Grêmio Campeão Mundial 1983

No dia 12 de abril de 1961, o astronauta soviético Yuri Gagarin foi o primeiro ser humano a viajar para o espaço, até a órbita da Terra. Na volta, ele declarou uma das mais famosas frases do século 20: "A Terra é azul". Nesta mesma época, a Copa Intercontinental recém havia passado pela sua primeira edição, e era preparada para a segunda. Nem se imaginava que, 22 anos depois, o desfecho da competição cruzaria com a aventura de Gagarin.

A popularidade do Mundial Interclubes só aumentava em 1983. Todos os europeus e sul-americanos queriam estar no Japão. Pela Copa dos Campeões da UEFA, o Hamburgo quebrava a sequência inglesa ao ser campeão pela primeira (e única) vez. Na campanha, o time alemão eliminou Dínamo de Kiev, Real Sociedad, e na final venceu o Juventus por 1 a 0. No comando técnico da equipe estava o austríaco Ernst Happel, que em 1970 conduziu o Feyenoord ao título mundial.

Um campeão inédito também comemorou na Libertadores. Em sua segunda presença, o Grêmio passou por Flamengo, América de Cali e Estudiantes antes de vencer o Peñarol na decisão. O Tricolor empatou a ida por 1 a 1 e venceu a volta por 2 a 1, tornando-se o quarto brasileiro a confirmar vaga no Mundial.

No dia 11 de dezembro, o Nacional de Tóquio recebeu Grêmio e Hamburgo sob um tempo nublado, mas o fato não atrapalhou a qualidade do jogo. O time gaúcho tomou a iniciativa no primeiro tempo, e criou as melhores chances até fazer o primeiro gol.

Aos 37 minutos do primeiro tempo, Paulo Cezar Caju lançou para Renato no campo de ataque. O ponta arrancou pelo lado direito, entortou o zagueiro Hieronymus dentro da área e chutou cruzado entre a trave esquerda e o goleiro Stein. No segundo tempo, o Grêmio manteve-se firme, mas os alemães conseguiram o empate quase no fim. Aos 40 minutos, Magath cobrou falta na cabeça de Jakobs, que escorou a bola para Schröder na pequena área. O volante só teve o trabalho de empurrar para a rede.

A disputa foi à prorrogação. No terceiro minuto, Caio cruzou pelo lado esquerdo para Tarciso, que não alcançou a bola. Ela sobrou para Renato, que limpou a marcação e bateu rasteiro no canto esquerdo do gol. A partir daí o time alemão cansou, e o Grêmio segurou o 2 a 1 que lhe deu o maior título da sua história.

Porto Alegre e o Rio Grande do Sul pararam para ver os campeões desfilarem na volta para casa. Renato Portaluppi ficou consagrado como o maior ídolo do Grêmio, e o clube confirmou a célebre afirmação de Gagarin: sim, a Terra é mesmo azul.


Foto Jurandir Silveira/Agência RBS

Peñarol Campeão Mundial 1982

A conquista do Flamengo em 1981 estabeleceu um recorde até então inédito na história dos Mundiais. Foi o quarto título consecutivo conquistado por uma equipe sul-americana, superando os triênios 61/62/63 e 66/67/68, ambos obtidos pelo lado sudaca, que dava um banho de desempenho na Europa: 12 a 8. E mesmo com o retorno do interesse europeu em competir, a Copa Intercontinental ficaria sob uma supremacia da América do Sul ainda por mais algumas temporadas.

A Copa dos Campeões da UEFA viveu sob um domínio inglês durante as primeiras edições do Mundial no Japão. Em 1982, o país conseguiu o sexto título seguido na competição, o primeiro com o Aston Villa, que na final derrubou o Bayern de Munique por 1 a 0. Antes de enfrentar os alemães, os Villans eliminaram o Dínamo de Kiev e o Anderlecht.

Na Libertadores, o Uruguai voltou a dar uma grande demonstração de força e tradição. Depois de passar por São Paulo, Grêmio, Flamengo e River Plate, o Peñarol conseguiu o tetracampeonato em emocionante decisão contra o Cobreloa: empatou sem gols em casa e venceu por 1 a 0 fora, marcando aos 44 minutos do segundo tempo. A quarta presença carbonera no Mundial acirrou ainda mais a rivalidade com o Nacional. Agora seria a vez do Peñarol vivenciar a situação que o outro lado uruguaio teve dois anos antes.

Peñarol e Aston Villa se encontraram em 12 de dezembro no Nacional de Tóquio. O tempo estava fechado, mas isto não atrapalhou os planos dos uruguaios, que desde os primeiros minutos dedicaram-se a encurralar os ingleses, que chegaram a assustar com uma bola no travessão quando o placar ainda estava zerado.

Aos 27 minutos do primeiro tempo, o brasileiro Jair Gonçalves abriu o marcador ao time sul-americano. Ele cobrou uma falta da intermediária, a bola tocou no travessão e caiu atrás da linha do gol. O domínio do Peñarol só aumentava conforme o relógio corria. O segundo gol foi amadurecendo até a etapa final. Aos 23 minutos, Venancio Ramos ganhou dividida no meio-campo e lançou a bola para Walkir Silva, que avançou sobre a zaga e chutou na saída do goleiro Rimmer, que espalmou fraco. O próprio Silva aproveitou o rebote para ampliar o escore.

A superioridade do Peñarol foi mantida até o apito final, e o placar de 2 a 0 confirmou o tri mundial do clube, que acabou com 16 anos de fila. A conquista também isolou o Carbonero na liderança de títulos, superando os bis do Santos, da Internazionale e, sobretudo, do Nacional. A rivalidade uruguaia passava por um momento mágico em sua história.


Foto Arquivo/Peñarol

Flamengo Campeão Mundial 1981

Sucesso. Esta foi a palavra usada para definir a primeira edição da Copa Intercontinental no Japão. O público local abraçou o torneio, adotando Nacional e Nottingham Forest durante a estadia dos clubes no país. O apoio da Toyota definitivamente resolveu o problema que ameaçava a existência da competição. Mesmo os europeus, que antes viam prejuízo em jogá-la, passaram a lucrar mesmo com uma eventual derrota.

Para o ano de 1981, o planejamento foi repetido em tudo. A diferença é que, enfim, o Mundial voltaria a acontecer dentro do ano certo. Na Copa dos Campeões da UEFA, o Liverpool conseguiu o tricampeonato depois de eliminar equipes como CSKA Sofia e Bayern de Munique, além do Real Madrid na decisão. Os ingleses aplicaram 1 a 0 nos espanhóis e repetiram os feitos de 1977 e 1978. Nestes dois anos, um Mundial foi disputado pelo vice europeu e o outro sequer aconteceu. Mas os tempos eram outros, e o Liverpool viu no torneio a chance ideal para expandir sua marca, e também de mostrar a superioridade do futebol britânico.

Na Libertadores, uma nova força do futebol brasileiro surgiu. Logo na estreia, o Flamengo bateu adversários como Atlético-MG, Olimpia e Deportivo Cali. Na final, contra o Cobreloa, foi campeão em três partidas: venceu por 2 a 1 na ida, perdeu por 1 a 0 na volta, e venceu por 2 a 0 no desempate. A equipe de Zico, Júnior e Nunes foi a terceira a vencer a competição sul-americana e a primeira a comparecer no novo formato do Mundial.

Duas escolas diferentes de futebol se enfrentaram no Nacional de Tóquio, em 13 de dezembro. O Liverpool não seguiu o exemplo do compatriota da edição anterior e mandou o time completo ao jogo. O Flamengo, confiava na qualidade de seus craques. Porém, um possível equilíbrio no confronto não foi possível de se ver.

O rubro-negro tomou conta do jogo desde os primeiros minutos. Aos 12 minutos do primeiro tempo, Zico lançou para Nunes, livre da marcação defensiva. O atacante tocou na saída do goleiro Grobeelaar e abriu o placar. O gol desmontou o time inglês, e o Fla assumiu de vez o comando. Aos 34 minutos, Tita sofreu falta próximo à área. Zico bateu, Grobeelaar rebateu, e Adílio aproveitou o rebote para fazer o segundo. O baile carioca seguiu aos 41 minutos, quando Nunes recebeu outro passe de Zico e chutou cruzado no canto direito do goleiro.

Com 3 a 0 já na primeira etapa, o Flamengo dedicou-se a administrar o resultado no tempo seguinte, colocando o Liverpool na roda. Uma atuação inesquecível para os flamenguistas, que madrugaram para comemorar o título mundial, o maior da história do clube. Na volta ao Rio de Janeiro, o Fla ainda achou tempo para vencer o Vasco na final estadual, antecipando o Carnaval da sua torcida.


Foto Arquivo/Agência Jornal do Brasil/Placar

Nacional Campeão Mundial 1980

A década de 80 foi marcada por muitas transformações no mundo. No futebol não foi diferente, visto que as fronteiras esportivas entre os países foi diminuindo ano após ano. A Copa Intercontinental também passou por uma profunda reformulação, em 1980.

Depois das disputas capengas dos anos 70, UEFA e Conmebol precisavam chegar em um consenso para que o Mundial não morresse. A ideia escolhida foi a de realizar o torneio em partida única em campo neutro. Em um primeiro momento, Nova York foi o local escolhido. Mas era preciso que houvesse apoio financeiro, e nenhuma empresa dos Estados Unidos embarcou no projeto.

Até que entrou na história a Toyota, montadora de carros do Japão. Ela propôs que o Mundial fosse levado à Tóquio, e a organização seria feita a seis mãos. Em troca, a empresa bancaria todas as despesas dos clubes, além das premiações e a entrega de um carro para o craque da partida. O nome oficial da competição também seria alterado, para Copa Toyota (ou Copa Europeia/Sul-Americana). Os únicos trabalhos dos clubes seriam o de viajar e o de jogar.

Mas o principal inconveniente não estava resolvido. Como obrigar o campeão europeu a jogar sempre? A UEFA chegou a uma conclusão radical: passou a obrigar os clubes a assinarem um contrato, antes de entrarem na Copa dos Campeões, obrigando-os a disputar a competição se chegassem ao título. Caso não disputassem o Mundial, a quebra de contrato levaria à suspensão de competições europeias.

A mudança não foi bem digerida no Velho Continente. O Nottingham Forest conquistou o bicampeonato europeu, ao fazer 1 a 0 no Hamburgo, e foi ao Japão sob protesto: o técnico Brian Clough levou só 14 atletas para o torneio, alegando que o clube só faria aquele "amistoso" para cumprir o contrato. Na Libertadores, o Nacional do Uruguai também foi bi, depois de derrotar o Internacional na decisão, com 0 a 0 na ida e 1 a 0 na volta. Os uruguaios, ao contrário dos ingleses, foram empolgados para a Terra do Sol Nascente.

As negociações entre Conmebol, UEFA e Toyota foram longas, e o Mundial de 1980 foi jogado apenas no dia 11 de fevereiro de 1981. Foi a primeira de 22 finais no Estádio Nacional de Tóquio, que nesta primeira vez recebeu 62 mil torcedores. Ao meio-dia, a bola rolou no gramado queimado pelo frio. Como era de se esperar, o Nottingham se esforçou pouco, enquanto o Nacional deu o seu máximo. Logo aos dez minutos de jogo, Victorino recebeu cruzamento de Moreira e tocou rasteiro entre a zaga: 1 a 0 Bolso. O resultado persistiu até o fim, e a comemoração pelo segundo título varou a madrugada no Uruguai.


Foto Arquivo/Nacional

Olimpia Campeão Mundial 1979

Inúmeros problemas assolaram a realização do Mundial na década de 70. Como por exemplo, a disputa de 1977 acontecendo somente no ano seguinte e empurrando a edição de 1978 para o início de 1979. Só que o representante europeu de 78 seria o mesmo de 77, o Liverpool, bicampeão da Copa dos Campeões e totalmente desinteressado na Copa Intercontinental. E desta vez nem o vice Brugge aceitou o convite. Bicampeão da Libertadores em cima do Deportivo Cali, o Boca Juniors ficou sem a chance de repetir a dose também no Mundial.

Assim, as atenções passaram a ficar na edição de 1979 mesmo. A torcida de UEFA e Conmebol era de que tudo voltasse ao normal, e a Copa Europeia ficou nas mãos de outro time inglês: o Nottingham Forest, que na final venceu por 1 a 0 o Malmö, da Suécia. Mas o clube seguiu a onda dos vencedores anteriores e pulou fora do Mundial. Na Libertadores, o Olimpia desbancava o Boca Juniors na decisão, fazendo 2 a 0 na ida e empatando sem gols na volta. O time paraguaio aguardou por quatro meses pelo Mundial, até que o Malmö aceitasse o convite.

A Copa Intercontinental teve início em 18 de novembro, no Estádio Municipal de Malmö. O público que compareceu à ida é o pior da história dos Mundiais: exatos 4.811 torcedores. Sem pressão e com uma equipe superior à sueca, o Olimpia conseguiu a vitória sem muito problema. Aos 41 minutos do primeiro tempo, Evaristo Isasi fez 1 a 0 e garantiu a vantagem paraguaia.

A volta mundialista não aconteceu em 1979, por outra falta de espaço no calendário europeu. Só em 2 de março de 1980 é que a disputa foi retomada. O Defensores del Chaco, em Assunção, recebeu 47 mil pessoas, em um clima totalmente oposto ao da Suécia. O apoio foi fundamental ao Olimpia, que abriu o placar aos 39 da etapa inicial com Solalinde. No primeiro minuto do segundo tempo, Erlandsson assustou a todos ao empatar o jogo. O Decano manteve a calma, e aos 26 minutos o reserva Michelagnoli fez 2 a 1 e garantiu o título mundial ao clube paraguaio. Um feito jamais igualado.

O Mundial de 1979 foi mais um realizado a duras penas, sob muita insistência. Porém, a história estaria prestes a mudar na virada de década. Os times deixariam de atravessar o Oceano Atlântico e passariam a viajar pelo Pacífico. O motivo? Na busca pela salvação da Copa Intercontinental, UEFA e Conmebol firmaram uma parceria com a Toyota, que levou a disputa para o Japão a partir de 1980. O torneio em ida e volta, com o risco de desistências por medo de violência e por falta de atrativo financeiro, estava extinto.


Foto Arquivo/Olimpia

Boca Juniors Campeão Mundial 1977

Quantas coisas podem ser feitas em um período de 11 meses? E em cinco? Torcedores europeus e sul-americanos fizeram estas perguntas entre 1977 e 1978, durante a crise existencial da Copa Intercontinental. Se em 1974 e 1975 ela quase foi para o espaço, os anos seguintes não contribuíram em nada para a melhora da situação.

A Copa Europeia de 1977 terminou em maio com o primeiro título do Liverpool, que na final bateu o alemão Borussia Mönchengladbach. Nem houve tempo para apreensão na UEFA: os ingleses comunicaram desde o começo que não iriam jogar o Mundial. Assim como as desculpas de Ajax e Bayern, o clube foi alegou que sua agenda local conflitava com a do Mundial. Enquanto isto, em setembro, a Libertadores era decidida entre Boca Juniors e Cruzeiro. Após 1 a 0 para cada lado, o desempate acabou sem gols. Nos pênaltis, o time argentino fez 5 a 4 e chegou à sua primeira conquista continental.

A celeuma já estava grande com outra desistência, mas o Boca tentou negociar de todos os modos com o Liverpool, chegando inclusive a virar o ano com o plano. Tudo foi em vão. E com o tempo, surgiu o boato de que os ingleses desistiram em protesto à ditadura militar que comandava a Argentina. O jeito foi trazer mais uma vez o vice europeu, mas o Borussia não pareceu muito afim de topar. Mas os xeneizes ganharam pela insistência, sob a condição de que os alemães jogariam apenas quando o calendário estivesse disponível.

O Mundial começou a ser jogado em 21 de março de 1978, em La Bombonera. O desinteresse do Borussia era só fora de campo. Dentro, o Boca passou maus bocados diante dos 60 mil de público. Saiu na frente com Mastrángelo aos 16 minutos do primeiro tempo, mas levou a virada aos 24 e aos 29, de Hannes e Bonhof. Os argentinos melhoraram no segundo tempo e empataram em 2 a 2 aos seis minutos, com Ribolzi. Mas foi só o que aconteceu, e nada ficou encaminhado para a volta.

Cinco longos meses passaram-se, até que em 1º de agosto o Borussia conseguiu uma folga. A segunda partida foi no Wildpark, em Karlsruhe, com um bom público de 38 mil torcedores. Porém, pelo visto, o time alemão esqueceu do que estava buscando no Mundial. O time argentino passeou no primeiro tempo. Aos dois minutos, Felman abriu o placar. Aos 33, Mastrángelo ampliou. E aos 37, Salinas fechou os 3 a 0. No segundo tempo, foi só deixar o Boca deixar o tempo passar para depois comemorar seu primeiro título mundial.

O mais longo de todos os tempos: 11 meses de definição e cinco de disputa, e que selou as dúvidas do início deste texto: dá para ser o melhor time do mundo nestes períodos.


Foto Arquivo/Boca Juniors

Bayern de Munique Campeão Mundial 1976

A Copa Intercontinental atingiu o auge da crise entre 1974 e 1975. O calote dado pelo Bayern de Munique um ano antes bagunçou completamente o cronograma de UEFA e Conmebol, atrasando a edição de 1974 para abril de 1975. Assim, a solução foi fazer duas edições no mesmo ano.

Mas como azar pouco é bobagem, calhou de os campeões continentais repetirem: o Independiente foi hexa da Libertadores e o Bayern foi bi da Copa dos Campeões. Outra vez alegando problema de agenda, o time alemão declinou. E o vice não ajudou, pois o inglês Leeds United recusou o convite. Sem solução, a alternativa foi cancelar o Mundial de 1975.

Eis que chega 1976. O Bayern mantém o domínio europeu ao ser tri na final contra o Saint-Étienne, vencendo por 1 a 0. Obviamente, os alemães não se manifestaram sobre o Mundial, esperando a definição da Libertadores. Mas as notícias sul-americanas foram boas: o Cruzeiro foi campeão após três jogos contra o River Plate. No primeiro, vitória brasileira por 4 a 1; no segundo, derrota por 2 a 1; e no terceiro, vitória por 3 a 2.

Misteriosamente, os problemas de calendário sumiram, e o Bayern finalmente confirmou uma presença mundialista. Nos bastidores, o motivo pela aceitação da vaga só na terceira vez foi de que os brasileiros eram menos violentos que os argentinos, tanto jogadores quanto torcedores.

O ressurgimento do Mundial teve início em 23 de novembro, no Estádio Olímpico de Munique. Debaixo de muito frio e neve, apenas 22 mil torcedores compareceram à partida. O clima favoreceu o Bayern, que controlou todo o jogo contra o Cruzeiro. Nelinho, Palhinha, Joãozinho, Jairzinho e Dirceu Lopes não brilharam, e os alemães conseguiram dois gols no segundo tempo: aos 35 minutos, com Gerd Müller, e os 37, com Jupp Kappellmann. Os 2 a 0 deram uma grande tranquilidade ao Bayern.

O segundo jogo da decisão ocorreu em 21 de dezembro no Mineirão, em Belo Horizonte. Mais de 123 mil pessoas foram ao estádio e fizeram de tudo para empurrar o Cruzeiro. Os brasileiros tentaram de tudo, mas o time alemão era a base da seleção campeã da Copa do Mundo de 1974 mais a futura vice de 1982. Sepp Maier garantiu o bicho do Bayern com ótimas defesas e o 0 a 0 não deixou o placar naquela noite de quase Natal.

Com o regulamento embaixo do braço, o Bayern de Munique conquistou o Mundial pela primeira vez. Já para o Cruzeiro, sobrou somente o feito de colocar o Brasil na competição depois de 13 anos. E uma sina que teria um capítulo surreal 38 anos depois: ver alemães fazendo festa no Mineirão.


Foto Arquivo/Bayern de Munique