O ano muda, os vencedores não. O Mundial de Clubes passa por 2018 com o mais amplo domínio do Real Madrid, que voltou à competição pela décima vez ao conquistar sua 13ª Liga dos Campeões, batendo o Liverpool na final. Mas entre o título europeu e o início do torneio da FIFA, o clube perdeu dois nomes importantíssimos para a sua história: o técnico Zinedine Zidane e o atacante Cristiano Ronaldo. Para o lugar do francês entrou o argentino Santiago Solari. Já para a vaga do português, ninguém.
O representante sul-americano custou a ser definido. Uma semana antes do Mundial, o River Plate levou o tetra da Libertadores sobre o rival Boca Juniors, em final jogada em Madrid, pois a partida de volta original em Nuñez foi cancelada por falta de segurança. Extenuado, o River foi mais um a sucumbir antes da decisão mundialista, para o Al-Ain, campeão dos Emirados Árabes. Os times restantes na disputa foram: Chivas Guadalajara, vencedor na Concacaf; Espérance, ganhador na África; Kashima Antlers, campeão na Ásia; e Team Wellington, vencedor na Oceania.
Al-Ain e Team Wellington abriram o Mundial com um emocionante 3 a 3, que levou a equipe da casa a ter que vencer por 4 a 3 nos pênaltis. Nas quartas de final, em seu próprio estádio (o Hazza bin Zayed), o Al-Ain derrubou o Espérance com 3 a 0. Na partida entre Kashima e Chivas, 3 a 2 para os japoneses.
O apronte do anfitrião contra o River Plate veio na semifinal. Empate por 2 a 2 no tempo normal, e vitória por 5 a 4 nos pênaltis. Em 19 de dezembro e no Zayed Sports City, o Real Madrid reencontrou o Kashima após dois anos. Desta vez foi mais fácil: hat-trick de Gareth Bale e 3 a 1 em 90 minutos para os merengues. Na disputa do quinto lugar, o Espérance bateu o Chivas também nos pênaltis, por 6 a 5 depois de empate por 1 a 1. Na partida pelo terceiro, o River goleou o Kashima por 4 a 0.
Em 22 de dezembro, Abu Dhabi recebeu a decisão entre Real Madrid e Al-Ain. Apesar da festa do torcedor local, era sabido que a missão de bater os espanhóis era quase impossível. Logo aos 13 minutos de partida, o croata Luka Modric abriu o placar para o Real. Aos 15 do segundo tempo, Marcos Llorente ampliou o marcador. Aos 34, o capitão Sergio Ramos fez o terceiro. O Al-Ain achou seu gol aos 41 minutos, com o japonês Tsukasa Shiotani. Mas a goleada viria mesmo assim, e com participação de brasileiro. Aos 46 minutos, Vinícius Júnior chutou próximo ao lado esquerdo da pequena área, mas a bola desviou no egípcio Yahia Nader, que marcou contra.
Com 4 a 1 no placar final, o Real Madrid chegou ao que nenhum outro clube conseguiu no Mundial, ser tri seguido. O título também valeu como hepta, o que aumentou ainda mais sua própria hegemonia no ranking de times. Além disso, a conquista serviu para acirrar outra lista: a de países campeões. Foi a 11ª taça da Espanha, só uma menos que o Brasil.
Foto Andrew Boyers/Reuters
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