Depois de sete anos, finalmente era possível dizer que a Copa do Brasil fazia pleno sucesso, não apenas na arquibancada como também na televisão. O título do Corinthians em 1995 rendeu ao SBT a maior audiência da história do canal até aquele momento. Era a justificativa que a CBF precisava para poder vender a competição para patrocinadores.
Para 1996, as modificações que haviam sido implantadas um ano antes sofreram alterações. O número de times convidados subiu para oito, o que elevou os participantes para 40, com oito confrontos na fase preliminar. Já na regra do visitante, a vitória permitida para a classificação sem a partida de volta passou a ser a partir de dois gols de diferença. Por fim, tivemos a entrada de Roraima no torneio, completando de vez os 27 Estados do país.
O campeão da Copa do Brasil em 1996 foi o Cruzeiro, que se tornou o segundo clube a chegar lá mais de uma vez. Uma tradição copeira estava se estabelecendo. Na primeira fase, a Raposa passou pelo Juventus do Acre após empatar por 1 a 1 em Rio Branco, e vencer por 4 a 0 em Belo Horizonte, no Independência.
Nas oitavas de final, o adversário foi o Vasco. Na ida, em São Januário, o Cruzeiro conseguiu uma das vitórias mais emblemáticas da sua história: goleada por 6 a 2, fora o baile. Na volta, em Belo Horizonte, bastou empatar por 1 a 1 para confirmar a classificação.
O rival cruzeirense nas quartas foi o Corinthians. A ida foi jogada no Independência, e a Raposa novamente goleou para encaminhar a vaga, por 4 a 0. A volta, no Pacaembu, terminou com derrota por 3 a 2. Na semifinal, foi a vez de passar pelo Flamengo com dois empates, por 1 a 1 no Maracanã, e por 0 a 0 no Mineirão.
O Cruzeiro foi para sua segunda decisão de Copa do Brasil. O adversário foi o Palmeiras, que eliminou Sergipe, Atlético-MG, Paraná e Grêmio. Os paulistas eram conhecidos como o “ataque dos 100 gols” devido à forte campanha no estadual de 1996, e tinham o favoritismo. Mas a Raposa era resiliente. O primeiro jogo foi no Mineirão e ficou empatado por 1 a 1. A segunda partida foi no Palestra Itália, e os mineiros saíram perdendo logo aos cinco minutos. Aos 25, Roberto Gaúcho empatou. Empurrando o rival cada vez mais para trás, o Cruzeiro chegou ao gol do título aos 38 do segundo tempo, com Marcelo Ramos.
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