Santos Campeão da Libertadores Feminina 2010

A segunda edição da Libertadores Feminina, em 2010, manteve quase tudo em relação à estreia. Dez equipes (uma de cada país) em dois grupos, e a competição toda sediada no Brasil. A única diferença é que as partidas desta vez aconteceram todas na Arena Barueri, na Grande São Paulo.

O Santos qualificou-se pelo segundo ano seguido após vencer novamente a Copa do Brasil. O time já não tinha mais a presença de Marta, mas seguia firme com Cristiane empilhando gols, agora com a ajuda de Grazi: elas anotaram sete gols cada na Libertadores, ficando a somente um da artilheira Noelia Cuevas, paraguaia do Universidad Autónoma. As Sereias ficaram no grupo A da primeira fase, e a estreia foi com vitória por 2 a 0 sobre o Caracas.

Aliás, a equipe não conheceu outro resultado que não fosse a vitória. Nas partidas seguintes da fase, as alvinegras aplicaram 9 a 0 no River Plate, do Uruguai, 4 a 0 no Formas Íntimas, da Colômbia, e 7 a 0 no Deportivo Quito. O Santos fez os 12 pontos e liderou a chave com cinco de vantagem sobre o time da capital do Equador. A semifinal foi jogada contra o Boca Juniors, e as Sereias derrotaram as argentinas por 2 a 0.

Na decisão, o Santos encontrou o Everton, clube chileno de Viña del Mar. Foi de longe o jogo mais difícil de todo o torneio. A bola teimava em não entrar e o empate parecia ser o caminho da disputa. Mas as brasileiras tinham mais time que as chilenas e a vitória aconteceu aos 44 minutos do segundo tempo, com o gol de Maurine.

O 1 a 0 da final foi o placar mais magro da campanha, porém o mais celebrado, por marcar o bicampeonato santista na Libertadores Feminina. Um título invicto, com 100% de aproveitamento e nenhum gol sofrido.

A campanha do Santos:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 25 gols marcados | 0 gols sofridos


Foto Arquivo/Santos

Santos Campeão da Libertadores Feminina 2009

Quase 50 anos depois da criação da Libertadores, a Conmebol fez a versão feminina da competição, em 2009. Ela nasceu com algumas particularidades, que preserva até os dias atuais, mais de dez anos depois. Diferentemente da versão masculina, que ocorria por todo um semestre e atualmente leva a temporada inteira, a Libertadores Feminina é jogada no formato de tiro curto, com todos os representantes se encontrando em um país-sede predefinido e em, no máximo, um mês de duração.

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Desde a primeira edição da Libertadores Feminina, em 2009, as atuações e os números refletiram o nível em que cada país sul-americano se encontra na modalidade. São oito títulos para o Brasil, contra um cada de Paraguai, Chile e Colômbia. E a primeira taça brasileira veio logo na estreia, com o Santos. O clube paulista chegou lá através do título da Copa do Brasil de 2008.

Dez times, um de cada federação, dirigiram-se até o Estado de São Paulo para a disputa, divididos em dois grupos de cinco. Donas da casa, as Sereias da Vila atuaram por toda a primeira fase na Vila Belmiro, enquanto a outra chave jogou no Guarujá. Foi uma fase sem adversárias a altura.

Na estreia, o Santos venceu por 3 a 1 o White Star, do Peru. Na segunda rodada, aplicou 12 a 0 no Enforma Santa Cruz, da Bolívia. Depois de folgar o terceiro giro, o Santos goleou por 11 a 0 o Caracas. Na rodada final, 3 a 1 sobre o Everton, do Chile classificou a equipe santista na liderança, com 12 pontos, cinco a mais que a vice, as próprias chilenas.

As duas chaves da semifinal foram jogadas no Pacaembu, na capital paulista, e o Santos teve que encarar o Formas Íntimas, da Colômbia. A vaga na decisão foi conquistada com outra goleada, a mais "econômica" delas, por 5 a 0.

A final foi disputada contra o Universidad Autónoma, do Paraguai. Jogando de volta na Vila Belmiro, o Santos chegou ao primeiro título da Libertadores Feminina com mais um placar dilatado. Foi 9 a 0, bem colaborativo: a Rainha Marta fez dois gols, enquanto os outros sete ficaram distribuídos entre Maurine, Érika, Fran, Thais, Suzana, Dani e Ketlen.

O resultado poderia ter sido ainda maior se Cristiane estivesse em campo. Com 15 gols, a atacante foi a artilheira do torneio, com mais que o dobro que a vice Marta (que anotou sete).

A campanha do Santos:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 43 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Ricardo Saibun/Gazeta Press

Cuiabá Campeão da Copa Verde 2019

A Copa Verde de 2019 ficou por um fio de não acontecer. Mas a CBF conseguiu realizá-la no segundo semestre da temporada. Houve um aumento de 18 para 24 equipes, além do retorno dos clubes goianos ao certame. E ainda chegou a ser cogitada a entrada de equipes do Paraguai, vidando uma possível parceria (e patrocínio) da Usina Hidrelétrica de Itaipu. As negociações não andaram e foi um dos motivos pelo atraso no calendário.

O que não mudou na Copa Verde foi o favoritismo do Cuiabá e da dupla Remo e Paysandu, agora ao lado do estreante Goiás, que jogou com a equipe de aspirantes. E foi o Dourado quem voltou a protagonizar uma final não recomendada para cardíacos. Inserido direto nas oitavas de final, o Cuiabá enfrentou o goiano Iporá no primeiro confronto, vencendo por 2 a 1 na ida fora e perdendo por 1 a 0 na volta em casa. Nos pênaltis, vitória por 6 a 5.

Nas quartas, contra o Costa Rica, do Mato Grosso do Sul, empate por 1 a 1 na ida como visitante, e vitória por 2 a 1 na volta na Arena Pantanal. O adversário na semifinal foi o Goiás. O primeiro jogo foi na Serrinha, em Goiânia, e o Cuiabá perdeu por 1 a 0. O segundo jogo foi na Arena Pantanal, e o Dourado devolveu a diferença fazendo 2 a 1, de virada. Nos pênaltis, 4 a 3 valeu a vaga na final.

Contra o Paysandu na decisão, vem a grande história. A ida foi jogada em Mato Grosso, e o Cuiabá perdeu por 1 a 0, tendo assim que devolver na volta no Mangueirão, em Belém. E foi o que aconteceu, com gol do lateral-direito Paulinho aos 49 minutos do segundo tempo.

Nos pênaltis pela terceira vez, o Dourado ficou a uma batida paraense de ser vice, mas a bola foi para fora. Na sexta cobrança, Felipe Marques converteu a cobrança do título, fazendo 5 a 4. Desta forma, o Cuiabá chega à sua segunda conquista da Copa Verde.

A campanha do Cuiabá:
8 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 3 derrotas | 8 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Divulgação/AssCom Dourado

Paysandu Campeão da Copa Verde 2018

O Paysandu se tornou o maior vencedor da Copa Verde na edição de 2018, a quinta realizada na história. A competição entrou o novo ano com o mesmo regulamento dos anteriores, e o Papão chegou ao bicampeonato tendo que passar por adversários surpreendentes no mata-mata. A falta de confrontos mais cascudos foi por decorrência de eliminações precoces, como a do Remo nas oitavas de final e do Cuiabá nas quartas.

Nas oitavas, o Paysandu enfrentou o Interporto, do Tocantins. Na ida, empatou sem gols jogando na cidade de Porto Nacional. Na volta, goleou por 4 a 0 em Belém. Nas quartas de final, o adversário foi o Santos-AP, e a classificação veio com duas vitórias, por 3 a 2 no Zerão, em Macapá, e por 4 a 2 na Curuzu, em Belém. A semifinal foi jogada contra o Manaus, e o time bicolor obteve mais duas vitórias, ambas por 2 a 1, tanto na primeira partida no Pará quanto na segunda no Amazonas.

Se nas fases anteriores o Paysandu enfrentou equipes da quarta divisão nacional, na final não seria diferente. O último oponente foi o Atlético Itapemirim, do Espírito Santo, que parar chegar na decisão passou pelo Brasiliense, pelo ex-campeão Cuiabá e pelo então campeão Luverdense. O favoritismo era visível para o Papão.

O jogo de ida foi disputado no Kléber Andrade, em Cariacica, e os paraenses abriram uma confortável vantagem ao vencer por 2 a 0. A volta foi no Mangueirão, e o time capixaba bem que tentou melar a festa, abrindo o placar aos 39 minutos do primeiro tempo. Só que o time ficou só nisso, e o meia Pedro Carmona garantiu o empate aos 27 minutos do segundo tempo. O 1 a 1 bastou para que o Paysandu comemorasse seu segundo título na Copa Verde.

A campanha do Paysandu:
8 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 18 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Gilberto Soares

Luverdense Campeão da Copa Verde 2017

O formato da Copa Verde que estreou em 2016 foi mantido pela CBF para 2017. Só que os times goianos voltaram a abrir mão de suas duas vagas, proporcionando assim lugares extras para Acre e Mato Grosso do Sul. Eles juntaram-se a Amazonas, Distrito Federal e Mato Grosso com dois representantes. Com três clubes, o Pará manteve-se como o principal favorito a ficar com o título e emendar duas conquistas.

Mas o melhor momento da meteórica história do Luverdense suplantou a todos ao fim da competição. O título do LEC não poderia ter acontecido de melhor maneira: invicta. Nas oitavas de final, o adversário foi o Ceilândia, o qual eliminou com duas vitórias, por 1 a 0 fora de casa e por 3 a 1 em casa. 

Nas quartas, foi a vez de enfrentar o Rio Branco-ES. Na ida, irretocável goleada por 5 a 0 em Lucas do Rio Verde. Na volta, empate por 2 a 2 no Espírito Santo e vaga na semifinal. O surpreendente Rondoniense foi a vítima alviverde na semi com mais duas vitórias, por 2 a 1 no primeiro jogo, em Porto Velho, e por 3 a 1 no segundo jogo, no Mato Grosso. 

A final chegou rapidinho para o Luverdense, e seu adversário foi o então detentor da taça, o Paysandu.
Na primeira partida, o LEC teve que sair de sua cidade no interior para ir até a Arena Pantanal, em Cuiabá. Lá, venceu por 3 a 1 e conseguiu um pouco de tranquilidade para a volta.

No Mangueirão, o Verdão do Centro-Oeste saiu perdendo logo aos dois minutos de jogo. O empate só foi obtido aos 33 do segundo tempo, quando Rafael Silva converteu pênalti. Depois, a tarefa foi segurar o 1 a 1 até o fim para poder começar a comemoração, ainda em Belém, pelo título inédito. O maior da história de 16 anos do Luverdense.

A campanha do Luverdense:
8 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 20 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Divulgação/Luverdense

Paysandu Campeão da Copa Verde 2016

A Copa Verde chegou para 2016 com novidades. Goiás apareceu pela primeira vez na competição, com dois representantes: o vice estadual Aparecidense (o campeão Goiás abriu mão da vaga) e o melhor ranqueado Vila Nova. E foi justamente a entrada via Ranking da CBF a segunda das evoluções, com quatro clubes vindo dele. A terceira e última foi o número de participantes, que aumentou de 16 para 18 e obrigou o torneio a ter uma fase preliminar antes das oitavas de final.

Foi nesta edição que o Paysandu conseguiu seu primeiro título, após ser vice em 2014 e semifinalista em 2015. Nas oitavas, enfrentou o Fast amazonense, o qual passou com empate por 1 a 1 em Manaus e vitória por 3 a 0 em Belém. Nas quartas de final, foi a vez de enfrentar o Rio Branco-AC. A classificação foi fácil, com vitórias por 1 a 0 na Curuzu  na ida e por 5 a 2 no Acre na volta.

A semifinal foi uma repetição do ano anterior, com o clássico Re-Pa. Mas agora a história feliz trocou de lado, com o Paysandu avançando com duas vitórias sobre o Remo: 2 a 1 na primeira partida e um categórico 4 a 2 na segunda.

A decisão da Copa Verde foi entre Paysandu e Gama, que no outro lado do chaveamento deixou para trás a Aparecidense. O jogo de ida foi marcado para o Mangueirão. Era importante para o Papão abrir uma vantagem alta logo na largada, para não passar aperto depois. E a vitória aconteceu, por 2 a 0, com os gols saindo um no começo do primeiro tempo e o outro no fim do segundo.

A partida de volta aconteceu no Bezerrão, no Distrito Federal. O Paysandu começou bem a peleja, abrindo o placar já aos dois minutos da primeira etapa. Mas o time candango virou no segundo tempo, marcando entre os 28 e 34 minutos. Os 2 a 1 contra deixaram o ar tenso para os dois lados, porém no fim tudo deu certo ao Papão, que comemorou sua segunda taça regional, 14 anos depois da primeira.

A campanha do Paysandu:
8 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 19 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Rafael Ribeiro/CBF

Cuiabá Campeão da Copa Verde 2015

O regulamento da primeira Copa Verde foi mantido para a realização da segunda edição, em 2015. Desde oitavas de final, 16 clubes de 11 Estados lutaram pelo título e pela vaga na Copa Sul-Americana do ano seguinte. Mais uma vez Goiás optou por não entrar na competição. Assim, a briga pelo título ficou entre as equipes mato-grossenses e paraenses, com uma decisão onde país viu o Cuiabá fazer o épico contra o Remo.

Mas antes, o Dourado precisou enfrentar nas oitavas de final o CENE, do Mato Grosso do Sul. A classificação foi tranquila, com vitórias por 1 a 0 fora de casa e por 3 a 1 em casa. Nas quartas, o adversário foi o Estrela do Norte. E a passagem à semifinal veio com vitória por 1 a 0 na ida no Espírito Santo e empate por 1 a 1 na volta no Mato Grosso. A semi foi contra o Luverdense, e mais uma vez o Cuiabá definiu seu confronto com vitória fora, por 1 a 0, e empate em casa, por 0 a 0.

A última disputa do Dourado foi contra o Remo, na final. O time paraense chegou junto após ter eliminado seu rival Paysandu nos pênaltis. A partida de ida aconteceu no Mangueirão, em Belém. Diante de uma forte e de uma torcida grande, o Cuiabá não resistiu e levou 4 a 1, no que deu a impressão de tudo já estar perdido.

Mas ainda tinha a volta na Arena Pantanal. A torcida não levou muita fé e apenas pouco mais de 3 mil torcedores compareceram. Foram sortudos, pois viram uma virada sensacional. No primeiro tempo, o Dourado já fazia três gols e revertia o confronto. No segundo tempo, aos 4 minutos, saiu o quarto gol pelos pés de Raphael Luz (que ali completou um hat-trick).

O Remo descontou aos 28 tentando forçar a disputa de pênaltis, mas aos 35 Nino Guerreiro fez seu segundo e o quinto cuiabanista. Com 5 a 1 no placar, a história estava contada, e o Cuiabá chegava a um título histórico, obtido em uma virada difícil de se ver.

A campanha do Cuiabá:
8 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 13 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Pedro Lima/Cuiabá