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Racing Campeão da Supercopa Libertadores 1988

A Conmebol viveu apenas com a Libertadores entre 1960 e 1987, em contrapartida às quatro competições que a co-irmã UEFA organizava na época. Foi com um pouco deste pensamento que a entidade criou, a partir de 1988, a Supercopa Libertadores, conhecida oficialmente como Supercopa Sul-Americana. A premissa do torneio era básica: todos os campeões da Libertadores tinham o direito de participar.

Portanto, no ano de estreia, eram 13 os clubes aptos a disputar a Supercopa, no primeiro semestre de 1988. O regulamento era o mata-mata puro e seu vencedor tinha vaga garantida na Recopa Sul-Americana, que também viria a nascer em 1989. A primeira equipe a erguer a taça veio da Argentina, sendo justamente aquela que estava há mais tempo sem conquistar a Libertadores: o Racing.

Como o chaveamento de 13 times não era perfeito, a primeira edição teve uma bizarrice envolvendo o próprio Racing. O time estreou nas oitavas de final contra o Santos, vencendo a ida por 2 a 0 no El Cilindro, em Avellaneda, e empatando a volta por 0 a 0 na Vila Belmiro. Assim, "la academia" estava classificada às quartas, não é? Errado, o time avançou direto à semifinal!

A explicação é que a Conmebol fez a primeira fase com 12 equipes. Destas, seis foram se juntar ao Nacional do Uruguai na etapa seguinte. O problema é que entre sete times, um ficou sem confronto e passou diretamente à semifinal. No sorteio, o Racing foi quem teve essa sorte. Contra o River Plate, venceu a ida por 2 a 1 em Avellaneda, e empatou a volta por 1 a 1 em Buenos Aires.

A final foi contra o Cruzeiro, que eliminou Independiente, Argentinos Juniors e Nacional. O primeiro jogo foi no El Cilindro, e o Racing venceu por 2 a 1, gols de Walter Fernández e Miguel Colombatti. A segunda partida aconteceu no Mineirão. Omar Catalán abriu o placar no primeiro tempo e deixou la academia com a mão na taça. Os brasileiros empataram em 1 a 1 na segunda etapa, mas o placar foi insuficiente para tirar a conquista histórica do Racing.

A campanha do Racing:
6 jogos | 3 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 8 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Racing Campeão da Libertadores 1967

Na Libertadores de 1967, Brasil e Colômbia se acertaram com a Conmebol e indicaram seus times. Mas pouco antes do início, o Santos - vice da Taça Brasil - comunicou sua desistência da competição, alegando conflito de datas com a edição de estreia do Robertão. Somente o Cruzeiro representou o país. 

Outro desfalque veio do Uruguai, pois o Peñarol - então o campeão da América - também foi vice no campeonato local e sua federação indicou somente o vencedor Nacional. No total, 19 clubes participaram do torneio, divididos em três grupos de cinco, seis e sete equipes.

Buscando as mesmas glórias que o seu rival Independiente, o Racing de Avellaneda, entrou na Libertadores como campeão argentino. No grupo 2 da disputa, enfrentou o compatriota River Plate, os colombianos Santa Fe e Independiente Medellín e os bolivianos Bolívar e 31 de Octubre. Ao fim de dez jogos, La Academia liderou a chave com 17 pontos, oito vitórias e um empate.

Os dois primeiros de cada grupo avançaram à segunda fase, onde juntaram-se ao Peñarol em duas chaves. Aqui, o Racing voltou a jogar contra o River e enfrentou também o peruano Universitario e o chileno Colo Colo. Com mais quatro vitórias, um empate e nove pontos em seis partidas, o time argentino tornou a liderar seu grupo e avançou à final inédita.

Seu adversário foi o Nacional uruguaio, que deixou para trás o Peñarol e o Cruzeiro. O primeiro jogo aconteceu no Estádio Presidente Perón, em Avellaneda, e terminou com empate por 0 a 0. A segunda partida ocorreu no Centenario, em Montevidéu, e outro empate sem gols levou ao jogo-extra, em campo neutro.

A derradeira foi em solo chileno, no Nacional de Santiago, e o Racing levou sua histórica e única Libertadores ao vencer por 2 a 1, gols de João Cardoso, aos 14 minutos, e de Norberto Raffo, aos 43 do primeiro tempo. Milton Viera descontou aos 34 do segundo tempo, mas foi insuficiente.

A campanha do Racing:
19 jogos | 13 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 42 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Racing Campeão Mundial 1967

O Mundial de 1967 foi o primeiro em que houve uma tentativa de aproximação entre UEFA, Conmebol e FIFA. A pedido de Concacaf e AFC, que estavam com competições continentais recém-criadas, o presidente Stanley Rous solicitou a incursão de ambas no torneio. Mas UEFA e Conmebol recusaram o negócio, na primeira de muitas negativas que dariam até a década seguinte.

Assim, a edição seguiu intacta, e com a presença de dois clubes estreantes. Pela Europa, o escocês Celtic faturou a Copa dos Campeões em decisão contra a Internazionale, de virada, por 2 a 1. Pela América do Sul, o argentino Racing conseguiu seu primeiro e único título de Libertadores em final contra o Nacional do Uruguai. Após dois empates sem gols na ida e na volta, 2 a 1 na partida extra deu o título à La Academia.

A disputa mundialista teve início no dia 18 de outubro, no Hampden Park, em Glasgow. A primeira partida entre Celtic e Racing foi um tanto truncada, com os jogadores de ambos times atuando de maneira mais dura em divididas e lances com falta. Com o apoio de mais de 83 mil torcedores, o time escocês conseguiu a vitória por 1 a 0, gol de McNeill no segundo tempo.

Em 1º de novembro, o Juan Perón de Avellaneda recebeu o segundo jogo, com incríveis 120 mil torcedores na arquibancada. Por muito pouco, o Celtic não mudou o curso da história, quando abriu o placar com Gemmell aos 23 minutos. O Racing empatou com Raffo aos 34 e as coisas começaram a mudar ali. Aos 3 minutos da etapa final, Cárdenas virou para 2 a 1 e garantiu o jogo extra. O Celtic saiu muito irritado da partida. Além de ter que aguentar provocações e invasão de jornalistas na cobrança de pênalti que originou o gol do time, o vestiário foi invadido por torcedores argentinos. Ainda, uma batalha entre torcedores argentinos e uruguaios eclodiu do lado de fora do estádio.

O desempate foi no Centenario, em Montevidéu, em 4 de novembro. Sob protesto, o Celtic atuou com o apoio de 60 mil uruguaios. Outros cinco mil eram argentinos que atravessaram o Rio da Prata. A partida foi muito tensa, pois os dois times baixaram o sarrafo em campo. O Racing fez o gol da vitória aos dez minutos do segundo tempo, com Cárdenas.

A tensão durante o 1 a 0 seguiu no pós-jogo. Os argentinos não puderam comemoram o título mundial no campo, já que raivosos uruguaios atiravam diversos objetos no campo. A taça foi entregue no vestiário. Já os escoceses voltaram à Europa com a promessa de jamais voltar a jogar na América do Sul. Todos os episódios de violência do segundo e terceiro jogos dariam início a um efeito dominó que seria visto nos anos seguintes.


Foto Arquivo/El Grafico