Bayern de Munique Campeão Mundial 2001

Os torcedores conviveram com a disputa de duas competições mundiais entre clubes na virada para o século 21. O torneio da FIFA de janeiro de 2000 foi muito criticado, mas a entidade seguiu com a ideia em frente. Para 2001, a proposta foi a expansão: aumento de oito para 12 participantes, e de duas para três sedes (quatro estádios). Programada para julho e agosto, o Mundial teria os europeus Real Madrid, La Coruña e Galatasaray, e os sul-americanos Boca Juniors e Palmeiras.

A programação estava acertada, porém tudo foi à cabo em maio, quando a ISL - maior parceira da FIFA - decretou falência. Outros problemas de patrocínio fizeram a competição ser adiada para 2003, mas os problemas persistiram e a entidade cancelou tudo vez. Na contramão de tudo, a Copa Intercontinental continuou em alta com sua simplicidade. A edição de 2001 ficou marcada pela despedida de um dos maiores personagens da jornada de 41 anos: o Estádio Nacional de Tóquio.

O Boca Juniors não ficou na mão com o adiamento da FIFA, levou o tetra da Libertadores e conseguiu a vaga para a última decisão na capital japonesa. O time argentino eliminou Deportivo Cali, Junior Barranquilla, Vasco, Palmeiras, e o Cruz Azul na final, nos pênaltis: 3 a 1 depois de vencer e ida e perder a volta por 1 a 0.

Na Liga dos Campeões, o Bayern de Munique superou o trauma de 1999, e também venceu pela quarta vez, passando por Lyon, Manchester United e Real Madrid, antes do Valencia na decisão, igualmente nos pênaltis: 1 a 1 na partida e 5 a 4 nas cobranças.

No dia 27 de novembro, mais de 51 mil pessoas testemunharam o 22º e último Mundial em Tóquio. Boca e Bayern fizeram um jogo de poucas chances de gol e muitas faltas. O trio Juan Riquelme, Guillermo Schelotto e Marcelo Delgado não foi capaz de furar o gol de Oliver Kahn, e ainda sofreu um desfalque nos acréscimos do primeiro tempo, quando Delgado foi expulso por simular um pênalti.

O ataque alemão, que na verdade era composto pelo brasileiro Élber e o peruano Claudio Pizarro, também não conseguiu passar por Óscar Córdoba nos 90 minutos. O gol do título do Bayern de Munique marcado, de um jeito chorado aos quatro do do segundo tempo da prorrogação. Bixente Lizarazu bateu escanteio, Thorsten Fink cabeceou, a defesa argentina não conseguiu afastar, e a bola sobrou para o ganês Samuel Kuffour, que fez 1 a 0 e confirmou o bicampeonato mundial ao clube bávaro. Com certas emoções, o maior dos palcos mundialistas recebeu um desfecho digno.


Foto Imago/HJS

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