No ano da zebra, a Libertadores passou por uma nova expansão. A fase de grupos aumentou de 32 para 36 clubes em 2004, ganhando um nono grupo somente nesta edição. Isto foi possível por dois motivos: a fase preliminar entre venezuelanos e mexicanos foi abolida, e uma vaga foi adicionada para Brasil e a própria Venezuela.
Mas por que 2004 é o ano da zebra? É que muitas competições nesta temporada foram vencidas por equipes as quais não se esperava quase nada antes do início. Foi assim com o Once Caldas na Libertadores. Os colombianos não eram considerados grandes nem mesmo em seu país, mas surpreendeu o continente.
No grupo 2 da primeira fase, liderou com folga sobre o venezuelano Maracaibo, o argentino Vélez Sarsfield e o uruguaio Fénix. O time venceu quatro jogos e empatou um, somando 13 pontos. No mata-mata, os nove líderes mais os cinco melhores vices avançaram às oitavas de final.
Os outros quatro disputaram uma repescagem em jogos únicos, em busca das duas vagas restantes. E os blancos de Manizales aguardaram essa definição entre Barcelona de Guayaquil e Maracaibo, com vitória dos equatorianos. No Equador, empate sem gols entre Once Caldas e Barcelona. Na Colômbia, empate por 1 a 1 e vitória nos pênaltis por 4 a 2.
Nas quartas, o clube bateu o Santos após empatar por 1 a 1 na ida fora e vencer por 1 a 0 na volta em Palogrande. A semifinal foi contra o São Paulo, e começou com outro empate no Brasil, por 0 a 0. Em Manizales, o Once Caldas fez 2 a 1 e chegou na decisão.
A final foi contra o Boca Juniors, que eliminou Sporting Cristal, São Caetano e River Plate. A ida foi em La Bombonera, e o Once Caldas segurou o 0 a 0. A volta foi em Palogrande. Jhon Viáfara abriu o placar aos colombianos, mas os argentinos fizeram 1 a 1 no segundo tempo. Nos pênaltis, o Boca errou todas as cobranças e Jorge Agudelo converteu a que fez 2 a 0 e deu o título histórico ao clube blanco.