A Série C de 1996 foi pequena perto do que houve na temporada anterior. Os 107 times foram reduzidos para 58. O inchaço foi desfeito, mas a competição continuou a permitir qualquer inscrição, sem um critério técnico. Com participações frustradas nos dois anos anteriores, mas com um título goiano recente, o Vila Nova entrou na competição disposto a trilhar o mesmo caminho do seu maior rival, que seria semifinalista da Série A.
A competição começou estranha. Os clubes foram divididos em 16 grupos irregulares. Um deles teve apenas duas equipes, outros tiveram até cinco. O Vila Nova ficou no grupo 9, com mais dois oponentes, o Anápolis e o Uberlândia. A estreia foi na segunda rodada, empate em 1 a 1 com o Anápolis em casa. Na sequência, venceu por 2 a 1 o Uberlândia em Minas Gerais. Na volta contra os mineiros, outro 1 a 1 em Goiânia.
A campanha foi encerrada na penúltima rodada, com vitória por 1 a 0 sobre o Anápolis fora de casa, o que deu a classificação sem depender do resultado que faltava na chave. O Tigre ficou na liderança com oito pontos.
Para o mata-mata tivemos 32 classificados. O Vila enfrentou na segunda fase o Gurupi, o qual venceu por 3 a 0 no Tocantins e por 4 a 0 no Serra Dourada. As oitavas de final foram contra o Fluminense de Feira, e o time colorado venceu por 2 a 0 no Joia da Princesa e por 3 a 1 no Serra Dourada. Nas quartas, foi a vez de encarar o Nacional-AM, com mais duas vitórias, por 1 a 0 em Manaus e por 3 a 0 em Goiânia.
A semifinal valeu também o acesso, e o Vila Nova enfrentou o Porto-PE. A ida foi em Caruaru, e terminou 0 a 0. A falta de gols na primeira partida foi compensada na volta em Goiânia, com vitória de 5 a 3 para o Tigre. A comemoração pela volta à segunda divisão foi pequena, pois havia uma final a disputar.
A decisão foi contra o Botafogo-SP. O primeiro jogo foi no Serra Dourada, e o Vila Nova abriu uma leve vantagem ao vencer por 2 a 1, gols de Ryuler e Sabino. Seria preciso segurar a pressão em Ribeirão Preto, no Palma Travassos (o Estádio Santa Cruz passava por uma troca de gramado). A tensão ficou presente durante toda a partida, pois nenhum gol saía, nem o do alívio goiano, nem o que forçava os pênaltis para os paulistas. Já nos acréscimos do segundo tempo, aos 48 minutos, veio o gol do título novamente com o atacante Sabino. O Vila Nova chegou assim a sua primeira conquista nacional, além da vaga na Série B, que o clube ocupou pelo ano seguinte e em mais outros dez.
A campanha do Vila Nova:
14 jogos | 11 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 29 gols marcados | 8 gols sofridos
A campanha do Vila Nova:
14 jogos | 11 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 29 gols marcados | 8 gols sofridos
Foto Arquivo/Vila Nova
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