Mostrando postagens com marcador Bayern de Munique. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Bayern de Munique. Mostrar todas as postagens

Bayern de Munique Campeão da Recopa Europeia 1967

A Recopa Europeia de 1967 sofreu mais um aumento no número de participantes, de 31 para 32. Mas engana-se quem pensa que a UEFA fez desta edição um mata-mata perfeito. Ao contrário: para preservar o benefício do campeão anterior em entrar nas oitavas de final, a entidade criou uma fase preliminar com dois times, cujo ganhador foi à primeira fase com os outros 29 times.

Um desses 29 era o Bayern de Munique. Bicampeão da Copa da Alemanha em 1966, o clube bávaro despertava na época para se tornar o maior de todos no país. Com um jovem zagueiro chamado Franz Beckenbauer e um jovem atacante chamado Gerd Müller entre os titulares, a equipe chegava para conquistar seu primeiro título a nível internacional.

Na primeira fase, o Bayern enfrentou o Tatran Presov, da Tchecoslováquia. Na ida, empate por 1 a 1 fora de casa. Na volta, vitória por 3 a 2 no Estádio Grünwalder, em Munique. Nas oitavas de final, contra o Shamrock Rovers, os alemães tiveram os mesmos resultados: 1 a 1 na Irlanda e 3 a 2 na Alemanha.

O sapato ficou mais apertado nas quartas de final, contra o Rapid Viena. O primeiro jogo foi disputado na Áustria, e o Bayern acabou derrotado por 1 a 0. A segunda partida aconteceu no Grünwalder, com os bávaros devolvendo o resultado e levando o confronto à prorrogação. O gol do 2 a 0 foi anotado no tempo extra, classificando os alemães.

Na semifinal, a vida foi bem mais tranquila contra o Standard Liège. A primeira partida foi disputada em Munique, com vitória do Bayern por 2 a 0. O segundo jogo foi na Bélgica, com os alemães voltando a vencer, por 3 a 1. Os três gols foram marcados por Gerd Müller.

O Bayern de Munique encarou o Rangers na decisão. Os escoceses superaram Glentoran, Chemie Leipzig, Gyori e Slavia Sofia. Na própria Alemanha, no Estádio Städtisches, em Nuremberg, a torcida foi quase toda bávara. O título foi obtido no triunfo por 1 a 0, gol de Franz Roth na prorrogação.
 
A campanha do Bayern de Munique:
9 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 16 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Imago/Werek/Sportfotodienst

Bayern de Munique Campeão da Liga Europa 1996

Em 1996, a Copa da UEFA completou 25 edições, com 16 clubes diferentes tendo o prazer de ter erguido a taça. Naquele momento, o domínio era todo da Itália, que havia vencido seis dos últimos sete torneios. Mas não foi o que aconteceu naquela temporada, nem de perto: nenhum clube da Itália chegou na semifinal. Quem levou o título foi a Alemanha.

Buscando voltar aos bons tempos de glórias internacionais, o Bayern de Munique chegou para conquistar seu primeiro título de caráter europeu em 20 anos. A taça veio com o ídolo máximo Franz Beckenbauer no comando técnico. E em campo, com a fusão de duas gerações: perto do fim, a de Jürgen Klinsmann e Lothar Matthäus, e ainda no início, a de Oliver Kahn.

"Die roten" (os vermelhos) teve uma campanha quase perfeita. Começou diante do Lokomotiv Moscou, na primeira fase. Surpreendente, a equipe foi derrotada por 1 a 0 na ida, em pleno Olímpico de Munique. A correção da rota foi feita na volta, na Rússia, com a goleada por 5 a 0. Na segunda fase, o Bayern passou pelo Raith Rovers, da Escócia, com vitórias por 2 a 0 fora, e por 2 a 1 em casa.

Nas oitavas, os alemães enfrentaram o Benfica. O primeiro jogo aconteceu em Munique, e teve uma das melhores atuações da carreira de Klinsmann. Com quatro gols, o atacante foi o responsável pela goleada por 4 a 1 que encaminhou a classificação. A segunda partida foi em Lisboa, no Estádio da Luz, e o Bayern voltou a vencer, por 3 a 1. Nas quartas, o adversário foi o Nottingham Forest. Com vitória por 2 a 1 na Alemanha e goleada por 5 a 1 na Inglaterra, a equipe bávara chegou na semifinal.

O próximo confronto foi contra o Barcelona. A primeira partida, foi disputada no Olímpico de Munique e foi complicada. Os catalães abriram o placar, Marcel Witeczek e Mehmet Scholl fizeram os gols do da virada Bayern, mas o time cedeu o empate por 2 a 2 no fim das contas. O segundo jogo foi no Camp Nou, e os alemães conseguiram a passagem para a final ao vencerem por 2 a 1, com tentos de Markus Babbel e outro de Witeczek e outra atuação inesquecível.

A decisão foi contra o francês Bordeaux, que eliminou Vardar (Macedônia), Rotor Volgogrado (Rússia), Betis, Milan e Slavia Praga. O primeiro jogo foi realizado no Olímpico de Munique, e o Bayern venceu tranquilamente por 2 a 0. Os gols foram anotados por Thomas Helmer e Scholl. A segunda partida foi no Estádio Parc Lescure. Jogando pelo empate, o Bayern conseguiu outra vitória, por 3 a 1 para ficar com o título. Scholl, Emil Kostadinov e Klinsmann foram os autores dos gols históricos.

A campanha do Bayern de Munique:
12 jogos | 10 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 32 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Aubrey Washington/Empics/PA Images

Bayern de Munique Campeão da Liga dos Campeões 2020

Nunca na história da Liga dos Campeões da Europa -nem mesmo sob o antigo nome Copa dos Campeões - havia tido um campeão com 100% de aproveitamento nas partidas. Até a temporada encerrada em 2020. Numa competição marcada por uma pausa forçada de cinco meses e uma mudança atípica de regulamento, o Bayern de Munique chegou ao sexto título europeu com 11 vitórias em 11 jogos.

Na primeira fase, os alemães ficaram no grupo B, com Tottenham, Olympiacos e Estrela Vermelha. Com seis vitórias em seis jogos, o time garantiu a classificação na liderança, com 18 pontos. A vaga foi obtida na quarta rodada, no triunfo por 2 a 0 sobre os gregos em casa. O primeiro lugar foi confirmado na partida seguinte, na goleada por 6 a 0 sobre os sérvios fora.

Nas oitavas de final, o clube bávaro enfrentou o Chelsea. A ida foi em Londres, com vitória por 3 a 0. Foi então que explodiu no mundo a pandemia de covid-19, e a UEFA paralisou a Liga dos Campeões entre março e agosto de 2020, antes da disputa da volta. Quando o torneio voltou, foi sem torcida nos estádios. E com nenhum torcedor na Allianz Arena, o Bayern fez 4 a 1 no adversário inglês e avançou de fase.

Das quartas em diante, a UEFA mudou o regulamento em prol da segurança sanitária. A entidade criou uma bolha em Lisboa para que os oito classificados não precisassem viajar entre países. Os jogos foram nos estádios da Luz e no José Alvalade. E o adversário do Bayern nessa primeira etapa foi o Barcelona. 

Num jogo que chocou a todos, os alemães golearam os espanhóis por incríveis 8 a 2. Entre os autores dos gols, Thomas Muller (dois), Robert Lewandowski (um) e Philippe Coutinho (dois). Na semifinal, foi a vez de derrotar o Lyon por 3 a 0.

A final foi contra o Paris Saint-Germain, que passou por Clube Brugge, Galatasaray, Borussia Dortmund, Atalanta e RB Leipzig. A partida foi no Estádio da Luz, e o Bayern de Munique levou o hexa depois de vencer por 1 a 0. O gol do título foi marcado por Kingsley Coman, aos 14 minutos do segundo tempo.

A campanha do Bayern de Munique:
11 jogos | 11 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 43 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Miguel Lopes/DPA

Bayern de Munique Campeão da Liga dos Campeões 2013

A Liga dos Campeões de 2013 viu acontecer a redenção do time que ficou por muito pouco para conseguir a conquista dos sonhos uma temporada antes. A derrota do Bayern de Munique em casa para o Chelsea na final de 2012 poderia representar um momento de crise, mas o que aconteceu foi o contrário: foi a partir desta perda que o clube assumiu um domínio nunca antes visto na Europa. Já são dez títulos alemães consecutivos (e contando). E junto com a primeira dessas graças veio a quinta taça continental em cima de um rival local.

Na primeira fase, os bávaros ficaram no grupo F, ao lado de Valencia, Bate Borisov (Belarus) e Lille. Em seis partidas, eles conseguiram quatro vitórias e um empate que somaram 13 pontos. A classificação saiu na quinta rodada, no empate por 1 a 1 em confronto com os valencianos fora de casa. Com a mesma pontuação que os espanhóis, a liderança da chave foi definida no confronto direto: este empate mais a vitória por 2 a 1 na estreia em casa valeram o primeiro lugar.

Nas oitavas de final, os alemães enfrentaram o Arsenal em confrontos complicados. Na ida, vitória por 3 a 1 em plena Londres. Na volta, os ingleses apertaram e fizeram 2 a 0 na Allianz Arena, que valeu a passagem de fase pelos gols marcados fora de casa. Nas quartas, o adversário foi a Juventus. Com duas vitórias por 2 a 0, os bávaros avançaram mais uma vez.

A semifinal foi contra o Barcelona. Na ida, em Munique, o Bayern abriu larga vantagem ao golear por 4 a 0. Como se não bastasse, no Camp Nou o passeio continuou, com outro triunfo por 3 a 0 e uma histórica classificação.

A final foi contra o Borussia Dortmund, que ainda conseguia competir com o Bayern e superou Ajax, Manchester City, Shakhtar Donetsk, Málaga (Espanha) e Real Madrid. A partida foi em Londres, no Estádio Wembley. Aos 15 minutos do segundo tempo, Mario Mandzukic abriu o placar aos bávaros. Aos 23 veio o empate rival, mas aos 44 Arjen Robben fez 2 a 1 e consolidou o penta com um belo gol.

A campanha do Bayern de Munique:
13 jogos | 10 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 31 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Keogh/Reuters

Bayern de Munique Campeão da Liga dos Campeões 2001

A Liga dos Campeões da Europa entrou no século 21 com o ressurgimento de uma força alemã. Depois de 25 anos e três vices (dois deles extremamente doloridos), o Bayern de Munique de 2001 conquistou o tetracampeonato com uma das mais convincentes trajetórias já vistas. Naquela temporada, o clube bateu o recorde de 12 vitórias obtidas.

Foram 72 os participantes daquela Champions. Campeão alemão, o Bayern iniciou já na fase de grupos, na chave F, contra Helsingborgs (Suécia), Rosenborg (Noruega) e Paris Saint-Germain. Nos seis jogos que disputou, o time bávaro fez uma campanha segura, com três vitórias, dois empates e 11 pontos no primeiro lugar. Ainda assim, a classificação só veio na última rodada, ao buscar o empate por 1 a 1 com os noruegueses aos 43 minutos do segundo tempo, fora de casa.

Na fase seguinte, o clube alemão caiu no grupo C, contra Spartak Moscou (Rússia), Lyon (França) e Arsenal (Inglaterra). Em mais seis partidas, foram quatro vitórias, um empate e 13 pontos que deixou a equipe outra vez na liderança. A vaga no mata-mata também foi conquistada no último jogo, na vitória por 1 a 0 sobre os ingleses no Estádio Olímpico de Munique.

Nas quartas de final, o adversário foi o Manchester United, que dois anos antes virou de maneira incrível na final contra os bávaros. E a revanche veio bem feita, com vitórias por 1 a 0 na Inglaterra e por 2 a 1 na Alemanha. A semifinal foi contra o Real Madrid, com o mesmo roteiro: 1 a 0 fora e 2 a 1 em casa.

A final foi jogada contra o Valencia, que voltou um ano depois ao derrubar Heerenveen (Holanda), Olympiacos, Panathinaikos, Sturm Graz (Áustria), Arsenal e Leeds United. No San Siro, em Milão, o Bayern de Munique saiu perdendo aos três minutos do primeiro tempo, mas empatou por 1 a 1 aos cinco do segundo, com Stefan Effenberg de pênalti. Nas cobranças de desempate, brilhou a estrela de Oliver Kahn com a defesa decisiva. Por 5 a 4, o Bayern foi tetra.

A campanha do Bayern de Munique:
17 jogos | 12 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 26 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Popperfoto/Getty Images

Bayern de Munique Campeão da Liga dos Campeões 1976

O capítulo final do domínio germânico na Copa dos Campeões da Europa na década de 70. Em 1976, o Bayern de Munique levou o tricampeonato continental e deu os últimos contornos a uma história iniciada três temporadas antes. A conquista elevou o clube ao status de segundo maior vencedor até àquele momento, empatado em taças com o Ajax e com metade atrás do Real Madrid.

De volta com 32 participantes, a UEFA acabou mais uma vez com o benefício de se começar já nas oitavas de final. Assim, o time bávaro teve de disputar a primeira fase na defesa do título. Os primeiros confrontos foram diante do Jeunesse Esch, de Luxemburgo, com duas vitórias tranquilas por 5 a 0, fora, e 3 a 1, em casa.

Nas oitavas, o Bayern enfrentou o Malmö. Na ida, derrota por 1 a 0 na Suécia - a única até a decisão. Na volta, vitória por 2 a 0 no Olímpico de Munique e vaga nas quartas de final. Na outra fase, foi a vez de enfrentar o Benfica. O primeiro jogo aconteceu no Estádio da Luz, em Lisboa, e ficou no 0 a 0. Na segunda partida, na Alemanha, Bernd Dürnberger marcou duas vezes, Karl-Heinz Rummenigge fez outro e Gerd Müller também anotou dois para o Bayern golear os portugueses por impiedosos 5 a 1.

A semifinal foi contra o Real Madrid. No Santiago Bernabéu, empate por 1 a 1 entre alemães e espanhóis. No Olímpico, mais dois gols de Gerd Müller e 2 a 0 para a equipe germânica, finalista.

O Bayern de Munique chegou na terceira decisão para enfrentar o Saint-Étienne, clube francês que superou KB (Dinamarca), Rangers, Dínamo Kiev, e PSV Eindhoven. A partida foi realizada no Hampden Park, na cidade escocesa de Glasgow.

Favorito, o time bávaro chegou à vitória e ao terceiro título no gol de Franz Roth, anotado aos 12 minutos do segundo tempo. O placar de 1 a 0 foi suficiente e fechou com chave de ouro uma grande passagem da história da principal competição de clubes da Europa. 

A campanha do Bayern de Munique:
9 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 19 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto George Beutter/Onze/Icon Sport/Getty Images

Bayern de Munique Campeão da Liga dos Campeões 1975

A supremacia do Bayern de Munique na Copa dos Campeões da Europa teve continuidade no ano de 1975. Com a base da seleção que venceu a Copa do Mundo no ano anterior - Sepp Maier no gol, Franz Beckenbauer na zaga, Gerd Müller no ataque, entre outros -, o clube bávaro prosseguiu seu domínio sobre os adversários com resultados simples e consistentes.

Livre da primeira fase por estar defendendo o título (eram 29 participantes ao todo), o Bayern iniciou sua campanha nas oitavas de final diante do Magdeburg, da Alemanha Oriental. O primeiro jogo aconteceu no Estádio Olímpico de Munique. após sofrer dois gols, o time ocidental virou de maneira épica para 3 a 2. A segunda partida foi em território socialista, e desta vez a vitória veio sem maiores complicações, por 2 a 1.

Nas quartas, foi a vez de enfrentar o Ararat Yerevan, da União Soviética. Na ida, os alemães venceram em casa por 2 a 0. Na volta, fora, os armênios pressionaram, tentaram a reação, mas o Bayern segurou a derrota útil por 1 a 0 para chegar à semifinal.

Na fase seguinte, o enfrentamento foi contra o Saint-Étienne. A primeira partida foi realizada na França, no Estádio Geoffroy-Guichard, e terminou empatada por 0 a 0. O segundo jogo ocorreu em Munique, e o Bayern confirmou o favoritismo ao fazer 2 a 0, gols de Beckenbauer (no começo do primeiro tempo) e Bernd Dürnberger (na metade da etapa complementar).

Novamente na final, o Bayern de Munique enfrentou o Leeds United, clube da Inglaterra que no caminho bateu Zürich, Újpesti Dózsa (Hungria), Anderlecht e Barcelona. O local escolhido para a partida foi o Parc des Princes, em Paris.

Os britânicos bem que tentaram segurar o poderio alemão, mas o Bayern conseguiu os gols da vitória no segundo tempo. Aos 26 minutos, Franz Roth abriu o placar. Aos 36, foi a vez do artilheiro Gerd Müller fazer 2 a 0 e confirmar o bicampeonato da equipe.

A campanha do Bayern de Munique:
7 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 11 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/Bayern de Munique

Bayern de Munique Campeão da Liga dos Campeões 1974

Competitiva com sua seleção, a Alemanha costumava dar azar na hora de decidir com seus clubes na Copa dos Campeões da Europa. Até 1973, apenas um vice fora obtido. Essa história seria modificada a partir de 1974, quando o Bayern de Munique inverteu a maré e iniciou a sequência de três títulos.

O caminho germânico rumo ao título começou na primeira fase, contra o Atvidaberg, da Suécia. Na ida, os bávaros venceram em casa por 3 a 1. Na volta, foram surpreendidos fora pelo mesmo placar, com o atacante adversário Conny Torstensson marcando dois gols. Nos pênaltis, o Bayern fez 4 a 3 e se salvou.

Nas oitavas de final, foi a vez de enfrentar o Dínamo Dresden, coirmão da Alemanha Oriental. O primeiro jogo foi no Olímpico de Munique, e os alemães ocidentais tiveram que virar duas vezes para vencer por 4 a 3. A segunda partida ocorreu em Dresden, e o Bayern passou mais uma ao empatar por 3 a 3.

Nas quartas, o desafio foi encarar o CSKA Sofia. Em Munique, os alemães abriram boa vantagem na goleada por 4 a 1. Nesta partida, o primeiro e o último gols foram marcados por Torstensson - sim, o mesmo sueco que complicou na primeira fase contra a equipe bávara, e que acabou contratado pela mesma. E o resultado largo permitiu ao Bayern até ser derrotado por 2 a 1 na Bulgária.

A semifinal foi contra o Újpesti Dózsa, da Hungria. Em Budapeste, empate por 1 a 1. Em Munique, o Bayern voltou a arrasar e venceu por 3 a 0, confirmando seu lugar na final.

A decisão iria revelar um campeão inédito: Bayern ou Atlético de Madrid, que eliminou Galatasaray, Dínamo Bucareste, Estrela Vermelha e Celtic. O estádio escolhido foi o Heysel, em Bruxelas, na Bélgica.

E quase não deu para os alemães, que levaram 1 a 0 na prorrogação a seis minutos do fim. No último lance, porém, Hans-Georg Schwarzenbeck fez 1 a 1 e forçou uma partida-desempate. Dois dias depois, Uli Hoeness e Gerd Müller não deram chance ao azar e marcaram duas vezes cada para o Bayern fazer 4 a 0 e levar o primeiro título da série de três.

A campanha do Bayern de Munique:
10 jogos | 5 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 25 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Arquivo/Bayern de Munique

Bayern de Munique Campeão Mundial 2020

O ano de 2020 foi maluco para todas as pessoas, em todos os setores. Para o futebol não foi diferente. Entre março e junho, tudo parou devido à pandemia de Covid-19. O calendário futebolístico ficou apertado, e a solução vista foi estender a final de competições: as do meio do ano para o fim, e as do fim para o começo de 2021. Foi o que aconteceu com o Mundial de Clubes.

Era preciso cumprir o contrato de duas edições mundialistas no Catar. Realizado inteiramente em fevereiro, o torneio reviveu uma situação que havia ocorrido pela última vez em 1980 e 1981. Esta não foi a única implicação que o atraso causou: o novo Mundial planejado pela FIFA, quadrienal e com 24 clubes, foi adiado por tempo indeterminado.

Longe do Mundial há sete anos, o Bayern de Munique voltou a ter sucesso fora da Alemanha, vencendo a  Liga dos Campeões da Europa em cima do PSG. Com seu atacante Robert Lewandowski tornando-se o melhor jogador do planeta, o clube bávaro encontrou um oponente que veio do país mais comum desde o novo formato da competição, mas que jamais havia chegado em decisões: o Tigres UANL, vencedor da Liga dos Campeões da Concacaf sobre os estadunidenses do Los Angeles. Os demais times foram: Palmeiras, campeão da Libertadores; Al-Ahly, vencedor africano; Ulsan Hyundai, ganhador pela Ásia; e Al-Duhail, campeão do Catar.

O único participante definido sem título foi o Auckland City, que era o time de melhor campanha no momento em que a Liga dos Campeões da Oceania foi encerrada. Mas o clube abriu mão da vaga para não correr o risco de trazer a Covid-19 de volta à Nova Zelândia, que praticamente erradicou a doença. Sua partida contra o Al-Duhail foi considerada W.O., ou seja, 3 a 0 para os donos da casa.

As quartas de final seguiram com o Tigres derrotando o Ulsan por 2 a 1. E o anfitrião levou 1 a 0 do Al-Ahly. Na semifinal, a expectativa do Palmeiras foi por água abaixo ao perder por 1 a 0 para os mexicanos. Do outro lado, o Bayern derrotou a equipe do Egito por 2 a 0. Valendo o quinto lugar, o Al-Duahil bateu o Ulsan por 3 a 1. E na disputa pela terceira posição, a equipe palmeirense decepcionou novamente, empatando sem gols com os egípcios e perdendo por 3 a 2 nos pênaltis.

Bayern e Tigres se enfrentaram no dia 11 de fevereiro de 2021, no Education City, em Doha. O público foi reduzido, respeitando o distanciamento social imposto pela pandemia. O time alemão foi superior na maior parte do tempo em campo. O gol do título saiu aos 14 minutos do segundo tempo, quando Benjamin Pavard aproveitou sobra de bola deixada em dividida de Lewandowski com o goleiro Nahuel Guzmán pelo alto. Ainda foi preciso a confirmação do VAR para o 1 a 0, mas nada que atrapalhasse a jornada rumo ao tetra.


Foto David Ramos/Getty Images

Bayern de Munique Campeão Mundial 2013

Depois de mais duas edições do Mundial no Japão, era a hora de trocar mais uma vez a sede. Quatro países candidataram-se para o biênio 2013/2014: África do Sul, Emirados Árabes, Irã e Marrocos. A decisão foi tomada ainda em 2011, e coube aos marroquinos receberem a competição, na primeira incursão dela fora da Ásia desde 1979, e a primeira na África.

E foi do próprio Marrocos que pintou a segunda zebra na história do torneio. Clube mais popular do país, o Raja Casablanca venceu a liga local (chamada Botola Pro), conseguindo a vaga como anfitriã. Seu caminho ficaria cruzado para sempre com o do Atlético Mineiro, que venceu pela primeira vez a Libertadores, em final contra o Olimpia e sob o talento de Ronaldinho.

O terceiro elemento presente no enredo principal foi o Bayern de Munique, campeão pela quinta vez da Liga dos Campeões ao bater o rival Borussia Dortmund. As outras quatro vagas ficaram com: Guangzhou Evergrande, campeão asiático; Al-Ahly, vencedor africano; Monterrey, ganhador da Concacaf; e Auckland City, campeão da Oceania.

A escalada do Raja começou na abertura do Mundial, com vitória por 2 a 1 sobre o Auckland. Nas quartas de final, foi a vez de derrubar o Monterrey também por 2 a 1, mas na prorrogação. No outro confronto, o Guangzhou venceu o Al-Ahly por 2 a 0. O grande momento do torneio veio na semifinal. Raja e Atlético se enfrentaram no dia 18 de dezembro, em Marrakech. Com uma atuação soberba, os donos da casa aplicaram 3 a 1 nos brasileiros, que protagonizaram a segunda queda sul-americana antes da final.

Um dia antes, em Agadir, o Bayern fez seu papel e eliminou o Guangzhou por 3 a 0, gols de Franck Ribéry, Mario Mandžukic e Mario Götze. O Mundial seguiu com a definição de posições. Na disputa do quinto lugar, o Monterrey goleou o Al-Ahly por 5 a 1. Na partida pela terceira posição, o Atlético Mineiro ficou com o consolo de vencer o Guangzhou por 3 a 2.

No dia 21, o Municipal de Marrakech recebeu a decisão entre Bayern de Munique e Raja Casablanca. O clube alemão trazia consigo a base da seleção que seria tetra da Copa do Mundo no ano seguinte, além de Pep Guardiola como técnico e outros selecionáveis pelo planeta afora. Já o time marroquino chegava extenuado diante da maratona de quatro jogos em dez dias. Não deu outra, e a zebra parou. Logo aos sete minutos do primeiro tempo, o volante brasileiro Dante abriu o placar. E aos 22, o espanhol naturalizado Thiago Alcântara marcou 2 a 0, acabando cedo com o sonho da torcida do Raja e definindo o tri mundial ao Bayern.


Foto Lars Baron/Bongarts/Getty Images

Bayern de Munique Campeão Mundial 2001

Os torcedores conviveram com a disputa de duas competições mundiais entre clubes na virada para o século 21. O torneio da FIFA de janeiro de 2000 foi muito criticado, mas a entidade seguiu com a ideia em frente. Para 2001, a proposta foi a expansão: aumento de oito para 12 participantes, e de duas para três sedes (quatro estádios). Programada para julho e agosto, o Mundial teria os europeus Real Madrid, La Coruña e Galatasaray, e os sul-americanos Boca Juniors e Palmeiras.

A programação estava acertada, porém tudo foi à cabo em maio, quando a ISL - maior parceira da FIFA - decretou falência. Outros problemas de patrocínio fizeram a competição ser adiada para 2003, mas os problemas persistiram e a entidade cancelou tudo vez. Na contramão de tudo, a Copa Intercontinental continuou em alta com sua simplicidade. A edição de 2001 ficou marcada pela despedida de um dos maiores personagens da jornada de 41 anos: o Estádio Nacional de Tóquio.

O Boca Juniors não ficou na mão com o adiamento da FIFA, levou o tetra da Libertadores e conseguiu a vaga para a última decisão na capital japonesa. O time argentino eliminou Deportivo Cali, Junior Barranquilla, Vasco, Palmeiras, e o Cruz Azul na final, nos pênaltis: 3 a 1 depois de vencer e ida e perder a volta por 1 a 0.

Na Liga dos Campeões, o Bayern de Munique superou o trauma de 1999, e também venceu pela quarta vez, passando por Lyon, Manchester United e Real Madrid, antes do Valencia na decisão, igualmente nos pênaltis: 1 a 1 na partida e 5 a 4 nas cobranças.

No dia 27 de novembro, mais de 51 mil pessoas testemunharam o 22º e último Mundial em Tóquio. Boca e Bayern fizeram um jogo de poucas chances de gol e muitas faltas. O trio Juan Riquelme, Guillermo Schelotto e Marcelo Delgado não foi capaz de furar o gol de Oliver Kahn, e ainda sofreu um desfalque nos acréscimos do primeiro tempo, quando Delgado foi expulso por simular um pênalti.

O ataque alemão, que na verdade era composto pelo brasileiro Élber e o peruano Claudio Pizarro, também não conseguiu passar por Óscar Córdoba nos 90 minutos. O gol do título do Bayern de Munique marcado, de um jeito chorado aos quatro do do segundo tempo da prorrogação. Bixente Lizarazu bateu escanteio, Thorsten Fink cabeceou, a defesa argentina não conseguiu afastar, e a bola sobrou para o ganês Samuel Kuffour, que fez 1 a 0 e confirmou o bicampeonato mundial ao clube bávaro. Com certas emoções, o maior dos palcos mundialistas recebeu um desfecho digno.


Foto Imago/HJS

Bayern de Munique Campeão Mundial 1976

A Copa Intercontinental atingiu o auge da crise entre 1974 e 1975. O calote dado pelo Bayern de Munique um ano antes bagunçou completamente o cronograma de UEFA e Conmebol, atrasando a edição de 1974 para abril de 1975. Assim, a solução foi fazer duas edições no mesmo ano.

Mas como azar pouco é bobagem, calhou de os campeões continentais repetirem: o Independiente foi hexa da Libertadores e o Bayern foi bi da Copa dos Campeões. Outra vez alegando problema de agenda, o time alemão declinou. E o vice não ajudou, pois o inglês Leeds United recusou o convite. Sem solução, a alternativa foi cancelar o Mundial de 1975.

Eis que chega 1976. O Bayern mantém o domínio europeu ao ser tri na final contra o Saint-Étienne, vencendo por 1 a 0. Obviamente, os alemães não se manifestaram sobre o Mundial, esperando a definição da Libertadores. Mas as notícias sul-americanas foram boas: o Cruzeiro foi campeão após três jogos contra o River Plate. No primeiro, vitória brasileira por 4 a 1; no segundo, derrota por 2 a 1; e no terceiro, vitória por 3 a 2.

Misteriosamente, os problemas de calendário sumiram, e o Bayern finalmente confirmou uma presença mundialista. Nos bastidores, o motivo pela aceitação da vaga só na terceira vez foi de que os brasileiros eram menos violentos que os argentinos, tanto jogadores quanto torcedores.

O ressurgimento do Mundial teve início em 23 de novembro, no Estádio Olímpico de Munique. Debaixo de muito frio e neve, apenas 22 mil torcedores compareceram à partida. O clima favoreceu o Bayern, que controlou todo o jogo contra o Cruzeiro. Nelinho, Palhinha, Joãozinho, Jairzinho e Dirceu Lopes não brilharam, e os alemães conseguiram dois gols no segundo tempo: aos 35 minutos, com Gerd Müller, e os 37, com Jupp Kappellmann. Os 2 a 0 deram uma grande tranquilidade ao Bayern.

O segundo jogo da decisão ocorreu em 21 de dezembro no Mineirão, em Belo Horizonte. Mais de 123 mil pessoas foram ao estádio e fizeram de tudo para empurrar o Cruzeiro. Os brasileiros tentaram de tudo, mas o time alemão era a base da seleção campeã da Copa do Mundo de 1974 mais a futura vice de 1982. Sepp Maier garantiu o bicho do Bayern com ótimas defesas e o 0 a 0 não deixou o placar naquela noite de quase Natal.

Com o regulamento embaixo do braço, o Bayern de Munique conquistou o Mundial pela primeira vez. Já para o Cruzeiro, sobrou somente o feito de colocar o Brasil na competição depois de 13 anos. E uma sina que teria um capítulo surreal 38 anos depois: ver alemães fazendo festa no Mineirão.


Foto Arquivo/Bayern de Munique