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Itabaiana Campeão Sergipano 1978

O Campeonato Sergipano é um dos mais disputados do Nordeste do Brasil, com a predominância de três forças: Sergipe, Confiança e Itabaiana, cada um com seus momentos de hegemonia.

Em 1978, passado e presente se misturavam. Com 19 títulos, o Sergipe era o maior vencedor, seguido pelo Confiança com oito conquistas. Em terceiro, aparecia o Cotinguiba com seis taças, porém já sem vencer desde 1952. Em quarto, o Santa Cruz de Estância tinha cinco títulos, o último em 1960. O Itabaiana ainda não era um dos principais ganhadores, pois tinha apenas duas conquistas, em 1969 e 1973. O panorama começaria a mudar ainda em 1978, com o início de um pentacampeonato.

O estadual teve nove times: Itabaiana, Sergipe, Confiança, Santa Cruz de Estância, Vasco de Aracaju, Maruinense, Propriá, Olímpico de Aracaju e Lagarto. Foram disputadas quatro fases de turno único e uma continuação chamada de "torneio suplementar", com os quatro melhores em quadrangulares. A fase final contou com dois mata-matas, um para os vencedores dos turnos e outro para os ganhadores dos torneios. O vencedor de cada mata-mata disputou a final do campeonato.

O Itabaiana fez a primeira fase com quatro vitórias, três empates e uma derrota. Com 11 pontos, o Tremendão da Serra ficou em quarto lugar e foi ao torneio suplementar, onde venceu um jogo, empatou outro e perdeu outro, ficando na terceira colocação com três pontos.

Na segunda fase, o Itabaiana conseguiu cinco vitórias e três empates, que valeram a liderança com 13 pontos e a classificação para a fase final. No suplementar, o Tremendão empatou dois jogos e perdeu um, ficando em quarto lugar com um ponto.

A partir da terceira fase, o campeonato seguiu com oito times, após a eliminação do Santa Cruz. Em sete jogos, o Itabaiana venceu quatro, empatou um e perdeu dois, que o deixaram em terceiro, com nove pontos. No suplementar, o clube venceu duas partidas e empatou uma, que somaram cinco pontos, igualado ao Sergipe. No desempate, o tricolor venceu por 3 a 1 e se classificou ao outro mata-mata.

A campanha do Itabaiana seguiu na quarta fase, com três vitórias, um empate e duas derrotas. Com oito pontos, o Tremendão ficou na quarta posição. No suplementar, a equipe obteve novamente duas vitórias e um empate, que a deixaram com cinco pontos e empatada na liderança com o Vasco. Na partida extra, deu Itabaiana por 1 a 0.

Por ter vencido dois torneios suplementares, o Itabaiana foi diretamente à final do primeiro mata-mata. Contra o Sergipe, empatou o primeiro jogo por 0 a 0, o segundo por 2 a 2 e o terceiro por 1 a 1, vindo a vencer a quarta partida por 3 a 1 e se classificar para a decisão geral. No outro playoff, o Tremendão venceu a semifinal por 3 a 1 sobre o Confiança, se reencontrando com o Sergipe na final. Por fim, em três jogos no Batistão, o Itabaiana conseguiu o título antecipadamente após ganhar a ida por 1 a 0, perder a volta pelo mesmo placar e vencer a terceira partida, também pelo resultado mínimo.

A campanha do Itabaiana:
52 jogos | 27 vitórias | 17 empates | 8 derrotas | 68 gols marcados | 31 gols sofridos


Foto Luís Moreira/Placar

Remo Campeão Paraense 1978

O Campeonato Paraense chegou para 1978 com mais uma grande campanha do Remo, que culminou no bicampeonato invicto e no 28º título estadual do clube. Era a metade do caminho do tetracampeonato azulino.

O estadual no Pará tinha uma duração muito mais curta em relação a outros torneios da mesma época. Em 1978, sete times participaram da disputa: Remo, Paysandu, Tuna Luso, Tiradentes, Sport Belém, Liberato de Castro e Abaetetubense. O regulamento foi definido com a realização de dois turnos. O líder de cada fase se classificou para a decisão. Em caso de empate na pontuação dos primeiros colocados, uma partida de desempate seria realizada.

O Leão Azul iniciou a primeira fase com vitória por 2 a 0 sobre o Tiradentes. Depois, empatou três vezes consecutivas. Nas duas últimas rodadas, goleou o Liberato de Castro por 10 a 0 e o Abaetetubense por 9 a 0. Os resultados fizeram o Remo somar nove pontos. Porém, mesmo sem derrotas e com duas goleadas, o time ficou em terceiro lugar, um ponto atrás de Tuna Luso e Paysandu. No desempate, os bicolores venceram e ficaram com a primeira vaga na decisão.

Na segunda fase, o Remo prometeu melhor ainda mais o desempenho. Na estreia, goleou o Liberato de Castro por 5 a 0. Na terceira rodada, enfiou mais 10 a 0 no Abaetetubense. Nos demais quatro jogos, obteve mais três vitórias e um empate, que deixaram os azulinos com 11 pontos, empatados na liderança com a Tuna Luso. No desempate, o Leão bateu a Tuna por 1 a 0 e se classificou para a final.

A final do Campeonato Paraense reuniu os dois maiores rivais para duas partidas no Mangueirão, e se casso fosse necessário, até três. No primeiro jogo, tanto Remo quanto Paysandu não conseguiram converter os ataques em gols e o resultado foi de empate por 0 a 0. No segundo Repa, a equipe azulina foi mais eficiente e conseguiu bater a defesa bicolor duas vezes. A conquista invicta do Remo veio com a vitória por 2 a 1.

A campanha do Remo:
15 jogos | 10 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 50 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Remo

Vila Nova Campeão Goiano 1978

A grande fase do Vila Nova no fim da década de 1970 seguiu com o bicampeonato goiano em 1978. Foi mais uma conquista com imposição sobre os rivais, em um campeonato que, assim como vários da época, só foi acabar em 1979.

A competição foi disputada por 13 participantes. Na primeira fase, oito times disputaram dois turnos enquanto Anapolina, Goiás e Vila Nova se dedicavam ao Brasileirão. O líder se garantiu na fase final com um ponto extra. A segunda fase foi realizada com todas as equipes, novamente em dois turnos. As cinco melhores se classificaram para o hexagonal final, com um ponto extra para o líder. A etapa decisiva também aconteceu em partidas de ida e volta. Não foram encontradas explicações para as ausências de dois times na primeira fase do torneio: Mineiros e Santa Helena. Quem souber, comente.

O Tigrão começou a campanha logo mostrando que era favorito, na goleada por 5 a 1 sobre o Mineiros. Nas 22 partidas seguintes, a equipe conseguiu mais 15 vitórias, seis empates e duas derrotas. Ao todo, o Vila Nova somou 38 pontos, que valeu a classificação na vice-liderança da segunda fase, três pontos atrás do Goiás. Apesar de conseguir uma vaga no hexagonal final, não foi possível obter o ponto extra.

Além do Vila e do Goiás, a fase final contou com Atlético, Anapolina, Goiânia e Itumbiara. Este último se classificou pela primeira fase e era o detentor do outro bônus. Porém, esses pontos a mais não adiantaram de nada, e o time colorado mostrou que não precisava deles. Na estreia, já em 1979, venceu o Goiás por 2 a 0. Nas oito partidas seguintes, acumulou mais três vitórias, quatro empates e uma derrota.

A classificação antes da última rodada do hexagonal colocava o Goiás na liderança, com 13 pontos. O Vila Nova era o vice, com 12. Apenas os dois clubes tinham chances de título, e a decisão aconteceria no segundo clássico entre eles, no Serra Dourada. Enquanto o rival jogava pelo empate, só a vitória interessava ao Tigrão. Desta forma, o time partiu rumo ao ataque e conseguiu o título pelo placar de 1 a 0, gol marcado por Danival. 

A campanha do Vila Nova:
34 jogos | 21 vitórias | 10 empates | 3 derrotas | 59 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Walter Soares/Placar

Ceará Campeão Cearense 1978

É tetra! O Ceará chegou lá em 1978 e coroou uma de suas melhores décadas, com seis títulos estaduais conquistados. A quarta taça da sequência aberta em 1975 representou a 25ª na história do alvinegro.

Des times participaram do Campeonato Cearense, que teve um regulamento simples. Foram disputadas três fases em turno único, com o líder de cada etapa indo para a fase final. Em caso de empate envolvendo mais de duas equipes na pontuação da liderança, partidas extras puderam definir o finalista.

A campanha do Ceará teve início na vitória por 1 a 0 sobre o Tiradentes. Nas oito partidas seguintes, o time emplacou mais quatro triunfos e quatro empates, que o deixaram 14 pontos. Apesar da invencibilidade, o Vozão não conseguiu levar a vaga na final nesta etapa, porque o Ferroviário conseguiu a mesma pontuação com duas vitórias a mais e ficou em primeiro.

Na segunda fase, o Vozão começou com empate sem gols contra o Guarany de Sobral fora de casa. Nos demais nove jogos, foram obtidos outro empate, seis vitórias e uma derrota, que voltaram a colocar o Ceará com 14 pontos. Desta vez, além de ficar empatado com o Ferroviário, o time também fez a mesma pontuação que o Fortaleza, o que levou à disputa das partidas extras. A primeira foi o Clássico-Rei, em que o alvinegro perdeu por 3 a 1. A segunda foi entre Fortaleza e Ferroviário, que empataram sem gols. Nos pênaltis, os tricolores venceram por 5 a 4 e ficaram com a segunda vaga na final.

O Ceará foi para a terceira fase na obrigação de ser o líder. E conseguiu com certa folga. Na estreia, venceu o Icasa por 1 a 0. Depois, conseguiu mais seis vitórias e um empate, que colocaram o Vozão com 17 pontos e na liderança isolada, classificado para a decisão.

O triangular final começou com empate por 0 a 0 entre Ceará e Fortaleza. Depois, os tricolores venceram o Ferroviário, enquanto o Vozão empatou sem gols. No returno, foi a vez do Fortaleza empatar em zero com o time coral e o Ceará vencer por 1 a 0. Por fim, o segundo Clássico-Rei ficou no 1 a 1. Com cinco pontos cada, Ceará e Fortaleza empataram na liderança. Assim, foi preciso fazer mais uma partida entre as equipes. No Castelão, os alvinegros venceram por 1 a 0 e conquistaram o título.

A campanha do Ceará:
33 jogos | 21 vitórias | 10 empates | 2 derrotas | 57 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Edson Pio/Placar

Joinville Campeão Catarinense 1978

Em 1978, o Joinville deu início a maior hegemonia já vista de um só clube em Santa Catarina. A conquista da segunda taça abriu caminho para o que culminaria no octacampeonato na década seguinte.

A competição teve 15 times. Na primeira fase, 12 disputaram dois turnos entre si, com classificação dividida em três grupos. Os dois primeiros de cada chave avançaram ao grupo dos vencedores da terceira fase e a melhor campanha se garantiu no hexagonal final, além do direito de pular a segunda etapa. Esta segunda fase contou os três times que estavam no Brasileirão (Chapecoense, Figueirense e Joinville) e os cinco melhores da fase anterior em dois quadrangulares, que valeram duas vagas à decisão. Os outros seis disputaram um hexagonal que valeu um lugar ao grupo dos vencedores. A terceira fase teve a chave dos vencedores com dez times e a repescagem com os cinco que sobraram do hexagonal, tudo em dois turnos. Os dois melhores ainda sem vaga na final se classificaram, com um ponto extra para o líder do grupo. Na repescagem, o líder ficou com a última passagem à decisão. Finalmente, toda essa maratona acabou no hexagonal que definiu o campeão em dois turnos.

O regulamento era complicado e o campeonato foi longo, mas o JEC só entrou na segunda fase, quando o Brasileiro já havia terminado. No grupo E, o time jogou seis partidas, com três vitórias e três empates. Foram somados nove pontos, que valeram a liderança e a classificação direta ao hexagonal final, à frente de Palmeiras de Blumenau, Chapecoense e Marcílio Dias.

No grupo dos vencedores, o Joinville fez mais 18 jogos. Na estreia, fez 4 a 0 no Operário de Mafra em casa. Depois, acumulou mais dez vitórias, cinco empates e duas derrotas. A campanha deixou o JEC mais uma vez em primeiro lugar, com 27 pontos e o bônus para a etapa decisiva.

Além do Joinville, o hexagonal teve Criciúma (pela primeira fase), Inter de Lages (pela segunda fase), Chapecoense, Joaçaba (ambos pela terceira fase) e Avaí (pela repescagem). Mas o clube da capital abandonou o campeonato e a Federação Catarinense anulou seus jogos. Assim, a estreia do JEC deixou de ser a derrota por 2 a 1 para o Avaí fora e passou a ser o empate por 1 a 1 com o Criciúma em casa.

A disputa pelo título foi contra Criciúma e Chapecoense, e o ponto extra fez a diferença. O empate em casa por 2 a 2 com os alviverdes na penúltima rodada fez o Joinville ir a dez pontos ante sete dos adversários, além de nove pontos dos carvoeiros. Na última rodada, o JEC perdeu por 1 a 0 para o Inter em Lages, porém contou com a vitória da Chapecoense sobre o Criciúma para ser campeão.

A campanha do Joinville:
32 jogos | 17 vitórias | 11 empates | 4 derrotas | 37 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Orestes Araújo/Placar

Santa Cruz Campeão Pernambucano 1978

O Santa Cruz não tomou conhecimento dos adversários no Campeonato Pernambucano de 1978. O 16º título clube foi conquistado com uma campanha quase perfeita, com mais de 100 gols em 25 jogos.

O torneio foi realizado com oito participantes e uma ausência importantíssima. Então campeão, o Sport saiu da disputa devido a uma briga entre dirigentes do clube e da Federação Pernambucana. Quem ficou jogou uma competição de três fases. Na primeira e na segunda, os times se enfrentaram em turno único e os quatro melhores passaram para um quadrangular que definiu uma vaga na decisão. Na terceira etapa, as seis melhores campanhas somadas atuaram em mais um turno, com os quatro primeiros avançando ao quadrangular para apontar o terceiro finalista.

Mas não foi preciso fazer uma final. Na estreia da primeira fase, o Santa Cruz goleou o Santo Amaro por 7 a 0. Depois, venceu todas as seis partidas restantes, com direito a outro 7 a 0 sobre o Íbis e 8 a 0 sobre o Caruaru. Com 14 pontos, a cobra-coral liderou e foi ao quadrangular, onde empatou com o Ferroviário de Recife, venceu América e Náutico, e conseguiu a vaga na decisão com cinco pontos.

Na segunda fase, o Santa iniciou com uma vitória mais modesta sobre o Santo Amaro, por 4 a 1. Nos demais jogos, perdeu um e ganhou cinco, com mais goleadas históricas: 13 a 0 sobre o Íbis, 8 a 0 sobre o Caruaru e 9 a 1 sobre o Central. A equipe somou 12 pontos e passou ao quadrangular em segundo lugar. Na reta final, três vitórias sobre Santo Amaro, América e Náutico deram a liderança com seis pontos ao time cobra-coral, além de um ponto extra na decisão.

O Santa Cruz iniciou a terceira fase fazendo 4 a 0 no Caruaru. Na sequência, seguiu com mais três vitórias e um empate, com goleadas menores que as anteriores: 6 a 0 sobre o América e 5 a 0 sobre o Santo Amaro. A equipe ficou em primeiro com nove pontos e foi mais uma vez para o quadrangular.

Para o Santa, o quadrangular da terceira fase valia o título antecipado. Na estreia, o time voltou a golear o América por 5 a 0, dentro do Arruda. Na segunda rodada, fez 3 a 0 no Santo Amaro. Por fim, contra o Náutico nos Aflitos, a conquista foi confirmada com outro placar tranquilo, 4 a 0 em plena casa rival.

A campanha do Santa Cruz:
28 jogos | 25 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 112 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Silvio Ferreira/Placar

Bahia Campeão Baiano 1978

Quem é capaz de parar o Bahia? Na década de 1970, quase ninguém. Em 1978, o clube chegou ao oitavo título naquele período, a 29ª taça ao todo e o hexacampeonato na sequência que começou a estabelecer em 1973. Melhor ainda: foi uma conquista sem derrotas.

O Campeonato Baiano de 1978 foi relativamente rápido, devido ao calendário apertado do segundo semestre. Foram nove participantes na disputa de duas fases iguais: os times se enfrentaram em turno único e os quatro melhores passaram para o quadrangular final. O vencedor de cada fase se classificou para a decisão, junto com a equipe de melhor campanha na soma das etapas. Todos os apêndices de pontuação adotados em 1977 foram abandonados no ano seguinte.

O Tricolor de Aço começou a trajetória do título com triunfo por 3 a 1 sobre a ABB de Salvador. Depois, o time oscilou atuações boas e medianas, ganhando mais duas vezes e empatando cinco jogos nos sete restantes. Com 11 pontos, o Bahia foi ao quadrangular na quarta colocação. Nesse momento, a equipe cresceu e conseguiu a vaga na final ao empatar por 1 a 1 com o Itabuna e triunfar por 3 a 0 sobre o Fluminense de Feira e por 1 a 0 sobre o Leônico, somando cinco pontos.

Na segunda fase, o Bahia manteve o ritmo. Na estreia, goleou o Redenção por 6 a 0. Na terceira rodada, aplicou 8 a 0 na ABB. Nas outras partidas, obteve dois triunfos e quatro empates, que deixaram a equipe em segundo lugar, com 12 pontos, em empate tríplice com Atlético Alagoinhas e Vitória. No quadrangular, o tricolor começou com empate por 2 a 2 com o Leônico. Na segunda rodada, bateu o Atlético por 2 a 0. Sobrou o Bavi na última rodada, e o Bahia garantiu uma vantagem extra na final ao ganhar o clássico por 1 a 0.

A decisão estadual reuniu dois times: Bahia e Leônico, que foi o dono da melhor campanha na soma das fases, exceto o próprio Tricolor de Aço. A vantagem que o Bahia conseguiu das fases anteriores foi a de garantir o título caso triunfasse no primeiro jogo da final, na Fonte Nova. Mas o surpreendente adversário arrancou o empate por 2 a 2 e forçou a realização da segunda partida. O novo confronto também aconteceu no principal estádio baiano, e desta vez os tricolores confirmaram o hexa de maneira invicta ao ganharem por 2 a 1.

A campanha do Bahia:
24 jogos | 12 triunfos | 12 empates | 0 derrotas | 48 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Antônio Andrade/Placar

Coritiba Campeão Paranaense 1978

Depois de ter sua sequência de títulos quebrada, o Coritiba retomou a rota das conquistas com o Campeonato Paranaense de 1978, que representou o 26º estadual na história do clube.

A competição foi disputada por 14 equipes. Na primeira fase, elas foram divididas em dois grupos regionalizados e se enfrentaram em turno único. Na segunda fase, a divisão foi de uma chave com seis times e outras duas com quatro, sem restrição geográfica e com disputa em dois turnos. A terceira fase foi realizada com os quatro melhores da chave hexagonal e os dois melhores de cada quadrangular, divididos em mais dois grupos e com a disputa de mais dois turnos. Por fim, a final paranaense reuniu o líder de cada chave da etapa anterior, em melhor de três jogos.

No grupo A da primeira fase, o Coxa estreou no torneio com vitória por 3 a 0 em casa sobre o Iguaçu, de União da Vitória. Nas seis partidas restantes, o time obteve mais duas vitórias, dois empates e uma derrota. Com oito pontos, o Coritiba ficou em terceiro lugar.

Na segunda fase, a equipe ficou novamente no grupo A, o hexagonal. Na estreia, goleou o Londrina por 4 a 1 fora de casa. Porém, a sequência foi ruim, com apenas mais uma vitória, quatro empates e quatro derrotas nos nove jogos seguintes. Com oito pontos, o Coxa se classificou no limite, em quarto lugar, superando o Matsubara no saldo de gols: menos um contra menos seis.

A campanha viria a melhorar na terceira fase. No Couto Pereira, o Coritiba começou fazendo 1 a 0 no União Bandeirante. Depois, empatou sem gols com Apucarana e Londrina fora, venceu os mesmos por 2 a 0 em casa e fez 1 a 0 no União fora. Com dez pontos e sem gols sofridos, o Coxa foi à final.

A decisão do estadual foi entre Coritiba e Athletico, o que não acontecia desde 1972. A melhor de três Atletibas foi realizada totalmente no Couto Pereira, e todas as partidas terminaram empatadas por 0 a 0. Desta forma, uma disputa de pênaltis foi necessária para a definição do campeão. Foi aí que apareceu o goleiro Manga, com duas defesas que garantiram a vitória coxa-branca por 4 a 1 e o título.

A campanha do Coritiba:
25 jogos | 9 vitórias | 11 empates | 5 derrotas | 27 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Arquivo/Coritiba

Atlético-MG Campeão Mineiro 1978

O início de uma caminhada em seis partes. Em 1978, o Atlético-MG venceu o estadual e abriu contagem para a maior sequência de títulos da sua história, o hexacampeonato, que durou até 1983. Esta é uma marca difícil de atingir, tanto que o clube só foi repeti-la em 2025, mais de 40 anos depois.

O Campeonato Mineiro foi composto por 12 times. De maneira simples, a primeira fase aconteceu em turno único, com os dois primeiros colocados avançando ao quadrangular final. A segunda fase foi idêntica, com mais duas vagas para a fase decisiva aos melhores colocados. A etapa decisiva aconteceu em dois turnos. Por questões de calendário, a fase final foi realizada entre fevereiro e março de 1979.

A campanha do 25º título do Galo começou na goleada por 4 a 0 em cima do Valeriodoce no Mineirão. Nas outras dez partidas da primeira fase, a equipe conseguiu mais seis vitórias, dois empates e duas derrotas. Os resultados deixaram o time na primeira colocação com 16 pontos, empatado com o Cruzeiro e classificado para o quadrangular final.

Na segunda fase, o Atlético estreou com vitória por 2 a 1 em cima da Caldense em Poços de Caldas. Na sequência, a equipe venceu mais sete vezes, empatou duas e perdeu uma. O Galo terminou a etapa com 18 pontos, em segundo lugar, atrás do Cruzeiro por dois pontos. Como ambos já tinham seus lugares na decisão, as vagas foram repassadas para América e Valeriodoce, terceiro e quarto colocados.

No quadrangular final, realizado inteiramente no Mineirão, o Galo se sobressaiu. Na abertura, venceu o América por 1 a 0. Depois, fez 3 a 1 no Valeriodoce e 2 a 1 no Cruzeiro. No returno, empatou por 1 a 1 com o América e chegou a sete pontos em quatro rodadas, na primeira posição. Em segundo, estava o Cruzeiro com seis. No fim, estavam América com dois pontos e Valeriodoce com um.

Na quinta rodada, o Atlético enfrentou o Valeriodoce, venceu por 2 a 0 e subiu para nove pontos. O resultado deixou o time na iminência de ser campeão, em caso de tropeço do Cruzeiro para o América no dia seguinte. E este tropeço aconteceu, dando o título antecipado para o Galo. Na última rodada, o clássico mineiro acabou empatado sem gols e os alvinegros receberam as faixas e a taça.

A campanha do Atlético-MG:
28 jogos | 19 vitórias | 6 empates | 3 derrotas | 46 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Atlético-MG

Internacional Campeão Gaúcho 1978

Passado o bi brasileiro e o octa gaúcho, o Internacional mirou o retorno aos títulos em 1978, visto que o clube passou 1977 em branco. A primeira taça veio no campeonato estadual, sendo esta a 25ª conquista.

O Gauchão de 1978 teve 20 times. Mas a primeira fase foi disputada por apenas 15, pois Inter, Grêmio, Juventude, Caxias e Brasil de Pelotas estavam dedicados ao Brasileirão. Nesta etapa, as equipes jogaram por duas vagas na fase final. Na segunda fase, a Copa Governador do Estado, o total de participantes foi separado em quatro grupos e jogou em dois turnos de chaves cruzadas: A contra B e C contra D. Os líderes foram ao mata-mata, que valeu duas vagas na decisão aos finalistas e um ponto extra ao campeão. A terceira fase, a Copa Estado do RS, teve a mesma fórmula, com uma diferança: grupo A contra C e grupo B contra D. A fase final aconteceu em hexagonal, também em dois turnos.

No grupo B da segunda fase, o Colorado estreou com vitória por 3 a 0 sobre o Guarany de Bagé. Nos outros nove jogos, venceu sete, empatou um e perdeu um, o que fez a equipe ser líder com 17 pontos. Na semifinal, passou pelo Grêmio ao empatar por 2 a 2 no Olímpico e vencer por 1 a 0 no Beira-Rio. Na final, bateu o Esportivo por 2 a 0 em casa e por 1 a 0 fora, ganhando um ponto extra para a decisão.

Na terceira fase, o Inter iniciou fazendo 4 a 1 no 14 de Julho de Passo Fundo. Nas demais nove partidas, conseguiu mais sete vitórias, um empate e uma derrota, repetindo os 17 pontos e confirmando a liderança da união dos grupos B e D. Na semifinal, superou o Juventude com 3 a 0 em Porto Alegre e 2 a 2 em Caxias do Sul. Na final, segurou o Grêmio mais uma vez, com 1 a 1 no Olímpico e 2 a 1 no Beira-Rio. Assim, o Colorado ficou com dois pontos de bônus para o hexagonal decisivo.

A fase final aconteceu com Inter, Grêmio, Esportivo (que acumulou duas vagas), Juventude (herdou uma vaga do Esportivo), Caxias (herdou uma vaga do Inter) e Novo Hamburgo (vindo da primeira fase). Em dez jogos, o Inter obteve quatro vitórias e seis empates, que, somados aos bônus, deixaram o time com 16 pontos, empatado na liderança com o Grêmio. A situação gerou uma partida de desempate para a definição do título. Este Grenal foi no Olímpico, pois o time tricolor tinha mais vitórias. Porém, quem levou a taça foi o visitante Internacional, que, com dois gols de Valdomiro, fez 2 a 1 no rival.

A campanha do Internacional:
39 jogos | 26 vitórias | 11 empates | 2 derrotas | 81 gols marcados | 24 gols sofridos


Foto Adolfo Alves/Agência RBS

Flamengo Campeão Carioca 1978

O ano de 1978 é um marco no futebol do Rio de Janeiro. Foi nesta temporada que aconteceu a fusão das federações carioca e fluminense, originando a FERJ. Foi também quando ocorreu a última edição do Campeonato Fluminense, vencido pelo Goytacaz, e o último Campeonato Carioca apenas com clubes da cidade do Rio, vencido pelo Flamengo.

Inicialmente, o Cariocão de 1978 foi concebido para ser uma fase classificatória ao Campeonato Especial em 1979. Mas a competição acabou convertida para valer como estadual de fato, antes da primeira edição unificada. Foram 12 participantes na disputa de dois turnos, a Taça Guanabara e a Taça Rio de Janeiro. O vencedor de cada turno teve vaga garantida na final, e os seis primeiros na classificação somada avançou para o torneio do ano seguinte.

Com um time promissor, o Flamengo deu início a era mais vencedora de sua história neste estadual. Na estreia da Taça Guanabara, goleou o São Cristóvão por 6 a 0. Na segunda rodada, fez 5 a 0 no Campo Grande. Nos demais nove jogos, o rubro-negro conseguiu mais cinco vitórias, três empates e uma derrota. Com 17 pontos, a equipe ficou empatada na liderança com Fluminense e Botafogo. Nesse caso, o regulamento determinava que o desempate entre mais três ou mais times seria feito no saldo de gols, e isto deu o título para o Fla (saldo 23, contra 17 de Flu e 10 de Bota).

Na segunda fase, o rubro-negro continuou em alta. O time começou com vitória por 2 a 1 sobre o America. Depois, fez 5 a 2 no Campo Grande, ficou no 2 a 2 com o Madureira, goleou o Fluminense por 4 a 0, fez 1 a 0 no Bangu e aplicou um histórico 9 a 0 na Portuguesa. Nas quatro partidas seguintes, o time obteve mais quatro vitórias. Porém, mesmo com a ótima campanha, ao fim da penúltima rodada o Flamengo era somente o vice-líder da Taça Rio de Janeiro, com 19 pontos, um a menos que o líder Vasco.

A última rodada reservou o clássico entre Flamengo e Vasco. Para os vascaínos, era a chance de ir para a final. Para os flamenguistas, a oportunidade de conquistar o título antecipado. No Maracanã, os dois times disputaram o Clássico dos Milhões e o rubro-negro venceu por 1 a 0, gol de Rondinelli, chegando ao 18º estadual na história.

A campanha do Flamengo:
22 jogos | 17 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 60 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Arquivo/Manchete Esportiva

Santos Campeão Paulista 1978

O primeiro título do Santos conquistado na era pós-Pelé foi o Campeonato Paulista de 1978. A 14ª taça do clube aconteceu em um torneio marcado pela sua extensão de dez meses, que atravessou a temporada, entre agosto de 1978 e junho de 1979. O atraso aconteceu porque a FPF não quis encurtar o regulamento nem concorrer com a CBD, que fez o Brasileirão de 1978 entre março e agosto, logo após o fim da edição de 1977. Era o começo de um efeito dominó que afetaria os principais times paulistas.

O Paulistão de 1978 teve 20 participantes. Na primeira fase, todos se enfrentaram, divididos em cinco grupos. Os dois melhores de cada chave disputaram o mata-mata que classificou os finalistas para a terceira etapa. A segunda fase foi igual a primeira, com nova organização de grupos. A terceira fase foi disputada com os finalistas das etapas anteriores, as quatro melhores campanhas somadas e as duas melhores médias de renda de público fora dos outros critérios. Estes dez times atuaram em turno único e separados em duas chaves, com os dois melhores passando para a fase final.

A campanha do Peixe teve início no empate por 1 a 1 com o Corinthians em casa. Nos outros 18 jogos da primeira fase, a equipe obteve mais oito igualdades, sete vitórias e três derrotas, que a deixaram na vice-liderança do grupo A, com 23 pontos. Nas quartas de final, passou pelo São Paulo ao empatar sem gols. Na semifinal, fez 1 a 0 na Ponte Preta e se garantiu na terceira etapa. Na final da primeira fase, o Santos levou 1 a 0 do Corinthians.

Na segunda fase, o time iniciou com derrota por 2 a 0 para a Francana, mas se recuperou com dez vitórias, quatro empates, além de quatro derrotas. A equipe liderou o grupo D, com 24 pontos, e, nas quartas, bateu por 2 a 1 a própria Francana. Na semifinal, porém, o Santos levou 2 a 1 da Ponte Preta.

O Alvinegro Praiano iniciou a terceira fase com goleada por 5 a 1 sobre o Botafogo de Ribeirão Preto. Nos outros oito jogos, venceu quatro e perdeu quatro, conseguindo a classificação em segundo lugar no grupo B, com apertados dez pontos e superando a Ponte Preta nos critérios de desempate. Na semifinal, Peixe venceu o Guarani por 3 a 1.

Na final, o Santos enfrentou o São Paulo em melhor de quatro pontos, com todas as partidas acontecendo no Morumbi. Na primeira, o Peixe venceu por 2 a 1. Na segunda, deu empate por 1 a 1. Na terceira, os alvinegros perderam por 2 a 0, e isso forçou a realização de uma prorrogação. Por ter melhor campanha, o Santos tinha a vantagem do empate no tempo extra. E conseguiu o título ao segurar o 0 a 0.

A campanha do Santos:
56 jogos | 26 vitórias | 15 empates | 15 derrotas | 80 gols marcados | 48 gols sofridos


Foto Ronaldo Kotscho/Placar

Anderlecht Campeão da Recopa Europeia 1978

O final da década de 1970 ficou marcado como o melhor período da história do Anderlecht, com a conquista de duas edições da Recopa Europeia, além de um vice. Ainda haveria mais em 1983, com o título da Copa da UEFA, que consolidou o clube alviroxo no maior vencedor da Bélgica.

O bicampeonato da Recopa veio em 1978. Vice da Copa da Bélgica em 1977, o time herdou a vaga do Club Brugge e se deu bem em uma campanha tão dominante quanto a do primeiro título. Na primeira fase, o Anderlecht superou o Lokomotiv Sofia após golear a ida por 6 a 1 na Bulgária, e vencer a volta por 2 a 0 no Émile Versé, em Bruxelas. Na estreia, François Van Der Elst anotou quatro gols.

Nas oitavas de final, o Anderlecht reencontrou o Hamburgo, algoz na final da Recopa de 1977. O primeiro jogo foi disputada na Alemanha, e os belgas venceram por 2 a 1. A segunda partida aconteceu em Bruxelas, terminando empatada por 1 a 1. A revanche roxa sobre os alemães veio cedo.

A campanha seguiu nas quartas de final, contra o Porto. A partida de ida foi realizada em Portugal, no Estádio das Antes, e o Anderlecht saiu derrotado por 1 a 0. Precisando reverter a desvantagem no Émile Versé, os belgas foram para cima e venceram por 3 a 0, gols de Rob Rensenbrink, Benny Nielsen e Franky Vercauteren.

Na semifinal, o adversário veio da Holanda. Contra o Twente, a classificação foi obtida com duas vitórias, por 2 a 0 fora de casa e por 1 a 0 em Bruxelas. Pela terceira temporada consecutiva, o Anderlecht chegava na decisão da Recopa Europeia.

Em mais uma final, o Andelecht enfrentou o Austria Viena, que eliminou Cardiff City, Lokomotíva Kosice, Hajduk Split e Dínamo Moscou. A disputa aconteceu em Paris, no Parc des Princes. Sem nenhuma dificuldade, os belgas envolveram os austríacos já no primeiro tempo e encaminharam o bicampeonato, com dois gols de Rensenbrink e um de Gilbert Van Binst, que fez outro no segundo tempo e decretou a conquista com a goleada por 4 a 0.

A campanha do Anderlecht:
9 jogos | 7 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 21 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/Anderlecht

PSV Eindhoven Campeão da Liga Europa 1978

A Copa da UEFA de 1978 foi marcante para o PSV Eindhoven. O clube holandês, desde o início, mostrou seu talento e qualidade, no que talvez tenha sido um dos últimos suspiros do Futebol Total, implementado no início da década pela seleção laranja. E o título obtido nesta competição foi o primeiro em âmbito continental. Dentre os três maiores clubes da Holanda, era o único que ainda não havia erguido um troféu vindo de fora do país. 

Na primeira fase, o PSV enfrentou o Glenavon, da Irlanda do Norte. Com facilidade, os holandeses golearam na ida fora por 6 a 2, e na volta em casa por 5 a 0. Na segunda fase, dois confrontos equilibrados com o Widzew Lodz. No primeiro, vitória por 5 a 3 na Polônia. No segundo, novo triunfo por 1 a 0 e classificação rumo às oitavas de final.

O adversário dos "boeren" nas oitavas foi o Eintracht Braunschweig. Sem muitas dificuldades, a equipe passou pelos alemães com vitórias por 2 a 0 na ida, jogada no Estádio Philips, e por 2 a 1 na volta na Alemanha. Nas quartas de final, foi a vez de eliminar o Magdeburg, da Alemanha Oriental. A parada nesta fase foi muito mais sofrida. Após perder por 1 a 0 na ida fora, o PSV vencia por 3 a 2 na volta em casa até os 44 minutos do segundo tempo. Foi quando Harry Lubse fez 4 a 2 e garantiu o clube entre os quatro melhores.

Na semifinal, o PSV teve de enfrentar o Barcelona. A partida de ida aconteceu no Estádio Philips. Com uma atuação convincente, o time aplicou 3 a 0 nos catalães logo na largada, encaminhando a classificação. A volta foi no Camp Nou, e o adversário tentou dar o troco. Até conseguiu fazer três gols, mas Nick Deacy foi o autor do tento holandês na derrota por 3 a 1 que serviu para a vaga na decisão.

A final da Copa da UEFA foi disputada em dois jogos contra o Bastia, clube francês que passou por Sporting, Newcastle, Torino, Carl Zeiss Jena e Grasshoppers. No primeiro jogo, no Estádio Armand-Cesari, na cidade de Furiani, o PSV enfrentou um ambiente hostil e um adversário determinado. Mesmo assim, o clube conseguiu um empate por 0 a 0.

A partida de volta foi realizada no Estádio Philips, em Eindhoven. Com o apoio de 28 mil torcedores, o PSV entrou em campo disposto a vencer sua primeira taça internacional. O clube abriu o placar aos 24 minutos do primeiro tempo, por meio do ídolo Willy Van De Kerkhof. Tudo deu certo para o PSV em campo, que garantiu a vitória e o título por 3 a 0, com mais dois gols de Gerrie Deijkers, aos 22, e de Willy Van Der Kuijlen, aos 24 do segundo tempo.

A campanha do PSV Eindhoven
12 jogos | 9 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 32 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/PSV Eindhoven

Argentina Campeã da Copa do Mundo 1978

A Copa do Mundo 1978 nunca saiu do imaginário dos torcedores, principalmente dos argentinos. Após diversas tentativas frustradas, a Argentina enfim ganhava o direito de ser o país-sede do Mundial, que seria o último a ser realizado com 16 seleções. Em meio a uma imensa pressão política e popular, a seleção albiceleste era uma das candidatas ao título, e aquela era a chance de ouro para o país enfim vencer uma Copa.

Cabeça-de-chave, a Argentina fez toda a primeira fase no Estádio Monumental, em Buenos Aires. Venceu a Hungria por 2 a 1 e a França pelo mesmo placar. O ponto fora da curva foi a derrota para a Itália por 1 a 0, o que deixou os argentinos na segunda posição do grupo A com quatro pontos.

Desta maneira, a seleção teve cair na estrada e jogar a segunda fase em Rosario, no Gigante de Arroyito. A estreia foi boa, vitória sobre a Polônia por 2 a 0. O grande jogão foi na segunda rodada, empate com o Brasil por 0 a 0. E como os brasileiros haviam feito 3 a 0 no Peru anteriormente, a Argentina não dependia apenas dela para avançar à final. Em uma época em que a FIFA não se preocupava com casamentos de resultados, ela não fazia a última rodada em horários simultâneos.

O Brasil entrou em campo de tarde e venceu a Polônia por 3 a 1. Assim os argentinos já sabiam que, de noite, deveriam anotar pelo menos quatro no Peru para ficar na liderança do grupo. E conseguiram mais, golearam por 6 a 0. Até hoje, algumas pessoas estimam que jogadores peruanos (sobretudo o goleiro Quiroga) receberam mala preta do Regime Militar argentino. Com ou sem suspeita, a Argentina fez cinco pontos e oito gols de saldo (contra cinco gols do Brasil), indo para a final.

A decisão foi contra a Holanda, que já não era tão encantadora, no Monumental de Nuñez. O tempo normal foi duríssimo. O artilheiro Mario Kempes abriu o placar no primeiro tempo, mas os holandeses empataram a oito minutos do fim. A definição foi na prorrogação. No último lance do primeiro tempo, Kempes marcou o segundo gol do jogo e o seu sexto na Copa do Mundo.

E faltando cinco minutos para o fim definitivo, Daniel Bertoni fez 3 a 1 e deu o golpe de misericórdia. A Argentina, empurrada por mais de 71 mil compatriotas, se tornava campeã mundial pela primeira vez. A geração de Kempes, Ardilles, Luque, Fillol e o capitão Daniel Passarella finalmente estava consagrada.

A campanha da Argentina:
7 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 15 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Paul Popper/Popperfoto/Getty Images

Liverpool Campeão da Liga dos Campeões 1978

Passada a reconquista inglesa da Copa dos Campeões da Europa em 1977, era a hora de consolidar a hegemonia em 1978. Tudo estava nas mãos do Liverpool. Na temporada anterior, o clube conseguiu o feito de unificar os títulos europeu e nacional, mas uma das vagas não foi repassada ao vice (o Manchester City), e a competição continental ficou com 31 participantes.

Dessa forma, os reds ganharam um passe direto às oitavas de final. A estreia aconteceu contra o Dínamo Dresden. Na ida, goleada britânica por 5 a 1 no Anfield. Na volta, derrota por 2 a 1 na Alemanha Oriental, que não afetou a trajetória.

Nas quartas de final, foi a vez de enfrentar o Benfica. O primeiro jogo foi no Estádio da Luz, em Lisboa, e o Liverpool venceu por 2 a 1, de virada. A segunda partida aconteceu na Inglaterra, e mais um resultado largo - de 4 a 1 - entrou para a conta vermelha (do mandante).

Na semifinal, dois encontros com um velho conhecido, o Borussia Mönchengladbach. O time alemão queria deixar de ser freguês para se tornar algoz, e até chegou a derrotar o Liverpool por 2 a 1 na ida, na Alemanha. Todavia, os ingleses reverteram com sobras a situação na volta, ao fazer 3 a 0 no Anfield. Os reds estavam de novo na decisão.

O último encontro antes do bicampeonato europeu foi contra o Club Brugge, equipe da Bélgica que deixou para trás Floriana (Malta), Panathinaikos, Atlético de Madrid e Juventus. O jogo foi disputado em terras quase locais, no Wembley, em Londres. Mais de 92 mil torcedores acompanharam nas arquibancadas - a maioria saída de Liverpool.

Em campo, os belgas engrossaram o máximo que puderam - até os 19 minutos do segundo tempo. Foi nesse tempo que Kenny Dalglish anotou o gol do simples 1 a 0 que valeu o segundo título. Em sua primeira temporada no time inglês, o atacante escocês já havia aparecido na foto oficial da conquista anterior, que foi tirada somente na abertura da jornada seguinte, com ele já contratado. Teriam mais imagens pela frente.

A campanha do Liverpool:
7 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 2 derrotas | 17 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Bob Thomas/Getty Images

Boca Juniors Campeão da Libertadores 1978

Era mais simples criar uma hegemonia na Libertadores antigamente. Eram menos participantes, limitados a dois por país, e muitas camisas pesadas ficavam de fora por causa da geografia. Bastava liderar um grupo contra alguma nação de menos tradição e pronto, já se chegava na semifinal. Uma vez com o título, a equipe já começava a edição seguinte além da primeira fase, bastando apenas seis ou sete jogos para o bicampeonato e o começo da supremacia.

Foi o caso do Boca Juniors em 1978. A primeira conquista sul-americana um ano antes tirou um peso das costas do clube. A trajetória de seu segundo título foi muito mais tranquila. Até a estreia xeneize, 20 times brigaram por cinco vagas na fase semifinal. A melhor campanha foi do Alianza Lima, com 11 pontos. A disputa mais intensa foi entre River Plate e Independiente, que marcam oito pontos. A classificação ficou com a equipe de Buenos Aires no saldo de gols.

Dessa forma, o superclássico se fez presente na semifinal. a chave do Boca ainda foi composta pelo Atlético-MG. A estreia foi com empate sem gols com o River em casa, mas o clube se recuperou ao fazer 2 a 1 nos mineiros em Belo Horizonte. No returno, vitórias por 3 a 1 sobre o Atlético na Bombonera e por 2 a 0 sobre o arquirrival no Monumental de Nuñez deu ao Boca nova participação na final.

Seu adversário foi o Deportivo Cali, que na outra chave eliminou Alianza Lima e Cerro Porteño. A primeira partida foi marcada para o Estádio Pascual Guerrero, em Cali. E o Boca Juniors segurou um bom 0 a 0 na Colômbia.

Os gols foram guardados para a volta em Buenos Aires. La Bombonera viu um show azul e ouro. Hugo Perotti fez dois e Ernesto Mastrángelo e Carlos Salinas completaram a goleada por 4 a 0, que confirmou o bicampeonato do Boca. Foi uma pequena hegemonia antes de um longo hiato de títulos na Libertadores, quebrado somente na mágica década de 2000.

A campanha do Boca Juniors:
6 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 11 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Guarani Campeão Brasileiro 1978

O Brasileirão continuou cada vez mais inchado. A edição de 1978 da Copa Brasil contou com a participação de 74 times, e elas viram de perto despontar uma surpresa do interior paulista. O Guarani de Campinas, que revelou o atacante Careca, foi o primeiro clube do interior de um estado a vencer um título nacional.

Na primeira fase, os clubes formaram seis grupos com jogos em turno único, classificando para a segunda fase os seis primeiros de cada grupo. Os restantes foram para a repescagem. E aquela já famosa regra do ponto extra foi alterada, sendo concedido para vitórias por mais de três gols de diferença.

O Bugre começou o torneio no grupo 4, e até então sua campanha foi mediana. Em quinto lugar, fez cinco vitórias, quatro empates e duas derrotas, marcando 16 pontos (dois extras). Ficou seis distante do líder Vasco.

Na segunda fase, 36 times se juntaram em quatro grupos, com vagas para os seis primeiros lugares e o melhor pontuador entre os eliminados. O rendimento bugrino seguiu o mesmo, e o time avançou na quarta posição do grupo 4, com três vitórias, três empate e duas derrotas, fazendo 11 pontos (dois extras) e terminando três pontos atrás do novamente líder Vasco. Na repescagem, 38 times se dividiram em quatro grupos, com o líder de cada e o melhor pontuador entre os outros se classificando. 

Na terceira fase, 32 times se dividiram em quatro grupos, com vagas para os dois primeiros de cada. Foi aqui que o Guarani começou a mostrar sua verdadeira força, liderando o grupo 1 com seis vitórias e um empate. Com 15 pontos (dois extras), ficou dois a frente do vice Internacional. Oito times restantes fizeram o mata-mata.

Nas quartas de final, o Bugre enfrentou o Sport. Na Ilha do Retiro, o Guarani já encaminhou a classificação vencendo por 2 a 0. No Brinco de Ouro, mais 4 a 0 colocaram o time na semifinal. Na semifinal, o reencontro com o Vasco foi feliz para os campineiros. Vitória por 2 a 0 em Campinas e por 2 a 1 no Rio de Janeiro colocaram o Guarani na final história contra o Palmeiras.

O primeiro encontro entre os verdes foi no Morumbi. E o Bugre voltou da capital com a vitória na mão por 1 a 0, gol de Zenon. Na volta, o Brinco de Ouro lotou para ver Careca marcar o único gol do jogo, e do título brasileiro do Guarani.

A campanha do Guarani:
32 jogos | 20 vitórias | 8 empates | 4 derrotas | 57 gols marcados | 22 gols sofridos


Foto Arquivo/Guarani