A quarta edição da Copa do Mundo Feminina, em 2003, passou por uma grande turbulência. Inicialmente, a competição estava marcada para voltar à China, que venceu eleição sobre a Austrália, entre setembro e outubro. Mas um surto de SARS (doença causada pelo coronavírus) no país asiático levou a FIFA a mudar a sede de lugar quatro meses antes de seu início. Assim, o torneio precisou voltar para o último lugar em que foi realizado, os Estados Unidos.
O favoritismo outra vez recaiu sobre as seleções mais tradicionais: Alemanha, Estados Unidos, Noruega, China e Suécia, que ganhavam a companhia de Canadá e Brasil (mais fortalecido e com uma jovem atacante chamada Marta no time) na primeira prateleira da Copa. E depois de três tentativas na trave, as alemãs finalmente chegaram lá, com autoridade e uma pontada de emoção.
A Alemanha entrou no grupo C do Mundial. Na estreia, 4 a 1 de virada sobre o Canadá. Na sequência, vitória por 3 a 0 sobre o Japão garantiu a classificação antecipada. No fechamento da fase, goleada por 6 a 1 sobre a Argentina confirmou liderança da chave à Nationalelf, com nove pontos.
A maior goleada ainda viria, nas quartas de final: 7 a 1 sobre a Rússia. Na semifinal, o confronto com os Estados Unidos. Atuando no PGE Park, em Portland, a Alemanha conseguiu uma gigante vitória por 3 a 0, gols de Kerstin Garefrekes, Maren Meinert e Birgit Prinz. As então campeãs estavam fora, e o time alemão seguiu rumo à final.
No dia 12 de outubro, no Home Depot Center de Los Angeles, a Alemanha enfrentou a Suécia, que derrubou Coreia do Norte, Nigéria, Brasil e Canadá. O fato de ter eliminado a dona da casa não tornou a partida mais simples. As suecas largaram na frente do placar aos 41 minutos do primeiro tempo, com Hanna Ljungberg. A virada alemã teve um início precoce e um desfecho tardio e agônico.
O empate saiu logo no primeiro minuto do segundo tempo, com Meinert, e permaneceu assim até o fim dos 90 minutos. Foi só aos oito minutos da prorrogação que Nia Künzer, zagueira que entrou durante o jogo, virou para 2 a 1. O gol de ouro valeu o primeiro título de Copa Feminina à Alemanha, que teve como capitã a meio-campista Bettina Wiegmann.
A campanha da Alemanha:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 25 gols marcados | 4 gols sofridos
Foto Jonathan Larsen/Diadem Images
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