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Atlético-GO Campeão Goiano 1970

O Campeonato Goiano é um dos estaduais mais recentes do Brasil, tendo sua primeira edição oficial apenas em 1944. A competição é tradicionalmente dominada por quatro times da capital, Goiânia, embora na atualidade apenas dois têm conseguido chegar do título.

Em 1970, o panorama de conquistas era o seguinte: 13 taças para o Goiânia - maior vencedor até então -, seis para o Atlético Goianiense, quatro para o Vila Nova e uma para o Goiás. Segundo maior ganhador, o Dragão chegaria ao sétimo título naquele ano, feito que não era atingido há seis anos, em um campeonato simples e ao mesmo tempo longo.

O Goianão de 1970 foi disputado no formato de pontos corridos, em dois turnos e com 13 participantes. Seriam 26 rodadas para que cada clube pudesse realizar 24 partidas. Mas, na virada do primeiro para o segundo turno, o Ceres, da cidade de mesmo nome, saiu da disputa e deixou a tabela com 12 equipes. Seus resultados foram mantidos para efeito de classificação.

Os principais adversário do Atlético na corrida pelo título foram os três rivais da capital, Vila Nova, Goiânia e Goiás, mais o Grêmio Anapolino. Na estreia, o Dragão iniciou com uma goleada arrasadora por 5 a 1 sobre o São Luís de Montes Belos, fora de casa. Nos demais jogos do primeiro turno, o time conseguiu outras oito vitórias, dois empates e uma derrota.

O ritmo rubro-negro seguiu forte no segundo turno, com mais seis vitórias, três empates e uma derrota até o fim da penúltima rodada, quando venceu o Goiás por 2 a 0. Antes da última rodada, o Atlético era o líder com 35 pontos, seguido por Goiânia e Vila Nova, ambos com 33, além do Goiás, com 30 pontos.

Somente Goiânia e Vila Nova podiam tirar o título do Dragão. Mas o alvinegro também ficou sem chances ao empatar com o São Luís, enquanto Atlético e Vila fariam confronto direto no Estádio Olímpico. Jogando pelo empate, o time rubro-negro segurou o ímpeto alvirrubro e faturou o título com 0 a 0 no placar, subindo a 36 pontos na classificação.

A campanha do Atlético-GO:
23 jogos | 15 vitórias | 6 empates | 2 derrotas | 43 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Arquivo/Atlético-GO (Quem souber quem são os jogadores na foto, escreva nos comentários)

Ferroviário Campeão Cearense 1970

O Campeonato Cearense é mais um dos vários casos de estadual polarizado por dois clubes. Ceará e Fortaleza conquistaram mais de 80% dos títulos já postos em jogo no estado. São poucas taças que sobram para os demais clubes.

O principal time entre os outros é o Ferroviário, a eterna terceira força cearense. Por vezes, o Tubarão da Barra conseguiu fazer frente aos dois irmãos maiores e faturou algumas conquistas. Em 1970, a equipe foi campeã pela quinta vez, repetindo o feito de 1945, 1950, 1952 e 1968.

A edição de 1970 do estadual contou com oito clubes na disputa de três turnos. O líder de cada terço do campeonato garantiu vaga no triangular final. O Ferroviário teve como adversários Ceará, Fortaleza, Guarany de Sobral, Quixadá, Calouros do Ar, Tiradentes e América de Fortaleza.

No primeiro turno, o Tubarão fez sete jogos. Venceu três, empatou três e perdeu um, somando nove pontos e ficando em terceiro na classificação, dois pontos atrás do líder Guarany. Faltou pouco para o time obter um lugar no triangular decisivo logo na primeira chance, mas a goleada por 6 a 1 sobre o Tiradentes deu mostras do que viria a acontecer no segundo turno.

Nas sete partidas seguintes, o Ferroviário emplacou sete vitórias e foi líder da segunda fase com 14 pontos, dois a mais que o vice Ceará. Na ordem, a equipe fez 2 a 1 no Tiradentes, 6 a 0 no América, 5 a 0 no Quixadá, 1 a 0 no Calouros do Ar, 3 a 1 no Ceará, 2 a 1 no Guarany e 1 a 0 no Fortaleza. 

Garantido na final, o Ferroviário baixou o ritmo no terceiro turno e voltou a ficar em terceiro lugar, com quatro vitórias, um empate, duas derrotas e nove pontos, dois a menos que o líder Ceará.

O triangular decisivo contou com Guarany de Sobral, Ferroviário e Ceará, em três confrontos no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza. Na primeira partida, Ferroviário e Ceará empataram por 0 a 0. Na segunda, os alvinegros voltaram a empatar sem gols com Guarany e sepultaram a chance do título. Na última partida, o Tubarão fez 3 a 1 no time de Sobral e foi campeão estadual com três pontos.

A campanha do Ferroviário:
23 jogos | 15 vitórias | 5 empates | 3 derrotas | 45 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Arquivo/Ferroviário

Ferroviário-SC Campeão Catarinense 1970

O Campeonato Catarinense é um dos mais equilibrados do Brasil, com vários campeões ao longo dos anos. Também é um dos raros casos de estadual em que o interior tem mais títulos que a capital. A maior concentração de conquistas está no quinteto Avaí, Figueirense, Criciúma, Chapecoense e Joinville.

Em 1970, Chapecoense e Joinville ainda não existiam, Criciúma se chamava Comerciário e tinha apenas um título, e Avaí e Figueirense não venciam desde a década de 1940. O interior de Santa Catarina fazia a festa frequentemente, e em 1970 foi a vez da cidade de Tubarão faturar o título. O Esporte Clube Ferroviário, clube que existiu entre 1944 e 1992, levou seu único estadual naquele ano.

O torneio vencido pelo "Rubro-negro da Vila Oficinas", ou "Ferrinho", contou com 15 participantes e teve um regulamento simples, de pontos corridos. Ou melhor, de pontos perdidos. O primeiro critério de desempate na tabela de classificação era o de menos derrotas. Na estreia, o Ferroviário bateu por 1 a 0 Caxias de Joinville, no Estádio Domingos González, em Tubarão. Nos 14 jogos do primeiro turno, o time venceu dez, empatou dois e perdeu dois, se colocando na disputa do título no segundo turno.

O returno iniciou novamente contra o Caxias, com empate por 0 a 0 em Joinville. Na sequência, o Ferroviário goleou por 4 a 1 o Palmeiras de Blumenau em casa. A campanha foi grandes momentos para o rubro-negro, como a goleada por 6 a 1 sobre o Carlos Renaux em Tubarão, embora ainda houvessem duras derrotas, com a de 4 a 0 para o principal concorrente a taça, o Olímpico, em Blumenau.

Na última rodada, o Ferroviário era o líder do estadual com 38 pontos e cinco derrotas. Em segundo, vinha o Olímpico com 37 pontos e seis derrotas. Em terceiro, estava o América de Joinville com 36 pontos e três derrotas. Em quarto, o Próspera tinha 36 pontos e seis derrotas. Eram os quatro times com chances de ser campeão. O Ferrinho jogava por um empate, independentemente dos outros resultados.

Quis o destino que o título fosse conquistado no clássico contra o Hercílio Luz, no Domingos González. No primeiro turno, o Ferroviário venceu por 2 a 1 fora de casa, no Aníbal Costa. Em casa, nem precisou da vitória, muito menos de gols. O empate por 0 a 0 serviu a conquista do Catarinense, com 39 pontos e cinco derrotas. O Olímpico até venceu sua partida na rodada e igualou os 39, mas com seis derrotas.

A campanha do Ferroviário-SC:
28 jogos | 16 vitórias | 7 empates | 5 derrotas | 44 gols marcados | 27 gols sofridos


Foto Orestes Araújo

Santa Cruz Campeão Pernambucano 1970

O ano de 1970 foi um marco histórico para o Santa Cruz. Não apenas por causa da conquista do bicampeonato pernambucano, seu 11º título estadual, mas também por conta da abertura do Estádio José do Rego Maciel, o Arruda. A casa da Cobra-coral estava sendo construída desde 1965 e seria concluída em 1972, porém o clube passou a mandar seus jogos no local em 1970, ainda em obras.

O estadual teve o mesmo regulamento do ano anterior, com oito participantes. Na primeira fase, Sport, Náutico, Central, América de Recife, Santo Amaro, Ferroviário de Recife, Íbis e Santa Cruz se enfrentaram em dois turnos. O campeão se garantiu na final e os seis primeiros colocados passaram à segunda fase. Na etapa seguinte, os enfrentamentos também aconteceram em turno e returno, o com o líder ocupando a outra vaga na decisão.

Se em 1969 o Santinha só conseguiu chegar na final na disputa da segunda fase, em 1970 as coisas foram diferente. Em 14 partidas na primeira etapa, o time venceu 11, empatou duas e perdeu uma. Com 24 pontos, o Santa Cruz foi líder com um de vantagem sobre o Sport e dois sobre o Náutico. A classificação à decisão veio de maneira antecipada, ao derrotar o rival Náutico por 2 a 0 fora de casa, na penúltima rodada. Sport, Náutico, Central, América e Santo Amaro foram os outros que avançaram

Na segunda fase, o Santa Cruz entrou podendo até ser campeão sem precisar da final, caso também fosse líder. Mas a equipe ficou na segunda posição, com 15 pontos em dez jogos. Foram sete vitórias, um empate e duas derrotas na continuação da campanha. Na última rodada, o Santa empatou por 1 a 1 com o rival Sport na Ilha do Retiro, enquanto o Náutico fez 1 a 0 no Central e encerrou em primeiro lugar com 17 pontos.

O título foi definido no Clássico das Emoções. A primeira partida entre Santa Cruz e Náutico não foi nos Aflitos, e sim na Ilha do Retiro, terminando empatada por 0 a 0. O segundo jogo foi realizado no Arruda e o Santa venceu por 2 a 1, encaminhando a conquista. Bastava não perder a terceira partida, também no Arruda. Dito e feito: com vitória por 2 a 0, o Santa Cruz levantou de novo a taça estadual.

A campanha do Santa Cruz:
27 jogos | 20 vitórias | 4 empates | 3 derrotas | 61 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Santa Cruz

Bahia Campeão Baiano 1970

O Campeonato Baiano é um caso de estadual que é dominado por apenas dois clubes, mas que tem o maior vencedor a dezenas de taças de distância para o segundo colocado. No caso, o clube que leva em seu nome o do próprio estado, o Bahia. Fundado em 1931, o Tricolor de Aço ascendeu ao posto de maior campeão já na década de 1940. Em 1970, o clube chegou na 22ª conquista.

O Baianão daquele ano tinha tudo para ser tranquilo, mas o final foi confuso. O regulamento reuniu 16 times em grupo único e dois turnos, com o ganhador de cada turno classificado à decisão. O Bahia estava sem ganhar desde 1967, vendo as taças de 1968 e 1969 irem para Galícia e Fluminense de Feira, respectivamente. Junto com o Vitória, eles eram de início os maiores obstáculos do Tricolor.

O Bahia iniciou o primeiro turno com triunfos por 1 a 0 sobre o Feira e por 3 a 1 sobre o Ypiranga, no Campo da Graça, em Salvador. Nas 13 partidas restantes, o Tricolor teve mais sete triunfos, cinco empates e uma derrota, conquistando o primeiro lugar e vaga na final com 23 pontos, um a mais que o vice Jequié. A confirmação veio na última rodada, no empate por 1 a 1 com o Monte Líbano.

No segundo turno, o Bahia foi atrás do título em definitivo, mas em seu caminho cruzou o Itabuna. O clube do interior surpreendeu a todos e foi vencedor do segundo turno com 24 pontos. Com 10 triunfos, três empates e duas derrotas, o Tricolor somou 23 pontos e ficou em segundo. Contudo, o clube entrou na justiça pedindo os dois pontos da partida contra o próprio Itabuna, que ficou empatada por 1 a 1.

A história extracampo não deu em nada. Itabuna e Bahia já haviam feito suas 15 partidas e estavam na final estadual. Tanto que os clubes que ainda tinham jogos a fazer no returno pediram à Federação Bahiana o cancelamento dos mesmos. Contudo (de novo), outro problema apareceu, a disputa do Campeonato Brasileiro por parte do Bahia, que fez com que a decisão fosse adiada em três meses.

Assim, Bahia e Itabuna, que deveriam ter feito a final em setembro, só atuaram em dezembro, em melhor de três jogos no Campo da Graça. Vindo de atividade no Brasileiro, o Bahia faturou o título estadual com facilidade e dispensando a necessidade do terceiro jogo, com triunfos por 3 a 0 e por 6 a 0 em cima de um adversário que estava parado, com diretoria nova e elenco remontado às pressas.

A campanha do Bahia:
32 jogos | 21 triunfos | 8 empates | 3 derrotas | 63 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Arquivo/Manchete Esportiva

Athletico-PR Campeão Paranaense 1970

O Campeonato Paranaense é dividido majoritariamente entre duas forças, Athletico e Coritiba. Ainda assim, houve épocas em que outros clubes apareceram, como Londrina, Paraná e seus ancestrais que mudaram de nome ou se fundiram (Britânia, Ferroviário, Pinheiros e Colorado).

Também resultado de uma fusão, entre América e Internacional, o Athletico surgiu em 1924 e logo em seguida venceu seu primeiro estadual, em 1925. Os títulos foram frequentes até 1949, quando o time entrou em uma fila que durou nove anos, até 1958. Depois, o jejum seria ainda maior, de 12 temporadas, até 1970, quando foi campeão pela 11ª vez. Mas esta também foi uma conquista esporádica.

O Paranaense de 1970 foi composto por 14 times. Na primeira fase, eles se enfrentaram em turno e returno, mas com a classificação dividida em dois grupos. Os três melhores de cada chave passaram à fase final, um hexagonal também em disputado dois turnos e que apontou o campeão. O Furacão compôs o grupo B e teve como adversários de tabela Grêmio Maringá, Seleto de Paranaguá, Ferroviário de Curitiba, Paranavaí, Operário de Ponta Grossa e Cianorte.

Nas 26 partidas que fez na primeira fase, o Athletico conseguiu 12 vitórias, sete empates e sete derrotas, que lhe confirmou a classificação em segundo lugar da chave e com a quarta campanha no geral. Com 31 pontos, o Furacão marcou três a menos que o líder Grêmio Maringá e um a mais que o terceiro colocado Seleto. Essas equipes juntaram-se à Coritiba, Grêmio Oeste de Guarapuava e União Bandeirante no hexagonal decisivo.

Não dava para errar na fase final. O Athletico estreou com empate por 0 a 0 com o Grêmio Oeste fora de casa. A primeira vitória veio em Curitiba, por 1 a 0 sobre o Grêmio Maringá. Nos sete jogos seguintes, o time venceu mais quarto, empatou mais dois e perdeu um. Com 14 pontos até a penúltima rodada, o clube era líder com um de vantagem sobre o rival Coritiba. Ou seja, era só vencer o Seleto na última partida para confirmar o título. Mas o Furacão foi além e comemorou goleada por 4 a 1 sobre o adversário no Estádio Orlando Mattos, em Paranaguá, litoral paranaense.

A campanha do Athletico-PR:
36 jogos | 18 vitórias | 10 empates | 8 derrotas | 61 gols marcados | 37 gols sofridos


Foto Sérgio Sade/Athletico-PR

Atlético-MG Campeão Mineiro 1970

O Campeonato Mineiro é dos principais do Brasil, que tem em seu domínio duas grandes forças, tanto em campo quanto na arquibancada, Atlético e Cruzeiro. De vem em quando, surge um terceiro time para beliscar algumas taças, o América. Mas, pelo menos desde a década de 1930, a hegemonia majoritária fica entre atleticanos e cruzeirenses.

Em 1970, esse domínio maior dos dois principais clubes de Belo Horizonte bateu cerca de 35 anos, após o último título de um tetra do Villa Nova, em 1935, e a sequência inigualável de dez conquistas do América, entre 1916 e 1925. Porém, ao mesmo tempo já faziam cinco temporadas que só dava Cruzeiro, penta entre 1963 e 1969. O Atlético queria acabar com a sequência de uma vez por todas, e conseguiu.

O estadual de Minas Gerais em 1970 teve a participação de 28 times, em duas fases diferentes. Na primeira, 24 equipes atuaram divididas em três grupos e dois turnos, de onde se classificaram os oito melhores. Na fase seguinte, esses clubes juntaram-se a América, Atlético, Cruzeiro e Villa Nova e jogaram mais dois turnos. Ao fim de 22 rodadas, o primeiro colocado foi declarado campeão.

Da primeira fase, avançaram Uberlândia, Fluminense de Araguari, Valeriodoce, Sport Juiz de Fora, Tupi, Flamengo de Varginha e Atlético de Três Corações. A campanha do título do Atlético teve início contra o Valeriodoce, com vitória por 3 a 2 no Mineirão. A sequência seguiu com mais 16 triunfos e apenas uma derrota até a 18ª rodada. O Galo estava em primeiro com 34 pontos, contra 27 do vice Cruzeiro.

Na 19ª rodada, o Atlético entrou apenas dependendo de si para ser campeão antecipadamente e pela 23ª vez. Bastava vencer o Atlético de Três Corações, sem importar o placar do rival. Jogando no Mineirão, o Galo se impôs diante do xará do interior e venceu por 2 a 0, chegando a 36 pontos e ficando inalcançável para o Cruzeiro, que ainda assim venceu o Tupi por 1 a 0. Nas três partidas finais, ainda teve mais duas vitórias e um empate, que fizeram o Atlético encerrar o estadual com 41 pontos.

A campanha do Atlético-MG:
22 jogos | 20 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 51 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Atlético-MG

Internacional Campeão Gaúcho 1970

Depois de oito anos, o Internacional enfim havia voltado a ser campeão estadual, em 1969. O título, juntamente com a inauguração do Beira-Rio, deu início a uma era de dominação do clube gaúcho. Em 1970, veio o bicampeonato. Era apenas o começo de uma década histórica.

O Gauchão de 1970 teve a participação de 18 clubes, em um regulamento quase parecido com o da temporada anterior. Na primeira fase, as equipes ficaram divididas em dois grupos de nove, com enfrentamentos em dois turnos. A diferença é que se classificaram cinco times por chave ao invés das quatro de 1969. A fase final foi composta por dez times, que disputaram o título em mais dois turnos.

O Colorado ficou no grupo B da primeira fase, também chamado de chave sul. Em 16 jogos, o time venceu 12, empatou dois e perdeu dois, se classificando na liderança com 26 pontos. As outras vagas ficaram com Novo Hamburgo, Cruzeiro de Porto Alegre, Pelotas e Santa Cruz. Brasil de Pelotas, Aimoré, Guarany de Bagé e Farroupilha caíram fora.

No decagonal final, o Internacional e os demais classificados juntaram-se a Grêmio, Flamengo de Caxias, Inter de Santa Maria, Esportivo e 14 de Julho de Passo Fundo. Foram mais 18 rodadas para a definição do título. O Colorado deu início à fase com vitória por 1 a 0 sobre o Novo Hamburgo no Beira-Rio. A sequência prosseguiu com o time sem perder, com mais 12 vitórias e quatro empates.

Ao final da penúltima rodada, Inter e Grêmio eram os únicos ainda com chances de vencer, como quase sempre acontecia. Os colorados tinham 30 pontos e os gremistas tinham 28. Ou seja, um empate já era suficiente para o Internacional levar a 18ª taça estadual. Na última rodada, o time enfrentou o 14 de Julho no Beira-Rio, enquanto o Grêmio visitou o Flamengo em Caxias do Sul. A maré estava muito boa para o Colorado, pois o rival perdeu seu jogo fora de casa por 2 a 1 e inviabilizou qualquer possibilidade de conquista. Assim, o Inter podia podia levar o título até com derrota. Mas a equipe preferiu comemorar o estadual com vitória por 2 a 0.

A campanha do Internacional:
34 jogos | 26 vitórias | 6 empates | 2 derrotas | 52 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Arquivo/Internacional

Vasco Campeão Carioca 1970

O Campeonato Carioca é considerado por muitos como o mais charmoso do Brasil. Muito dessa fama é devido as disputas que lotavam e dividiam o Maracanã em dois, em uma época que cabia mais de 100 mil torcedores no estádio. E também devido aos craques que vestiram as camisas de Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo, os maiores vencedores do estadual.

Durante muito tempo, mais precisamente até 1978, o Cariocão era restrito aos clubes da cidade do Rio de Janeiro, afinal o estado era separado do município. Até 1960, a cidade era o Distrito Federal, depois tornou-se o estado da Guanabara. O restante disputava o Campeonato Fluminense.

Em 1970, faltavam cinco anos para a unificação dos estados e oito para a união dos campeonatos. Na contramão, faziam 12 anos que o Vasco não era campeão estadual, o maior jejum da história do clube. Era preciso colocar um ponto final na fila, e assim foi. O torneio daquele ano foi disputado por 12 times em dois turnos. No primeiro, todos se enfrentaram uma vez. No segundo, os oito primeiros seguiram e se enfrentaram novamente, com o título ficando para quem mais somou pontos nos dois momentos.

O cruz-maltino começou a campanha em uma disputa ponto a ponto pela primeira colocação. Em 11 partidas do primeiro turno, A equipe venceu sete, empatou três e perdeu uma. Com 17 pontos, se classificou na terceira posição, um ponto a menos que o líder Fluminense e empatado com o vice America. Botafogo, Flamengo, Olaria, Madureira e Campo Grande foram os outros que avançaram. Bangu, São Cristóvão, Bonsucesso e Portuguesa foram eliminados.

O alto nível foi mantido no segundo turno. Nas cinco primeiras partidas, o Vasco venceu o Olaria por 3 a 1, o Flamengo por 1 a 0, o Madureira por 2 a 0, o Campo Grande por 4 a 0 e o America por 3 a 2. Faltando dois jogos, o cruz-maltino somava 27 pontos contra 25 do Fluminense e 23 do Botafogo. Assim, bastava ao Vasco vencer os botafoguenses na penúltima rodada, junto a um tropeço dos tricolores. Foi o que aconteceu: o Fluminense ficou no 0 a 0 com o America e os vascaínos venceram o Botafogo por 2 a 1, conquistando de forma antecipada o 13º título estadual.

A campanha do Vasco:
18 jogos | 13 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 30 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Arquivo/O Globo

São Paulo Campeão Paulista 1970

O Campeonato Paulista é o mais disputado e importante do Brasil. E também o mais antigo, tendo começado em 1902. O torneio é dominado pelas quatro maiores forças do estado, Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos, mas de vez em quando aparecem algumas surpresas, com título ou não.

No ano de 1970, o panorama do Paulistão era o seguinte: Palmeiras e Santos alternaram suas conquistas ao longo da década de 1960, enquanto Corinthians e São Paulo viviam longos jejuns, um desde 1954 e o outro desde 1957. Para o Tricolor, a fila acabaria naquele ano mesmo, pouco depois de o clube ter concluído a obra do Estádio do Morumbi e voltado a focar suas finanças na formação do elenco.

O estadual em 1970 foi disputado por 16 clubes, em duas fases. Na primeira, 11 times do interior e do litoral disputaram dois turnos preliminares, de onde saíram classificados os cinco primeiros colocados. Na fase final, essas cinco equipes juntaram-se à Corinthians, Palmeiras, Portuguesa, Santos e São Paulo em outro enfrentamento de dois turnos. Após 18 rodadas, o clube com mais pontos tornou-se campeão.

Os times classificados da primeira fase foram Guarani, Ferroviária, Botafogo de Ribeirão Preto, Ponte Preta e São Bento. O início da campanha do nono título do São Paulo foi com vitória por 1 a 0 sobre o São Bento em casa. Na sequência, perdeu por 2 a 1 para a Portuguesa e empatou por 2 a 2 com a Ponte Preta. As vitórias reapareceram nos 3 a 2 sobre o Santos fora de casa.

Com um futebol vistoso e seguro, o Tricolor foi batendo seus adversários um a um, caminhando para colocar fim nos 13 anos de fila de títulos paulista. Na penúltima rodada, o São Paulo visitou o Guarani no Brinco de Ouro, em Campinas, precisando da vitória junto com dois tropeços de Palmeiras e Ponte Preta, os perseguidores na tabela. Os rivais empataram seus jogos, enquanto os são-paulinos venceram por 2 a 1 e confirmaram a conquista antecipada. Na última partida, ainda sobrou espaço para erguer a taça com vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians, no Morumbi.

A campanha do São Paulo:
18 jogos | 12 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 29 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Acervo/Gazeta Press

Manchester City Campeão da Recopa Europeia 1970

Começou a década de 1970, e com ela veio uma fase de três temporadas de domínio britânico na Recopa Europeia. O ponto de partida foi a conquista do Manchester City na edição de 1970. Naquele momento, o clube era apenas mais um entre tantos médios que beliscavam um título de vez em quando, como por exemplo, o tetra da Copa FA de 1969, que levou ao torneio continental.

A Recopa registrou aumento de participantes em 1970, de 32 para 33, obrigando a UEFA a voltar com a fase preliminar. Os citizens iniciaram a campanha na primeira fase, contra o Athletic Bilbao. Na ida, empate por 3 a 3 na Espanha. Na volta, vitória por 3 a 0 em Maine Road, antigo estádio do City.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Lierse, da Bélgica. Com mais time, os citizens não tiveram nenhuma dificuldade para se classificar, com vitória por 3 a 0 no primeiro jogo fora de casa, e goleada por 5 a 0 na segunda partida em casa.

As coisas complicaram mais nas quartas de final, contra o Académica, de Portugal. A ida foi disputada em Coimbra, no Estádio Municipal, e ficou empatada por 0 a 0. A volta aconteceu em Maine Road, e o placar insistia em permanecer no zero. Foi assim nos 90 minutos e estava assim na prorrogação. Foi quando, aos 15 minutos do segundo tempo, Tony Towers fez 1 a 0, evitou a terceira partida e classificou o City.

A semifinal foi jogada contra o Schalke 04, e a primeira partida na Alemanha registrou a única derrota do City na Recopa Europeia, por 1 a 0. No segundo jogo, os citizens golearam por 5 a 1 na Inglaterra e carimbaram a passagem rumo à decisão.

Na final, o rival do Manchester City foi o Górnik Zabrze, time polonês que bateu Olympiacos, Rangers, Levski Sofia e Roma. A partida aconteceu no Praterstadion, em Viena. Neil Young abriu o placar aos ingleses aos 12 do primeiro tempo e Francis Lee fez o segundo aos 43. Deu tempo para o adversário descontar para 2 a 1 no segundo tempo, mas sem tirar o brilho da conquista do City. 

A campanha do Manchester City:
9 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 22 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto PA Images/Getty Images

Brasil Campeão da Copa do Mundo 1970

Para muita gente, aquele Brasil de 1970 foi o maior time de futebol de todos os tempos. E de fato, reunia um esquadrão no 11 titular: Félix; Carlos Alberto Torres, Brito, Piazza e Everaldo; Clodoaldo, Gérson, Jairzinho e Rivellino; Tostão e Pelé. Estes atletas, comandados por Zagallo, foram os responsáveis por trazer o tri da Copa do Mundo e a posse definitiva da Taça Jules Rimet para terras brasileiras. O mundial foi o primeiro a ser realizado tanto fora da Europa quanto fora da América do Sul. Foi no México, na América do Norte.

A trajetória do Brasil no Mundial começou em Guadalajara, no Estádio Jalisco, contra a Tchecoslováquia, com uma goleada de virada por 4 a 1. Nesta estreia aconteceu o primeiro gol que Pelé não fez, chutando a bola do meio de campo. Na segunda rodada, uma das partidas mais lembradas na história das Copas, a vitória de 1 a 0 sobre a Inglaterra. A primeira fase se encerrou com vitória por 3 a 2 sobre a Romênia. Assim, os brasileiros se classificaram na liderança do grupo C, com seis pontos.

A campanha seguiu nas quartas de final, com outra convincente vitória por 4 a 2 sobre o Peru, comandado por Didi, que fora bicampeão como jogador pelo Brasil. A semifinal foi contra o Uruguai, em uma espécie de revanche por 1950. Os contornos do jogo foram parecidos, com os uruguaios marcando primeiro e os brasileiros virando para 3 a 1. Aqui, o outro gol que Pelé não fez, driblando o goleiro sem tocar na bola para depois só escorá-la para a meta, mas ela vai lentamente junto a trave, para fora.

Com um lindo futebol, o Brasil foi para a final contra a Itália. Depois de fazer todo o Mundial em Guadalajara, a seleção brasileira rumou para o Estádio Azteca, na Cidade do México. E foi de lá que o mundo viu talvez a maior apresentação coletiva de futebol na história. Pelé abriu o placar, e Boninsegna empatou ainda no primeiro tempo, mas foi só isso por parte dos italianos. Gérson desempatou no segundo tempo, e Jairzinho ampliou.

Faltando quatro minutos para o fim, um dos gols mais bonitos em Copas. Depois de uma roda de "bobinho" envolvendo quase todo o time brasileiro, Pelé jogou de lado para a bomba cruzada de Carlos Alberto Torres. Com o 4 a 1 no placar, o Brasil se sagrou tricampeão da Copa do Mundo e consolidou a maior seleção de sua história. A Taça Jules Rimet seria erguida por um capitão campeão pela última vez, e a honra coube a Carlos Alberto Torres.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 19 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Imago Images/Werek

Feyenoord Campeão da Liga dos Campeões 1970

A década de 70 começou com novos ventos soprando em terras europeias. Na Copa dos Campeões de 1970 - que registrou o recorde de 33 participantes -, o Feyenoord inaugurou não apenas a Holanda como país vencedor, mas também a parte germânica do continente. Ainda que holandeses e alemães sejam um tanto diferentes nas culturas, as origens dos dois povos vêm de um ancestral em comum.

Este troféu do Feyenoord soou como um aviso: a Holanda chegou para ficar! Na primeira fase, o clube de Roterdã eliminou o time amador do KR Reykjavík de maneira impiedosa, com goleadas por 12 a 2 e por 4 a 0. Ambos os jogos ocorreram na Holanda, porque à época os estádios na Islândia não foram aprovados.

Nas oitavas de final, contra o Milan, toda essa facilidade foi embora. Na ida, derrota por 1 a 0 no San Siro. Na volta, vitória por 2 a 0 no De Kuip, o suficiente para se classificar. Nas quartas, o adversário foi o Vorwärts Berlim (atual FC Frankfurt Oder), da Alemanha Oriental. Os resultados da fase anterior se repetiram: derrota fora por 1 a 0 e vitória em casa por 2 a 0.

Na semifinal, foi a vez de enfrentar o Legia Varsóvia. A primeira partida aconteceu na Polônia, e terminou empatada por 0 a 0. A classificação para a final veio no segundo jogo, em Roterdã, com outro triunfo por 2 a 0.

Pela primeira vez na final, o Feyenoord teve como adversário o Celtic, que deixou para trás Basel, Benfica, Fiorentina e Leeds United. O palco da disputa foi o San Siro, em Milão, e os holandeses precisavam superar um fato: nenhum gol da campanha foi marcado fora de Roterdã.

Os escoceses abriram o placar aos 30 minutos do primeiro tempo, mas Rinus Israël desencantou aos 32. O placar permaneceu assim até o fim dos 90 minutos. Aos 12 do segundo tempo da prorrogação, Ove Kindvall desafogou o jogo e virou para 2 a 1. O maior título europeu da história do Feyenoord deu início à dinastia da Holanda, que seria assumida nos três anos seguintes por uma das maiores formações que o futebol já forneceu.

A campanha do Feyenoord:
9 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 24 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/Feyenoord

Estudiantes Campeão da Libertadores 1970

A Libertadores vira a década e entra no ano de 1970 ainda em desacerto com o Brasil. Pelo segundo ano seguido, e pelo terceiro em cinco temporadas, o país não indicou representantes. Outra vez a CBD preferiu priorizar a preparação da seleção para a Copa do Mundo. De forma que, com o retorno dos argentinos desde a fase de grupos, 19 times participaram da edição.

Dono das duas últimas taça e imbatível atuando dentro de seu estádio, o Estudiantes entrou novamente na semifinal e aguardou o desenrolar das partidas. A primeira fase foi composta por quatro grupos, sendo um de seis equipes e três de quatro.

Naturalmente, as melhores campanhas vieram da chave hexagonal, com as classificações de Guaraní do Paraguai e Universidad de Chile. Mas no aproveitamento, Boca Juniors e Peñarol também fizeram bonito em primeiro de seus grupos.

Os oito classificados seguiram à segunda fase, onde jogaram divididos em mais três chaves. Cada líder avançou até a semifinal, onde enfim encontraram-se com os pincharratas. E o confronto de abertura da campanha do tricampeonato do Estudiantes começou de forma caseira, contra o River Plate. Com duas vitórias -  1 a 0 em Buenos Aires e 3 a 1 em La Plata -, os então campeões rumaram à terceira decisão consecutiva.

O adversário na final foi o Peñarol, que sofreu para bater a Universidad de Chile na fase anterior. O jogo de ida foi disputado no Jorge Luis Hirschi, e o Estudiantes abriu vantagem com simples 1 a 0, gol marcado pelo zagueiro Néstor Togneri aos 43 minutos do segundo tempo.

A volta aconteceu no Estádio Centenario, em Montevidéu, e o time pincharrata precisou enfrentar uma enorme pressão. Mas os jogadores conseguiram segurar o 0 a 0 em solo uruguaio e ficaram com a terceira Libertadores nas mãos. Até ali, um feito inalcançável pelos outros.

A campanha do Estudiantes:
4 jogos | 3 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 5 gols marcados | 1 gol sofrido


Foto Arquivo/El Gráfico

Feyenoord Campeão Mundial 1970

As brigas no Mundial de 1969 lançaram muitas dúvidas em cima da realização da competição, e também da competência sul-americana. A Argentina saiu queimada pelos atos do Estudiantes, e o país quase perdeu a sede da Copa do Mundo de 1978. Para acalmar os ânimos, uma novo compromisso de que a violência não seria repetida pelos sudacas, seja qual clube o representasse.

O temor pelo futuro da Copa Intercontinental foi grande quando ocorreu a final da Copa Europeia. Isto porque o Celtic estava presente nela. Depois da derrota de 1967, eles prometeram que jamais voltariam à América do Sul. Mas o campeão foi o Feyenoord, da Holanda, que venceu a decisão por 2 a 1 na prorrogação, e assim o medo não se confirmou, por ora. Por ora, já que o time sul-americano no Mundial foi, pela terceira vez seguida, o Estudiantes. Os argentinos chegaram ao tri da Libertadores após derrotar o Peñarol na decisão: 1 a 0 na ida e 0 a 0 na volta.

O time holandês não foi considerado favorito ao título. O fato até ajudou a reduzir uma possível tensão, já que o time argentino, em teoria, não precisaria de nada além do futebol para ser campeão mundial. A disputa teve seu início no dia 26 de agosto, e outra vez La Bombonera era o estádio escolhido.

As previsões da época chegaram a se confirmar quando, aos seis e aos 12 minutos de jogo, Echecopar e Ramón Verón fizeram dois gols ao Estudiantes. Porém, o favoritismo não foi adiante, e aos 21 minutos Van Hanegem descontou para o Feyenoord. Os holandeses melhoraram ainda mais no segundo tempo, e aos 22 minutos Kindvall empatou a partida e silenciou mais de 50 mil torcedores. O 2 a 2 tornava tudo indefinido para a volta.

A segunda partida foi no dia 9 de setembro, no De Kuip, em Roterdã. Tudo aconteceu dentro da normalidade, as duas equipes atuando de igual para igual diante de 60 mil holandeses. O zero imperou no placar até o momento em que o técnico Ernst Happel trocou os atacantes: Moulijn por Van Daele, aos 16 minutos do segundo tempo. A estrela deu certo, e aos 18 minutos Van Daele (com seu indefectível óculos) fez 1 a 0 fez 1 a 0. O resultado permaneceria o mesmo até o fim do jogo, e o Estudiantes, exausto pela viagem, não teria forças para buscar o empate.

O título mundial do Feyenoord foi o prenúncio da chegada de uma nova ordem de jogo: o futebol total. A ideia ainda não estava muito clara em 1970, ao mesmo tempo em que a conquista holandesa era tratada como zebra. Mas o futuro, através do rival de Amsterdã e da seleção local, mostraria o tamanho da justiça feita em campo.


Foto Arquivo/Feyenoord

Fluminense Campeão Brasileiro 1970

No ano do tricampeonato mundial, o Brasileirão teve sua última temporada como Robertão, antes de se tornar de fato o Campeonato Brasileiro. Com o mesmo regulamento das edições anteriores, 17 equipes lutaram pelo título, para se tornar o melhor time no país da melhor seleção do mundo. O Fluminense, ainda com pouca afinidade com as finais nacionais, montou um time competitivo e chegou lá pela primeira vez.

Na primeira fase, o Flu ficou destinado ao grupo B, de nove times. No enfrentamento de 16 rodada, disputou ponto a ponto a vaga com Cruzeiro, Flamengo e Internacional. Ficou na segunda posição, um ponto a menos que o time mineiro, e com um gol a mais de saldo (10 a 9) que os outros rivais. Foram oito vitórias, quatro empates e quatro derrotas. No grupo A, os classificados foram Palmeiras e Atlético-MG.

O quadrangular final foi jogado em um semana. Na primeira rodada, o Tricolor lotou o Maracanã e venceu o Palmeiras por 1 a 0. Começou liderando, pois Cruzeiro e Atlético-MG só empataram o outro jogo. Na rodada seguinte, o Fluminense foi ao Mineirão e conseguiu fazer 1 a 0 no Cruzeiro, encaminhando a conquista. O Palmeiras se apresentou como candidato ao bater por 3 a 0 o Atlético-MG.

Flu, Palmeiras e Atlético entraram com chances na rodada final. O time paulista fez a sua parte, vencendo o Cruzeiro por 4 a 2. Mas o Fluminense jogava pelo empate, e segurou o 1 a 1 com o Atlético-MG no Maracanã. Assim, o Tricolor Carioca venceu o título brasileiro de 1970.

A campanha do Fluminense:
19 jogos | 10 vitórias | 5 empates | 4 derrotas | 29 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Arquivo/Fluminense