Após quatro edições bem-sucedidas do Mundial de Clubes no Japão, a FIFA fez a roda girar a partir de 2009. Assim como acontece na Copa do Mundo, o torneio passou a ter sedes diferenciadas a cada dois anos. No primeiro processo eleitoral, ainda em 2008, Austrália, Japão, Portugal e Emirados Árabes entraram na disputa, vencida pelo país do Oriente Médio.
O Mundial trocou a casa pela arábia. A primeira competição no mundo árabe foi uma das mais emocionantes desta nova era. O Barcelona representou a Europa pela terceira vez, depois de conquistar a tríplice coroa da Liga dos Campeões em final contra o Manchester United. Pela América do Sul, o Estudiantes encerrou um hiato de 41 anos, foi tetra da Libertadores sobre o Cruzeiro e confirmou presença.
Das outras confederações, apareceram: o mexicano Atlante (Concacaf), o sul-coreano Pohang Steelers (Ásia), o congolês Mazembe (África) e o Auckland City (Oceania). Do anfitrião, o Al-Ahli, de Dubai, venceu a liga local e fechou a sétima vaga.
Al-Ahli e Auckland fizeram a abertura do Mundial, com vitória dos neo-zelandeses por 2 a 0. Nas quartas de final, o Pohang, de virada, venceu o Mazembe por 2 a 1, e o Atlante aplicou 3 a 0 no Auckland. Na semifinal, o Estudiantes entrou em campo primeiro e derrotou o Pohang por 2 a 1.
A estreia do Barcelona ocorreu em 16 de dezembro, no Zayed Sports City, em Abu Dhabi. Contra o Atlante, o clube catalão saiu perdendo, mas Sergio Busquets, Lionel Messi e Pedro viraram para 3 a 1, confirmando a final lógica. Na disputa do quinto lugar, o Auckland venceu o Mazembe, e pelo terceiro lugar, o Pohang eliminou o Atlante nos pênaltis.
Com um ano e meio no comando, Pep Guardiola montou um verdadeiro esquadrão baseado no toque de bola e na genialidade de Andrés Iniesta, Xavi e Messi, que seria eleito melhor do mundo pela primeira vez em 2009. No entanto, Iniesta não pôde participar da decisão, pois se lesionou na semifinal. Barcelona e Estudiantes se enfrentaram em 19 de dezembro, no Zayed Sports City.
Um susto quase mudou tudo: aos 37 minutos do primeiro tempo, Mauro Boselli abriu o placar para os argentinos. Apesar do domínio do Barcelona, o empate só veio aos 44 do segundo tempo, com Pedro. Na prorrogação, Messi marcou de cabeça aos cinco minutos do segundo tempo, garantindo a virada e o 2 a 1 final. A conquista fez justiça em campo e na história, dando ao Barça o título que faltava e simbolizando a luta e resistência da Catalunha.
Foto Hassan Ammar/AP

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