Uma marca histórica e uma quebra de fila marcaram o Campeonato Sergipano. Tanto Itabaiana quanto Sergipe comemoraram no fim: o primeiro, o pentacampeonato; o segundo, um título depois de sete anos. Um torneio que foi dividido no tribunal e que deu muita polêmica.
De novo com regulamento confuso, o estadual teve oito times em três fases. Em cada um delas, os participantes se enfrentaram em turno único, com o líder indo à final e os quatro melhores para um quadrangular de dois turnos. O primeiro colocado do quadrangular fez a final de fase com o líder anterior. Cada ganhador de fase, além dos líderes de turno e quadrangular levaram um ponto extra para a etapa decisiva.
O Itabaiana começou a campanha com vitória por 1 a 0 sobre o Vasco de Aracaju. Já o Sergipe iniciou com derrota por 1 a 0 para o Cotinguiba. Nas outras seis rodadas, o Tremendão venceu cinco jogos e perdeu um, enquanto o Gipão venceu quatro e perdeu duas. Os tricolores acabaram em segundo com 12 pontos, e os alvirrubros fecharam em terceiro com oito. O líder foi o Confiança. No quadrangular, o Itabaiana acabou em terceiro lugar com duas vitórias, dois empates, duas derrotas e seis pontos. O Sergipe venceu três, empatou duas e perdeu uma, ficando em primeiro com sete. Na final, o Gipão venceu o Confiança na ida por 2 a 0, perdeu na volta por 2 a 1 e empatou sem gols no terceiro jogo. Nos pênaltis, venceu por 4 a 2 e conquistou a primeira fase.
Na segunda fase, o Itabaiana estreou fazendo 3 a 0 no Cotinguiba. Depois, venceu quatro vezes, empatou uma e perdeu uma, encerrando com 11 pontos na liderança. O Sergipe começou com 2 a 0 sobre o Lagarto, seguindo após com com mais uma vitória, quatro empates e uma derrota, que deixou a equipe em quarto lugar com oito pontos. No quadrangular, o Tremendão repetiu a terceira posição anterior com seis pontos, duas vitórias, dois empates e duas derrotas. O Gipão venceu duas vezes e empatou quatro, acabando na liderança com oito pontos. Na final, os tricolores levaram a melhor sobre os alvirrubros com empate sem gols na ida, e vitórias por 1 a 0 na volta e por 2 a 1 na terceira partida.
Itabaiana e Sergipe começaram a terceira fase com vitórias, o primeiro fez 3 a 1 no Lagarto e o segundo fez 1 a 0 no Estanciano. Os times mantiveram campanhas idênticas na sequência, com mais quatro vitórias e dois empates cada, o que deixou ambos na liderança com 12 pontos. Um jogo-desempate foi marcado para determinar o ganhador, mas este também deu empate, por 1 a 1. Nos pênaltis, o Tremendão venceu por 7 a 6. No quadrangular, o Itabaiana foi de novo terceiro, com duas vitórias, um empate, três derrotas e cinco pontos. O alvirrubro venceu quatro e perdeu duas, terminando em primeiro com oito. Na decisão, os times empataram a ida sem gols, o tricolor venceu a volta por 1 a 0, e o Gipão venceu a terceira por 3 a 0. Nos pênaltis, o Sergipe venceu por 6 a 5.
A fase final juntou o Sergipe com cinco pontos extras, o Itabaiana com três e o Confiança com um. Na abertura, o alvirrubro fez 2 a 1 no rival e já o deixou praticamente sem chances. Na segunda rodada, o Tremendão fez 2 a 0 no Gipão, depois empatou sem gols com o Confiança. No returno, o Sergipe também empatou por 0 a 0 com o rival, enquanto o Itabaiana o goleou por 4 a 1. A uma partida do fim, alvirrubros e tricolores tinham oito pontos, logo iriam se enfrentar valendo o título.
Então, a polêmica começou. A Federação Sergipana decidiu trazer um árbitro do Maranhão para apitar a final. O Itabaiana rejeitou a escolha e exigiu alguém do quadro da FIFA, mas o pedido foi ignorado. Como forma de protesto, o clube não entrou em campo no Batistão, em Aracaju, resultando em vitória por W.O. e, no primeiro momento, no título para o Sergipe. O Tremendão levou o caso à Justiça: perdeu no TJD local, mas recorreu ao STJD e venceu, já em 1983, obrigando a FSF a dividir a taça.


Nenhum comentário:
Postar um comentário
Proibido spam e sugestões. Permitido correções na identificação de fotos ou nos textos.