Bayern de Munique Campeão da Liga dos Campeões 2013

A Liga dos Campeões de 2013 viu acontecer a redenção do time que ficou por muito pouco para conseguir a conquista dos sonhos uma temporada antes. A derrota do Bayern de Munique em casa para o Chelsea na final de 2012 poderia representar um momento de crise, mas o que aconteceu foi o contrário: foi a partir desta perda que o clube assumiu um domínio nunca antes visto na Europa. Já são dez títulos alemães consecutivos (e contando). E junto com a primeira dessas graças veio a quinta taça continental em cima de um rival local.

Na primeira fase, os bávaros ficaram no grupo F, ao lado de Valencia, Bate Borisov (Belarus) e Lille. Em seis partidas, eles conseguiram quatro vitórias e um empate que somaram 13 pontos. A classificação saiu na quinta rodada, no empate por 1 a 1 em confronto com os valencianos fora de casa. Com a mesma pontuação que os espanhóis, a liderança da chave foi definida no confronto direto: este empate mais a vitória por 2 a 1 na estreia em casa valeram o primeiro lugar.

Nas oitavas de final, os alemães enfrentaram o Arsenal em confrontos complicados. Na ida, vitória por 3 a 1 em plena Londres. Na volta, os ingleses apertaram e fizeram 2 a 0 na Allianz Arena, que valeu a passagem de fase pelos gols marcados fora de casa. Nas quartas, o adversário foi a Juventus. Com duas vitórias por 2 a 0, os bávaros avançaram mais uma vez.

A semifinal foi contra o Barcelona. Na ida, em Munique, o Bayern abriu larga vantagem ao golear por 4 a 0. Como se não bastasse, no Camp Nou o passeio continuou, com outro triunfo por 3 a 0 e uma histórica classificação.

A final foi contra o Borussia Dortmund, que ainda conseguia competir com o Bayern e superou Ajax, Manchester City, Shakhtar Donetsk, Málaga (Espanha) e Real Madrid. A partida foi em Londres, no Estádio Wembley. Aos 15 minutos do segundo tempo, Mario Mandzukic abriu o placar aos bávaros. Aos 23 veio o empate rival, mas aos 44 Arjen Robben fez 2 a 1 e consolidou o penta com um belo gol.

A campanha do Bayern de Munique:
13 jogos | 10 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 31 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Keogh/Reuters

Chelsea Campeão da Liga dos Campeões 2012

Toda decisão da Liga dos Campeões entra para a história. Algumas não apenas pelo resultado em si. Porque se existe algo melhor do que ser campeão europeu, é ser campeão europeu diante de seu torcedor em seu próprio campo. E melhor do que ser vencedor em casa, é ser vencedor calando o torcedor do adversário na casa dele. Foi o que aconteceu com o Chelsea em 2012.

Para chegar ao título tão perseguido e inédito, o clube de Londres entrou no grupo E junto com Genk (Bélgica), Valencia e Bayer Leverkusen. Em seis jogos, foram obtidas três vitórias, dois empates e 11 pontos que lhe garantiram a liderança da chave. Mas a classificação não veio fácil. O time chegou na última rodada empatado com os espanhóis, com os quais tiveram o confronto direto para a definição da vaga. No Stamford Bridge, os blues venceram por 3 a 0 e conseguiram a passagem às oitavas.

O primeiro dos mata-matas foi contra o Napoli. Na ida fora, os italianos impuseram 3 a 1 aos ingleses. Na volta em casa, o placar foi devolvido com mais um na prorrogação: 4 a 1 ao todo. Nas quartas de final, foi a vez de enfrentar o Benfica. O primeiro jogo foi em Lisboa, com vitória azul por 1 a 0. A segunda partida aconteceu em Londres. Com gols de Frank Lampard e Raul Meireles, o Chelsea venceu de novo por 2 a 1.

A semifinal foi contra o Barcelona, em dois jogos épicos. No Stamford Bridge, Didier Drogba marcou o gol do triunfo por 1 a 1. No Camp Nou, Ramires e Fernando Torres buscaram o empate por 2 a 2 que calou mais de 95 mil pessoas e colocou os blues na final pela segunda vez.

A disputa definitiva foi contra o Bayern de Munique. Os alemães bateram Manchester City, Villarreal, Basel, Olympique Marselha e Real Madrid e nem saíram do país para a partida, que foi na Allianz Arena, em Munique. Tudo apontava contra até os 38 minutos do segundo tempo, quando saiu o gol alemão. Mas aos 43, Drogba fez 1 a 1 de cabeça e mudou o ambiente. Depois de 35 chutes sofridos contra só nove dados, a confiança subiu e o Chelsea conseguiu o título ao vencer por 4 a 3 nos pênaltis.

A campanha do Chelsea:
13 jogos | 7 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 25 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Alex Livesey/Getty Images

Barcelona Campeão da Liga dos Campeões 2011

O auge de um dos times mais celebrados da história. O tetracampeonato europeu do Barcelona em 2011 foi o ponto mais alto e a consagração de um conceito de jogo, o anteriormente citado tiki-taka. A campanha foi impecável do início ao fim, com direito a um repeteco na decisão.

Na primeira fase, a equipe treinada por Pep Guardiola ficou no grupo D, junto com Panathinaikos, Rubin Kazan e Copenhagen. Sem adversários muito tradicionais, o Barça passou invicto nos seis jogos que disputou, com quatro vitórias, dois empates e 14 pontos que lhe garantiram o primeiro lugar. A classificação foi conquistada na quinta rodada, ao derrotar os gregos por 3 a 0 em Atenas.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Arsenal. A primeira partida aconteceu em Londres e foi a única derrota catalã em toda esta edição da Liga dos Campeões, por 2 a 1. O segundo jogo ocorreu no Camp Nou, e o Barcelona reverteu o confronto ao ganhar por 3 a 1. Nas quartas, os blaugranas enfrentaram o Shakhtar Donetsk. A ida foi na Espanha, com goleada dos mandantes por 5 a 1. Mesmo com tamanha vantagem, o Barça tornou a derrotar os ucranianos na volta, fora de casa, por 1 a 0.

A semifinal foi contra o Real Madrid, em mais duas edições de El Clásico. O primeiro foi disputado no Santiago Bernabéu. Em campo, o que se viu foi (mais) um show de Lionel Messi, que marcou ambos os gols da vitória histórica por 2 a 0. A segunda partida foi realizada no Camp Nou. Para chegar à final, o Barcelona só precisou controlar a diferença em casa, ao segurar empate por 1 a 1 com o rival.

A decisão foi contra o Manchester United - o mesmo do tri de dois anos antes. Os ingleses eliminaram Rangers, Bursaspor (Turquia), Olympique Marselha, Chelsea e Schalke 04. A partida aconteceu no Wembley, em Londres. E se havia algum tipo de fator local, ele acabou rápido. Aos 27 minutos do primeiro tempo, Pedro abriu o placar para os blaugrana. O adversário aos 34, mas aos nove do segundo tempo, Messi desempatou. Aos 24, David Villa fez 3 a 1 e confirmou a quarta taça do Barcelona.

A campanha do Barcelona:
13 jogos | 9 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 30 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Christian Liewig/Corbis/Getty Images

Internazionale Campeã da Liga dos Campeões 2010

Uma nova década chegou, e junto com ela a Liga dos Campeões viu acontecer o auge de uma das mudanças mais profundas que o futebol já sentiu. Em 2010, a Internazionale atingiu o feito de ser campeã da Liga dos Campeões sem italianos no time titular.

Isto aconteceu muito como parte dos reflexos da nova lei de passe aprovada em 1995 (como a famigerada Bosman). Em campo com a camisa nerazzuri, três brasileiros, quatro argentinos, um africano e só três europeus (dois deles atletas comunitários).

Para chegar ao tricampeonato, a Inter passou pelo complicado grupo F, contra o defensor do título Barcelona, Rubin Kazan e Dínamo Kiev. De seis jogos, a equipe venceu apenas dois e empatou outros três, somando ao todo nove pontos e ficando em segundo lugar. A suada classificação só foi confirmada na última rodada, na vitória em casa por 2 a 0 sobre os russos, em confronto direto.

As oitavas de final foram disputadas diante do Chelsea. A primeira partida foi no San Siro, com vitória nerazzuri por 2 a 1. O segundo jogo aconteceu em Londres, em novo triunfo italiano por 1 a 0. O adversário nas quartas de final foi o CSKA Moscou. Na ida, em casa, vitória da Inter por 1 a 0. Na volta fora, outro 1 a 0 favoreceu a equipe treinada por José Mourinho.

A semifinal foi contra o Barcelona. No reencontro, o primeiro jogo acabou 3 a 1 para a Inter, no San Siro. Na segunda partida, Mourinho armou uma retranca enjoada no Camp Nou e segurou o time catalão, que só fez 1 a 0 aos 39 minutos do segundo tempo.

De volta à final após 38 anos, a Internazionale enfrentou o Bayern de Munique, que superou Juventus, Maccabi Haifa (Israel), Fiorentina, Manchester United e Lyon. O jogo ocorreu no Santiago Bernabéu, em Madrid. Na tática de entregar a bola ao rival e explorar seus erros, a Inter chegou ao título com vitória por 2 a 0. Ambos os gols foram marcados por Diego Milito, aos 35 minutos do primeiro tempo e aos 25 do segundo.

A campanha da Internazionale:
13 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 17 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Arquivo/Reuters

Barcelona Campeão da Liga dos Campeões 2009

Para muita gente, o Barcelona que atuou entre os anos de 2009 e 2012 foi um dos melhores times da história do futebol. Até hoje, o trabalho feito pelo técnico Pep Guardiola é lembrado. O trio Lionel Messi, Andrés Iniesta e Xavi Hernandez povoa qualquer lista de maiores parcerias do esporte em todos os tempos. E o estilo de jogo, de posse de bola e toque envolvente, recebeu até um nome próprio: tiki-taka.

A primeira consagração daquela equipe aconteceu na Liga dos Campeões de 2009, na campanha do tricampeonato blaugrana. O início se deu ainda na terceira preliminar, no confronto com o Wisla Cracóvia, da Polônia. Na ida, vitória por 4 a 0 no Camp Nou. Na volta, derrota por 1 a 0 fora. Depois, no grupo C, o Barça enfrentou Basel, Shakhtar Donetsk e Sporting. Em seis jogos, bastaram quatro vitórias e um empate para a classificação, com 13 pontos e na liderança. A vaga nas oitavas de final veio na quarta rodada, no empate por 1 a 1 em casa com o rival da Suíça.

Na fase seguinte, o Barcelona passou pelo Lyon com empate por 1 a 1 na França e vitória por 5 a 2 na Espanha. Nas quartas de final, foi a vez de eliminar o Bayern de Munique com um belo 4 a 0 no Camp Nou e outro empate fora por 1 a 1.

Na semifinal, o adversário foi o Chelsea. Na primeira partida, empate sem gols. No segundo jogo, o Barça buscou o 1 a 1 que o levou à decisão aos 48 minutos do segundo tempo, no gol salvador e dobrado de Iniesta.

A final foi contra o então campeão Manchester United, que deixou para trás Celtic, Aalborg (Dinamarca), Internazionale, Porto e Arsenal. O local da partida foi o Olímpico de Roma. O duelo começou a ser definido aos 19 minutos do primeiro tempo, quando Samuel Eto'o abriu o placar blaugrana. Messi, de cabeça, fez 2 a 0 aos 25 do segundo tempo e passou a régua na terceira conquista catalã, a que demarcou uma nova era no futebol.

A campanha do Barcelona:
15 jogos | 8 vitórias | 5 empates | 2 derrotas | 36 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Manu Fernandez/AP

Manchester United Campeão da Liga dos Campeões 2008

A Liga dos Campeões de 2008 viu a primeira consagração de um dos principais jogadores do século 21 e, certamente, um dos maiores e melhores da história da própria competição. Naquela temporada, Cristiano Ronaldo liderou o Manchester United para o terceiro título europeu - e o seu primeiro em uma carreira que teria a conquista de outras quatro taças no futuro.

O campeão inglês começou a campanha do tricampeonato no grupo F da primeira fase, enfrentando Dínamo Kiev, Sporting e Roma. Em seis jogos, os red devils passearam, com cinco vitórias, um empate e a liderança folgada com 16 pontos. A classificação para o mata-mata veio antecipadamente, na quarta rodada, ao bater o adversário ucraniano por 4 a 2 fora de casa.

Nas oitavas de final, os ingleses enfrentaram o Lyon. Na ida, 1 a 1 na França. Na volta, 1 a 0 no Old Trafford e vaga na mão. Nas quartas, foi a vez de reencontrar a Roma. A primeira partida foi na Itália, e o United venceu por 2 a 0, gols de Cristiano Ronaldo e Wayne Rooney. O segundo jogo aconteceu na Inglaterra, com novo triunfo por 1 a 0, gol de Carlos Tevez.

A semifinal foi contra o Barcelona. No Camp Nou, o clube inglês segurou a pressão adversária e conseguiu o empate por 0 a 0. No Old Trafford, Paul Scholes marcou ainda no início e o United venceu por 1 a 0, garantindo a final pela terceira vez na história.

A decisão foi entre os ingleses Manchester United e Chelsea. A equipe londrina chegou lá após eliminar Valencia, Rosenborg, Olympiacos, Fenerbahçe e Liverpool. O local do jogo foi o Estádio Luzhniki, em Moscou. A capital russa viu uma disputa de dois estilos: o vermelho mais retraído e paciente contra o azul mais atacante e corredor.

Cristiano Ronaldo abriu o placar aos 26 minutos do primeiro tempo, mas o Chelsea empatou aos 45. Após o 1 a 1, a disputa aos pênaltis. CR7 perdeu, mas o United acertou outros seis chutes. O rival conseguiu cinco e teve a última cobrança defendida por Edwin Van Der Sar. Por 6 a 5, os invictos comandados de Sir Alex Ferguson foram novamente campeões.

A campanha do Manchester United:
13 jogos | 9 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 20 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Shaun Botterill/Getty Images

Milan Campeão da Liga dos Campeões 2007

Não existe algo melhor no futebol do que ser campeão. A não ser que isto seja feito em cima do rival ou em revanche, aí sim teremos alguma coisa maior que apenas vencer. Este é o caso do Milan em 2007. Seu sétimo título de Liga dos Campeões veio sob clima de vingança, diante do algoz de dois anos antes.

Mas o caminho até o hepta foi longo. Como havia sido destituído de vice-campeão italiano para terceiro colocado no tribunal local (30 pontos foram cassados devido a um escândalo de manipulação de resultados), o rossonero começou a campanha na terceira preliminar, contra o Estrela Vermelha, o qual eliminou com vitórias por 1 a 0 no San Siro e por 2 a 1 na Sérvia.

Na primeira fase, o time ficou no grupo H, com Lille, AEK Atenas e Anderlecht. Em disputa ponto a ponto, a vaga no mata-mata veio após a obtenção de três vitórias e um empate em seis jogos. Com dez pontos, o Milan terminou na liderança, com um a mais que os franceses e dois a mais que os gregos. A classificação até foi antecipada, na quinta rodada, ao perder fora por 1 a 0 para o AEK e ser ajudado pela combinação de resultados.

Nas oitavas de final, os italianos passaram pelo Celtic depois de empate sem gols na ida fora e vitória por 1 a 0 na prorrogação em casa. Nas quartas, foi a vez de eliminar o Bayern de Munique com empate por 2 a 2 no San Siro, e vitória por 2 a 0 em plena Allianz Arena. A semifinal foi contra o Manchester United. Na ida, derrota por 3 a 2 no Old Trafford. Na volta, o Milan reverteu ao vencer por 3 a 0 em casa.

Em mais uma decisão, o rossonero reencontrou o Liverpool - o algoz da derrota em 2005. Os ingleses despacharam Bordeaux, Galatasaray, Barcelona, PSV Eindhoven e Chelsea. A partida aconteceu no Estádio Olímpico de Atenas, mesmo local da festa milanista 13 anos antes.

Vacinado dos traumas, o Milan atuou mais recolocado na defesa e chegou aos gols nas poucas chances que teve. Aos 45 minutos do primeiro tempo, Filippo Inzaghi abriu o placar. Aos 37 da etapa final, ele de novo fez o segundo. O Liverpool só marcou 2 a 1 aos 44, sem ter mais tempo para outra reação. Era a revanche rubra.

A campanha do Milan:
15 jogos | 9 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 23 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Arquivo/Milan