ABC Campeão Potiguar 2018

O ABC é o primeiro campeão estadual de 2018. E também é o maior campeão de todos. Aliás, o maior campeão do mundo. Conquistou o 55º título potiguar. É o clube do planeta com mais conquistas de um único campeonato. E o tricampeonato veio com tranquilidade. O Elefante venceu os dois turnos do estadual. O primeiro com seis vitórias e uma derrota, e o segundo com cinco vitórias e um empate.

O título veio um dia depois do empate do ABC com o Força e Luz por 1 a 1. Isto foi possível porque o América-RN perdeu para o Santa Cruz-RN e não pode mais alcançar o rival no returno. Ainda falta uma rodada para o término do Potiguar, mas a próxima partida promete ser apenas de festa e taça para o Alvinegro.


Foto Divulgação/Hugo Monte

Paysandu Campeão Brasileiro Série B 2001

A organização da Série B voltou para as mãos da CBF no ano de 2001. E devido ao Brasileirão ter se transformado em Copa João Havelange no anterior, tendo sua forma de disputa modificada, a intenção era respeitar os rebaixamentos e ascensões de 1999. Mas a competição quase foi para o espaço mais uma vez.

Diversos lobbys políticos fizeram com que a composição dos participantes fosse diferente, com clubes que não estavam nos planos assegurando a participação na Série A, como Fluminense, Bahia, América-MG e Botafogo-SP. Juventude e São Caetano estavam incluídos na Série B, mas também conseguiram nos bastidores a inclusão na primeira divisão. O Remo não teve a mesma sorte, mas tentou até o último instante uma vaga na elite, quase trancando o início das duas competições. No fim de tudo, a segunda divisão contou com 28 times.

O Paysandu foi um dos times com 1999 horrível, um dos rebaixados na Série B daquele ano. Mas em 2000 o clube se reestruturou, foi quarto colocado do Módulo Amarelo, e acabou recolocado na Série B em 2001. A competição contou com dois grupos de 14 times se enfrentando em dois turnos. O Papão ficou no grupo 1, com outras equipes do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

O Alviceleste fez uma primeira fase quase perfeita, com a melhor campanha no geral. Liderou o grupo com 47 pontos em 26 jogos, sendo 12 vitórias, 11 empates e três derrotas. O time abriu sete pontos de vantagem para os outros classificados, Ceará, Náutico e CRB. Nas quartas de final da competição, o Paysandu encarou o União São João, quarto lugar do outro grupo. Dois empates sem gols, em Araras e em Belém, garantiram o Papão no quadrangular final, ao lado de Figueirense, Avaí e Caxias.

A fase final foi disputada em todos os sentidos. O Paysandu começou com empate com o Avaí na Ressacada, em 3 a 3. Depois, 0 a 0 com o Caxias na Curuzu e outro 3 a 3 com o Figueirense no Orlando Scarpelli. A primeira vitória veio no returno, por 3 a 0 em casa sobre o Figueirense. Na quinta rodada, o Paysandu quase garantiu o acesso, mas permitiu uma virada de 3 a 0 para 4 a 3 do Caxias no Centenário.

Todos os times chegavam na rodada final com seis pontos. E o Papão tratou de não dar chance ao azar, goleou o Avaí por 4 a 0 na Curuzu. Enquanto isso, o Figueirense fez só 1 a 0 no Caxias, em partida que só se encerrou meses depois no tribunal. Fora da polêmica, com nove pontos e melhor saldo de gols, o Paysandu se sagrou bicampeão da Série B.

A campanha do Paysandu:
34 jogos | 14 vitórias | 16 empates | 4 derrotas | 60 gols marcados | 36 gols sofridos


Foto Cristino Martins/O Liberal

Paraná Campeão Brasileiro Série B 2000

A Série B de 2000 quase não aconteceu. Aliás, todas as divisões foram ameaçadas com o imbróglio envolvendo Gama e CBF. Uma guerra judicial quanto ao rebaixamento (ou não) do time candango levou o clube para a Justiça Comum. Assim, a entidade foi impedida de organizar o Brasileirão naquele ano e passou a bola para o Clube dos 13, que fez a competição do zero, sem respeitar a ordem de acesso e descenso. Enquanto a primeira divisão foi chamada de Módulo Azul, a segundona virou o Módulo Amarelo.

De 1999, ficaram todos menos Goiás (campeão e com acesso legítimo), Santa Cruz (vice e também com acesso no campo), América-MG (resgatado pelo C13) e Bahia (outro que foi "subido"). E das equipes que jogariam a Série B em 2000, não o fizeram o próprio Gama (que entrou por último na primeira divisão), o Juventude (salvo do rebaixamento pelo C13) e o Fluminense (campeão da Série C de 1999, pinçado pelo C13).

Para completar, muitos dos times do Módulo Amarelo vieram com critério baseado nos estaduais, sem passar pela terceira divisão do ano anterior. No fim, os únicos rebaixamentos respeitados foram o do Botafogo-SP e do Paraná.

O Paraná Clube não foi beneficiado pela confusão que virou a Copa João Havelange. Mas dentro de campo tentou contornar essa situação. O Módulo Amarelo contou com 36 clubes, em dois grupos regionalizados. O Tricolor da Vila ficou no grupo 1, ao lado de times da região Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.

A disputa seria em turno único com oito vagas de classificação por grupo. Com uma defesa sólida (11 gols, a menos vazada) e um ataque cirúrgico (18 gols em 17 jogos), o Paraná não encontrou maiores dificuldades para se classificar na terceira posição. Foram 29 pontos, oito vitórias, cinco empates e quatro derrotas, ficando 11 pontos atrás do líder São Caetano.

A segunda fase foi toda em mata-mata de ida e volta, e contou com 16 times. Nas oitavas de final, o Tricolor enfrentou a Anapolina, vencendo por 1 a 0 em Anápolis e por 2 a 0 em Curitiba. Nas quartas, o adversário foi o Bangu, e o Paraná definiu logo no primeiro jogo em Moça Bonita, ao vencer por 3 a 0. Depois, nova vitória por 2 a 1 na Vila Capanema.

Na semifinal, confronto contra o Remo, e na ida em casa o Paraná ficou no 0 a 0. A emoção ficou para a volta no Mangueirão, onde o time paranista venceu por 2 a 1 e se classificou para a final, além de garantir o acesso para a fase final do Módulo Azul ainda na mesma temporada.

A final foi contra o São Caetano, e o primeiro jogo na Vila Capanema acabou 1 a 1. Mais uma vez, o Paraná precisou mostrar seu valor fora de casa. No Palestra Itália, o Tricolor não quis saber de nada, e com 11 minutos já marcava dois gols. No final, vitória paranaense por 3 a 1 e o título do Módulo Amarelo. Pela primeira vez uma equipe chegava ao bicampeonato na Série B. Na sequência, o Paraná disputou o mata-mata da Copa João Havelange, e foi bem. Eliminou o Goiás nas oitavas e só perdeu no saldo de gols para o Vasco (futuro campeão) nas quartas.

A campanha do Paraná:
25 jogos | 14 vitórias | 7 empates | 4 derrotas | 32 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Rogério Pallatta/Placar

Goiás Campeão Brasileiro Série B 1999

A Série B deu um importante passo rumo à valorização dentro do futebol brasileiro no ano de 1999. Ela deixava de ser dividida em grupos, e os clubes passariam a jogar todos contra todos em turno único, com oito classificados para a fase seguinte e seis rebaixados. Assim, os participantes teriam o seu calendário dobrado, e os ascendidos mais confiança para a disputa da primeira divisão do ano seguinte.

 Tudo estaria ótimo, não fossem os problemas envolvendo Gama e Botafogo na fuga do rebaixamento na elite. O imbróglio cancelou quase tudo para o ano seguinte, os rebaixamentos não ocorreram, acessos a mais foram forçados, e o únicos resultados respeitados foram o título do Goiás e o vice do Santa Cruz.

Ainda longe de imaginar o que estaria por vir em 2000, o Goiás entrava em campo com um ótimo time, de nomes como Harlei, Sílvio Criciúma, Araújo, Dill e Fernandão, e era um dos favoritos para subir em meio aos 22 participantes. A estreia já mostrou que o Esmeraldino não estava para brincadeira. Logo de cara com o rival Vila Nova, o time venceu por 1 a 0 no Serra Dourada e dava início a sua escalada.

A primeira fase foi tranquila, a equipe sempre frequentou o grupo dos oito melhores, e se classificou no terceiro lugar com 36 pontos em 21 jogos, sendo dez vitórias, seis empates e cinco derrotas. O Goiás ficou nove pontos atrás do líder São Caetano, mas na fase seguinte tudo começaria do zero.

A segunda fase foi um breve mata-mata, e o time alviverde enfrentou o Ceará, sexto colocado. No Castelão, parecia que seria tudo tranquilo com a vitória goiana por 3 a 0. Mas no Serra Dourada, os cearenses foram para cima e igualaram a pontuação vencendo por 4 a 3. Na época, os mata-matas eram em melhor de três, e o Goiás precisou do terceiro jogo. Jogando pelo empate em Goiânia, o time se reencontrou e venceu por 2 a 0, se classificado para o quadrangular final.

Junto ao Goiás chegaram Bahia, Santa Cruz e Vila Nova. A estreia não foi legal, derrota por 2 a 1 para o Santa Cruz no Arruda. As coisas melhoraram no clássico com a vitória por 1 a 0. Na terceira partida, empate zerado com o Bahia em casa. Depois, o Esmeraldino venceu os baianos por 2 a 1 na Fonte Nova. E no clássico com o Vila Nova, outra vitória por 1 a 0 deu o acesso, legítimo, ao clube.

A última rodada valeu o título, e o Serra Dourada ficou lotado para o jogo contra o Santa Cruz. Com dez pontos contra nove dos pernambucanos e seis do rival, bastou ao Goiás segurar o 0 a 0 para conquistar a sua primeira Série B.

A campanha do Goiás:
30 jogos | 15 vitórias | 8 empates | 7 derrotas | 48 gols marcados | 29 gols sofridos


Foto Léo Caldas/Placar

Gama Campeão Brasileiro Série B 1998

A Série B de 1998 é uma das competições mais emblemáticas que o futebol brasileiro realizou. Nela, estava o time do Fluminense, o quarto do grupo dos "12 grandes" a pisar nesse território. E o primeiro a fracassar completamente. O clube conseguiu, em meio a 24 participantes, ficar na 19ª posição (vice-lanterna no seu grupo) e ser rebaixado para a terceira divisão do ano seguinte, chegando no fundo do poço.

Longe dali, na capital federal, o Gama fazia o caminho inverso. Antes disso, o campeonato teve mais mudanças no regulamento. Os grupos passaram a ser quatro, e o número de rebaixados, seis, os lanternas e os dois piores quintos lugares. O número de acessos seguiu sendo dois.

Na primeira fase, o Gama ficou no grupo 3, mas não teve um começo arrasador. Conseguiu a última vaga, na quarta posição, com 13 pontos em dez jogos, sendo quatro vitórias, um empate e cinco derrotas. Só ultrapassou o Bahia no saldo de gols e terminou a fase 11 pontos longe do líder XV de Piracicaba.

Na fase seguinte, 16 clubes estiveram presentes nas oitavas de final. O Alviverde enfrentou o Remo. O primeiro jogo foi no Bezerrão, com vitória gamense por 1 a 0. E no Mangueirão, a goleada por 4 a 1 evitou a necessidade do terceiro jogo e classificou os candangos.

Na terceira fase, oito times em dois grupos. O Gama ficou no grupo 1, contra Criciúma, Desportiva-ES e XV de Piracicaba. O grupo foi disputado, mas o Alviverde se classificou na liderança. Com dez pontos, três vitórias, um empate e duas derrotas, ficou um ponto na frente dos capixabas, dois na frente dos catarinenses, e três na frente dos paulista.

No quadrangular final, chegaram junto ao Gama, Botafogo-SP, Londrina e Desportiva-ES. E ali eles não perderiam mais. O início alviverde foi no Estádio do Café, em empate sem gols com os paranaenses. Depois, 2 a 2 com a Desportiva em Brasília. A primeira vitória foi em Ribeirão Preto, por 2 a 1 sobre o Botafogo. Na sequência, 1 a 1 em casa com os paulistas e 2 a 2 fora com os capixabas. 

Tudo ficou em aberto na última rodada, e o Gama só dependia de si. Recebeu o Londrina no Mané Garrincha, e com gols de Renato Martins, William e Nei Bala, o Gama fez 3 a 0 no maior jogo de sua história, carimbou o acesso junto com o Botafogo-SP, e conquistou a inédita Série B, primeiro título nacional do futebol do Distrito Federal.

A campanha do Gama:
24 jogos | 11 vitórias | 6 empates | 7 derrotas | 33 gols marcados | 24 gols sofridos


Foto Nonato Borges/Placar

América-MG Campeão Brasileiro Série B 1997

A virada de mesa na Série A entre 1996 e 1997 refletiu na composição da Série B. Os rebaixados Goiatuba, Sergipe e Central-PE foram "resgatados", e a competição que teria 24 clubes voltou ao número original de 25, já que houve troca apenas entre os dois times que subiram para e elite e os que vieram da Série C.

O regulamento da segunda divisão sofreu alterações. Agora, o lanterna de cada um dos cinco grupos estaria rebaixado, ao invés de somente três piores. E as quartas de final davam lugar a uma terceira fase de dois grupos quadrangulares. Em campo, o América-MG se remontava da suspensão de dois anos, devido ao uso da Justiça Comum para evitar o rebaixamento na elite de 1993.

Na primeira fase, o Coelho ficou no grupo 3, ao lado de CRB, Vila Nova, Náutico e Sergipe. Ao final de dez rodadas e oito partidas, os mineiros ficaram em segundo lugar com 13 pontos, com quatro vitórias, um empate e três derrotas. Três times se classificaram por grupo mais o melhor quarto lugar. 

As oitavas de final foram disputadas em play-off, que é quando uma equipe precisa pontuar o suficiente para não ser superado pelo rival no confronto de três jogos (ou seja, vencer os dois primeiros). Nesta fase, o Coelho enfrentou a Desportiva-ES. A primeira partida foi no Independência, e o América venceu por 2 a 0. Depois, empate em 1 a 1 em Cariacica. Como o time mineiro estava com quatro pontos contra um dos capixabas, foi preciso o terceiro jogo, e novamente no Espírito Santo. Mesmo com torcida contra, o América venceu por 2 a 1 e avançou.

Na terceira fase, o Coelho enfrentou Joinville, Tuna Luso e Vila Nova. E o clube mineiro passou com tranquilidade, líder com 13 pontos, quatro vitórias, um empate e uma derrota. Fez um ponto a mais que os goianos. Assim, o América-MG chegava ao quadrangular final, contra Vila Nova, Ponte Preta e Náutico.

Esta fase foi igual a anterior, sem grandes dificuldades. Fez 2 a 0 no Vila Nova no Serra Dourada, 2 a 0 no Náutico e empatou em 1 a 1 com a Ponte Preta, ambas em casa. No Moisés Lucarelli, a derrota por 1 a 0 deixou a briga aberta com o próprio time paulista, além dos pernambucanos. Na quinta rodada, o Coelho deixou tudo encaminhado com a vitória por 2 a 0 sobre o Náutico nos Aflitos.

Valendo acesso e título, na última partida o América recebeu, no Independência, o eliminado Vila Nova. Com gol do atacante Celso, o time venceu por 1 a 0 e conquistou o primeiro título na Série B, já que no outro confronto Ponte Preta e Náutico só empataram, no que valeu o acesso aos paulistas.

A campanha do América-MG:
23 jogos | 14 vitórias | 4 empates | 5 derrotas | 34 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Marcelo Sant'Anna/EM/D.A Press