Quando criada, em 1930, a Copa do Mundo foi um sucesso imediato entre jogadores e torcedores. Mas desde o início e pelos 60 anos seguintes, a competição só existiu na versão masculina. O futebol feminino começou a crescer nos anos 1970, quando começou a ser possível fazer uma competição equivalente, embora a modalidade fosse restrita em muitos lugares (o próprio Brasil proibiu que mulheres praticassem até 1979).
Entre 1970 e 1971, Itália e México sediaram duas edições de uma "Copa do Mundo", organizadas por uma entidade independente europeia. A Dinamarca venceu as duas. Entre 1981 e 1988, houve cinco edições de um torneio chamado Mundialito, sediados entre Japão e Itália, com três conquistas aos italianos e duas à Inglaterra.
Foi nesta época que a FIFA capitulou. Durante congresso em 1986, foi levantada a proposta de se desenvolver uma competição mundial de seleções entre as mulheres. E em 1988, foi disputado o Torneio Internacional, na China. Com 12 países convidados, o evento foi criado para servir de teste à FIFA. A Noruega foi campeã batendo a Suécia na final, a competição foi um sucesso e acabou aprovada pela entidade, que deu início de fato à Copa do Mundo Feminina.
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A primeira edição da Copa do Mundo Feminina foi em 1991, na China. A FIFA resolveu repetir quase toda a receita que funcionou em 1988 no torneio teste: 12 seleções divididas em três grupos. A diferença é que a definição delas se deu por meio de eliminatórias. Foram cinco da UEFA, três da Ásia e uma cada de Conmebol, Concacaf, África e Oceania. Ainda, na época as partidas femininas possuíam duração de 40 minutos cada tempo.
O favoritismo recaiu sobre a dona da casa e as equipes europeias, mas quem levou a primeira Copa foi uma seleção que jogava para valer há apenas seis anos. Com um forte investimento no futebol feminino universitário, os Estados Unidos chegaram ao primeiro título com uma campanha arrasadora, liderada pelos gols e habilidade do quarteto de ataque formado por Michelle Akers, Carin Jennings, April Heinrichs e Mia Hamm. Juntas, elas somaram 22 dos 25 gols do time.
As estadunidenses ficaram no grupo B da Copa. A estreia foi contra a Suécia, na partida mais difícil da fase: vitória por 3 a 2, após abrir os três gols de vantagem e levar a reação. Na sequência, goleadas por 5 a 0 sobre o Brasil e por 3 a 0 sobre o Japão deixaram a equipe na liderança da chave, com seis pontos.
Nas quartas de final, o adversário dos Estados Unidos foi Taiwan (oficialmente chamado de Taipé Chinês). Foi aqui que aconteceu a maior goleada das estadunidenses, por 7 a 0. Na semifinal, outro passeio, agora por 5 a 2 diante da Alemanha.
A final da primeira Copa Feminina aconteceu no dia 30 de novembro, no Estádio Tianhe, em Guangzhou, entre Estados Unidos e Noruega, que passou por Nova Zelândia, Dinamarca, Itália e Suécia. As estadunidenses não encontraram a mesma facilidade, mas contavam com a ótima fase de Akers, que abriu o placar aos 20 minutos do primeiro tempo.
Aos 29, as norueguesas empataram com Linda Medalen. O jogo permaneceu empatado até os 33 do segundo tempo, quando Akers fez 2 a 1 e confirmou a primeira conquista estadunidense. A primeira capitã a erguer uma Copa Feminina foi a atacante Heinrichs.
A campanha dos Estados Unidos:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 25 gols marcados | 6 gols sofridos
Foto Bob Thomas/Getty Images
Faz do torneio rio sao paulo
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