a 0 no Castelão.

Na final, o Sampaio enfrentou o CRAC, time do interior de Goiás. O primeiro jogo foi disputado no Estádio Genervino da Fonseca, na cidade de Catalão. Bem como em todos os outros mata-matas, a Bolívia saiu da casa adversária com empate, novamente por 1 a 1.

O segundo jogo foi no Castelão, diante de mais de 35 mil torcedores. Com o domínio da partida, o Sampaio conseguiu o título ao vencer por 2 a 0, gols de Eloir no primeiro tempo e de Pimentinha no segundo. Outros nomes de destaque do time maranhense na competição foram os de Cleitinho, artilheiro do time com sete gols (um deles na ida da final), e de Célio Codó, autor do gol do acesso.

A campanha do Sampaio Corrêa:
16 jogos | 11 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 37 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Arquivo/Sampaio Corrêa

Tupi Campeão Brasileiro Série D 2011

A Série D foi se consolidando a cada edição que passava. A de 2011 manteve os 40 participantes, mas teve a fórmula modificada - para melhor. Os dez grupos de quatro times passaram a ser oito grupos de cinco. Assim, a parte do mata-mata não ficaria quebrada, com 16 equipes avançando a partir da segunda fase.

Como não poderia deixar de ser, clubes com camisa pesada marcaram presença, como Gama, Juventude e Santa Cruz. O calvário de três temporadas do time pernambucano teria fim ali, com o acesso garantido. Mas o time não foi o campeão. A taça acabou em Minas Gerais, com o Tupi de Juiz de Fora.

Na chave A5, o Galo Carijó enfrentou na primeira fase times de Goiás, Distrito Federal e Tocantins. Em oito jogos, venceu quatro, empatou dois e perdeu outros dois, marcando 14 pontos e terminando na liderança, classificado junto com a Anapolina e eliminando o tradicional Gama. Nesta fase da competição, a principal vitória foi os 3 a 1 em casa sobre a própria Anapolina.

Nas oitavas de final, o Tupi enfrentou o Volta Redonda. A ida foi no Raulino de Oliveira e terminou com derrota mineira por 1 a 0. A volta foi no Mário Helênio e o Galo Carijó reverteu com sobras, vencendo por 4 a 2 e avançando mais um degrau.

Nas quartas, o adversário foi novamente a Anapolina, que ultrapassou em pontos o Tupi e fez a ida ser jogada em Juiz de Fora. E os alvinegros abriram ótima vantagem com a goleada por 4 a 1. Na volta em Anápolis, o empate por 2 a 2 buscado nos minutos finais pelo herói Ademílson (antes dos 44 anos, "apenas" 37) valeu o acesso. Na semifinal contra o Oeste, a classificação mais tranquila do clube, que venceu por 3 a 0 o primeiro jogo nos Amaros de Itápolis e por 3 a 1 o segundo jogo no Mário Helênio.

A final da Série D foi entre Tupi e Santa Cruz. Sabendo que os holofotes estavam voltados aos pernambucanos, os mineiros jogaram com pés no chão. Venceram a ida em Juiz de Fora por 1 a 0 (gol do Ademílson), e jogaram para se defender na volta no Arruda. A estratégia deu certo, e o Galo Carijó sacramentou o título inédito vencendo por 2 a 0, gols de Allan e Henrique nos últimos 15 minutos da partida.

A campanha do Tupi:
16 jogos | 10 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 29 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Arquivo/Tupi

Guarany de Sobral Campeão Brasileiro Série D 2010

A primeira edição da Série D foi um sucesso entre os clubes pequenos. Então, a CBF repetiu a fórmula para 2010, incluindo o estranho sistema de mata-mata em que, dos dez times participantes da terceira fase, avançam os cinco vencedores e os três perdedores de melhor campanha, para formar as quartas de final.

Dos participantes com camisa mais pesada, nesta temporada tivemos Remo, Santa Cruz, Botafogo-SP, CSA, Operário-PR e Joinville, este último se envolvendo com tapetão. Mas o campeão da competição veio novamente do interior, agora do Ceará. Outrora participante das Séries B e C, o Guarany de Sobral partiu para uma conquista inédita através do terceiro lugar no estadual.

Na primeira fase, o Cacique do Vale ficou no grupo A3, definido somente no saldo de gols. Guarany, Sampaio Corrêa e JV Lideral-MA ficaram com nove pontos e duas vitórias, e a sorte sorriu para o time rubro-negro no saldo de gols (6 contra 2 e 0). Na condição de líder, enfrentou na segunda fase o Santa Cruz. A camisa pernambucana não pesou, o Guarany perdeu por 4 a 3 fora de casa, venceu por 2 a 0 em casa e se classificou.

Na terceira fase, o reencontro com o Sampaio Corrêa. A ida foi disputada no Junco, e o Cacique venceu por 3 a 2. A volta foi no Nhozinho Santos, em São Luís, e os sobralenses avançaram sem índice técnico ao empatarem por 1 a 1.

As quartas de final foram jogadas contra O Vila Aurora do Mato Grosso. A primeira partida foi em Rondonópolis, e o Guarany abriu vantagem fazendo 2 a 0. A segunda partida foi em Sobral, e com nova vitória por 2 a 1 o time cearense conseguiu o acesso. Na semifinal contra o Araguaína, empate por 2 a 2 no Tocantins e por 0 a 0 no Ceará classificaram o Guarany no critério do gol fora de casa.

A final foi contra o América do Amazonas, que mandou a ida em Santarém (PA). Lá, empate por 1 a 1. A volta foi no Junco, e o Guarany conquistou o primeiro título nacional da história do Ceará com goleada por 4 a 1. E é aqui que entra o tapetão. O América-AM não subiu para a Série C junto com os cearenses. O time foi punido com a perda de dez pontos por escalação irregular contra o Joinville nas quartas de final. E os catarinenses herdaram a vaga. No fim, o Guarany teve como vice o Madureira.

A campanha do Guarany de Sobral:
16 jogos | 7 vitórias | 7 empates | 2 derrotas | 33 gols marcados | 19 gols sofridos


Foto Arquivo/Guarany de Sobral

São Raimundo-PA Campeão Brasileiro Série D 2009

A história do Campeonato Brasileiro da Série D começou a ser contada em 2008, um ano antes de sua criação. Na época, a CBF anunciou que a terceira divisão seria, a partir de 2009, com 20 participantes fixos. Logo, os clubes sem divisão passariam a disputar os estaduais com o pensamento de buscar uma vaga no inédito quarto nível do futebol nacional.

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A primeira edição da Série D foi no mesmo 2009, e contou com 40 equipes. Na verdade, 39, pois nenhum time do Acre se habilitou. Assim, a competição ficou dividida em dez grupos. Entre os participantes, os de mais renome foram Paulista, Londrina, Ituano e Uberlândia, todos já com conquistas nacionais. Mas o primeiro campeão da Série D foi uma surpresa vinda do oeste do Pará: o São Raimundo de Santarém se classificou à competição depois do vice no estadual do mesmo ano.

Na fase de grupos, o clube paraense ficou na chave A2. Enfrentando Tocantins de Palmas, Moto Club e Cristal do Amapá, o Pantera Negra terminou na liderança com 10 pontos em seis partidas, sendo a mais lembrada a vitória por 4 a 1 sobre o Tocantins fora de casa.

Para a segunda fase, 20 equipes em um mata-mata. O adversário do São Raimundo foi o Genus de Rondônia. Na ida em Porto Velho, empate por 1 a 1. Na volta em Santarém, vitória por 3 a 1 e vaga na terceira fase, onde o time alvinegro reencontrou o Cristal. E na ida em Macapá, nova goleada por 4 a 1. Na volta em casa, um susto com a derrota por 3 a 1. Classificado, o São Raimundo participou da bizarra fase de quartas de final.

Dos dez times da terceira fase, cinco avançaram normalmente, enquanto os três "melhores derrotados" completaram as vagas. E quem o Pantera enfrentou nas quartas? O Cristal! Valendo o acesso, o São Raimundo empatou por 1 a 1 a ida no Amapá e venceu por 2 a 0 a volta no Pará. Com a inédita vaga à Série C na mão, o time paraense enfrentou o Alecrim na semifinal. Com vitória por 3 a 1 no Colosso do Tapajós e empate por 2 a 2 em Natal, o Pantera chegou a uma final histórica.

O adversário do clube na primeira decisão de Série D foi o Macaé. A primeira partida foi disputada no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Lá, o São Raimundo ficou duas vezes na frente do placar, mas sofreu a virada no segundo tempo e perdeu por 3 a 2. Nenhum alarde, já que havia a regra do gol fora de casa.

A segunda partida foi no Colosso do Tapajós, com mais de 17 mil torcedores são-raimundinos. Desta vez a virada foi contrária: os cariocas marcaram primeiro e o Pantera virou em três minutos na metade final do segundo tempo. Por 2 a 1, o São Raimundo se tornou o primeiro campeão da Série D, parando Santarém em festa.

A campanha do São Raimundo-PA:
16 jogos | 8 vitórias | 4 empates | 4 derrotas | 29 gols marcados | 20 gols sofridos


Foto Antônio Cícero/Futura Press