Em 1985, a União Soviética foi escolhida como sede do Mundial Sub-20, marcando a primeira vez que a competição foi disputada na Europa. Os jogos foram realizados em estádios distribuídos por cinco diferentes repúblicas soviéticas, hoje países independentes: Rússia, Geórgia, Azerbaijão, Belarus e Armênia.
Assim como aconteceu nas quatro edições anteriores, o torneio contou com 16 seleções, organizadas em quatro grupos na primeira fase. As duas melhores de cada grupo avançaram para as quartas de final, iniciando a fase eliminatória até a decisão.
A seleção brasileira sub-20 buscava o bicampeonato mundial, após o título conquistado em 1983. O elenco em solo europeu contava com mais dois jogadores que depois fariam parte da conquista do tetra pela equipe principal: o goleiro Taffarel e o atacante Müller. Além deles, outros bons nomes completavam a base daquela geração campeã.
Na primeira fase, o Brasil esteve no Grupo B e venceu todos os jogos. Na estreia, fez 2 a 1 contra a Irlanda. Na segunda rodada, aplicou 2 a 0 sobre a Espanha. Na última partida, fez 1 a 0 diante da Arábia Saudita. A seleção canarinho somou seis pontos e garantiu a liderança.
Nas quartas de final, a equipe brasileira superou a Colômbia com uma sonora goleada por 6 a 0, com três gols de Gerson, um de Silas, outro de Dida e outro de Müller. Na semifinal, eliminou a Nigéria com uma vitória por 2 a 0. Na final, um reencontro com a Espanha, que no mata-mata eliminou Bulgária e União Soviética.
A decisão contra a Espanha aconteceu em Moscou, no Estádio Luzhniki (chamado à época de Central Lenin). A disputa foi muito mais equilibrada que a partida na primeira fase. Após empate sem gols no tempo normal, o zagueiro Henrique marcou o gol do título aos dois minutos da prorrogação, garantindo o 1 a 0 e o bicampeonato mundial para o Brasil com 100% de aproveitamento.
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