Aston Villa Campeão da Liga dos Campeões 1982

Quando a oportunidade do sucesso aparece, precisamos aproveitá-la da melhor maneira possível. Foi o caso do Aston Villa no começo dos anos 80. O clube da cidade de Birmingham não era campeão inglês desde 1910 (chegou a passear até mesmo pela terceira divisão nacional na década de 70). Até que conseguiu sair da fila em 1981.

E em 1982 o time chegou ao histórico título da Copa dos Campeões da Europa, que estabeleceu o recorde definitivo de seis conquistas consecutivas da Inglaterra na competição. Na primeira fase, os lions enfrentaram o Valur, da Islândia. No primeiro jogo, goleada por 5 a 0 no Villa Park. Na segunda partida, vitória por 2 a 0 em Reykjavik e classificação fácil.

Nas oitavas de final, foi a vez de encarar o Dínamo Berlim. A ida foi disputada na Alemanha Oriental, e o Villa conseguiu vencer por 2 a 1. A volta aconteceu na Inglaterra, e os berlinenses do lado leste até ganharam por 1 a 0, mas a regra do gol fora de casa valeu para mais um avanço britânico.

Nas quartas, o adversário foi o Dínamo Kiev. Na União Soviética (em solo ucraniano), empate por 0 a 0. Tudo ficou para o confronto em Birmingham, e em casa os lions passaram de fase na vitória por 2 a 0. A semifinal foi contra o Anderlecht, da Bélgica. E mais uma vez o time inglês se classificou de modo simples, com 1 a 0 a favor em casa e empate sem gols fora.

Na final inédita, o Aston Villa encarou o cascudo Bayern de Munique, que havia eliminado Östers (Suécia), Benfica, Universitatea Craiova (Romênia) e CSKA Sofia. O jogo contra os alemães foi realizado no Estádio De Kuip, na holandesa Roterdã.

Tal qual havia acontecido nas quatro decisões anteriores, o 1 a 0 mínimo serviu para definir o campeão europeu. Aos 22 minutos do segundo tempo, Peter Withe marcou o gol da maior glória jamais vista antes e igualada depois pelo clube das cores grená e azul.

A campanha do Aston Villa:
9 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 13 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Bob Thomas/Getty Images

Liverpool Campeão da Liga dos Campeões 1981

Maior força do futebol inglês, o Liverpool recuperou também o domínio na Europa após duas temporadas vencedoras do Nottingham Forest. Ainda comandados por Bob Paisley, os reds conquistaram o tricampeonato da Copa dos Campeões, em 1981, e deram continuidade ao domínio da Inglaterra com cinco taças consecutivas (e ainda teremos mais uma).

Na primeira fase, o Liverpool enfrentou o Oulun Palloseura, da Finlândia. Mesmo sem se tratar de um adversário competitivo, os ingleses cederam o empate para o time nórdico na ida, fora, por 1 a 1. A compensação veio na volta, na goleada por 10 a 1 no Anfield Road.

As goleadas foram a tônica do Liverpool em quase todo o campeonato. Nas oitavas de final, contra o Aberdeen, o clube inglês avançou com duas vitórias, por 1 a 0 na Escócia e por 4 a 0 na Inglaterra.
Nas quartas, o adversário foi o CSKA Sofia. O primeiro jogo foi no Anfield, e os reds aplicaram 5 a 1 nos búlgaros. A segunda partida aconteceu na Bulgária, e o Liverpool outra vez ganhou fora por simples 1 a 0.

A semifinal reservou um duelo de titãs contra o Bayern de Munique. O primeiro confronto entre os campeões da década anterior foi disputado na Inglaterra, na casa do Liverpool, e terminou empatado sem gols. O segundo jogo ocorreu na Alemanha, no Olímpico de Munique, e novamente acabou com empate. Os reds abriram o placar aos 38 minutos do segundo tempo, com Ray Kennedy, e os alemães buscaram o 1 a 1 aos 43. Pela regra do gol fora de casa, o Liverpool se classificou para a final.

A terceira decisão vermelha na Copa dos Campeões teve como adversário o Real Madrid, hexacampeão que estava há 15 anos longe do título. Os espanhóis voltaram para mais uma tentativa após bater Limerick (Irlanda), Honvéd (Hungria), Spartak Moscou e Internazionale. O Parc des Princes, em Paris, recebeu a partida. A equipe inglesa era a favorita e confirmou a conquista na vitória por 1 a 0, gol marcado por Alan Kennedy aos 37 minutos do segundo tempo.

A campanha do Liverpool:
9 jogos | 6 vitórias | 3 empate | 0 derrotas | 24 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Peter Robinson/Empics/Getty Images

Nottingham Forest Campeão da Liga dos Campeões 1980

Mais uma década ficou para trás, e a Copa dos Campeões da Europa seguiu forte. Os anos 80 ficaram marcados pela alternância de forças no domínio da competição, mas não sem antes ver a consolidação inglesa com mais três taças em sequência às que vieram no fim dos anos 70. Quem emendou o quarto título consecutivo para a terra da rainha em 1980 foi, de novo, o assombroso Nottingham Forest.

A campanha do bicampeonato vermelho teve início contra o Östers, da Suécia. No primeiro jogo, vitória por 2 a 0 dentro do City Ground. Na segunda partida, empate por 1 a 1 no interior sueco. Nas oitavas de final, foi a vez de enfrentar outra equipe pouco conhecida, o Arges Pitesti, da Romênia. E mais uma vez o Nottingham passou de maneira tranquila, vencendo a ida em casa por 2 a 0, e a volta fora por 2 a 1.

Nas quartas, quase que a história foi para o buraco. Contra o Dínamo Berlim, da Alemanha Oriental, o Nottingham perdeu a primeira desde o início da edição anterior, por 1 a 0 no City Ground. A equipe precisou se recuperar fora de casa, e os britânicos conseguiram a classificação no outro lado do muro, no triunfo por 3 a 1.

O oponente da semifinal foi o Ajax. Novamente abrindo a série na Inglaterra, o time todo vermelho venceu por 2 a 0. No Olímpico de Amsterdã, o time holandês até largou na frente, mas a derrota por 1 a 0 classificou o Nottingham Forest.

Mais uma final para os ingleses. O último adversário rubro foi o Hamburgo, clube alemão que eliminou Valur (Islândia), Dínamo Tbilisi (União Soviética), Hajduk Split (Iugoslávia) e Real Madrid. A partida aconteceu no já figurinha carimbada Santiago Bernabéu, em Madrid, palco da decisão pela terceira vez na história.

E tal qual ocorreu em 1979, poucas chances de gol surgiram. A única fatal veio aos 20 minutos do primeiro tempo pelo escocês John Robertson, que fez 1 a 0 e confirmou mais uma conquista para a soberana e - até ali - inquestionável Inglaterra.

A campanha do Nottingham Forest:
9 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 13 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Peter Robinson/Empics/Getty Images

Nottingham Forest Campeão da Liga dos Campeões 1979

O Liverpool levou o bicampeonato europeu em 1978, mas não conseguiu fazer o mesmo na busca pelo tri no campeonato inglês. O time terminou a competição no segundo lugar, atrás do Nottingham Forest, um clube médio do interior da Inglaterra que até então nunca havia vencido a primeira divisão.

Pois este foi o primeiro passo de uma ascensão fulminante na vida da equipe do centro-leste britânico, treinada pelo histórico Brian Clough e cujo torcedores também são conhecidos como "reds", que culminaria no período de dominância mais alternativo já visto na Copa dos Campeões da Europa.

Na primeira fase, a UEFA tratou de eliminar um dos ingleses ao fazer o confronto caseiro entre os ganhadores do país e do continente. Na ida, o Nottingham abriu vantagem ao fazer 2 a 0 no seu estádio, o City Ground. Na volta, bastou segurar o empate sem gols no Anfield para conseguir a classificação e despachar o defensor de título de maneira precoce.

Nas oitavas de final, foi a vez de enfrentar o AEK Atenas. Com tranquilidade, a equipe da árvore venceu os dois jogos, por 2 a 1 na Grécia e por 5 a 1 na Inglaterra. Nas quartas, o adversário foi o Grasshopper, da Suíça. No primeiro jogo, o Nottingham voltou a golear em casa, agora de virada, por 4 a 1. Na segunda partida, o empate por 1 a 1 em Zurique selou a vaga na semifinal.

O oponente seguinte foi o alemão Colônia (ou Köln). Na ida, um emocionante empate por 3 a 3, cheio de reviravoltas no City Ground. Na volta, o Nottingham precisou desembolsar uma suada vitória por 1 a 0 fora de casa para atingir a final.

A novidade britânica na decisão enfrentou outro clube igualmente estreante nesta fase, o Malmö. Os suecos chegaram lá ao passar por Monaco, Dínamo Kiev, Wisla Cracóvia (Polônia) e Austria Viena. O jogo foi disputado no Estádio Olímpico de Munique, na Alemanha. De poucas oportunidades, o jogo teve o placar definitivo aos 46 minutos do primeiro tempo, quando Trevor Francis fez 1 a 0 para o Nottingham Forest - um pequeno, grande, novo e invicto campeão.

A campanha do Nottingham Forest:
9 jogos | 6 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 19 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Paul Popper/Popperfoto/Getty Images

Liverpool Campeão da Liga dos Campeões 1978

Passada a reconquista inglesa da Copa dos Campeões da Europa em 1977, era a hora de consolidar a hegemonia em 1978. Tudo estava nas mãos do Liverpool. Na temporada anterior, o clube conseguiu o feito de unificar os títulos europeu e nacional, mas uma das vagas não foi repassada ao vice (o Manchester City), e a competição continental ficou com 31 participantes.

Dessa forma, os reds ganharam um passe direto às oitavas de final. A estreia aconteceu contra o Dínamo Dresden. Na ida, goleada britânica por 5 a 1 no Anfield. Na volta, derrota por 2 a 1 na Alemanha Oriental, que não afetou a trajetória.

Nas quartas de final, foi a vez de enfrentar o Benfica. O primeiro jogo foi no Estádio da Luz, em Lisboa, e o Liverpool venceu por 2 a 1, de virada. A segunda partida aconteceu na Inglaterra, e mais um resultado largo - de 4 a 1 - entrou para a conta vermelha (do mandante).

Na semifinal, dois encontros com um velho conhecido, o Borussia Mönchengladbach. O time alemão queria deixar de ser freguês para se tornar algoz, e até chegou a derrotar o Liverpool por 2 a 1 na ida, na Alemanha. Todavia, os ingleses reverteram com sobras a situação na volta, ao fazer 3 a 0 no Anfield. Os reds estavam de novo na decisão.

O último encontro antes do bicampeonato europeu foi contra o Club Brugge, equipe da Bélgica que deixou para trás Floriana (Malta), Panathinaikos, Atlético de Madrid e Juventus. O jogo foi disputado em terras quase locais, no Wembley, em Londres. Mais de 92 mil torcedores acompanharam nas arquibancadas - a maioria saída de Liverpool.

Em campo, os belgas engrossaram o máximo que puderam - até os 19 minutos do segundo tempo. Foi nesse tempo que Kenny Dalglish anotou o gol do simples 1 a 0 que valeu o segundo título. Em sua primeira temporada no time inglês, o atacante escocês já havia aparecido na foto oficial da conquista anterior, que foi tirada somente na abertura da jornada seguinte, com ele já contratado. Teriam mais imagens pela frente.

A campanha do Liverpool:
7 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 2 derrotas | 17 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Bob Thomas/Getty Images

Liverpool Campeão da Liga dos Campeões 1977

Os domínios holandês e alemão passaram, e a Copa dos Campeões da Europa passou a ver uma nova hegemonia. A partir de 1977, três equipes inglesas emendaram uma sequência de seis títulos, que jamais seria igualada por qualquer outro país. E quem deu a partida na nova era da competição foi o Liverpool, treinado pela lenda Bob Paisley, de quase 50 anos dedicados ao clube.

Na primeira fase, os "reds" enfrentaram o Crusaders, da Irlanda do Norte, e avançaram de maneira tranquila, com vitórias por 2 a 0 no Anfield Road, e por 5 a 0 em Belfast. Nas oitavas de final, foi a vez de encarar o Trabzonspor, da Turquia. Na ida, o Liverpool foi surpreendido e levou 1 a 0 dos turcos em Trabzon. Os ingleses compensaram a derrota na volta em casa, fizeram 3 a 0 em 19 minutos de jogo e levaram a classificação.

Nas quartas, o adversário foi o Saint-Étienne, em mais dois confrontos com dificuldades. A primeira partida aconteceu na França, com outra derrota vermelha por 1 a 0. O segundo jogo foi no Anfield, e o Liverppol mais uma vez reverteu o quadro ao ganhar por 3 a 1.

A semifinal foi disputada contra o Zürich, da Suíça. A ida foi jogada no Letzigrund, em Zurique, e os reds obtiveram a vitória por 3 a 1. A volta ocorreu em Liverpool, e o clube inglês novamente venceu por 3 a 0.

Pela primeira vez na final, o Liverpool enfrentou na busca pelo título inédito o Borussia Mönchengladbach, já conhecido (e vencido) na disputa derradeira na Copa da UEFA em 1973. Na tentativa de manter a supremacia germânica, o time alemão passou por Austria Viena, Torino, Club Brugge e Dínamo Kiev.

A partida aconteceu no Estádio Olímpico de Roma, e os ingleses não demoraram muito para tomar o controle. Aos 28 minutos do primeiro tempo, Terry McDermott abriu o placar. O empate rival veio aos sete do segundo tempo, mas Tommy Smith desempatou aos 19, e Phil Neal converteu pênalti aos 38 para determinar 3 a 1 e o primeiro dos seis títulos europeus do Liverpool.

A campanha do Liverpool:
9 jogos | 7 vitórias | 0 empates | 2 derrotas | 22 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Bob Thomas/Getty Images

Bayern de Munique Campeão da Liga dos Campeões 1976

O capítulo final do domínio germânico na Copa dos Campeões da Europa na década de 70. Em 1976, o Bayern de Munique levou o tricampeonato continental e deu os últimos contornos a uma história iniciada três temporadas antes. A conquista elevou o clube ao status de segundo maior vencedor até àquele momento, empatado em taças com o Ajax e com metade atrás do Real Madrid.

De volta com 32 participantes, a UEFA acabou mais uma vez com o benefício de se começar já nas oitavas de final. Assim, o time bávaro teve de disputar a primeira fase na defesa do título. Os primeiros confrontos foram diante do Jeunesse Esch, de Luxemburgo, com duas vitórias tranquilas por 5 a 0, fora, e 3 a 1, em casa.

Nas oitavas, o Bayern enfrentou o Malmö. Na ida, derrota por 1 a 0 na Suécia - a única até a decisão. Na volta, vitória por 2 a 0 no Olímpico de Munique e vaga nas quartas de final. Na outra fase, foi a vez de enfrentar o Benfica. O primeiro jogo aconteceu no Estádio da Luz, em Lisboa, e ficou no 0 a 0. Na segunda partida, na Alemanha, Bernd Dürnberger marcou duas vezes, Karl-Heinz Rummenigge fez outro e Gerd Müller também anotou dois para o Bayern golear os portugueses por impiedosos 5 a 1.

A semifinal foi contra o Real Madrid. No Santiago Bernabéu, empate por 1 a 1 entre alemães e espanhóis. No Olímpico, mais dois gols de Gerd Müller e 2 a 0 para a equipe germânica, finalista.

O Bayern de Munique chegou na terceira decisão para enfrentar o Saint-Étienne, clube francês que superou KB (Dinamarca), Rangers, Dínamo Kiev, e PSV Eindhoven. A partida foi realizada no Hampden Park, na cidade escocesa de Glasgow.

Favorito, o time bávaro chegou à vitória e ao terceiro título no gol de Franz Roth, anotado aos 12 minutos do segundo tempo. O placar de 1 a 0 foi suficiente e fechou com chave de ouro uma grande passagem da história da principal competição de clubes da Europa. 

A campanha do Bayern de Munique:
9 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 19 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto George Beutter/Onze/Icon Sport/Getty Images