Ceará Campeão Cearense 1976

Pela 23ª vez, o Ceará conquistou o título cearense na temporada de 1976. O time alvinegro conquistou mais um bicampeonato para sua galeria, a metade do um caminho que culminaria em um tetracampeonato para a história do clube.

Com dez participantes, o Campeonato Cearense de 1976 foi dividido em três fases. Na primeira, todos se enfrentaram em dois turnos, com o líder se garantindo na final e os seis melhores se classificando à próxima etapa. Na segunda fase, os classificados voltaram a se enfrentar em dois turnos, com o líder também garantindo uma vaga na decisão e os quatro melhores avançando. Na terceira fase, um quadrangular em dois turnos definiu o terceiro finalista.

O Ceará iniciou a campanha na primeira fase com vitória por 1 a 0 sobre o Calouros do Ar. Nas outras 17 partidas, o Vozão acumulou mais 12 triunfos, quatro empates e uma derrota. Porém, o time ficou em segundo lugar com 30 pontos, dois a menos que o Fortaleza, que se classificou à decisão. Restavam mais duas chances.

Na segunda fase, o time alvinegro estrou vencendo o Icasa por 1 a 0 em Juazeiro do Norte. Nos dez jogos seguintes, foram mais seis vitórias e três empates para o Ceará, que somou 17 pontos e conseguiu a liderança e a vaga na final.

O Vozão seguiu com resultados melhores que os adversários. No quadrangular da terceira fase, a equipe enfrentou Fortaleza, Icasa e Guarany de Sobral. Na abertura, venceu o Icasa por 2 a 0 na capital. Nas demais cinco partidas que fez, obteve mais três vitórias sobre os times do interior e dois empates nos clássicos com o rival. Ao fim do quadrangular, o Ceará conseguiu dez pontos e venceu mais uma etapa do torneio.

A final ficou entre Ceará e Fortaleza. Com duas fases vencidas, os alvinegros tinham a vantagem ser campeões logo na primeira partida, caso não perdessem. E assim foi, com apenas um Clássico-Rei no Castelão, o Vozão empatou por 1 a 1 e ficou com o título estadual.

A campanha do Ceará:
35 jogos | 24 vitórias | 10 empates | 1 derrota | 83 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Arquivo/Ceará

Joinville Campeão Catarinense 1976

O Joinville nasceu campeão. Fundado a partir da união de Caxias e América em janeiro de 1976, o clube chegou ao primeiro título catarinense logo no ano de estreia, trazendo a taça de volta para o interior depois de cinco temporadas. Mas, para conseguir isso, precisou passar por duas finais.

O torneio foi disputado por 14 times. Na primeira fase, todos se enfrentaram em dois turnos, porém divididos em dois grupos. Os quatro melhores de cada chave avançaram. Na segunda fase, as equipes mantiveram as divisões em grupos, mas com enfrentamentos apenas entre si. O líder de cada chave se classificou para a final.

No grupo A, o Joinville estreou com vitória por 1 a 0 sobre o Marcílio Dias em casa, o Estádio Edgar Schneider. Nas outras 25 partidas, venceu 13, empatou oito e perdeu quatro, o que deixou o time na liderança da chave com 36 pontos. O ponto alto da campanha foi a goleada por 8 a 0 sobre o Guarani de São Miguel do Oeste, ainda no primeiro turno.

Na segunda fase, o JEC enfrentou Avaí, Marcílio Dias e Inter de Lages. Na estreia, fez 1 a 0 no Inter em casa. Na sequência, conseguiu mais três vitórias, um empate e uma derrota, que colocaram a equipe na final estadual com nove pontos.

O adversário tricolor na decisão foi o Figueirense, líder do outro grupo. O Joinville venceu por 1 a 0 na ida em casa e segurou o empate por 0 a 0 na volta fora, que poderiam ter dado o título inédito ao time. Mas a disputa foi anulada porque o Juventus de Rio do Sul entrou na justiça contra o clube de Florianópolis. A partida entre as equipes no returno da segunda fase acabou 1 a 1, mas o Juventus tirou o ponto do Figueirense no tribunal. Assim, os alvinegros baixaram de sete pontos para seis e os juventinos subiram de seis para sete, invertendo as posições no grupo B.

A nova final aconteceu em outubro de 1976, cerca de 50 dias após o confronto anulado, em agosto. Sem culpa alguma no cartório, o Joinville jogou a ida em Rio do Sul e venceu por 1 a 0. A volta aconteceu no Edgar Schneider, e o JEC voltou a vencer o Juventus por 1 a 0. Agora sim, o primeiro título podia ser comemorado.

A campanha do Joinville:
34 jogos | 20 vitórias | 9 empates | 5 derrotas | 50 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Arquivo/Joinville

Santa Cruz Campeão Pernambucano 1976

O título pernambucano de 1976 tem um gosto especial para o Santa Cruz. Não só porque o clube voltou a vencer o estadual depois de três anos, mas também porque foi o segundo "supercampeonato". Tal como em 1957, a fase final do torneio teve esse nome, e o time cobra-coral levou ambos.

Porém, apesar da comoção, o estadual de 1976 foi normal como qualquer outro. Foram oito participantes, que na primeira fase se enfrentaram em dois turnos. Na segunda fase, os seis melhores voltaram a jogar duas vezes entre si. A terceira fase foi igual, mas com os cinco melhores da etapa anterior. Por fim, o supercampeonato reuniu os três melhores da fase anterior.

Embalado pela histórica campanha no Brasileiro de 1975, quando chegou na semifinal, o Santa Cruz iniciou o estadual com vitória por 5 a 2 sobre o Ferroviário de Recife. Depois, venceu mais nove jogos, empatou três e perdeu um. Entre os triunfos, destaque para duas goleadas: 11 a 0 sobre o Íbis e por 5 a 0 sobre o Sport. Com 23 pontos, o Santinha passou em segundo lugar, três pontos atrás dos rubro-negros.

Para a segunda fase, Íbis e Santo Amaro foram eliminados. E o Santa começou a trajetória com empate por 1 a 1 com o Central. Este foi o único tropeço coral nesta etapa, emendando nove vitórias nas outras nove partidas. O Santa Cruz passou em primeiro lugar com 19 pontos, sete a mais que o vice Sport.

O América se despediu para a terceira fase. O Santa Cruz seguiu e estreou com vitória por 1 a 0 sobre o Sport. Nos outros sete jogos, a equipe venceu três, empatou três e perdeu um. O Santinha se classificou para o supercampeonato na vice-liderança, com 11 pontos, dois a menos que o Náutico.

O supercampeonato contou com as grandes forças pernambucanas: Santa Cruz, Sport e Náutico. A abertura foi com o Clássico das Multidões, com vitória do Santa por 2 a 0 sobre o Sport na Ilha do Retiro. Depois, o Náutico venceu o Clássico dos Clássicos por 1 a 0 nos Aflitos, eliminando os rubro-negros. O Clássico das Emoções decidiu o título no Arruda. Por 2 a 0, o Santa Cruz despachou os alvirrubros em casa e conquistou a 15ª taça estadual.

A campanha do Santa Cruz:
34 jogos | 25 vitórias | 7 empates | 2 derrotas | 79 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Arlindo Marinho/Placar

Bahia Campeão Baiano 1976

A saga do Bahia rumo ao hepta estadual teve continuidade em 1976, com a conquista do tetra. Foi a segunda vez que o clube conseguiu quatro título consecutivos, repetindo o feito obtido em 1961.

O Baianão de 1976 teve 12 times e foi disputado em quatro fases. Em todas elas, os participantes foram divididos em dois grupos. Na primeira e terceira fases, se enfrentaram dentro das próprias chaves. Na segunda e na quarta, uma chave enfrentou a outra. Ao final de cada etapa, os dois melhores colocados de cada grupo avançaram para um quadrangular que apontou um finalista e deu um ponto extra.

O Bahia ficou no grupo A, ao lado de Fluminense de Feira, Ypiranga, Jequié, Leônico e Redenção. Na estreia da primeira fase, o Tricolor de Aço goleou o Redenção por 6 a 0. Na partida seguinte, fez 9 a 0 no Leônico. Nos outros três jogos, conseguiu mais três triunfos e terminou na liderança com dez pontos. No quadrangular, o time ganhou de Jequié e Atlético Alagoinhas, mas perdeu para o Vitória por 1 a 0 e ficou em segundo lugar com quatro pontos, dois atrás do rival.

Na segunda fase, o Bahia começou triunfando sobre o Humaitá por 4 a 0. Depois, ganhou mais três jogos e empatou dois, voltando a ser líder do grupo A com dez pontos. Porém, no quadrangular, a equipe empatou sem gols com o Leônico, ganhou por 3 a 0 do Atlético e perdeu novamente por 1 a 0 para o Vitória, fechando mais uma vez em segundo lugar, com três pontos, três atrás do rubro-negro.

A chave começa a virar na terceira fase. O Bahia faz 2 a 0 no Leônico e ganha as outras quatro partidas do grupo, sendo líder novamente com dez pontos. No quadrangular, o Tricolor de Aço triunfa sobre Fluminense, Atlético e Vitória, somando seis pontos e conquistando a vaga na decisão.

Mas era preciso igualar os pontos extras do rival. Na quarta fase, o Bahia derrota o Humaitá por 2 a 0, ganha mais três jogos, empata um e perde um, sendo líder da chave com nove pontos. No quadrangular, o time bate Ypiranga, Atlético e Vitória para fazer seis pontos e conseguir a segunda bonificação.

Por fim, Bahia e Vitória chegar para a final com dois pontos extras para cada lado, ou seja, ninguém teve vantagem de fato. Em dois Bavis na Fonte Nova, o Tricolor de Aço chegou ao título com triunfos por 2 a 1 na ida e por 1 a 0 na volta.

A campanha do Bahia:
36 jogos | 29 triunfos | 4 empates | 3 derrotas | 94 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Arquivo/Placar

Coritiba Campeão Paranaense 1976

Nenhum time paranaense venceu mais estaduais consecutivos que o Coritiba entre 1971 e 1976. Antes, o clube nunca havia de passado de alguns bicampeonatos. O hexa foi o 25º título estadual coxa-branca.

Foram 14 os participantes do Paranaense de 1976. Na primeira e segunda fases, todos se enfrentaram uma vez, com o líder de cada etapa garantindo um lugar no quadrangular final e um ponto extra. As oito melhores campanhas somadas seguiram para a terceira fase, onde se enfrentaram em turno único. O líder também teve vaga garantida na decisão e um ponto extra. O quadrangular seria fechado com a melhor campanha não-classificada somando todas as três fases, sem levar ponto extra.

O Coxa iniciou a campanha com vitória por 1 a 0 sobre o Operário em Ponta Grossa. Em Curitiba, começou fazendo 2 a 1 no Iguaçu. Nos outros 11 jogos, venceu nove, empatou um e perdeu um. Assim, a equipe conseguiu 23 pontos e se classificou para a final com um ponto a mais que o vice Athletico.

Na segunda fase, o Coritiba estreou novamente contra o Operário, vencendo por 4 a 2 no Belfort Duarte. Nas 12 partidas seguintes, o time emendou outras nove vitórias e três empates. Mais uma vez com 23 pontos, o Coxa repetiu o roteiro e ficou na primeira posição com um ponto a mais que o Athletico, garantindo assim dois pontos extras para o quadrangular.

Na terceira fase, os alviverdes tiraram o pé. Venceram o Iguaçu por 3 a 0 na abertura e depois acumularam um empate e cinco derrotas. Com apenas três pontos, o Coritiba foi sétimo colocado e viu o Colorado ser líder e se classificar para a decisão com 12 pontos. O quadrangular foi fechado com Athletico e Londrina, que tiveram as melhores campanhas no geral.

O quadrangular final aconteceu em março de 1977, após sete meses de pausa para o Brasileirão. Com dois pontos de bônus, o Coritiba nem precisou de muito para ser hexacampeão. Foram duas vitórias, três empates e nove pontos coxas-branca antes da última rodada contra o Colorado, que tinha sete pontos. Jogando pelo empate no Belfort Duarte, o time alviverde segurou o 0 a 0 e confirmou o título. 

A campanha do Coritiba:
39 jogos | 24 vitórias | 9 empates | 6 derrotas | 72 gols marcados | 24 gols sofridos


Foto Amilton Vieira/Placar

Atlético-MG Campeão Mineiro 1976

Depois de seis anos sem vencer, o Atlético-MG quebrou o domínio do rival Cruzeiro e garantiu o título mineiro em 1976. Foi uma conquista obtida com autoridade, invicto ao final da maratona de jogos.

O estadual foi disputado por 23 times. A primeira fase foi a Taça Minas Gerais, com 22 times divididos em dois grupos e em turno único. O melhor líder foi à decisão, enquanto o outro jogou a semifinal com o Cruzeiro (dispensado da etapa anterior pela presença na Libertadores). Na segunda fase, os 11 melhores e o Cruzeiro jogaram a Taça Governador do Estado, enquanto os outros 11 foram ao Torneio Paralelo. Ambos tiveram duas chaves e turno único. Os oito melhores da Taça Governador foram à terceira fase, em dois quadrangulares e partidas todos contra todos. Os dois melhores de cada grupo e os dois melhores do Torneio Paralelo disputaram o hexagonal que apontou os dois finalistas.

O regulamento foi difícil de entender, ao contrário da campanha do Galo. Na estreia da primeira fase, goleou o Democrata de Governador Valadares por 5 a 1. Após, venceu os nove jogos seguintes e passou à final com 20 pontos na liderança. O título da Taça Minas Gerais veio com vitória por 2 a 1 sobre o Cruzeiro, que havia derrotado o Uberaba na semifinal.

Na segunda fase, o Atlético jogou no grupo B. Começou goleando o Nacional de Uberaba por 8 a 0. Depois, ganhou as outras quatro partidas e voltou a ser líder, com dez pontos. Na decisão da Taça Governador, o Galo bateu a Caldense ao vencer a ida por 2 a 1 e empatar a volta por 0 a 0.

O Atlético ficou no grupo B da terceira fase, estreando com vitória por 2 a 0 sobre o Guaxupé. Nas outras seis partidas, o time venceu três e empatou três, passando ao hexagonal seguinte como líder da chave, com 11 pontos. O hexagonal começou com o Galo fazendo 1 a 0 no Guarani de Divinópolis. Depois, se classificou à final com uma rodada de antecedência ao vencer mais dois jogos e empatar um, somando sete pontos, assim como Cruzeiro. A última rodada até foi cancelada.

O Galo foi à decisão estadual contra o Cruzeiro, mas a disputa do Brasileirão empurrou os confrontos de agosto de 1976 para março e abril de 1977. No Mineirão, o Atlético venceu as duas partidas por 2 a 0 e recuperou o título, sendo este o 24º do clube.

A campanha do Atlético-MG:
31 jogos | 26 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 81 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Célio Apolinário/Placar

Internacional Campeão Gaúcho 1976

Oito, e nada mais. Em 1976, o Internacional atingiu o octa gaúcho, a maior sequência de título para um mesmo clube no Rio Grande do Sul, superando o hepta do Grêmio, obtido imediatamente antes, em 1968. E tal como aconteceu em 1975, foi uma conquista que abriu caminho para o título brasileiro.

O Gauchão do auge teve 32 participantes. Destes, 30 começaram na primeira fase, divididos em seis grupos. Os três melhores de cada chave se juntaram à Inter e Grêmio na segunda fase, que foi disputada em grupo e turno únicos. O melhor time da segunda fase tinha vaga garantida na final, enquanto os quatro melhores avançaram para a terceira e quarta fases, jogadas em quadrangulares de turno único. O vencedor de cada quadrangular também passou à decisão.

O Colorado já mostrou suas armas na estreia, ao fazer 5 a 1 no São Luiz em Porto Alegre. O time ficou invicto durante os 19 jogos da segunda fase, com mais 16 vitórias e dois empates nas partidas seguintes. O ponto alto aconteceu na 10ª rodada, quando aplicou 14 a 0 no Ferrocarril de Uruguaiana, no que foi a maior goleada da história do Campeonato Gaúcho. O Inter somou 36 pontos, empatado com o Grêmio mas com uma vitória a menos. No Grenal de desempate, acabou derrotado por 2 a 0 no Olímpico. Além da dupla, Caxias e Esportivo se classificaram.

No quadrangular da terceira fase, o Colorado bateu o Esportivo por 3 a 0, o Caxias por 4 a 2 e o Grêmio por 1 a 0, todos no Beira-Rio, conquistando seis pontos e a vaga na final. Na quarta fase, o Inter voltou a vencer o Esportivo por 2 a 0 e o Caxias por 1 a 0, além de empatar por 1 a 1 o Grêmio, desta vez fora de casa, conseguindo cinco pontos e nova liderança. Com isso, o Colorado foi à final estadual com vantagem sobre o maior rival.

Cada fase valia um ponto para a decisão, e o Internacional chegou nela com dois. O campeão gaúcho seria quem chegasse primeiro a quatro pontos. Assim, bastou vencer o Grêmio por 2 a 0 no Beira-Rio para o Colorado ser octa e vencer o 24º estadual logo na primeira partida.

A campanha do Internacional:
27 jogos | 23 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 69 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Arquivo/Internacional