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Brasil Campeão Mundial Sub-20 2011

Em 2011, o Mundial Sub-20 foi disputado na Colômbia, no que representou a volta do torneio à América do Sul também depois de dez anos. O país-sede recebeu jogos nas principais cidades e estádios, com grande interesse do público local, garantindo uma ótima média de torcedores.

O regulamento manteve o formato com 24 seleções divididas em seis grupos de quatro. Os dois primeiros colocados de cada grupo e os quatro melhores terceiros avançaram às oitavas de final, dando início à fase eliminatória até a decisão do título.

O Brasil chegou à Colômbia em busca do pentacampeonato, após oito anos sem vencer o torneio. O time contou com uma geração promissora que revelou jogadores como Casemiro, Oscar e Philippe Coutinho, nomes que disputariam Copas do Mundo com a equipe principal. Neymar, destaque no título do Sul-Americano Sub-20, ficou fora da competição, já integrado à seleção principal.

Na primeira fase, o Brasil ficou no Grupo E. A equipe Canarinho estreou empatando com o Egito por 1 a 1, mas depois venceu a Áustria por 3 a 0 e o Panamá por 4 a 0. Ao fim da primeira fase, os brasileiros somaram sete pontos e conseguiram a liderança da chave.

Nas oitavas de final, o time brasileiro venceu a Arábia Saudita por 3 a 0. Nas quartas, empatou com a Espanha por 2 a 2 e venceu por 4 a 2 nos pênaltis. Na semifinal, a Seleção superou o México por 2 a 0 e avançou à decisão contra Portugal. Os portugueses passaram por Nova Zelândia, Uruguai, Guatemala, Argentina e França.

Mais uma final de Mundial Sub-20 foi reeditada, desta vez a de 1991. No El Campín, em Bogotá, a disputa entre Brasil e Portugal terminou com vitória brasileira por 3 a 2, na prorrogação. Oscar abriu o placar aos cinco minutos do primeiro tempo, mas os portugueses empataram aos nove e viraram aos 14 do segundo tempo. O meia brasileiro empatou aos 33, levou o jogo para o tempo extra, e garantiu o título com mais um gol aos seis minutos da segunda etapa da prorrogação, completando um hat-trick.

A campanha do Brasil:
7 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 18 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/CBF

Brasil Campeão Mundial Sub-20 2003

O Mundial Sub-20 de 2003 voltou para a Ásia e foi realizado nos Emirados Árabes. A competição estava inicialmente prevista para acontecer entre março e abril, mas acabou adiada para os meses de novembro e dezembro em função do início da Guerra do Iraque, o que alterou o calendário e a preparação das seleções.

O torneio manteve o regulamento com 24 seleções divididas em seis grupos. Os dois primeiros de cada chave, além dos quatro melhores terceiros colocados, avançaram para as oitavas de final, dando início ao mata-mata até a decisão do título.

A seleção brasileira chegou à competição buscando encerrar um jejum de dez anos sem conquistas na categoria, desde 1993. O time acabou alcançando o tetracampeonato com uma geração que revelou atletas importantes no cenário nacional e internacional, entre eles Daniel Alves, que posteriormente se consolidaria como um dos principais nomes da seleção principal e em clubes do futebol europeu.

Na fase de grupos, o Brasil esteve no Grupo C. Sua estreia foi com vitória por 2 a 0 sobre o Canadá. Na segunda rodada, empatou em 1 a 1 com a Tchéquia. Na última partida, a Seleção perdeu por 3 a 2 para a Austrália. Com quatro pontos, o time brasileiro avançou apenas em segundo lugar na chave.

No mata-mata, o Brasil precisava mostrar mais futebol, e foi crescendo aos poucos. Nas oitavas de final, superou a Eslováquia por 2 a 1 de virada e na prorrogação, depois de gol de ouro marcado por Dudu Cearense. Nas quartas, aplicou 5 a 1 sobre o Japão, e na semifinal venceu a Argentina por 1 a 0, garantindo vaga na grande decisão para enfrentar a Espanha. A equipe espanhola passou por Mali, Uzbequistão, Paraguai, Canadá e Colômbia

Brasil e Espanha reeditaram a final de 1985 no Zayed Sports City, em Abu Dhabi. Em uma partida difícil, o time canarinho conquistou o título com vitória por 1 a 0. O gol decisivo foi marcado por Fernandinho aos 43 minutos do segundo tempo, selando o tetracampeonato da equipe sub-20.

A campanha do Brasil:
7 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 14 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Rahbi Moghrabi/AFP/Getty Images

Brasil Campeão Mundial Sub-20 1993

A Austrália organizou o Mundial Sub-20 de 1993, consumando a volta da competição ao país depois de 12 anos. A escolha do país como sede trouxe novamente a atenção para o futebol para a Oceania, além de reforçar o ciclo global de torneios da FIFA, permitindo que torcidas de diferentes continentes desfrutassem de seus torneios.

A competição contou com 16 seleções divididas em quatro grupos, avançando para as quartas de final as duas melhores de cada chave. Nesta edição, a Rússia fez sua estreia como país independente, enquanto a Alemanha participou pela primeira vez unificada, refletindo as mudanças políticas recentes na Europa.

O Brasil sub-20 chegou à competição para buscar o tricampeonato. A Seleção trouxe uma geração inicialmente considerada promissora, mas que acabaria com poucos nomes alcançando sucesso internacional. O destaque maior ficou para o goleiro Dida, que mais tarde conquistaria a Copa do Mundo de 2002 com a seleção principal, contribuindo para o futuro penta brasileiro.

Na primeira fase, o Brasil ficou no Grupo D, empatando em 0 a 0 com a Arábia Saudita na estreia, vencendo o México por 2 a 1 na segunda rodada, e a Noruega por 2 a 0 na última partida. No fim, a seleção brasileira somou cinco pontos e garantiu a liderança da chave.

Nas quartas de final, o time brasileiro derrotou os Estados Unidos por 3 a 0. Na semifinal, venceu a dona da casa Austrália por 2 a 0, assegurando a classificação para a final. O oponente na luta pelo título foi Gana, que logo na estreia surpreendeu a todos eliminando somente europeus: Alemanha, Portugal, Rússia e Inglaterra.

A final foi disputada em Sydney, no Estádio Football, e o Brasil teve que correr dobrado para superar Gana, conseguido fazê-lo pelo placar de 2 a 1. Os africanos abriram o placar aos 15 minutos do primeiro tempo. Os brasileiros só conseguiram o empate aos cinco da segunda etapa, com Yan. Aos 43, Gian marcou o gol da virada e da vitória, garantindo o tricampeonato mundial para a equipe brasileira.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 11 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Guilherme Bastos/Agência O Globo

Brasil Campeão Mundial Sub-20 1985

Em 1985, a União Soviética foi escolhida como sede do Mundial Sub-20, marcando a primeira vez que a competição foi disputada na Europa. Os jogos foram realizados em estádios distribuídos por cinco diferentes repúblicas soviéticas, hoje países independentes: Rússia, Geórgia, Azerbaijão, Belarus e Armênia.

Assim como aconteceu nas quatro edições anteriores, o torneio contou com 16 seleções, organizadas em quatro grupos na primeira fase. As duas melhores de cada grupo avançaram para as quartas de final, iniciando a fase eliminatória até a decisão.

A seleção brasileira sub-20 buscava o bicampeonato mundial, após o título conquistado em 1983. O elenco em solo europeu contava com mais dois jogadores que depois fariam parte da conquista do tetra pela equipe principal: o goleiro Taffarel e o atacante Müller. Além deles, outros bons nomes completavam a base daquela geração campeã.

Na primeira fase, o Brasil esteve no Grupo B e venceu todos os jogos. Na estreia, fez 2 a 1 contra a Irlanda. Na segunda rodada, aplicou 2 a 0 sobre a Espanha. Na última partida, fez 1 a 0 diante da Arábia Saudita. A seleção canarinho somou seis pontos e garantiu a liderança.

Nas quartas de final, a equipe brasileira superou a Colômbia com uma sonora goleada por 6 a 0, com três gols de Gerson, um de Silas, outro de Dida e outro de Müller. Na semifinal, eliminou a Nigéria com uma vitória por 2 a 0. Na final, um reencontro com a Espanha, que no mata-mata eliminou Bulgária e União Soviética.

A decisão contra a Espanha aconteceu em Moscou, no Estádio Luzhniki (chamado à época de Central Lenin). A disputa foi muito mais equilibrada que a partida na primeira fase. Após empate sem gols no tempo normal, o zagueiro Henrique marcou o gol do título aos dois minutos da prorrogação, garantindo o 1 a 0 e o bicampeonato mundial para o Brasil com 100% de aproveitamento.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 14 gols marcados | 1 gol sofrido


Foto Lemyr Martins/Placar

Brasil Campeão Mundial Sub-20 1983

O Mundial Sub-20 chegou à América do Norte. Em 1983, a competição foi disputada no México. O torneio serviu como evento-teste para a Copa do Mundo de 1986 e atraiu ótimo público, com estádios cheios na maior parte das partidas. Além disso, o campeonato permitiu que o país testasse sua infraestrutura e a logística para o que viria três anos depois.

O regulamento seguiu o mesmo formato das duas edições anteriores: 16 seleções divididas em quatro grupos de quatro, com os dois primeiros avançando para as quartas de final. A partir daí, os confrontos eram eliminatórios até a decisão do título.

Para o Brasil, o torneio marcou o primeiro título da categoria. A equipe tinha três jogadores que depois seriam tetracampeões mundiais em 1994: Dunga, Bebeto e Jorginho, além de outros nomes que ganharam destaque no futebol nacional. A conquista também ajudou a consolidar a reputação brasileira nas categorias de base, mostrando a força das futuras gerações.

Na primeira fase, a seleção brasileira jogou no Grupo D. Estreou com empate em 1 a 1 contra a Holanda, depois venceu a Nigéria por 3 a 0 e superou a União Soviética por 2 a 1. Com cinco pontos, garantiu a liderança da chave sem grandes problemas.

Nas quartas de final, o Brasil venceu a Tchecoslováquia por 4 a 1, de virada, em resultado que aumentou a confiança para a reta decisiva. Na semifinal, enfrentou a Coreia do Sul e conseguiu a vaga na final com uma suada vitória por 2 a 1, também de virada. Do outro lado veio a Argentina, que bateu China, Áustria, Holanda e Polônia.

A decisão contra a Argentina foi disputada no Estádio Azteca, na Cidade do México. Diante de 110 mil torcedores, o Brasil reviveu a emoção de 1970 e conquistou o título ao vencer seu maior rival por 1 a 0. O gol saiu aos 36 minutos do primeiro tempo, em cobrança de pênalti convertida por Geovani, que terminou como artilheiro do Mundial com seis gols anotados.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 13 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Rodolpho Machado/Placar

Brasil Campeão da Copa América Feminina 2025

Em 2025, foi disputada a décima edição da Copa América Feminina, a principal competição de seleções na América do Sul, existente desde 1991. E o Brasil foi campeão pela nona vez, reafirmando sua hegemonia no continente. Apenas uma vez o país não foi campeão, em 2006, quando foi vice da Argentina. Nas outras, levou a taça: 1991, 1995, 1998, 2003, 2010, 2014, 2018, 2022 e, agora, 2025.

O torneio foi sediado no Equador, com dez equipes divididas em dois grupos na primeira fase. As duas melhores de cada chave avançaram para a fase final. Um destaque para esta edição foi o fato de, pela primeira vez, não servir como eliminatórias para a próxima Copa do Mundo, que será no Brasil em 2027. Para tal, a Conmebol vai organizar a Liga das Nações, entre 2025 e 2026. 

A campanha brasileira rumo ao eneacampeonato começou no grupo B da primeira fase. A Seleção fez 2 a 0 na Venezuela, 6 a 0 na Bolívia, 4 a 1 no Paraguai, e empatou por 0 a 0 com a Colômbia. Com dez pontos, o Brasil ficou na liderança da chave. Na semifinal, goleou o Uruguai por 5 a 1.

A final foi jogada contra a Colômbia, que na semifinal despachou a Argentina. Em Quito, no Estádio Casa Blanca, o time comandado por Arthur Elias precisou se superar. As colombianas ficaram três vezes na frente, mas em todas elas as brasileiras buscaram o empate, com gols de Angelina, Amanda Gutierres e Marta. Saída do banco de reservas, a Rainha anotou o gol do terceiro empate aos 51 minutos do segundo tempo, levando a partida à prorrogação. Ela fez outro para virar a decisão aos 15 do primeiro tempo extra, porém a adversária empatou em 4 a 4 faltando cinco minutos para o fim. Nos pênaltis, Lorena defendeu duas cobranças e o Brasil venceu por 5 a 4.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 21 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Lívia Villas Boas/CBF

Brasil Campeão da Copa América 2019

O calendário da Copa América voltou ao normal em 2019. Na oportunidade, a competição foi sediada no Brasil. Foi a quinta vez na história que a competição aconteceu em terras brasileiras, em movimentação que corroborou com o sistema de rodízio de sedes e a prometida inversão de posição com o Chile.

O regulamento da Copa América também voltou ao normal de 12 participantes, os dez sul-americanos e os dois convidados. Mas, diferentemente do que vinha acontecendo desde 1993, nenhum deles foi o México ou algum outro das Américas do Norte e Central. As vagas foram preenchidas por Japão e Catar, o primeiro repetindo 1999 e o segundo para dar experiência ao anfitrião da Copa do Mundo de 2022.

Acima de tudo isso, estava o fato de que o Brasil jamais havia perdido a competição em casa. Era preciso manter a escrita. Escaldada pelos fracassos recentes tanto em mundiais quanto em sul-americanos, a seleção Canarinho foi com tudo para buscar o nono título. A equipe enfrentou Bolívia, Venezuela e Peru no grupo A da primeira fase.

Na estreia, os brasileiros venceram por 3 a 0 os bolivianos em São Paulo, no Morumbi. A euforia abaixou na segunda rodada, no empate por 0 a 0 com os venezuelanos em Salvador, na Fonte Nova. A situação melhorou na rodada final, na goleada por 5 a 0 sobre os peruanos novamente em São Paulo, mas na Arena Corinthians. No fim, o Brasil se classificou como líder da chave, com sete pontos.

Nas quartas de final, a Canarinho enfrentou o Paraguai, mas voltou a ficar no 0 a 0 em Porto Alegre, na Arena do Grêmio. A classificação teve que vir nos pênaltis, por 4 a 3, que acabou com os traumas das eliminações de 2011 e 2015 na mesma fase, para o mesmo adversário e na mesma condição. Na semifinal, contra a Argentina, o Brasil às boas atuações e venceu por 2 a 0 em Belo Horizonte, no Mineirão.

O Brasil estava de volta à decisão da Copa América após 12 anos. O adversário foi o Peru, que eliminou Bolívia, Uruguai e Chile. Os brasileiros eram francos favoritos ao título, que foi disputado no Maracanã, no Rio de Janeiro. Com o apoio do torcedor, a Canarinho não deu chances aos peruanos e venceu por 3 a 1, com gols de Everton, Gabriel Jesus e Richarlison, os dois primeiros na etapa inicial e o último na etapa complementar.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 13 gols marcados | 1 gol sofrido


Foto Luis Acosta/AFP

Brasil Campeão da Copa América 2007

Após a primeira disputa de Copa América em ano par desde 1975, a Conmebol voltou à programação original na edição de 2007, seguindo com a transição da periodicidade bienal para quadrienal. A sede foi a Venezuela, completando o rodízio, iniciado em 1987, que colocou os dez países como anfitriões. Pela primeira vez na organização de um campeonato exclusivo de futebol, o país fez do torneio uma Copa do Mundo particular, com nove grandes estádios construídos ou reformados.

Com o estreante Dunga como técnico, o Brasil entrou para defender o título sul-americano com um time bastante modificado em relação ao que fracassou na Copa do Mundo de 2006. No grupo B, os adversários foram México, Chile e Equador. A estreia não poderia ter sido pior, pois os brasileiros atuaram mal e perderam por 2 a 0 para os mexicanos. A recuperação veio no jogo seguinte, na vitória por 3 a 0 sobre os chilenos. Na última rodada, foi a vez de fazer 1 a 0 sobre os equatorianos. Os resultados deixaram a seleção Canarinho classificada apenas na segunda colocação da chave, com seis pontos. 

Nas quartas de final, o Brasil voltou a encontrar o Chile. Se na fase inicial foram três gols, no mata-mata a conta dobrou: goleada por 6 a 1, fora o baile brasileiro. As dificuldades só voltariam na semifinal, contra o Uruguai. A seleção Canarinho ficou duas vezes à frente do placar, com gols de Maicon e Júlio Baptista, mas cedeu o empate aos uruguaios em ambas as oportunidades. O 2 a 2 levou a partida aos pênaltis, e por 5 a 4 o Brasil conquistou seu lugar na decisão.

Pela segunda vez seguida, a final da Copa América contou com Brasil e Argentina. Para chegar junto, os argentinos tiveram que derrubar Colômbia, Estados Unidos, Peru e México. Mas, diferentemente do que aconteceu três anos antes, quando as coisas só foram decididas no último lance do jogo e depois nos pênaltis, as coisas foram resolvidas mais rapidamente no Estádio Pachencho Romero, na cidade de Maracaibo.

Isso porque Júlio Baptista abriu o placar para os brasileiros logo aos quatro minutos do primeiro tempo. Aos 40, o zagueiro Roberto Ayala tentou cortar uma bola cruzada na área e acabou atirando contra o próprio gol, ampliando o placar. Aos 24 do segundo tempo, Daniel Alves fechou a conta, marcando 3 a 0. O resultado tranquilo deu a oitava conquista da Copa América do Brasil. Além disso, também impôs mais um tempo na fila de títulos à Argentina, que ainda teria de esperar mais de uma década para voltar a comemorar.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 15 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Sérgio Pinto/CBF

Brasil Campeão da Copa América 2004

Conforme a história da Copa América avança, é possível observar muito bem as mudanças nos padrões de cronograma. Recriada para acontecer de quatro em quatro anos a partir de 1975, a periodicidade foi para de dois em dois anos a partir de 1987. A conta foi assim até 2001, quando a Conmebol reorganizou mais uma vez, colocando a edição seguinte três anos depois, em 2004. O plano nunca foi torná-la trienal, porque em algum momento a competição se chocaria com a Copa do Mundo. O objetivo real do movimento era adaptar o torneio de maneira gradual, para ser novamente quadrienal a partir de 2007.

Sediada no Peru, a Copa América de 2004, foi praticamente especial. Foi nela que o Brasil recuperou a hegemonia continental, mesmo poupando os principais jogadores levando à campo uma equipe B. O time era quase inteiro composto por jovens promessas, como o meia Alex, o goleiro Júlio César, e os atacantes Luís Fabiano e Adriano.

A seleção Canarinho ficou no grupo C da primeira fase, junto com Chile, Costa Rica e Paraguai. Na estreia, vitória por 1 a 0 sobre os chilenos. Na segunda rodada, foi a vez de golear por 4 a 1 os costarriquenhos. Na última rodada, porém, a equipe perdeu por 2 a 1 para os paraguaios, que empurraram os brasileiros para o segundo lugar da chave, com seis pontos.

Nas quartas de final, o Brasil voltou a crescer e se recuperou contra o México, na goleada por 4 a 0. mas as dificuldades voltaram na semifinal, contra o Uruguai, onde a Canarinho ficou apenas no empate por 1 a 1, precisando vencer por 5 a 3 nos pênaltis para se classificar à final.

Na decisão, chegaram Brasil e Argentina, algo inédito na Copa América. No caminho, os argentinos eliminaram Equador, Peru e Colômbia. A partida, que até hoje povoa o imaginário do torcedor, aconteceu Estádio Nacional de Lima. Com o time principal, a Argentina ficou duas à frente do placar. A primeira foi dos 20 até aos 45 do primeiro tempo, quando o zagueiro Luisão empatou pela primeira vez. E a outra foi aos 42 do segundo tempo, quando pareceu o título brasileiro estava perdido. Pareceu.

Aos 48 minutos, no último lance, Adriano recebeu a bola na entrada da área e, sem deixar ela cair no chão, girou batendo no canto esquerdo do goleiro Roberto Abbondanzieri, empatando por 2 a 2.  Com a parte argentina do estádio calada, o jogo foi aos pênaltis. Nas cobranças, Andrés D'Alessandro e Gabriel Heinze desperdiçaram, enquanto quatro brasileiros acertaram as suas. Nem precisou da quinta: o zagueiro Juan anotou 4 a 2 e o Brasil conquistou sua sétima Copa América, de maneira inesquecível.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 3 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 13 gols marcados | 6 gols sofridos 


Foto David Leah/Mexsport

Brasil Campeão da Copa América 1999

Em uma confederação com somente dez países, sempre foi mais complicado de organizar competições entre seleções, mas a Copa América nunca chegou a subverter tanto a geografia como faria em 1999. Sediada no Paraguai, a competição teve pela terceira vez o México como convidado, o que já era normal, pois até na Libertadores isso já acontecia.

O problema ficou no outro convite, que não foi nem Estados Unidos ou Costa Rica, mas para o Japão. Diretamente da Ásia para a América do Sul, o movimento foi parte de um acordo que envolveu a Toyota, patrocinadora master da Libertadores desde 1998. Mas os japoneses empataram um jogo, perderam dois e se despediram ainda na fase de grupos.

A disputa pelo título ficou concentrada nas seleções de sempre. Com uma equipe renovada e disposta a esquecer rápido o vice na Copa do Mundo de 1998, o Brasil entrou louco para levar o hexa e manter a hegemonia em seu quintal. A Canarinho ficou no grupo B da primeira fase, contra Venezuela, México e Chile. Na estreia já veio o primeiro furacão, na goleada por 7 a 0 sobre os venezuelanos, lembrada até hoje pelo golaço do garoto Ronaldinho, de 19 anos. Na sequência, vitórias por 2 a 1 sobre os mexicanos e por 1 a 0 sobre o chilenos garantiram a liderança do grupo B, com nove pontos.

O adversário nas quartas de final foi a Argentina, que na fase de grupos perdido por 3 a 0 para a Colômbia e viu seu atacante Martín Palermo perder três pênaltis na mesma partida. A vitória no clássico aconteceu por 2 a 1, de virada. Os gols da classificação foram feitos por Rivaldo e Ronaldo. Na semifinal, houve o reencontro com o México e outra vitória, desta vez por 2 a 0. Os gols foram anotados por Amoroso e Rivaldo.

Chegada a final, o Brasil enfrentou o Uruguai, repetindo o confronto pela quarta vez nas últimas oito edições. Os uruguaios chegaram lá ao eliminar Equador, Paraguai e Chile. O palco da disputa foi o Defensores del Chaco, em Assunção. Mas, se em 1983, 1989 e 1995 os placares foram apertados, em 1999 os brasileiros trataram de deixar as coisas mais fáceis.

Com 20 minutos de primeiro tempo, Rivaldo abriu o placar para o Brasil. Aos 27, outra vez Rivaldo mandou a bola no fundo da rede. E no primeiro minuto do segundo tempo, Ronaldo fez 3 a 0 e fechou o resultado da decisão. Pela sexta vez, Brasil conquistou o título da Copa América. E pela primeira vez, emendou duas conquistas consecutivas.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 17 gols marcados | 2 gols sofridos 


Foto Arquivo/Gazeta Press

Brasil Campeão da Copa América 1997

A concorrida década de 90 foi marcada por surpresas, inícios e quedas de tabu na Copa América. Dois destes fatos aconteceram na edição de 1997, sediada na Bolívia. Não havia o que fazer em relação à altitude, e a maioria das sedes escolhidas localizavam-se no alto, como La Paz (3.637 metros), Oruro (3.702), Sucre (2.810) e Cochabamba (2.582). No fim, o ar rarefeito contribuiu para as eliminações do Uruguai na primeira fase e da Argentina nas quartas de final. Acerca disto, a competição teve um novo estreante, a convidada Costa Rica.

Só um fator ficou inalterado durante o torneio: o favoritismo do Brasil. Atuando na única cidade ao nível do mar, Santa Cruz de la Sierra, a seleção Canarinho estava disposta a dar um fim no incômodo tabu de nunca ter vencido a competição fora de seu país. Sob a liderança ofensiva da dupla Ronaldo e Romário, todos "tiveram que engolir" o título do time do técnico Zagallo.

No grupo C da primeira fase, o Brasil enfrentou Costa Rica, México e Colômbia. A estreia foi com uma tranquila goleada por 5 a 0 sobre os costarriquenhos. A dificuldade subiu contra os mexicanos, com a vitória vindo por 3 a 2, de virada. A classificação já estava garantida quando os brasileiros bateram os colombianos por 2 a 0 na última rodada. Com nove pontos, a Canarinho ficou na liderança da chave.

Nas quartas de final, o Brasil enfrentou o Paraguai e venceu por 2 a 0, gols marcados por Ronaldo. Na semifinal, o adversário foi o Peru, que estava ali porque superou a Argentina na fase anterior. Mas os brasileiros não quiseram saber de zebra e aplicaram 7 a 0 nos peruanos, com gols de Denílson, Flávio Conceição, Romário (dois), Leonardo (dois) e Djalminha.

O adversário brasileiro na decisão foi a anfitriã Bolívia, que antes despachou Uruguai, Venezuela, Colômbia e México. Até a semi, o Brasil fez toda a campanha no Estádio Ramón Aguilera, em Santa Cruz. Na final, porém, o time teria de subir o morro até o Hernando Siles, em La Paz, onde os bolivianos atuaram em todas as partidas.

Embora a altitude fosse encarada como obstáculo, a qualidade técnica brasileira era muito maior que a boliviana. Aos 40 minutos do primeiro tempo, Denílson abriu o placar para o Brasil. Aos 45, a Bolívia empatou. A vitória e o título só foram encaminhados no segundo tempo. Aos 34 minutos, Ronaldo desempatou. Aos 45, Zé Roberto fez 3 a 1 e concluiu a conquista do penta sul-americano, com 100% de aproveitamento e, finalmente, sendo a primeira taça vinda de fora do Brasil.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 22 gols marcados | 3 gols sofridos 


Foto Alexandre Battibugli/Placar

Brasil Campeão da Copa América 1989

Agora de dois em dois anos, a Copa América desembarcou no Brasil em 1989. Junto, veio uma mudança mais radical no regulamento, que dobrou o número de jogos de 13 para 26. A partir desta edição, os dez participantes ficaram divididos em dois grupos de cinco, com líderes e vices avançando para o quadrangular final. Assim, o campeão perdeu o benefício de entrar só na semifinal. Mas, apesar do aumento no número de partidas, a duração continuou em torno de duas semanas.

Dono da casa após 40 anos, o Brasil convivia com uma sina na Copa América, a de nunca ter vencido sem ser fora do país. Portanto, as quatro décadas somavam um longo jejum de títulos pelo continente. O caminho para o fim da fila começou em Salvador, que sediou o grupo A junto com Recife. Na Fonte Nova, os brasileiros estrearam com vitória por 3 a 1 sobre a Venezuela. Porém, a sequência contou com dois empates sem gols contra Peru e Colômbia, que azedaram a relação com a torcida baiana.

O clima ficou tão ruim que fez a seleção brasileira mudar o local da última partida para Recife. No Estádio do Arruda, e com o apoio mais acalorado dos pernambucanos, a Canarinho fez 2 a 0 no Paraguai e se classificou na vice-liderança da chave, empatado em seis pontos com os próprios paraguaios, que tiveram melhor saldo de gols. No grupo B, sediado totalmente em Goiânia, no Serra Dourada, Argentina e Uruguai garantiram as outras vagas.

O quadrangular final foi disputado totalmente no Rio de Janeiro, no Maracanã. A estreia do Brasil foi contra a Argentina, e mais de 100 mil pessoas acompanharam a vitória por 2 a 0 e o lindo gol de voleio marcado por Bebeto, que abriu o placar. Na segunda rodada, triunfo por 3 a 0 sobre o Paraguai, que eliminou o adversário e manteve a Canarinho na briga pelo título. Nos demais jogos, o Uruguai fez exatamente os mesmos resultados sobre os rivais. Ambos somavam quatro pontos, cinco gols marcados e nenhum sofrido.

Empatados em tudo, Brasil e Uruguai decidiram a Copa América de 1989 no dia 16 de julho, mesma data em que foi definida a Copa do Mundo em 1950 a favor dos uruguaios. O ambiente estava propício para o retorno de velhos fantasmas para assombrar a cabeça dos mais de 148 mil torcedores no Maracanã. Mas a história seria reescrita a partir dos quatro minutos do segundo tempo, quando Romário cabeceou de maneira certeira o cruzamento de Mazinho e fez 1 a 0. Na sequência, os brasileiros souberam controlar a vantagem e seguraram a vitória mínima até o fim, para acabar com a fila no próprio território. Faltava ainda ser campeão sul-americano fora do país.

A campanha do Brasil:
7 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 11 gols marcados | 1 gol sofrido


Foto César Loureiro/Agência O Globo

Todas as terceiras colocadas da Copa do Mundo Feminina

A Copa do Mundo Feminina cresce mais a cada edição, e aqui no blog ela também ganha seu destaque. Na sequência, trazemos todos as nove seleções que terminaram na terceira colocação dos Mundiais entre 1991 e 2023. São quatro países ao todo, com vantagem para Suécia, que na última edição somou sua quarta medalha de bronze na competição. Confira!

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Todas as vice-campeãs da Copa do Mundo Feminina

Encerrada a Copa do Mundo Feminina de 2023, o compilado de hoje no blog traz a atualização sobre as vice-campeãs da competição. E a marca curiosa de nunca ter ocorrido uma segunda colocação repetida continua, com a entrada da Inglaterra. São nove seleções diferentes nas nove edições do Mundial, desde 1991. A seguir!

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Todos os terceiros colocados da Copa do Mundo

Tirando o campeão, a única seleção que também sai feliz da Copa do Mundo é a que vence a disputa do terceiro lugar. Por isso, o blog trás a partir de hoje todas as 22 seleções que já ficaram no terceiro posto dos Mundiais ao longo de 92 anos de história. Para ver os campeões e o vices, clique nos links.

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