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Milan Campeão da Recopa Europeia 1973

Em 1973, a Recopa Europeia voltou ao patamar de 32 participantes e também saiu do domínio britânico, com o Milan conquistando o bicampeonato depois de cinco anos. O título europeu foi possível a partir da conquista de outro bi, o da Copa da Itália em 1972.

A campanha invicta do clube rossonero teve início contra o Red Boys Differdange, de Luxemburgo, na primeira fase. No primeiro jogo, goleada milanista por 4 a 1 fora de casa. Na segunda partida, a vitória foi por 3 a 0 no San Siro.

Nas oitavas de final, o Milan enfrentou o Legia Varsóvia. A ida foi disputada na Polônia, e ficou no empate por 1 a 1. A volta aconteceu em Milão, sendo mais difícil que o esperado. No tempo normal, o rossonero não conseguiu sair de outro empate por 1 a 1, tendo que jogar a prorrogação. Aos 13 minutos do segundo tempo, Luciano Chiarugi fez 2 a 1 e classificou os italianos.

O adversário nas quartas de final foi o Spartak Moscou. A primeira partida foi realizada na União Soviética, com vitória do Milan por 1 a 0, gol marcado por Luciano Chiarugi. O segundo jogo foi no 
San Siro, com os italianos fazendo o mínimo para garantir mais uma classificação, no empate por 1 a 1.

Na semifinal, mais um oponente que veio do leste: o Sparta Praga, da Tchecoslováquia. O primeiro jogo aconteceu na Itália, e o rossonero conseguiu a vantagem mínima ao vencer por 1 a 0, gol anotado por Chiarugi no segundo tempo. A segunda partida foi realizada na capital tchecoslovaca, e o Milan conseguiu segurar a pressão. Aos 29 minutos da etapa final, o artilheiro Chiarugi voltou a marcar e os italianos venceram novamente por 1 a 0.

De volta à decisão, o Milan enfrentou o Leeds United, que eliminou Ankaragücü, Carl Zeiss Jena, Rapid Bucareste e Hajduk Split. O local escolhido para a partida foi a grega Tessalônica, no Estádio Kaftanzoglio. Disposto a resolver tudo cedo, o rossonero foi ao ataque e chegou ao gol do título logo aos cinco minutos, de novo com Chiarugi. Depois, bastou conter os ingleses e segurar o 1 a 0.

A campanha do Milan:
9 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 15 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/Milan

Milan Campeão da Recopa Europeia 1968

A Recopa Europeia de 1968 foi especial. Pela primeira vez desde a incorporação, em 1962, a UEFA conseguiu repetir o número de participantes em relação a temporada anterior, com 32 times. E também foi a primeira vez que a taça ficou nas mãos de um clube que já tinha outras conquistas continentais, o Milan, vencedor da Copa dos Campeões de 1963 e classificado via título da Copa da Itália de 1967.

Se o número de participantes foi o mesmo de 1967, o regulamento não foi, pois a UEFA resolveu colocar todas as equipes na primeira fase. A campanha rossonera teve início diante do Levski Sofia. Na primeira partida, goleada por 5 a 1 no San Siro. No segundo jogo, empate por 1 a 1 na Bulgária.

Nas oitavas de final, o Milan quase foi surpreendido pelo Gyori, da Hungria. A ida foi disputada no Leste Europeu e ficou empatada por 2 a 2. A volta aconteceu no San Siro, mas quem abriu o placar foram os húngaros. Pierino Prati empatou em 1 a 1 ainda no primeiro tempo, e o resultado classificou os rossoneri pela regra dos gols marcados fora de casa.

Nas quartas, foi a vez de enfrentar o Standard Liège, igualmente com dificuldades. O primeiro jogo aconteceu na Bélgica, ficando empatado por 1 a 1. A segunda partida foi no San Siro, e o resultado se repetiu tanto nos 90 minutos quanto na prorrogação. Foi preciso realizar um terceiro jogo, também na Itália, e o Milan venceu por 2 a 0, gols de Prati e Gianni Rivera.

O encontro do Milan na semifinal foi contra o Bayern de Munique, que defendia o título. A ida foi no San Siro, e o rossonero conseguiu abrir uma grande vantagem ao vencer por 2 a 0, gols de Angelo Sormani e Prati. A volta foi na Alemanha, terminando no empate por 0 a 0 que classificou os italianos.

A final da Recopa de 1968 foi entre Milan e Hamburgo, que bateu Randers Freja, Wisla Cracóvia, Lyon e Cardiff City. A disputa teve lugar no Estádio De Kuip, em Roterdã, na Holanda. Os rossoneri trataram de assumir o controle do jogo desde o começo, e em 18 minutos já haviam decidido o resultado a seu favor com a vitória por 2 a 0, com os dois gols anotados por Kurt Hamrin.
 
A campanha do Milan:
10 jogos | 4 vitórias | 6 empates | 0 derrotas | 17 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Ron Kroon/Anefo

Milan Campeão da Liga dos Campeões 2007

Não existe algo melhor no futebol do que ser campeão. A não ser que isto seja feito em cima do rival ou em revanche, aí sim teremos alguma coisa maior que apenas vencer. Este é o caso do Milan em 2007. Seu sétimo título de Liga dos Campeões veio sob clima de vingança, diante do algoz de dois anos antes.

Mas o caminho até o hepta foi longo. Como havia sido destituído de vice-campeão italiano para terceiro colocado no tribunal local (30 pontos foram cassados devido a um escândalo de manipulação de resultados), o rossonero começou a campanha na terceira preliminar, contra o Estrela Vermelha, o qual eliminou com vitórias por 1 a 0 no San Siro e por 2 a 1 na Sérvia.

Na primeira fase, o time ficou no grupo H, com Lille, AEK Atenas e Anderlecht. Em disputa ponto a ponto, a vaga no mata-mata veio após a obtenção de três vitórias e um empate em seis jogos. Com dez pontos, o Milan terminou na liderança, com um a mais que os franceses e dois a mais que os gregos. A classificação até foi antecipada, na quinta rodada, ao perder fora por 1 a 0 para o AEK e ser ajudado pela combinação de resultados.

Nas oitavas de final, os italianos passaram pelo Celtic depois de empate sem gols na ida fora e vitória por 1 a 0 na prorrogação em casa. Nas quartas, foi a vez de eliminar o Bayern de Munique com empate por 2 a 2 no San Siro, e vitória por 2 a 0 em plena Allianz Arena. A semifinal foi contra o Manchester United. Na ida, derrota por 3 a 2 no Old Trafford. Na volta, o Milan reverteu ao vencer por 3 a 0 em casa.

Em mais uma decisão, o rossonero reencontrou o Liverpool - o algoz da derrota em 2005. Os ingleses despacharam Bordeaux, Galatasaray, Barcelona, PSV Eindhoven e Chelsea. A partida aconteceu no Estádio Olímpico de Atenas, mesmo local da festa milanista 13 anos antes.

Vacinado dos traumas, o Milan atuou mais recolocado na defesa e chegou aos gols nas poucas chances que teve. Aos 45 minutos do primeiro tempo, Filippo Inzaghi abriu o placar. Aos 37 da etapa final, ele de novo fez o segundo. O Liverpool só marcou 2 a 1 aos 44, sem ter mais tempo para outra reação. Era a revanche rubra.

A campanha do Milan:
15 jogos | 9 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 23 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Arquivo/Milan

Milan Campeão da Liga dos Campeões 2003

Nove anos depois da última conquista, o Milan recuperou os bons tempos e levou para casa sua sexta taça da Liga dos Campeões da Europa, em 2003. Com um time bem estrelado e o recorde de 19 partidas, o clube superou forças tradicionais, emergentes e os rivais locais para ficar com o título.

Mas para chegar lá, o caminho foi longo e tortuoso. No italiano de 2002, o rossonero foi apenas o quarto colocado. Dessa forma, o início da campanha precisou ser antes da fase de grupos, na terceira preliminar. O adversário foi o Slovan Liberec, da República Tcheca. Na ida, 1 a 0 para o Milan no San Siro. Na volta, os tchecos fizeram 2 a 1 e a classificação à primeira fase só veio graças ao gol marcado fora de casa.

Quatro jogos depois, já no grupo G, os italianos apagaram a má impressão. A vaga na segunda etapa veio com 100% de vitórias até ali, nos 2 a 1 em casa sobre o Bayern de Munique. Depois, a equipe até perdeu para o Lens, da França, e o Deportivo La Coruña, da Espanha - os outros oponentes da chave. O Milan terminou líder com 12 pontos.

Na segunda fase, foi a vez de superar Lokomotiv Moscou, Borussia Dortmund e Real Madrid para garantir a ponta do grupo C. Outra vez com 12 pontos, quatro vitórias em seis partidas e confirmação na quarta rodada, no 1 a 0 sobre os russos fora de casa. Nas quartas de final, o Milan eliminou o Ajax depois de empatar por 0 a 0 em Amsterdã e vencer por 3 a 2 no San Siro.

A semifinal ficou marcada pelo "Derby della Madonnina" com a Internazionale. O primeiro jogo ficou sem gols. O segundo acabou empatado por 1 a 1, com o gol rossonero saindo dos pés de Andriy Shevchenko. Ambas partidas foram no San Siro, mas o gol fora valeu mesmo assim.

A final foi em outro clássico, com o Juventus. Eles passaram por Dínamo Kiev, Feyenoord, Basel, La Coruña, Barcelona e Real Madrid. A partida aconteceu no Old Trafford, em Manchester, e acabou 0 a 0. Nos pênaltis, Dida pegou três chutes ante dois erros milanistas. Shevchenko converteu a derradeira, e o Milan foi hexa com 3 a 2 no placar.

A campanha do Milan:
19 jogos | 10 vitórias | 4 empates | 5 derrotas | 23 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Arquivo/Milan

Milan Campeão da Liga dos Campeões 1994

A expansão continua. Em 1994, a Liga dos Campeões da Europa aumentou para 42 participantes. Entre os países estreantes, a Croácia, que conseguiu sua independência da Iugoslávia. Da ex-União Soviética, Belarus, Moldávia e Geórgia entraram com uma volta de atraso.

Mas o maior impacto foi mesmo a ausência do Olympique Marselha, defensor do título. Motivo? O clube foi suspenso por ter manipulado resultados no Campeonato Francês da temporada anterior. A conquista continental não foi cassada pela UEFA, porém a nacional foi. Não só isso, a Federação Francesa ainda rebaixou o time à segunda divisão. A vaga foi ocupada pelo Monaco, terceiro colocado (o vice PSG optou pela Recopa, para fazer valer o título da Copa da França).

Assim o caminho ficou livre para o Milan, vice dos franceses em 1993. Agora sob o comando de Fabio Capello, e com o advento dos eslavos Zvonimir Boban e Dejan Savicevic e do francês Marcel Desailly (que era do Olympique), o rossonero foi tranquilo rumo ao penta. Na primeira fase, eliminou o suíço Aarau com empate sem gols fora e vitória por 1 a 0 em casa. Nas oitavas de final, despachou o Copenhagen com triunfos por 6 a 0 na Dinamarca, e por 1 a 0 na Itália.

Na fase de grupos, o Milan ficou no grupo B ao lado de Anderlecht, Werder Bremen e Porto. A UEFA mudou o regulamento nesta parte, com mais duas vagas para os segundos lugares e a recriação da semifinal em jogo único. O rossonero avançou em primeiro com duas vitórias, quatro empates e oito pontos em seis partidas. A classificação veio no quinto jogo - 0 a 0 com os belgas no San Siro. Na semifinal, o Milan derrotou o Monaco em casa por 3 a 0.

A final foi contra o Barcelona, que bateu Dínamo Kiev, Austria Viena, Galatasaray, Spartak Moscou e Porto. No Estádio Olímpico de Atenas, o rossonero passeou e goleou os espanhóis por 4 a 0 - dois gols de Daniele Massaro e um cada de Savicevic e Desailly.

A campanha do Milan:
12 jogos | 7 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 21 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Alessandro Sabattini/Getty Images

Milan Campeão da Liga dos Campeões 1990

Os anos 90 chegaram, e a Copa dos Campeões da Europa passaria a viver seus últimos dias de simplicidade. Até mesmo seu nome estava com os dias contados. Assim como o continente no geral, a UEFA iria absorver todas as mudanças que a queda do socialismo iria trazer naquela época.

Enquanto isso não acontecia, o Milan continuava à frente dos outros. Em 1990, o estilo de jogo da equipe já não era mais novidade e a campanha foi mais difícil, mas ainda assim suficiente para o tetra.
Na primeira fase, o rossonero enfrentou o HJK, da Finlândia. Tranquilamente, venceu a ida em Milão por 4 a 0, e a volta em Helsinque por 1 a 0.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Real Madrid. Outra vez o primeiro confronto foi na Itália, com vitória milanista por 2 a 0. O segundo jogo ocorreu na Espanha. O Milan se classificou, mas passou aperto ao perder por 1 a 0.

Nas quartas, foi a vez de enfrentar o Mechelen, da Bélgica. Contra uma equipe surpreendentemente complicada, o rossonero só foi fazer gols depois de quase 200 minutos. Na ida, empate por 0 a 0 em Bruxelas. Na volta, no San Siro, o tempo normal também passou zerado. Apenas na segunda etapa da prorrogação que o Milan desencantou: Marco Van Basten e Marco Simone marcaram os tentos do 2 a 0 que levaram o clube à semifinal.

O penúltimo oponente foi o Bayern de Munique. A primeira partida aconteceu na Itália, com simples 1 a 0 a favor do time rossonero. O segundo jogo foi na Alemanha, e os locais devolveram o resultado. De novo na prorrogação, Stefano Borgonovo fez o gol fora do alívio antes do segundo alemão. A derrota por 2 a 1 colocou o Milan em mais uma final.

A decisão reeditou 1963 contra o Benfica, que amargava a sina de quatro vices nas quatro últimas finais disputadas. Os portugueses bateram Derry City (Irlanda), Honvéd (Hungria), Dnipro (União Soviética) e Olympique Marselha. A partida foi no Praterstadion, em Viena. De modo apertado, o Milan foi campeão ao ganhar por 1 a 0, gol de Frank Rijkaard aos 23 minutos do segundo tempo.

A campanha do Milan:
9 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 12 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Bob Thomas/Getty Images

Milan Campeão da Liga dos Campeões 1989

Depois de um período bem variado de vencedores na Copa dos Campeões da Europa, o fim dos anos 80 viu o ressurgimento de uma nova força, vinda da Itália. Com um futebol que fugia completamente das características defensivas italianas, o Milan do técnico Arrigo Sacchi encantou o Velho Continente a partir de 1989.

O time, de toque de bola rápido e ofensivo, era uma mistura de Itália e Holanda, com Paolo Maldini, Franco Baresi, Alessandro Costacurta e Carlo Ancelotti do lado azul, e Frank Rijkaard, Marco Van Basten e Ruud Gullit do lado laranja. Na primeira fase, o rossonero enfrentou o Vitosha Sofia (atual Levski), da Bulgária. Tranquilamente, venceu os dois jogos, por 2 a 0 fora de casa, e por 5 a 2 no San Siro.

Nas oitavas de final, foi a vez de encarar o Estrela Vermelha, da Iugoslávia. Na ida, em Milão, empate por 1 a 1. Na volta, em Belgrado, os iugoslavos chegaram a abrir o placar, mas a comemoração da torcida com o uso de muita fumaça obrigou o árbitro a apitar o fim da partida com 20 minutos do segundo tempo. Ela foi remarcada para o dia seguinte, e refeita do zero. Na nova disputa, o Milan largou na frente e levou o 1 a 1. Nos pênaltis, venceu por 4 a 2 e passou de fase.

Nas quartas, o adversário foi o Werder Bremen, da Alemanha. O primeiro jogo acabou sem gols fora, e no segundo, o clube italiano venceu por 1 a 0 em casa e chegou à semifinal.

O confronto seguinte foi contra o Real Madrid. A ida foi no Santiago Bernabéu, com mais um empate por 1 a 1. A volta aconteceu no San Siro, e foi um show rossonero. Ancelotti, Rijkaard, Gullit, Van Basten e Roberto Donadoni anotaram um gol cada, e o Milan goleou por 5 a 0.

O adversário milanista na final foi o Steaua Bucareste, que superou Sparta Praga, Spartak Moscou, IFK Gotemburgo e Galatasaray. A partida foi em Barcelona, no Camp Nou. Com show holandês, o Milan foi tricampeonato ao golear por 4 a 0, dois gols de Gullit e outros dois de Van Basten.

A campanha do Milan:
9 jogos | 5 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 20 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Peter Robinson/Getty Images

Milan Campeão da Liga dos Campeões 1969

A primeira década completa da Copa dos Campeões da Europa termina com título italiano. O Milan conquistou o bicampeonato em 1969 e fechou com chave de ouro uma época que, sem dúvida, contribuiu para impulsionar a competição continental a ponto de ela ser considerada a principal entre clubes do mundo.

O título também representou o começo de uma mudança de era. Até ali, apenas ibéricos, britânicos e italianos comemoraram. Os sete anos seguintes teriam um domínio de times em países com origem germânica. Mas enquanto isso não acontecia, o Milan tratou de partir rumo à segunda taça. Na primeira fase, eliminou o Malmö depois de perder por 2 a 1 na Suécia e vencer por 4 a 1 na Itália.

Nas oitavas de final, o rossonero deveria enfrentar o ganhador de Dínamo Kiev e Ruch Chorzów (Polônia), mas as duas equipes saíram fora da disputa antes do início. Direto nas quartas, o adversário seguinte dos milanistas foi o Celtic. Na ida, empate em Milão por 0 a 0. Na volta, vitória em Glasgow por 1 a 0.

A semifinal foi contra o Manchester United, defensor do tíutlo. O primeiro jogo foi no San Siro, e o Milan abriu 2 a 0 de vantagem com gols de Angelo Sormani e Kurt Hamrin. A segunda partida foi no Old Trafford, e o rossonero segurou o empate por 70 minutos. Os ingleses fizeram 1 a 0 e tentaram igualar até o fim, porém a vaga na final ficou com o time italiano.

A decisão europeia de 1969 representou uma passagem de bastão hegemônico. O rival do Milan foi o Ajax, que havia superado Nuremberg, Fenerbahçe, Benfica e Spartak Trnava (Tchecoslováquia). Era a primeira vez da Holanda numa decisão, no que já dava o tom do que seria visto nas temporadas subsequentes.

O jogo foi no Santiago Bernabéu, em Madrid. A tradição italiana e a inexperiência holandesa foram visíveis na partida, e a conquista rossonera veio com goleada: 4 a 1, com três gols de Pierino Prati e outro de Sormani.

A campanha do Milan:
7 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 12 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/AFP

Milan Campeão da Liga dos Campeões 1963

Foram cinco anos de domínio espanhol e mais dois de hegemonia portuguesa na Copa dos Campeões da Europa, dividida entre Real Madrid e Benfica. Mas era chegada a hora de entrar um novo país no bolo: a Itália.

Com o futebol voltando a crescer próximo ao nível pré-Segunda Guerra (quando a Azzurra foi bicampeã da Copa do Mundo e ouro nas Olimpíadas), os clubes estavam prontos para dominar o continente. Na temporada que terminou em 1963, foi a vez de o Milan dar partida a uma tradição de colecionar taças continentais.

O torneio teve o recorde de 30 participantes. Desses, apenas quatro já estavam diretamente nas oitavas de final. E o rossonero ficou no grupo dos outros 28. Na primeira fase, o clube foi "agraciado" ao enfrentar o amador Union, de Luxemburgo. Em dois quase treinos, com 8 a 0 na ida, em casa, e 6 a 0 na volta, fora, a vaga nas oitavas veio fácil. O segundo adversário foi o inglês Ipswich Town. E mais uma classificação foi garantida com vitória por 3 a 0, na Itália, e derrota por 2 a 1, na Inglaterra.

Nas quartas de final, o Milan enfrentou o Galatasaray, da Turquia. Em Istambul, os italianos venceram por 3 a 1. No San Siro, a goleada por 5 a 0 garantiu a equipe na semifinal. Contra o escocês Dundee, os milanistas novamente golearam em casa, por 5 a 1, e se permitiram perder fora, por 1 a 0.

Cinco anos depois, o Milan voltava à final europeia. Seu oponente foi o Benfica, que buscava o tri e passou por Norrköping (Suécia), Dukla Praga e Feyenoord. A partida foi em Wembley, em Londres.

O primeiro título italiano veio de virada. Eusébio tinha aberto o placar no primeiro tempo, mas os lusos não ampliaram a vantagem. Aos 13 e aos 24 minutos do segundo tempo, o ítalo-brasileiro José Altafini (o Mazzola) fez os gols que transformaram a derrota no 2 a 1 que valeu a conquista.

A campanha do Milan:
9 jogos | 7 vitórias | 0 empates | 2 derrotas | 33 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Popperfoto/Getty Images

Milan Campeão Mundial 2007

Grandes times merecem grande espaço na história. Um deles, sem dúvida, é o Milan dos anos 90 e 2000, que emendou, praticamente em sequência, quase 20 anos de conquistas e ótimas campanhas. A última cartada importante do Rossonero no futebol aconteceu em 2007, em mais uma edição do Mundial de Clubes, o que o consolidaria como maior campeão de todos até o momento.

Os italianos chegaram outra vez ao Japão depois de conquistar o hepta na Liga dos Campeões, em revanche contra o Liverpool na final. O Mundial reservaria outra "vendetta" para os milanistas: o Boca Juniors - com Juan Riquelme em estado de graça - levou o hexa na Libertadores em decisão sobre o Grêmio, e trouxe a possibilidade de o encontro de 2003 se repetir.

Mas agora seria preciso aguardar os outros continentes. A FIFA fez uma pequena expansão na competição, adicionando um representante do país-sede. Geralmente, esse time é para ser o campeão local, mas como o vencedor da Ásia foi o Urawa Red Diamonds, a vaga local foi herdada pelo iraniano Sepahan, vice dos japoneses. Os demais classificados foram: o mexicano Pachuca, pela Concacaf; o tunisiano Étoile du Sahel, pela África; e o neo-zelandês Waitakere United, pela Oceania.

O Mundial de Clubes passou a começar com uma preliminar entre o "local" contra o time oceânico, e  o Sepahan eliminou o Waitakere por 3 a 1. Nas quartas de final, o Urawa fez 3 a 1 no time do Irã, e o Étoile fez 1 a 0 no Pachuca.

Os gigantes entraram na semifinal. O Boca Juniors enfrentou o clube da Tunísia, e passou com um simples 1 a 0. O Milan deu início à jornada no dia 13 de dezembro, em Yokohama, contra o Urawa. Situação que há tempos não se via em Mundiais: uma equipe atuando como visitante. Os italianos tiveram que encarar mais de 67 mil torcedores, embora muitos dos japoneses ali torceram para o próprio Rossonero. A partida foi difícil, mas o Milan conseguiu vencer por 1 a 0, gol de Clarence Seedorf.

Argentinos e italianos repetiram a final de quatro anos antes no dia 16, também em Yokohama. O Boca já não tinha mais Riquelme, mas tinha Martín Palermo. E só. O favorito óbvio era o Milan, com Seedorf, o futuro Bola de Ouro Kaká, Andrea Pirlo, Filippo Inzaghi e o quase santificado Paolo Maldini. Os times começaram o jogo com tudo, com Inzaghi abrindo o placar aos 21 minutos do primeiro tempo, e Rodrigo Palacio empatando já aos 22.

Outro empate encaminhando-se entre os clubes? Que nada, no segundo tempo o Milan passeou. Alessandro Nesta (aos cinco), Kaká (aos 16) e Inzaghi (aos 26) fizeram os gols que confirmaram o tetra mundial ao time italiano. Pablo Ledesma descontou para 4 a 2 aos 40, mas já era tarde.


Foto Junko Kimura/Getty Images

Milan Campeão Mundial 1990

A década de 90 começou da mesma forma que terminou a de 80: com o Milan atropelando a tudo e todos e vencendo quase tudo o que via pela frente. Tudo era fruto do trabalho de Arrigo Sacchi, um jovem técnico que trouxe uma nova perspectiva ao futebol italiano. Seus times não atuavam na retranca e possuíam uma força ofensiva mais acentuada, com um toque de bola rápido e contra-ataques mortais.

Na campanha do tetra europeu, o Rossonero eliminou Real Madrid e Bayern de Munique antes de vencer o Benfica na final, por 1 a 0. A base da equipe era praticamente a mesma da temporada anterior, com o trio holandês e boa parte da seleção italiana que participaria da Copa do Mundo. Ela sofreria só duas modificações para a Copa Intercontinental. O goleiro Giovanni Galli deixou a equipe e o reserva Andrea Pazzagli assumiu a camisa 1, enquanto o volante Angelo Carbone chegou para ocupar o lugar de Diego Fuser.

A Libertadores acabou reconquistada pelo Olimpia. O bicampeonato do clube paraguaio passou por eliminações sobre Grêmio e Universidad Católica, uma revanche sobre o Atlético Nacional e a decisão contra o Barcelona de Guayaquil: o Decano venceu por 2 a 0 na ida e segurou empate por 1 a 1 na volta.

O Mundial no Japão completava dez anos de idade com o enfrentamento entre Milan e Olimpia, no dia 9 de dezembro e no sempre requisitado Estádio Nacional de Tóquio. A partida foi equilibrada enquanto os paraguaios conseguiram segurar. O poderio italiano começou a ser mostrado a partir dos 43 minutos do primeiro tempo, quando Ruud Gullit, pela ponta esquerda, cruzou a bola na cabeça do compatriota Frank Rijkaard, que mandou para o gol.

Aos 17 do segundo tempo, Marco Van Basten arrancou com a bola entre a zaga rumo à área. Ele driblou um marcador e o goleiro Ever Hugo Almeida antes do chute, que desviou em outro zagueiro e foi na trave. Ao pé dela, Giovanni Stroppa conferiu para o gol e ampliou o placar. Aos 20, Van Basten aprontou novamente e tentou um gol por cobertura. A bola tocou outra vez na trave, e o rebote foi aproveitado por Rijkaard.

Com 3 a 0 no marcador, o Milan dedicou-se a administrar a vantagem, enquanto o Olimpia buscou sem sucesso um gol de honra. Ao final da partida, o trio holandês foi alçado à glória pelos italianos. Eles participaram dos três gols da equipe, e Rijkaard foi eleito o melhor em campo, levando para casa o famoso carro da Toyota. E o Milan atingiu o mesmo feito de Peñarol e Nacional, sendo o primeiro europeu tricampeão do mundo.


Foto Arquivo/Milan

Milan Campeão Mundial 1989

São poucos os esquadrões de futebol que marcaram época e ficaram para sempre na memória dos torcedores. Um deles é o Milan do final da década de 80 e início de 90.Uma equipe que levava o melhor da Itália e da Holanda para os quatro cantos da Europa, e que depois voltaria a ganhar o mundo, 20 anos depois.

Mas o que a Holanda tem a ver com isso? Foi de lá que desembarcou um trio que ajudaria o clube rossonero a atingir o topo: Ruud Gullit, Frank Rijkaard e Marco Van Basten. A presença deles foi fundamental na conquista do tricampeonato da Copa dos Campeões. O Milan eliminou Estrela Vermelha, Werder Bremen e Real Madrid antes de vencer na final o Steaua Bucareste, por 4 a 0.

Pelo lado sul-americano, a Libertadores ganhava um novo campeão. O Atlético Nacional, de Medellín, levou a Colômbia ao primeiro título na competição. Os verdolagas passaram por Emelec, Racing, Millonarios, e na decisão bateram o Olimpia: perderam por 2 a 0 na ida, devolveram o placar na volta, e nos pênaltis venceram por 6 a 5. Foi o auge de uma era obscura do futebol colombiano, que era "patrocinado" pelos cartéis do narcotráfico.

Mas a grana dos Escobares da vida não valia na Copa Intercontinental. E o Milan tinha mais bola que o Atlético Nacional. No dia 17 de dezembro, os clubes se enfrentaram para mais de 60 mil pessoas no Nacional de Tóquio. Gullit não pôde estar em campo, mas o time italiano possuía parte da base de sua seleção para compensar, como Franco Baresi, Paolo Maldini e Roberto Donadoni. O Atlético vinha com a estrela de René Higuita no gol, além de Leonel Álvarez no meio-campo.

Conhecendo seus limites, os colombianos atuaram concentrados na defesa, e os italianos não conseguiram de jeito nenhum furar a marcação adversária nos 90 minutos regulamentares. O Milan já era conhecido por fugir do estilo tradicional do Calcio, que plantava zagueiros e meias mais recuados que o normal - o catenaccio -, e praticava um futebol ofensivo, de mais movimentação. Porém isto não foi suficiente contra o Atlético, e o Mundial foi à prorrogação.

Nos 30 minutos extras, o bombardeio do Milan continuou e, na base da insistência, deu o resultado esperado. Tudo parecia apontar para outra decisão nos pênaltis, quando, aos 14 do segundo tempo, o Rossonero conseguiu uma falta dentro da meia-lua da área adversária. Alberigo Evani, que havia entrado durante o tempo normal. Ele cobrou a meia-altura, por fora da barreira, mas a bola acabou desviada por John Jairo Tréllez e ficou fora do alcance de Higuita. Pouco tempo depois, o 1 a 0 confirmou o merecido bicampeonato ao Milan.


Foto Imago/Buzzi

Milan Campeão Mundial 1969

O fim dos anos 60 chegou, a Copa Intercontinental completou sua primeira década cercado de dúvidas. O que era par ser um momento festivo e de glória, tornou-se um cenário de tensão e provocações. As diversas confusões entre 1967 e 1968 colocaram um receio nos clubes europeus em atuar na América do Sul. Mas ainda era o Mundial que estava em jogo, e clube nenhum queria deixar passar a oportunidade naquele 1969.

Campeão um ano antes, o agora temido Estudiantes entrava na disputa pelo bi. O time argentino conquistou sua segunda Libertadores com duas vitórias sobre o Nacional do Uruguai, por 1 a 0 e por 3 a 0. O representante da Europa também fazia um retorno, mas de seis anos. O Milan foi bicampeão da Copa dos Campeões com contundentes 4 a 1 sobre o Ajax na decisão. Derrotado em 1963 e vendo o rival ganhar em 1964 e 1965, o Rossonero queria o título mais do que tudo.

Respeitando o rodízio dos continentes, a competição começou em solo europeu. Assim, o San Siro, em Milão, foi o palco da partida de ida no dia 8 de outubro. Mais de 60 mil pessoas nas arquibancadas viram a equipe liderada pelo capitão Rivera reduzir muito as chances de um repeteco do Estudiantes. Aos oito minutos de jogo, Sormani já abria o placar. Aos 45, o argentino naturalizado francês Combin ampliou. E aos 26 do segundo tempo, Sormani fez o 3 a 0 final que deu uma tremenda vantagem ao Milan.

O jogo de volta foi no dia 22 de outubro, e o palco escolhido pelo Estudiantes foi mais uma vez La Bombonera, em Buenos Aires. Com três gols de desvantagem, os pincharratas não viram nenhuma perspectiva de reverter a situação por meios normais.

Já no aquecimento italiano, era possível ver o goleiro Poletti e o zagueiro Suárez acertando boladas nos adversários. Durante o jogo, o lateral Manera empurrou o goleiro Cudicini e mordeu o braço de Malatrasi. Suárez agrediu Combin e Prati, mas ele só foi expulso após atingir Rivera, o autor do gol do Milan aos 30 minutos do primeiro tempo. O Estudiantes virou para 2 a 1 aos 43 e 44 da primeira etapa - gols de Conigliaro e Suárez -, só que mesmo assim a apelação para a violência era a ordem.

No fim da partida, o Milan não conseguiu comemorar o título. Combin teve o nariz quebrado por Suárez e, deitado na maca, foi preso pela polícia. Ele também foi chutado por Poletti, que na sequência brigou com torcedores. Outros jogadores também foram presos, e Suárez foi banido de jogos internacionais por cinco anos. Mas o principal resultado da pancadaria foi a desmotivação dos times europeus, que colocaria em risco a existência do Mundial na década de 70.


Foto Arquivo/Milan