Tocantinópolis Campeão Tocantinense 2021

Findou 2021, e o último campeão estadual do ano foi definido quase às portas de 2022. Foi no Tocantins, que pela segunda temporada consecutiva optou por paralisar a competição no primeiro semestre, por causa da pandemia de covid-19, e retomar somente no segundo.

Dessa vez, a retomada foi em dezembro, na metade da sexta rodada. O torneio teve oito participantes, que atuaram todos contra todos e turno único, com os quatro melhores indo para o mata-mata. Sem vencer desde 2015, o Tocantinópolis saiu da fila.

Na primeira fase, o Verdão do Norte ficou na segunda posição, com quatro vitórias e um empate em sete partidas, somando 13 pontos. O clube superou no saldo de gols o Palmas e o Araguacema, mas ficou distante cinco pontos do líder Interporto Na semifinal, passou pelo Palmas, que defendia o tricampeonato. Na ida, venceu por 2 a 1 fora. Na volta, fez 3 a 1 em casa.

A final foi contra o Araguacema, que eliminou o Interporto nos pênaltis. O primeiro jogo aconteceu no Estádio Nilton Santos, em Palmas, e o Verdão venceu por 1 a 0. O título foi garantido no Estádio Ribeirão, com outra vitória por 1 a 0. Assim, o Tocantinópolis chegou ao seu quinto estadual, sendo um no amador e quatro no profissional.

A campanha do Tocantinópolis:
11 jogos | 8 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 22 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Divulgação/Toc em Foco

River Plate Campeão da Libertadores 2015

Do topo ao poço, e do poço ao topo. O River Plate conheceu os dois lados da história. Longe do título da Libertadores desde 1996, o clube argentino colecionou decepções no início dos anos 2000 e acabou rebaixado para a segunda divisão nacional em 2011.

O time voltou à elite em 2013, e logo tornou a escalar a montanha da América do Sul. Em 2014, foi campeão argentino e da Copa Sul-Americana. E em 2015, chegou ao tricampeonato da Libertadores.

Porém, a primeira fase do Millonario foi sofrida. No grupo 7, enfrentou Tigres UANL, Juan Aurich e San José. Nas cinco primeiras partidas, a equipe não venceu. Com quatro empates, precisava vencer o San José, em casa, e secar o Juan Aurich, que recebeu o Tigres. Pois, o River fez 3 a 0 nos bolivianos, e os peruanos levaram 5 a 4 dos mexicanos. Com sete pontos, os argentinos beliscaram a vice-liderança com um ponto a mais que o Aurich.

De longe o pior dos 16 classificados, o River enfrentou seu maior rival nas oitavas de final, o Boca Juniors. No Monumental de Nuñez, vitória por 1 a 0. Na Bombonera, o jogo de volta durou só 45 minutos. Tudo porque, na volta do intervalo, um torcedor millonario jogou spray de pimenta no túnel do vestiário do Boca, e os jogadores recusaram-se a fazer o segundo tempo. A partida estava 0 a 0, e o W.O. a favor do River foi confirmado.

Nas quartas, os argentinos passaram pelo Cruzeiro, depois de perder em casa por 1 a 0 e reverter no Mineirão ao vencer por 3 a 0. Na semifinal, foi a vez de eliminar o Guaraní do Paraguai ao ganhar por 2 a 0 no Monumental e empatar por 1 a 1 em Assunção.

Na final, o River reencontrou o Tigres, que na outra chave bateu Universitario de Sucre, Emelec e Internacional. A ida foi no México, no Estádio Universitario, em Monterrey. A partida foi complicada, mas os argentinos conseguiram segurar o 0 a 0. A volta aconteceu no Monumental de Nuñez, e o River Plate garantiu o título ao vencer por 3 a 0, gols de Lucas Alario, Carlos Sánchez e Ramiro Funes Mori.

A campanha do River Plate:
14 jogos | 5 vitórias | 7 empates | 2 derrotas | 18 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Alejandro Pagni/AFP

San Lorenzo Campeão da Libertadores 2014

A vez de alguém sempre chega. Na Libertadores de 2014, o San Lorenzo finalmente tornou-se campeão. Do conhecido grupo dos cinco grandes da Argentina, o clube de Boedo foi o último a conseguir tal feito, 54 anos depois depois de ter sido o primeiro argentino a participar da competição.

Mas não foi fácil. No grupo 2 da primeira fase, o Ciclón enfrentou Botafogo, Unión Española e Independiente Del Valle. A vida argentina não estava decidida até a última rodada, depois de conseguir só uma vitória e perder duas vezes (por 2 a 0 para os brasileiros e por 1 a 0 para os chilenos, ambas fora) nas cinco partidas anteriores.

Com cinco pontos, o San Lorenzo precisava vencer o Botafogo, no Nuevo Gasómetro, e superar o Del Valle na pontuação ou nos critérios de desempate. Os equatorianos fizeram 5 a 4 no Unión e os azulgrana aplicaram 3 a 0 nos cariocas. Ambos foram a oito pontos, mas os argentinos tiveram saldo de gols um contra zero do rival. Classificado na vice-liderança da chave, o San Lorenzo foi apenas o 15º colocado no geral.

Nas oitavas de final, contra o Grêmio, o time deu continuidade ao crescimento depois de vencer a ida por 1 a 0, em casa, perder a volta pelo mesmo placar, fora, e conseguir derrotar os gaúchos por 4 a 2 nos pênaltis.

Nas quartas, foi a vez de passar pelo Cruzeiro com vitória por 1 a 0 no primeiro jogo, em Buenos Aires, e empatar por 1 a 1 o segundo, em Belo Horizonte. Na semifinal, o San Lorenzo eliminou o surpreendente Bolívar ao golear por 5 a 0 a ida, no Nuevo Gasómetro, e perder por 1 a 0 a volta, em La Paz.

A maluca fase final trouxe para o outro lado da decisão o Nacional do Paraguai, que derrotou Vélez Sarsfield, Arsenal de Sarandí e Defensor. A primeira partida aconteceu em Assunção, no Defensores del Chaco, e o franco favorito azulgrana empatou por 1 a 1. A volta foi no Nuevo Gasómetro, em Buenos Aires, e o San Lorenzo exorcizou seu maior fantasma e levou o título inédito ao vencer por 1 a 0, gol marcado por Néstor Ortigoza, de pênalti.

A campanha do San Lorenzo:
14 jogos | 6 vitórias | 4 empates | 4 derrotas | 16 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Martin Acosta/Reuters

Atlético-MG Campeão da Libertadores 2013

O Brasil estabeleceu seu recorde no topo da Libertadores em 2013. E novamente com um clube que estava atrás de um título inédito. O Atlético-MG somava poucas participações na competição, a última havia sido em 2000. Mas o vice no Brasileiro de 2012 tornou possível o retorno do time mineiro.

Na primeira fase, o Galo ficou no grupo 3, ao lado de São Paulo, The Strongest e Arsenal de Sarandí. A campanha foi arrasadora, com cinco vitórias - duas delas por 5 a 2 sobre o Arsenal - e uma derrota. Líder com a melhor campanha geral, o Atlético somou 15 pontos.

O São Paulo voltou a ser adversário do Galo nas oitavas de final. No Morumbi, vitória por 2 a 1. A classificação foi confirmada em Belo Horizonte, com goleada de 4 a 1. Nas quartas de final, dois difíceis confrontos com o Tijuana, do México. A ida foi no Estádio Caliente, e terminou 2 a 2.

A volta, no Independência, contou com o lance mais simbólico. Acréscimos do segundo tempo, e os mexicanos têm um pênalti que poderia eliminar o Atlético. O atacante Riascos bateu, mas Victor, com o pé esquerdo, defendeu. O jogo terminou 1 a 1 e o Galo foi para a semifinal pelo gol fora de casa.

Então, mais emoção contra o Newell's Old Boys. O alvinegro acabou superado por 2 a 0 na ida, em Rosario. A volta foi em Belo Horizonte, e os mineiros devolveram o 3 a 0. Nos pênaltis, 3 a 2 para o Atlético.

O adversário na final foi o Olimpia, que tirou do caminho Tigre, Fluminense e Santa Fe. No primeiro jogo no Defensores del Chaco, em Assunção, derrota por 2 a 0 obrigaria o Galo a jogar novamente por uma vitória obrigatória na volta.

O segundo jogo foi no Mineirão, e o alvinegro conseguiu seus 2 a 0, com gols de Jô e Leonardo Silva, este segundo marcando aos 41 do segundo tempo. Depois de toda a prorrogação, outra decisão nos pênaltis. São Victor apareceu novamente e defendeu duas cobranças, enquanto os atleticanos não perderam nenhuma. Por 4 a 3, o Atlético-MG saiu da sombra e conquistou sua primeira Libertadores, histórica e incontestável.

A campanha do Atlético-MG:
14 jogos | 9 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 29 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Bruno Cantini/Atlético-MG

Corinthians Campeão da Libertadores 2012

Foram nove tentativas anteriores e nove eliminações. O Corinthians entrou na Libertadores de 2012 com a pecha de ser o primeiro time brasileiro a perder ainda na fase preliminar, antes dos grupos, em 2011. O fracasso foi compensado com o título brasileiro no final do ano. Essa conquista deu ao time a décima chance na competição continental.

Desta vez o Timão entrou já no grupo 6, junto de Cruz Azul, Nacional do Paraguai e Deportivo Táchira. E desde já a campanha corintiana mostrava o favoritismo da equipe. Tirando os empates fora contra o Táchira e o Cruz Azul, foram quatro vitórias tranquilas, incluindo o 6 a 0 sobre os venezuelanos, em São Paulo. Com tranquilidade, o Corinthians liderou a chave com 14 pontos e ficou com o segundo lugar no geral.

Nas oitavas de final, o alvinegro enfrentou o Emelec e passou com empate por 0 a 0 em Guayaquil e vitória por 3 a 0 no Pacaembu. Nas quartas, contra o Vasco, o confronto mais emblemático da trajetória. Em São Januário, mais um empate sem gols. A decisão ficou para o Pacaembu, onde quase que o clube carioca definiu o jogo no segundo tempo, mas o goleiro Cássio salvou o chute de Diego Souza, que correu quase 50 metros sozinho com a bola.

O alívio veio no gol de Paulinho a três minutos do final, e a vitória de 1 a 0 colocou o Timão na semifinal. Contra o Santos, vitória por 1 a 0 na Vila Belmiro trouxe a vantagem mínima. E em São Paulo, o time santista chegou a abrir o placar, mas Danilo empatou em 1 a 1 e conduziu o Corinthians rumo à final.

A decisão foi contra o Boca Juniors, que eliminou Unión Española, Fluminense e Universidad de Chile. A ida foi em La Bombonera, e o alvinegro voltou de lá com empate por 1 a 1 graças ao gol de Romarinho, o herói que veio do banco de reserva. No Pacaembu, foi a vez de Emerson Sheik marcar a história com os dois gols da vitória por 2 a 0. Finalmente, o Corinthians se tornava campeão da Libertadores.

A campanha do Corinthians:
14 jogos | 8 vitórias | 6 empates | 0 derrotas | 22 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Daniel Augusto Júnior/Corinthians

Santos Campeão da Libertadores 2011

O início da década de 2010 foi de domínio brasileiro na Libertadores. Até 2013, o país conseguiu seu recorde de conquistas consecutivas: quatro. Em 2011, foi vez do Santos repetir o feito da geração de Pelé, e sair da fila de 48 anos sem vencer com a geração de Neymar. Foi pelo título da Copa do Brasil em 2010 que o Peixe chegou lá.

Na primeira fase, o clube paulista ficou no grupo 5, junto com Cerro Porteño, Colo-Colo e Deportivo Táchira. Sem moleza nos jogos, o alvinegro praiano fez apenas dois pontos no primeiro turno. A reação veio na segunda metade, com três vitórias: 3 a 2 sobre o Colo-Colo, em casa, 2 a 1 sobre o Cerro, no Paraguai, e 3 a 1 sobre o Táchira, na Vila Belmiro. Com 11 pontos, o time ficou em segundo lugar na chave, perdendo no saldo de gols para os paraguaios.

De nona melhor campanha, o Peixe enfrentou nas oitavas de final o América do México. Venceu por 1 a 0 na Vila Belmiro e segurou o 0 a 0 em terras mexicanas. Já os demais quatro brasileiros vivos perderam perderam nesta fase, e apenas o Santos seguiu.

Nas quartas, o adversário foi o Once Caldas, da Colômbia, e a revanche sete anos depois aconteceu com vitória em Manizales por 1 a 0 e empate no Pacaembu por 1 a 1. A semifinal marcou o reencontro com o Cerro Porteño. Uma vitória por 1 a 0 em São Paulo e um empate em 3 a 3 em Assunção colocaram o Santos na final, a quarta em sua história.

O adversário na decisão foi o mesmo do primeiro título santista, o Peñarol, que passou por Internacional, Universidad Católica e Vélez Sarsfield. A ida foi no Centenario, em Montevidéu, e terminou com empate por 0 a 0.

O Pacaembu, em São Paulo, lotou para a volta. Neymar comandou o time e abriu o placar para o Peixe. O lateral Danilo fez o segundo, e o gol uruguaio também foi santista, com Durval fazendo contra. Com 2 a 1 no placar, o Santos conquistou o tricampeonato da Libertadores sem contestação.

A campanha do Santos:
14 jogos | 7 vitórias | 6 empates | 1 derrota | 20 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Arquivo/Santos

Internacional Campeão da Libertadores 2010

A Libertadores de 2010 foi a do retorno da hegemonia brasileira. E com o mesmo time campeão na última vez. O Internacional saiu de um doído vice no Brasileiro de 2009 para o bicampeonato da competição continental, que teve um formato adaptado. Para reacomodar os mexicanos excluídos no ano anterior nas mesmas vagas de oitavas de final, a primeira fase classificou só 14 times, sendo os oito líderes de chave mais os seis melhores segundos.

O Colorado ficou no grupo 5, com Emelec, Deportivo Quito e o uruguaio Cerro. A primeira fase do Colorado foi tranquila, com três vitórias em casa, três empates fora e 12 pontos. Líder, o Inter foi o único classificado da chave. Com a sexta melhor campanha, o Colorado enfrentou nas oitavas de final o Banfield. Na ida, na Argentina, derrota por 3 a 1. A volta foi no Beira-Rio, e o Internacional se classificou com vitória por 2 a 0.

Nas quartas, foi a vez de encarar o então campeão Estudiantes. Em Porto Alegre, vitória apenas por 1 a 0. Em La Plata, o Estudiantes abriu dois gols. Porém, Giuliano marcou o gol salvador nos minutos finais, e a derrota de 2 a 1 serviu para o Inter se classificar para a semifinal, feita depois da parada para a Copa do Mundo.

Neste meio tempo, o técnico Jorge Fossati foi demitido e Celso Roth foi contratado para as partidas seguintes. A semifinal foi contra o São Paulo, e tal qual foi na fase anterior, vitória por 1 a 0 no Beira-Rio e derrota de 2 a 1 no Morumbi.

A final foi disputada contra o Chivas Guadalajara, aquele mesmo mexicano saído em 2009 por causa da Gripe H1N1. Compensado, o clube eliminou Vélez Sarsfield, Libertad e Universidad de Chile. A ida foi em Guadalajara, no estádio Omnilife. De virada, o Colorado venceu por 2 a 1.

O Beira-Rio recebeu a volta. O Chivas abriu o placar no primeiro tempo, mas o Inter virou com gols de Rafael Sobis. Leandro Damião e Giuliano. Teve outro gol mexicano no fim, mas o 3 a 2 já bastava para o segundo título.

A campanha do Internacional:
14 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 20 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Jefferson Bernardes/Agência Preview