Passam-se mais quatro anos na jornada olímpica. Os Jogos de 2008 aconteceram na cidade de Pequim, a capital da China. Pouca coisa mudou desde a edição anterior do torneio de futebol masculino. A hegemonia seguiu forte, e a Argentina foi premiada com sua segunda medalha de ouro seguida, em um feito atingido somente pela Grã-Bretanha do começo dos anos 1910, pelo Uruguai dos anos 1920 e pela Hungria dos anos 1960.
Liderados em campo por Juan Roman Riquelme e Lionel Messi, os hermanos ficaram no grupo A das Olimpíadas. A estreia foi contra a Costa do Marfim, em partida vencida por 2 a 1 pelo time argentino. Na segunda rodada, vitória por apenas 1 a 0 sobre a Austrália. Com a classificação já garantida, a Argentina derrotou a Sérvia por 2 a 0 na terceira partida e voltou a fazer os nove pontos na primeira fase.
Nas quartas de final, um difícil jogo contra a Holanda. A Albiceleste precisou da prorrogação para fazer 2 a 1 e avançar à semifinal. Então foi a vez de enfrentar o Brasil. Se as dificuldades foram grandes anteriormente, uma incrível facilidade tomou conta da Argentina na semifinal. Com 3 a 0 no placar - dois gols de Sergio Agüero e outro de Riquelme -, a equipe portenha despachou seu arquirrival e partiu rumo a mais um ouro. Os brasileiros tiveram que se contentar com o bronze obtido por 5 a 0 em cima da Bélgica.
O oponente da Argentina na final foi a Nigéria, que chegou lá ao bater Estados Unidos, Japão, Costa do Marfim e Bélgica. O jogo foi realizado no Estádio Nacional de Pequim, conhecido também como Ninho do Pássaro. Diferentemente de 12 anos antes, quando os argentinos foram surpreendidos pelos nigerianos e ficaram com a prata, agora a história seria outra. Foi com um gol solitário de Ángel Di María, aos 13 minutos do segundo tempo, que a Argentina fez 1 a 0 e chegou ao bicampeonato olímpico.
A revanche sobre os africanos completou um ciclo vitorioso nas categoria inferiores do futebol hermano: foram duas medalhas douradas nos Jogos Olímpicos e dois títulos no Mundial Sub-20 entre 2004 e 2008. Um oásis no meio do deserto de taças que já afetava a Argentina há 15 temporadas.
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