Peñarol Campeão da Libertadores 1982

Depois de uma década gloriosa e outra perdida, o Peñarol ansiava por tempos melhores. Tricampeão da Libertadores nos anos 60, o clube viu na década de 70 o Nacional se aproximar na supremacia local com um bicampeonato. A situação iria voltar à normalidade pelos lados carboneros em 1982.

Sem o rival para atrapalhar, o Peñarol ficou no grupo 2 da primeira fase, junto do Defensor, do São Paulo e do Grêmio. Não foi problema nenhum para a experiente equipe eliminar os adversários, que juntos ainda não somavam a metade da tradição aurinegra na competição.

Foram quatro vitórias e um empate nas seis partidas da chave, com destaque para os 3 a 0 sobre o Defensor na estreia, em casa, e o 1 a 0 sobre o São Paulo no returno, no Morumbi. A classificação veio nessa partida, com uma rodada de antecedência. Tanto que o time se permitiu levar 3 a 1 do Grêmio no último jogo, em Porto Alegre.

Com nove pontos, o Peñarol seguiu rumo à semifinal, onde encarou Flamengo e River Plate. A força uruguaia foi demonstrada já primeira partida, no Centenario, ao vencer por 1 a 0 o Flamengo. Depois, 3 a 0 sobre o River em pleno Monumental de Nuñez. Mais duas vitórias, por 2 a 1 sobre os argentinos, em casa, e por 1 a 0 sobre os brasileiros, no Maracanã, deram aos carboneros o 100% de aproveitamento e o retorno à final depois de 12 anos.

O adversário do Peñarol na decisão foi o Cobreloa, um novato de apenas cinco anos de existência, mas que já havia dado trabalho ao Flamengo um ano antes na Libertadores. Após passar por Olimpia e Deportes Tolima na semi, a equipe chilena também iria tentar frustrar os planos do Peñarol. Mas camisa pesa. O primeiro jogo foi em Montevidéu, no Centenario, e terminou empatado por 0 a 0.

A segunda parada foi no Nacional de Santiago, com todas as torcidas do Chile unidas em prol do Cobreloa. Tudo encaminhava-se para outro empate sem gols, e a consequente partida extra. Até que o ídolo de uma nova era do Peñarol, Fernando Morena, tirou da cartola o gol do título, fazendo 1 a 0 aos 44 minutos do segundo tempo. Festa do tetra fora de casa, acabando com a fila de 16 anos na América do Sul.

A campanha do Peñarol:
12 jogos | 9 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 16 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Peñarol

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