Pouso Alegre Campeão Mineiro Módulo II 2020

Com 412.996 casos e 9.990 mortes por Covid-19 até 28 de novembro, Minas Gerais conheceu seu campeão de acesso estadual. O Pouso Alegre chegou ao título do Mineiro Módulo II pela primeira vez em sua história. Com só um acesso obtido lá em 1988 e presente na divisão principal até 1992, desde então o Pousão passou por várias idas e vindas entre estar jogando e ficar licenciado.

O último retorno foi em 2018, seguido pela conquista da segunda divisão (que na prática é o terceiro nível estadual) em 2019. E em 2020 o Dragão do Mandú entrou com tudo na disputa para voltar a elite. Fez uma ótima primeira fase, liderando com 21 pontos e seis vitórias o grupo único de 12 participantes.

No quadrangular final, só ganhou as três primeiras, o que lhe deixou com boa vantagem. Na penúltima rodada foi conquistado o acesso, apesar da derrota por 1 a 0 para o Athletic, em São João Del Rei. O título chegou no último jogo, com empate por 1 a 1 com o Nacional de Muriaé, no Estádio Manduzão.

A campanha do Pouso Alegre:
17 jogos | 9 vitórias | 4 empates | 4 derrotas | 22 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Chiarini Júnior/Pouso Alegre

Jataiense Campeã do Goiano Divisão de Acesso 2020

Com 278.809 casos e 6.344 mortes por Covid-19 até 28 de novembro, Goiás conheceu seu campeão de acesso estadual. A Jataiense, da cidade de Jataí, venceu pela segunda vez na história a Divisão de Acesso do Goianão, 18 anos depois da primeira.

A competição foi bem mais curta que o normal, pois metade das oito equipes originalmente previstas (Aparecida, Goiatuba, Morrinhos e Novo Horizonte) desistiram da disputa. E a Raposa do Sudoeste só precisou jogar um quadrangular de dois turnos contra Itumbiara, Inhumas e Rio Verde.

Foram quatro vitórias e dois empates na campanha invicta da Jataiense, que obteve o acesso na penúltima rodada ao bater por 1 a 0 o Itumbiara (que também subiu) no Estádio Arapucão. O título veio na partida final ao vencer fora de casa por 3 a 0 o Rio Verde, que não foi à campo e cometeu um W.O..

A campanha da Jataiense:
6 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 8 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Amarildo Gonçalves

São José-SP Campeão da Libertadores Feminina 2011

A terceira edição da Libertadores Feminina, em 2011, contou com uma pequena evolução em relação aos anos anteriores. O número de participantes subiu de dez para doze. Cada país continuou com um representante cada, mas a diferença estava nas vagas abertas para o campeão anterior e para um representante do anfitrião.

Como o Brasil ficou para sediar a competição pela terceira vez e o Santos era o detentor da taça, três equipes brasileiras tiveram a chance de lutar pelo título: além das alvinegras, o Duque de Caxias (campeão da Copa do Brasil) e o São José-SP (o dono da casa).

Dois estádios de São José dos Campos dividiram as partidas da Libertadores, o Martins Pereira e o ADC Parahyba. Os times foram distribuídos em três grupos com quatro lugares cada. O São José ficou no grupo C, dando início a uma grande história que culminaria em um tricampeonato. A Águia do Vale começou sua trajetória vencendo a LDU Quito por 2 a 0. Na sequência, vitória por 1 a 0 sobre o Boca Juniors e empate por 4 a 4 contra as colombianas do Formas Íntimas colocaram o clube na liderança da chave, com sete pontos.

Para a semifinal, avançaram as equipes líderes mais a melhor vice. E o São José teve de encarar o Santos, que veio da ponta do grupo B (o regulamento no feminino também evitava a chegada de dois times de um mesmo país na decisão). Com a força da torcida no Martins Pereira, a Águia foi à final com vitória por 2 a 1, de virada.

A última disputa foi contra o Colo Colo, que uma partida antes eliminou o Caracas. O jogo foi disputado sob o sol do meio-dia, em 27 de novembro. O São José veio embalado e com o público novamente jogando junto, e nada tiraria a conquista das jogadoras, lideradas em campo pela meia Formiga. O primeiro título chegou com 1 a 0 no placar, marcado por Poliana aos cinco minutos do segundo tempo.

A campanha do São José-SP:
5 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 10 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Charles Moura/PMSJC

Santos Campeão da Libertadores Feminina 2010

A segunda edição da Libertadores Feminina, em 2010, manteve quase tudo em relação à estreia. Dez equipes (uma de cada país) em dois grupos, e a competição toda sediada no Brasil. A única diferença é que as partidas desta vez aconteceram todas na Arena Barueri, na Grande São Paulo.

O Santos qualificou-se pelo segundo ano seguido após vencer novamente a Copa do Brasil. O time já não tinha mais a presença de Marta, mas seguia firme com Cristiane empilhando gols, agora com a ajuda de Grazi: elas anotaram sete gols cada na Libertadores, ficando a somente um da artilheira Noelia Cuevas, paraguaia do Universidad Autónoma. As Sereias ficaram no grupo A da primeira fase, e a estreia foi com vitória por 2 a 0 sobre o Caracas.

Aliás, a equipe não conheceu outro resultado que não fosse a vitória. Nas partidas seguintes da fase, as alvinegras aplicaram 9 a 0 no River Plate, do Uruguai, 4 a 0 no Formas Íntimas, da Colômbia, e 7 a 0 no Deportivo Quito. O Santos fez os 12 pontos e liderou a chave com cinco de vantagem sobre o time da capital do Equador. A semifinal foi jogada contra o Boca Juniors, e as Sereias derrotaram as argentinas por 2 a 0.

Na decisão, o Santos encontrou o Everton, clube chileno de Viña del Mar. Foi de longe o jogo mais difícil de todo o torneio. A bola teimava em não entrar e o empate parecia ser o caminho da disputa. Mas as brasileiras tinham mais time que as chilenas e a vitória aconteceu aos 44 minutos do segundo tempo, com o gol de Maurine.

O 1 a 0 da final foi o placar mais magro da campanha, porém o mais celebrado, por marcar o bicampeonato santista na Libertadores Feminina. Um título invicto, com 100% de aproveitamento e nenhum gol sofrido.

A campanha do Santos:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 25 gols marcados | 0 gols sofridos


Foto Arquivo/Santos

Santos Campeão da Libertadores Feminina 2009

Quase 50 anos depois da criação da Libertadores, a Conmebol fez a versão feminina da competição, em 2009. Ela nasceu com algumas particularidades, que preserva até os dias atuais, mais de dez anos depois. Diferentemente da versão masculina, que ocorria por todo um semestre e atualmente leva a temporada inteira, a Libertadores Feminina é jogada no formato de tiro curto, com todos os representantes se encontrando em um país-sede predefinido e em, no máximo, um mês de duração.

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Desde a primeira edição da Libertadores Feminina, em 2009, as atuações e os números refletiram o nível em que cada país sul-americano se encontra na modalidade. São oito títulos para o Brasil, contra um cada de Paraguai, Chile e Colômbia. E a primeira taça brasileira veio logo na estreia, com o Santos. O clube paulista chegou lá através do título da Copa do Brasil de 2008.

Dez times, um de cada federação, dirigiram-se até o Estado de São Paulo para a disputa, divididos em dois grupos de cinco. Donas da casa, as Sereias da Vila atuaram por toda a primeira fase na Vila Belmiro, enquanto a outra chave jogou no Guarujá. Foi uma fase sem adversárias a altura.

Na estreia, o Santos venceu por 3 a 1 o White Star, do Peru. Na segunda rodada, aplicou 12 a 0 no Enforma Santa Cruz, da Bolívia. Depois de folgar o terceiro giro, o Santos goleou por 11 a 0 o Caracas. Na rodada final, 3 a 1 sobre o Everton, do Chile classificou a equipe santista na liderança, com 12 pontos, cinco a mais que a vice, as próprias chilenas.

As duas chaves da semifinal foram jogadas no Pacaembu, na capital paulista, e o Santos teve que encarar o Formas Íntimas, da Colômbia. A vaga na decisão foi conquistada com outra goleada, a mais "econômica" delas, por 5 a 0.

A final foi disputada contra o Universidad Autónoma, do Paraguai. Jogando de volta na Vila Belmiro, o Santos chegou ao primeiro título da Libertadores Feminina com mais um placar dilatado. Foi 9 a 0, bem colaborativo: a Rainha Marta fez dois gols, enquanto os outros sete ficaram distribuídos entre Maurine, Érika, Fran, Thais, Suzana, Dani e Ketlen.

O resultado poderia ter sido ainda maior se Cristiane estivesse em campo. Com 15 gols, a atacante foi a artilheira do torneio, com mais que o dobro que a vice Marta (que anotou sete).

A campanha do Santos:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 43 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Ricardo Saibun/Gazeta Press

Cuiabá Campeão da Copa Verde 2019

A Copa Verde de 2019 ficou por um fio de não acontecer. Mas a CBF conseguiu realizá-la no segundo semestre da temporada. Houve um aumento de 18 para 24 equipes, além do retorno dos clubes goianos ao certame. E ainda chegou a ser cogitada a entrada de equipes do Paraguai, vidando uma possível parceria (e patrocínio) da Usina Hidrelétrica de Itaipu. As negociações não andaram e foi um dos motivos pelo atraso no calendário.

O que não mudou na Copa Verde foi o favoritismo do Cuiabá e da dupla Remo e Paysandu, agora ao lado do estreante Goiás, que jogou com a equipe de aspirantes. E foi o Dourado quem voltou a protagonizar uma final não recomendada para cardíacos. Inserido direto nas oitavas de final, o Cuiabá enfrentou o goiano Iporá no primeiro confronto, vencendo por 2 a 1 na ida fora e perdendo por 1 a 0 na volta em casa. Nos pênaltis, vitória por 6 a 5.

Nas quartas, contra o Costa Rica, do Mato Grosso do Sul, empate por 1 a 1 na ida como visitante, e vitória por 2 a 1 na volta na Arena Pantanal. O adversário na semifinal foi o Goiás. O primeiro jogo foi na Serrinha, em Goiânia, e o Cuiabá perdeu por 1 a 0. O segundo jogo foi na Arena Pantanal, e o Dourado devolveu a diferença fazendo 2 a 1, de virada. Nos pênaltis, 4 a 3 valeu a vaga na final.

Contra o Paysandu na decisão, vem a grande história. A ida foi jogada em Mato Grosso, e o Cuiabá perdeu por 1 a 0, tendo assim que devolver na volta no Mangueirão, em Belém. E foi o que aconteceu, com gol do lateral-direito Paulinho aos 49 minutos do segundo tempo.

Nos pênaltis pela terceira vez, o Dourado ficou a uma batida paraense de ser vice, mas a bola foi para fora. Na sexta cobrança, Felipe Marques converteu a cobrança do título, fazendo 5 a 4. Desta forma, o Cuiabá chega à sua segunda conquista da Copa Verde.

A campanha do Cuiabá:
8 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 3 derrotas | 8 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Divulgação/AssCom Dourado

Paysandu Campeão da Copa Verde 2018

O Paysandu se tornou o maior vencedor da Copa Verde na edição de 2018, a quinta realizada na história. A competição entrou o novo ano com o mesmo regulamento dos anteriores, e o Papão chegou ao bicampeonato tendo que passar por adversários surpreendentes no mata-mata. A falta de confrontos mais cascudos foi por decorrência de eliminações precoces, como a do Remo nas oitavas de final e do Cuiabá nas quartas.

Nas oitavas, o Paysandu enfrentou o Interporto, do Tocantins. Na ida, empatou sem gols jogando na cidade de Porto Nacional. Na volta, goleou por 4 a 0 em Belém. Nas quartas de final, o adversário foi o Santos-AP, e a classificação veio com duas vitórias, por 3 a 2 no Zerão, em Macapá, e por 4 a 2 na Curuzu, em Belém. A semifinal foi jogada contra o Manaus, e o time bicolor obteve mais duas vitórias, ambas por 2 a 1, tanto na primeira partida no Pará quanto na segunda no Amazonas.

Se nas fases anteriores o Paysandu enfrentou equipes da quarta divisão nacional, na final não seria diferente. O último oponente foi o Atlético Itapemirim, do Espírito Santo, que parar chegar na decisão passou pelo Brasiliense, pelo ex-campeão Cuiabá e pelo então campeão Luverdense. O favoritismo era visível para o Papão.

O jogo de ida foi disputado no Kléber Andrade, em Cariacica, e os paraenses abriram uma confortável vantagem ao vencer por 2 a 0. A volta foi no Mangueirão, e o time capixaba bem que tentou melar a festa, abrindo o placar aos 39 minutos do primeiro tempo. Só que o time ficou só nisso, e o meia Pedro Carmona garantiu o empate aos 27 minutos do segundo tempo. O 1 a 1 bastou para que o Paysandu comemorasse seu segundo título na Copa Verde.

A campanha do Paysandu:
8 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 18 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Gilberto Soares