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Todas as terceiras colocadas da Copa do Mundo Feminina
A Copa do Mundo Feminina cresce mais a cada edição, e aqui no blog ela também ganha seu destaque. Na sequência, trazemos todos as nove seleções que terminaram na terceira colocação dos Mundiais entre 1991 e 2023. São quatro países ao todo, com vantagem para Suécia, que na última edição somou sua quarta medalha de bronze na competição. Confira!
Todas as vice-campeãs da Copa do Mundo Feminina
Encerrada a Copa do Mundo Feminina de 2023, o compilado de hoje no blog traz a atualização sobre as vice-campeãs da competição. E a marca curiosa de nunca ter ocorrido uma segunda colocação repetida continua, com a entrada da Inglaterra. São nove seleções diferentes nas nove edições do Mundial, desde 1991. A seguir!
Espanha Campeã da Copa do Mundo Feminina 2023
A Copa do Mundo Feminina de 2023 foi a maior de todos os tempos, superando a edição de 2019 em tudo, desde audiência (quase duas bilhões de pessoas pelo planeta assistiram ao menos uma partida), número de jogos e de gols. Tudo isso, logicamente, puxado pelo aumento de 24 para 32 seleções. A competição foi disputada pela primeira vez em dois países, na Austrália e na Nova Zelândia, que superaram a concorrência da Colômbia na eleição e deram à Oceania a primeira sede de um torneio adulto da FIFA.
E só podia ser em terras inéditas o nascimento de uma nova campeã mundial, a quinta seleção da história a erguer a taça: a Espanha, que confirmou sua evolução no futebol feminino ao longo dos anos. Antes disso, porém, tivemos surpresas como as quedas de Alemanha e Brasil ainda na primeira fase, e dos Estados Unidos nas oitavas de final. Na contramão, a Colômbia foi até às quartas, e Jamaica, África do Sul e Marrocos chegaram às oitavas.
A campanha de La Roja teve início no grupo C, ancorado na Nova Zelândia. O início foi com vitória por 3 a 0 sobre a Costa Rica. Na sequência, as espanholas golearam a estreante Zâmbia por 5 a 0. Já classificada, a Espanha teve pela frente o Japão na última rodada, mas acabou derrotada por 4 a 0 e encerrou a chave na segunda colocação, com seis pontos.
Nas oitavas de final, a seleção de Aitana Bonmatí (futura Bola de Ouro da Copa), Olga Carmona Jennifer Hermoso, Alba Redondo, Alexia Putellas, Salma Paralluelo, entre outras, goleou a Suíça por 5 a 1. Nas quartas, foi a vez de eliminar a Holanda por 2 a 1, com gols de Mariona Caldentey e Paralluelo, este segundo na prorrogação. Na semifinal, a Espanha derrotou a Suécia pelo mesmo placar de 2 a 1, com mais um gol de Paralluelo e outro de Carmona.
A tão sonhada final da Copa foi entre Espanha e Inglaterra, que superou China, Haiti, Nigéria, Colômbia e Austrália. A partida foi realizada no Estádio Olímpico de Sydney, no dia 20 de agosto, para um público de quase 76 mil torcedores. O título de La Roja veio pela vitória mínima de 1 a 0. O gol foi anotado por Olga Carmona, lateral-direita e capitã da seleção, aos 29 minutos do primeiro tempo.
A campanha da Espanha:
7 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 20 gols marcados | 7 gols sofridos
Foto Dean Lewins/EPA
Estados Unidos Campeão da Copa do Mundo Feminina 2019
Após um longo tempo longe, a Europa voltou a receber uma Copa do Mundo Feminina, em 2019. A França derrotou a Coreia do Sul na corrida para ser o país-sede, e organizou a maior competição em oito edições: a audiência passou de 1 bilhão de espectadores.
Atual campeã, a seleção dos Estados Unidos apareceu novamente como a maior favorita ao título. Junto com ela, a dona da casa puxou a fila com Alemanha, Inglaterra e a novidade Holanda, que apenas na sua segunda participação mostrou um time forte. Correndo por fora, vieram Japão, Suécia e Canadá. Mas a taça continuaria na posse do mesmo detentor. Quanto ao Brasil, a seleção chegou no Mundial com uma sequência de nove partidas sem vencer, e ficou longe de um favoritismo.
No grupo F, as norte-americanas iniciaram fazendo história: 13 a 0 contra a amadora Tailândia, na maior goleada de sempre. Cinco gols foram somente de Alex Morgan, que ali já garantiu a artilharia. Na sequência, vitórias por 3 a 0 sobre o Chile e por 2 a 0 sobre a Suécia confirmaram a primeira posição, com nove pontos.
Nas oitavas de final começou a aparecer o brilho de Megan Rapinoe, que fez os dois gols da vitória sobre a Espanha, por 2 a 1. A meia marcou mais dois nas quartas, nos 2 a 1 sobre a França. Na semifinal, foi a vez de Morgan voltar a marcar e ajudar na vitória por 2 a 1 sobre a Inglaterra.
A decisão da Copa foi contra a surpresa Holanda, que eliminou Japão, Itália e Suécia antes de chegar no Parc Olympique Lyonnais, em Lyon, no dia 7 de julho. Duas campanhas de 100% de aproveitamento. O domínio foi dos Estados Unidos, mas as holandesas seguraram a onda até onde puderam.
Aos 16 minutos do segundo tempo, Rapinoe abriu o placar, de pênalti. Foi o sexto gol dela, que igualou Morgan na artilharia. Aos 24, Rose Lavelle fez 2 a 0 e deu os números finais à maior conquista entre todas que a seleção norte-americana já conseguiu. Foi o tetra mundial em cinco finais disputadas. Foi também a Copa do Mundo de Rapinoe que, além de ter sido a capitã do título, conquistou a Bola de Ouro do torneio.
A campanha dos Estados Unidos:
7 jogos | 7 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 26 gols marcados | 3 gols sofridos
Foto Philippe Desmazes/AFP
Estados Unidos Campeão da Copa do Mundo Feminina 2015
Novo marco na evolução da Copa do Mundo Feminina aconteceu entre 2011 e 2015. De 16 seleções, o torneio passou para 24, o que tornou possível o surgimento de novas forças e a estreia de muitos países que ainda engatinham na modalidade. Foram oito nesta primeira oportunidade, exatamente o número do aumento.
O país escolhido para sediar o Mundial de 2015 foi o Canadá, aclamado depois que o Zimbábue desistiu da disputa. Jogando em casa, as canadenses pintaram como possíveis candidatas ao título, mas o favoritismo recaía outra vez sobre as seleções tradicionais, como Alemanha, Suécia, Japão e Estados Unidos, além de França e Inglaterra, que apresentavam um ótimo crescimento. O Brasil já não tinha o mesmo peso que nas edições anteriores, mas podia chegar também. E foi o time estadunidense quem chegou para o tri, vindo de um amargo vice e sem vencer há 16 anos.
As estadunidenses foram sorteadas para o grupo D, e o começo foi com vitória por 3 a 1 sobre a Austrália. Contra a Suécia, empate por 0 a 0 adiou a classificação. A confirmação veio na rodada final, com 1 a 0 sobre a Nigéria. Com sete pontos, os Estados Unidos terminaram na liderança.
Nas oitavas de final, a vítima foi a Colômbia, derrotada por 2 a 0. Carli Lloyd fez o segundo gol desta partida e iniciou (tardiamente) o caminho rumo à artilharia. Nas quartas, contra a China, Lloyd fez o gol da vitória por 1 a 0. E na semifinal, a vitória foi sobre a Alemanha, por 2 a 0.
Em 5 de julho, a final reservou a revanche dos Estados Unidos contra o Japão, que eliminou Equador, Holanda, Austrália e Inglaterra. O jogo foi disputado no BC Place, em Vancouver, e a torcida viu ali um time mordido, disposto a vingar o vice sofrido na Copa passada. Em 16 minutos, as estadunidenses já marcavam quatro vezes, com Lauren Holiday e um hat-trick de Lloyd, que completou a série com um golaço, chutando a bola do meio de campo.
As japonesas reagiram com um gol de Yūki Ogimi e outro contra de Julie Johnston, mas Tobin Heath fez 5 a 2 aos nove do segundo tempo e decretou o maior placar em finais da Copa Feminina. Finalmente, os Estados Unidos chegavam ao tricampeonato, e Lloyd completava sua escalada com o prêmio de melhor jogadora do torneio e a honra de ser a capitã do título.
Japão Campeão da Copa do Mundo Feminina 2011
Seis países entraram na eleição para receber a Copa do Mundo Feminina de 2011. Um recorde: Peru, Canadá, Austrália, Suíça, França e Alemanha. O entendimento era de que chegava a hora de a competição voltar à Europa, e nada melhor do que designar a tarefa para a atual bicampeã.
A Alemanha recebeu outras 15 seleções, e aparecia com o maior favoritismo para o título. Estados Unidos, Suécia e Brasil a acompanhavam na disputa, mas o título ficou mesmo com quem correu por fora. Japão e França apareceram no Mundial sem fazer alarde, jogando um futebol eficiente. E foi a equipe asiática quem quebrou a banca.
No grupo B do torneio, o Japão começou a trajetória com vitória por 2 a 1 sobre a Nova Zelândia. A classificação foi antecipada, vinda com goleada por 4 a 0 sobre o México. Três gols desta partida foram marcados por Homare Sawa, a craque do time. Na última rodada, a "nadeshiko" relaxou, levou 2 a 0 da Inglaterra e terminou a fase na vice-liderança, com seis pontos.
A história melhora no mata-mata. Contra a Alemanha nas quartas de final, uma histórica vitória por 1 a 0, na prorrogação. Na semifinal, o Japão dizimou outra favorita, a Suécia, derrotando-a por 3 a 1.
A decisão da Copa Feminina foi contra os Estados Unidos, que passou por Colômbia, Coreia do Norte, Brasil e França. A partida foi jogada no Waldstadion, em Frankfurt, no dia 17 de julho. Como era de se esperar, as norte-americanas foram ao ataque para matar o mais rápido possível. Mas as japonesas repetiam na final a bela postura defensiva que tiveram na competição inteira e seguravam ao máximo.
O placar só foi aberto aos 24 minutos do segundo tempo, com Alex Morgan. O empate veio aos 36, com Aya Miyama. O enredo não mudou na prorrogação, e aos 14 minutos da primeira etapa Abby Wambach recolocou os EUA na frente. Mas nada estava perdido para o Japão, que fez 2 a 2 com Sawa aos 12 da etapa final.
A sorte ajuda quem é competente, e na disputa por pênaltis as norte-americanas perderam três de quatro cobranças, enquanto as japonesas só erraram uma. Foi Saki Kumagai quem converteu a última, fazendo 3 a 1 e dando o título inédito ao Japão. Sawa ficou marcada na história: artilheira (5 gols), Bola de Ouro e capitã do time campeão.
A campanha do Japão:
6 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 12 gols marcados | 6 gols sofridos
Foto Alex Livesey/FIFA/Getty Images
Alemanha Campeã da Copa do Mundo Feminina 2007
A Copa do Mundo Feminina de 2007 não teve uma eleição para se definir o país-sede. Obrigada a abrir mão da condição quatro anos antes devido ao surto de SARS, a China foi automaticamente designada para receber a competição seguinte, repetindo a estreia em 1991.
As seleções candidatas ao título neste Mundial foram praticamente as mesmas de sempre. Algumas menos, como China e Suécia, e outras mais, como Alemanha, Noruega, Estados Unidos e, sobretudo, o Brasil, que passava pelo melhor momento de sua história e quase desbancou o bicampeonato das alemãs.
Colocada no grupo A, a Alemanha não estava para brincadeira. Logo na estreia, contra a Argentina, aplicou o que seria até então a maior goleada da história da Copa: 11 a 0, com hat-tricks de Birgit Prinz e Sandra Smisek. Melanie Behringer, Kerstin Garefrekes e Renate Lingor completaram a festa.
A fonte de gols deu uma secada nos jogos seguintes, mas não tirou a invencibilidade da equipe alemã, que empatou com a Inglaterra por 0 a 0 e venceu o Japão por 2 a 0. A liderança da chave foi confirmada com sete pontos. Nas quartas de final, a vítima foi a Coreia do Norte, derrotada por 3 a 0. Na semifinal, a Noruega também levou 3 a 0 das alemãs.
Na final, a Alemanha enfrentou o Brasil, que liderado pelos gols de Marta e de Cristiane passou por Nova Zelândia, Dinamarca e Austrália até a semi, quando goleou os Estados Unidos por 4 a 0. A partida decisiva aconteceu no dia 30 de setembro, no Estádio Hongkou Football, em Shanghai. O primeiro tempo foi bem disputado, mas os gols só vieram no segundo.
Aos sete minutos, Prinz abriu o placar à equipe alemã. Logo depois, as brasileiras tiveram a chance do empate, mas o pênalti de Marta parou nas mãos de Nadine Angerer. Aos 41 minutos, Simone Laudehr fez 2 a 0 e confirmou o bicampeonato da Copa Feminina à Alemanha, que não levou gols em todos os jogos.
Acerca do torneio, Marta e Prinz travaram uma boa disputa individual na trajetória, mas a brasileira foi quem ficou com a Bola e a Chuteira de Ouro. Para a atacante alemã, ficou a honra de ser a capitã do título.
A campanha da Alemanha:
6 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 21 gols marcados | 0 gols sofridos
Foto Arquivo/Picture Alliance/DPA
Alemanha Campeã da Copa do Mundo Feminina 2003
A quarta edição da Copa do Mundo Feminina, em 2003, passou por uma grande turbulência. Inicialmente, a competição estava marcada para voltar à China, que venceu eleição sobre a Austrália, entre setembro e outubro. Mas um surto de SARS (doença causada pelo coronavírus) no país asiático levou a FIFA a mudar a sede de lugar quatro meses antes de seu início. Assim, o torneio precisou voltar para o último lugar em que foi realizado, os Estados Unidos.
O favoritismo outra vez recaiu sobre as seleções mais tradicionais: Alemanha, Estados Unidos, Noruega, China e Suécia, que ganhavam a companhia de Canadá e Brasil (mais fortalecido e com uma jovem atacante chamada Marta no time) na primeira prateleira da Copa. E depois de três tentativas na trave, as alemãs finalmente chegaram lá, com autoridade e uma pontada de emoção.
A Alemanha entrou no grupo C do Mundial. Na estreia, 4 a 1 de virada sobre o Canadá. Na sequência, vitória por 3 a 0 sobre o Japão garantiu a classificação antecipada. No fechamento da fase, goleada por 6 a 1 sobre a Argentina confirmou liderança da chave à Nationalelf, com nove pontos.
A maior goleada ainda viria, nas quartas de final: 7 a 1 sobre a Rússia. Na semifinal, o confronto com os Estados Unidos. Atuando no PGE Park, em Portland, a Alemanha conseguiu uma gigante vitória por 3 a 0, gols de Kerstin Garefrekes, Maren Meinert e Birgit Prinz. As então campeãs estavam fora, e o time alemão seguiu rumo à final.
No dia 12 de outubro, no Home Depot Center de Los Angeles, a Alemanha enfrentou a Suécia, que derrubou Coreia do Norte, Nigéria, Brasil e Canadá. O fato de ter eliminado a dona da casa não tornou a partida mais simples. As suecas largaram na frente do placar aos 41 minutos do primeiro tempo, com Hanna Ljungberg. A virada alemã teve um início precoce e um desfecho tardio e agônico.
O empate saiu logo no primeiro minuto do segundo tempo, com Meinert, e permaneceu assim até o fim dos 90 minutos. Foi só aos oito minutos da prorrogação que Nia Künzer, zagueira que entrou durante o jogo, virou para 2 a 1. O gol de ouro valeu o primeiro título de Copa Feminina à Alemanha, que teve como capitã a meio-campista Bettina Wiegmann.
A campanha da Alemanha:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 25 gols marcados | 4 gols sofridos
Foto Jonathan Larsen/Diadem Images
Estados Unidos Campeão da Copa do Mundo Feminina 1999
A Copa do Mundo Feminina partiu para a sua grande casa em 1999. A terceira edição foi sediada nos Estados Unidos, que recebeu esse direito por aclamação. Austrália e Chile chegaram a manifestar um desejo de entrar na eleição, mas retiraram-se logo depois. O Mundial contou com mais avanços. As partidas enfim passaram a ter 90 minutos de duração, e o número de participantes subiu de 12 para 16.
Primeira seleção campeã, os Estados Unidos tinham o maior favoritismo, ao lado de Noruega, Alemanha, China e Suécia. Correndo por fora, o Brasil pela primeira vez chamava a atenção das adversárias.
Mas era o próprio time estadunidense que levava os maiores holofotes, com Michelle Akers comandando o meio-campo, Mia Hamm liderando o ataque, Brandi Chastain e Carla Overbeck se garantido na defesa, e Briana Scurry fechando o gol. Todas elas integrariam a seleção da competição. No grupo A da Copa, as estadunidenses começaram fazendo 3 a 0 na Dinamarca. Nas outras duas partidas, 7 a 1 na Nigéria e 3 a 0 na Coreia do Norte garantiram a liderança, com nove pontos.
Nas quartas de final, um confronto gigante contra a Alemanha. Foi sofrido, mas os Estados Unidos venceram de virada por 3 a 2 e avançaram. A semifinal foi jogada contra o Brasil. A força caseira fez a diferença no confronto, no Stanford de San Francisco: o time estadunidense venceu por 2 a 0, gols de Cynthia Parlow e Akers.
A final da Copa do Mundo Feminina aconteceu no dia de 10 de julho, no Rose Bowl de Los Angeles. Eram mais de 90 mil torcedores no estádio, que adquiriu a sina de ser um palco que não recebe gols em decisões mundiais. Assim como ocorreu com os homens em 1994, as mulheres também não conseguiram marcar em 120 minutos. Estados Unidos e China, que chegou lá ao passar por Gana, Austrália, Rússia e Noruega, ficaram no 0 a 0 e precisaram definir nos pênaltis.
Quatro chinesas converteram suas cobranças, exceto Liu Ying, que viu sua bola ser defendida por Scurry. Todas as estadunidenses acertaram, com a lateral-esquerda Chastain marcando o 5 a 4 e entrando para a história junto com as duas dez companheiras. A capitã do bicampeonato dos Estados Unidos foi a zagueira Overbeck.
A campanha dos Estados Unidos:
6 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 18 gols marcados | 3 gols sofridos
Foto George Tiedemann/Sports Illustrated/Getty Images
Noruega Campeã da Copa do Mundo Feminina 1995
Um pequeno passo para o crescimento do futebol feminino foi dado com a criação da Copa do Mundo. A estreia realizada em 1991 foi aprovada pela FIFA, e desde então a competição não parou mais. Seguindo os moldes já conhecidos, a segunda edição ficou marcada para 1995. Inicialmente, a Bulgária foi o país escolhido como sede, mas sua federação não cumpriu os prazos. Então, a Suécia acabou ficando com a responsabilidade de receber outras 11 seleções.
O primeiro mundial a contar três pontos para as vitórias e 45 minutos para cada tempo de jogo teve os favoritos de sempre: Estados Unidos, Alemanha, a própria Suécia, China e Noruega. E coube ao time norueguês o orgulho de levar o primeiro título de uma seleção europeia. O fator geográfico ajudou, já que a torcida das "lovinnene" (leoas) podia chegar muito rapidamente aos jogos.
No grupo B, a Noruega estreou com um acachapante 8 a 0 sobre a Nigéria, com três gols de Kristin Sandberg. A segunda partida foi contra a Inglaterra, e a vitória foi mais simples, por 2 a 0. A goleada voltou na rodada final, contra o Canadá. Foi por 7 a 0, e o hat-trick desta vez foi anotado por Ann Kristin Aarones, que já havia guardado dois nas africanas e guardaria outro no mata-mata, na semifinal.
Estes seis gols a deixariam como artilheira da Copa. Com nove pontos, a liderança ficou fácil. Nas quartas de final, as norueguesas passaram pela Dinamarca, por 3 a 1. A semi marcou o reencontro com os Estados Unidos, e a revanche deu certo: vitória por 1 a 0 e a vaga na final garantida.
Dia 18 de junho, e o Estádio Rasunda, em Estocolmo, entrou para a história como o primeiro a receber finais de Copa em ambas as modalidades. O desafio da Noruega foi contra a Alemanha, que anteriormente derrotou Japão, Brasil, Inglaterra e China. As duas equipes estavam embaladas, mas as alemãs vinham para a decisão com mais dificuldades.
O título norueguês foi conquistado com vitória por 2 a 0, gols de Hege Riise e Marianne Pettersen aos 37 e 40 minutos do primeiro tempo. Uma conquista incontestável, com o prêmio maior da taça sendo erguido pelas mãos da capitã, a zagueira Gro Espeseth.
Estados Unidos Campeão da Copa do Mundo Feminina 1991
Quando criada, em 1930, a Copa do Mundo foi um sucesso imediato entre jogadores e torcedores. Mas desde o início e pelos 60 anos seguintes, a competição só existiu na versão masculina. O futebol feminino começou a crescer nos anos 1970, quando começou a ser possível fazer uma competição equivalente, embora a modalidade fosse restrita em muitos lugares (o próprio Brasil proibiu que mulheres praticassem até 1979).
Entre 1970 e 1971, Itália e México sediaram duas edições de uma "Copa do Mundo", organizadas por uma entidade independente europeia. A Dinamarca venceu as duas. Entre 1981 e 1988, houve cinco edições de um torneio chamado Mundialito, sediados entre Japão e Itália, com três conquistas aos italianos e duas à Inglaterra.
Foi nesta época que a FIFA capitulou. Durante congresso em 1986, foi levantada a proposta de se desenvolver uma competição mundial de seleções entre as mulheres. E em 1988, foi disputado o Torneio Internacional, na China. Com 12 países convidados, o evento foi criado para servir de teste à FIFA. A Noruega foi campeã batendo a Suécia na final, a competição foi um sucesso e acabou aprovada pela entidade, que deu início de fato à Copa do Mundo Feminina.
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A primeira edição da Copa do Mundo Feminina foi em 1991, na China. A FIFA resolveu repetir quase toda a receita que funcionou em 1988 no torneio teste: 12 seleções divididas em três grupos. A diferença é que a definição delas se deu por meio de eliminatórias. Foram cinco da UEFA, três da Ásia e uma cada de Conmebol, Concacaf, África e Oceania. Ainda, na época as partidas femininas possuíam duração de 40 minutos cada tempo.
O favoritismo recaiu sobre a dona da casa e as equipes europeias, mas quem levou a primeira Copa foi uma seleção que jogava para valer há apenas seis anos. Com um forte investimento no futebol feminino universitário, os Estados Unidos chegaram ao primeiro título com uma campanha arrasadora, liderada pelos gols e habilidade do quarteto de ataque formado por Michelle Akers, Carin Jennings, April Heinrichs e Mia Hamm. Juntas, elas somaram 22 dos 25 gols do time.
As estadunidenses ficaram no grupo B da Copa. A estreia foi contra a Suécia, na partida mais difícil da fase: vitória por 3 a 2, após abrir os três gols de vantagem e levar a reação. Na sequência, goleadas por 5 a 0 sobre o Brasil e por 3 a 0 sobre o Japão deixaram a equipe na liderança da chave, com seis pontos.
Nas quartas de final, o adversário dos Estados Unidos foi Taiwan (oficialmente chamado de Taipé Chinês). Foi aqui que aconteceu a maior goleada das estadunidenses, por 7 a 0. Na semifinal, outro passeio, agora por 5 a 2 diante da Alemanha.
A final da primeira Copa Feminina aconteceu no dia 30 de novembro, no Estádio Tianhe, em Guangzhou, entre Estados Unidos e Noruega, que passou por Nova Zelândia, Dinamarca, Itália e Suécia. As estadunidenses não encontraram a mesma facilidade, mas contavam com a ótima fase de Akers, que abriu o placar aos 20 minutos do primeiro tempo.
Aos 29, as norueguesas empataram com Linda Medalen. O jogo permaneceu empatado até os 33 do segundo tempo, quando Akers fez 2 a 1 e confirmou a primeira conquista estadunidense. A primeira capitã a erguer uma Copa Feminina foi a atacante Heinrichs.
A campanha dos Estados Unidos:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 25 gols marcados | 6 gols sofridos
Foto Bob Thomas/Getty Images
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