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Portuguesa Campeã do Torneio Rio-São Paulo 1952

Na quarta edição da história - a terceira desde a retomada -, o Torneio Rio-São Paulo encarou uma expansão de oito para dez clubes participantes. Cada estado colocou cinco times na competição em 1952. O regulamento permaneceu o mesmo, a diferença foi o aumento de sete para nove rodadas no turno único.
E nessa disputa, uma nova equipe entrou na galeria dos campeões: a Portuguesa de Desportos. Terceira colocada no Paulistão de 1951, a Lusa contava com grandes nomes no elenco, como Djalma Santos, Julinho Botelho, Pinga e Brandãozinho. Por unanimidade, a torcida considera o time do início dos anos 1950 como o maior de todos os tempos.
A campanha rubro-verde começou com derrota por 4 a 2 para o Fluminense em casa. Depois de um início irregular, com uma vitória e outra derrota, a Portuguesa cresceu e arrancou para a liderança do campeonato. Foram quatro vitórias, um empate e uma derrota até o fim das nove rodadas. Entre os triunfos conquistados, o destaque fica para as goleadas por 5 a 1 sobre o Santos e sobre o Bangu. A Lusa ficou com 11 pontos, empatada com o Vasco. Houve a chance do título na última rodada, mas o clube paulista ficou no 1 a 1 com os cariocas no Maracanã.
Dessa forma, foi preciso mais duas partidas com os vascaínos. A primeira foi no Pacaembu, e terminou com vitória da Portuguesa por 4 a 2. Os gols foram marcados por Nininho (duas vezes), Pinga e Julinho botelho. O segundo jogo foi no Maracanã, e a Lusa conquistou seu título mais importante na história ao empatar por 2 a 2. Os dois gols foram marcados por Pinga.

A campanha da Portuguesa:
11 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 29 gols marcados | 20 gols sofridos


Foto Arquivo/Portuguesa

Palmeiras Campeão do Torneio Rio-São Paulo 1951

O Torneio Rio-São Paulo passou a ser uma competição regular nos anos 1950. A terceira edição aconteceu em 1951, com o mesmo regulamento da temporada anterior: oito clubes em turno único. Mas, diferentemente do que ocorreu na segunda ocasião, quando o calendário de jogos atravessou a virada do ano, desta vez as partidas foram realizadas entre fevereiro e abril. Portanto, meses antes da Copa Rio Internacional, a primeira competição mundial de clubes.
Campeão paulista de 1950 e garantido na Copa Rio, o Palmeiras utilizou o Rio-SP como balão de ensaio. A estreia foi com vitória por 2 a 0 sobre o São Paulo, seguida por uma goleada histórica por 7 a 1 sobre o Flamengo. Nos cinco jogos restantes, o Verdão venceu três e perdeu dois, o que lhe deixou com dez pontos na tabela. A disputa pelo título foi até o fim com o Corinthians, que também somou dez pontos. Na última rodada, o Palmeiras goleou por 4 a 1 o Vasco fora de casa e precisava secar o rival, que enfrentou o Flamengo em casa. Mas os corinthianos fizeram 3 a 0 e o empate na primeira colocação foi consolidado.
Numa época em que sequer existia o saldo de gols como critério de desempate, tampouco o número de vitórias (o Palmeiras ficaria na frente em ambos), foi preciso marcar dois jogos extras para definir o campeão. Ambos foram no Pacaembu, e o clube que somasse mais pontos levava a taça. O primeiro Derby terminou com vitória palmeirense por 3 a 2. Os gols foram marcados por Liminha, Homero contra a Aquiles.
A vantagem podia fazer com que o Palmeiras até empatasse a segunda partida. Mas o alviverde ganhou novamente para não deixar nenhuma dúvidas. Jair Rosa Pinto marcou duas vezes, o artilheiro do Torneio Rio -São Paulo Aquiles fez outro, e o Verdão faturou o bicampeonato com vitória por 3 a 1.

A campanha do Palmeiras:
9 jogos | 7 vitórias | 0 empate | 2 derrotas | 31 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Esportiva

Corinthians Campeão do Torneio Rio-São Paulo 1950

O primeiro Torneio Rio-São Paulo, em 1933, foi bem-sucedido. Tanto que houve uma tentativa se de fazer uma nova edição em 1934. Mais curta que a de antes, ela teria uma primeira fase com um grupo paulista e outro carioca, e um hexagonal final com as três melhores equipes de cada lado. Mas a competição acabou cancelada após a debandada de alguns clubes da FBF, como Palestra Itália, Corinthians e Vasco, que voltaram à CBD após esta admitir o profissionalismo do futebol.
Uma novo projeto para o certame foi executado em 1940, desta vez pela CBD, que na época já tinha absorvido praticamente toda a FBF. Durou oito rodadas, quando os times paulistas abandonaram a competição. No momento da paralisação, Flamengo e Fluminense eram os líderes e ambos se intitularam campeões, porém os resultados jamais foram homologados.
Em 1942, houve mais uma tentativa de um torneio entre paulistas e cariocas, a Quinela de Ouro. Disputada inteiramente no Pacaembu, teve cinco participantes num pentagonal de turno único e acabou com o Corinthians vencedor. Mas também não houve a oficialização como Rio-SP.
Somente em 1950 que o Torneio Rio-São Paulo voltaria a vingar. Desta vez por meio das mãos da Federação Metropolitana (atual FERJ) e da Federação Paulista de Futebol, que uniram as forças.

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Foram quase 17 anos de intervalo entre a primeira e a segunda edição do Torneio Rio-São Paulo. Entre dezembro de 1949 e fevereiro de 1950 teve início a nova disputa, repaginada, com oito clubes que se enfrentaram em turno único. O tiro curto do campeonato ficou caracterizado como uma transição de uma temporada para outra.
Era a oportunidade perfeita para que algum clube pudesse conquistar um título rápido ou quebrar algum jejum. Como o Corinthians, que passou quase toda a década de 1940 sem levantar taças. Os últimos títulos foram o Paulistão de 1941 e a Quinela de Ouro de 1942. No estadual de 1949, a equipe foi apenas a quinta colocada. Mas a campanha do Timão começou ruim, com uma goleada por 6 a 2 sofrida para o Flamengo.
Para compensar, o Corinthians emendou cinco vitórias consecutivas: 4 a 1 sobre o São Paulo, 3 a 2 sobre o Palmeiras (desde 1942 o novo nome do Palestra Itália), 2 a 1 sobre o Vasco, 3 a 1 sobre o Fluminense e 5 a 3 sobre a Portuguesa. Assim, a equipe chegou para a última partida na liderança com dez pontos, empatada com o Vasco. Todavia o time vascaíno já havia feito todos os sete jogos.
Para que o Timão fosse campeão, bastava um empate contra o Botafogo, que àquela altura não brigava por mais nada. E diante de 45 mil torcedores no Pacaembu, o Corinthians conseguiu o ponto que faltava. Com o 1 a 1 no placar, o alvinegro paulista chegou aos 11 pontos e conquistou seu primeiro de cinco títulos no Torneio Rio São-Paulo.
A conquista corinthiana só foi possível por meio à base de esforço dos jogadores. O principal deles, o atacante Baltazar. Com nove gols, o Cabecinha de Ouro foi o artilheiro do campeonato. Na decisão contra o Botafogo, o gol do título foi marcado pelo atacante Noronha.

A campanha do Corinthians:
7 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 20 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Arquivo/Corinthians

Palmeiras Campeão do Torneio Rio-São Paulo 1933

O futebol chegou no Brasil ao fim do século 19 e logo tomou grandes proporções no cotidiano. Porém, como o país possui um território continental e no começo do século 20 as viagens longas eram caríssimas, a prática do esporte era praticamente restrita dentro dos estados. O máximo que dava para algum clube fazer era dar um pulo rápido em algum estado vizinho ou montar uma excursão de meses para mais longe.
Essa foi a realidade do futebol brasileiro por muitas décadas. Outro ponto importante da época era o amadorismo do esporte. Os jogadores trabalhavam e não podiam passar muito tempo longe dos empregos.
As coisas só passaram a mudar no início dos anos 1930, quando começou o movimento de profissionalização do futebol nacional. Em 1933, os primeiros clubes que adotaram essa prática se desligaram da CBD e fundaram a FBF - Federação Brasileira de Futebol.
Formada por times do Estado de São Paulo e do Distrito Federal do Rio do Janeiro, a entidade não era ligada à FIFA e ia na contramão da então concorrente pró-amadorismo. E para celebrar tal momento, ela passou a organizar naquele mesmo ano o primeiro campeonato profissional do Brasil, que também foi o pioneiro interestadual de tiro longo e de clubes: o Torneio Rio-São Paulo.
Tiro longo, porque já houve outras competições entre estados antes. Como a Taça Ioduran, que foi um confronto dos campeões paulista e carioca entre 1917 e 1919, e o Torneio dos Campeões de 1920, que somou o campeão gaúcho em um triangular. E de clubes, porque a CBD fazia desde 1922 o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais.

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O Torneio Rio-São Paulo nasceu em 1933 para afirmar a posição profissional da FBF ante a ideia de amadorismo da CBD. A primeira edição da competição reuniu 12 times, sendo sete paulistas - Corinthians, Palestra Itália, Portuguesa, Santos, AA São Bento, São Paulo e Ypiranga - e cinco cariocas - America, Bangu, Bonsucesso, Fluminense e Vasco.
São Paulo entrou com a força máxima enquanto o Rio de Janeiro foi com dois desfalques: Botafogo e Flamengo, que optaram por permanecerem amadores. O regulamento definido foi o de pontos corridos em dois turnos, o que totalizou 22 partidas para cada participante.
A principal equipe paulista da época era o Palestra Itália, que fora campeão estadual em 1932 e viria a ser também em 1933. Nove anos antes da mudança de nome para Palmeiras, o clube possuía o melhor elenco do momento, com destaque para o zagueiro Junqueira e os atacantes Romeu Pelicciari e Gino Imparato. O resultado não podia ter sido outro se não o primeiro título regional.
E a campanha palestrina começou no jeito, com goleada por 5 a 1 sobre o Corinthians. O time emplacou quatro vitórias consecutivas logo de cara e se credenciou para a conquista sem grandes dificuldades. No primeiro turno, foram oito vitórias, um empate e duas derrotas.
O segundo turno caminhou igual, com mais nove vitórias, um empate e uma derrota. O ponto alto do Palestra na segunda metade do Rio-São Paulo foi também sobre o Corinthians: a histórica goleada por 8 a 0, que segue até a atualidade como a maior do clássico.
Ainda que a trajetória palestrina tenha sido quase perfeita, a disputa pelo título foi até a última rodada, pois o São Paulo também fez uma campanha forte. O que fez a diferença foram os dois triunfos verdes sobre o tricolor, por 3 a 2 no turno e por 1 a 0 no returno.
Os são-paulinos completaram as 22 partidas com 34 pontos somados, enquanto o Palestra tinha a mesma pontuação com um jogo a menos. Em 1933 não existia uma preocupação com o alinhamento da tabela. Na última rodada, o São Paulo precisava secar o Palestra Itália, que enfrentava o Fluminense. Não adiantou, pois o time alviverde venceu por 2 a 1 - gols de Gabardo e Dula -, chegou a 36 pontos e levou o primeiro de cinco títulos interestaduais.

A campanha do Palmeiras:
22 jogos | 12 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 67 gols marcados | 25 gols sofridos


Foto Arquivo/Palmeiras