Athletico-PR Campeão da Copa do Brasil 2019

Em 2019, a Copa do Brasil conheceu um novo dono. Calado e eficiente, correndo por fora, o Athletico-PR superou a todos e conquistou a competição pela primeira vez, revelando para o país o nome do técnico Tiago Nunes. A conquista também foi a primeira do Paraná, que tinha visto três vices em toda a história, e consecutivos: 2011, 2012 e 2013, o último com o próprio Furacão.

O regulamento da Copa do Brasil foi idêntico ao do ano anterior, com o privilégio para 11 equipes entrarem já nas oitavas de final. O Athletico estava entre esses times, estreando contra o Fortaleza. Na primeira partida, empate por 0 a 0 no Castelão. No segundo jogo, vitória do Furacão por 1 a 0 na Arena da Baixada. 

O adversário nas quartas de final foi o Flamengo. O jogo de ida foi em Curitiba e terminou empatado por 1 a 1. A volta foi realizada no Maracanã, mas o Athletico não se rendeu e o resultado se repetiu. Nos pênaltis, o goleiro Santos brilhou e o rubro-negro paranaesne fez 3 a 1, que de certa forma vingou a derrota na final de 2013.

A semifinal foi contra o Grêmio. A primeira partida foi disputada em Porto Alegre, na Arena gremista, mas o Furacão foi mal e perdeu por 2 a 0. Tudo acabado? Nada disso. Na segunda partida, na Arena da Baixada, o Athletico devolveu o placar, com gols de Nikão e Marco Rubén, e levou tudo para outra disputa por pênaltis. E novamente o goleiro Santos apareceu, defendendo a última cobrança gaúcha. Com 5 a 4 nas cobranças, o Furacão avançou para a decisão.

Todo o Brasil (principalmente a imprensa do Rio Grande do Sul) pintava como certo um Grenal na final. Mas o Athletico melou todos os planos e fez a decisão contra o Internacional, que tinha eliminado Paysandu, Palmeiras e Cruzeiro. A partida de ida foi na Arena da Baixada, com quase 40 mil torcedores empurrando o time rubro-negro em campo. No segundo tempo, Bruno Guimarães anotou o gol da vitória do Furacão por 1 a 0. Com a vantagem mínima, era preciso manter a boa postura na volta, no Beira-Rio. E assim foi. Com tentos de Léo Cittadini e Rony (esse nos acréscimos do segundo tempo), o Athletico fez 2 a 1 e decretou a primeira conquista.

A campanha do Athletico-PR:
8 jogos | 4 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 8 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Wesley Santos/Folhapress

Santos-AP Campeão Amapaense 2019

O último campeão estadual de 2019 foi o Santos do Amapá. No menor e mais tardio campeonato, com cinco participantes e início em julho. Na primeira fase, o Peixe da Amazônia ficou na liderança, com oito pontos, duas vitórias e dois empates.

O time ficou empatado em pontos com o rival Ypiranga, mas a goleada de 8 a 1 sobre o lanterna Santana fez a diferença no saldo de gols. A semifinal foi disputada contra o São Paulo, e com vitórias por 1 a 0 e por 5 a 0 o clube alvinegro classificou-se à final, a sétima seguida. 

Contra o Ypiranga, muito sufoco. Na ida, derrota por 1 a 0. A volta se encaminhava para vitória simples do Santos e uma decisão nos pênaltis, até que, aos 48 minutos do segundo tempo, o glorioso zagueiro Preto Barcarena marcou o 2 a 0 de cabeça e garantiu a sétima conquista santista. No elenco do Santos, o interminável atacante uruguaio Acosta, 42 anos e quatro títulos pelo clube.


 Foto John Pacheco/Globo Esporte-AP

Operário-PR Campeão Brasileiro Série C 2018

A última edição encerrada da Série C foi em 2018, ano em que mais uma vez a glória ficou nas mãos dos clubes mais improváveis. Bragantino, Náutico, Santa Cruz, Remo e Joinville foram os participantes de maior renome na competição, mas somente o primeiro conseguiu o objetivo do acesso. Os rivais pernambucanos bateram na trave, enquanto o time paraense não passou de fase e o catarinense foi rebaixado com algumas rodadas de antecedência. O título ficou com o Operário Ferroviário de Ponta Grossa. No embalo da conquista da quarta divisão um ano antes, a equipe paranaense passou com méritos pelo "estágio" na terceirona.

No grupo B da primeira fase, o Fantasma teve uma campanha muito segura. Estreou vencendo o Volta Redonda por 1 a 0 no Germano Krüger. Até a virada de turno, a sequência da equipe foi de quatro vitórias, dois empates e duas derrotas, com destaque ao 3 a 2 sobre o Luverdense em casa, na nona rodada, em uma virada aos 50 minutos do segundo tempo.

No segundo turno, foram mais oito partidas de invencibilidade. A classificação foi obtida no décimo quarto jogo, ao vencer o Tombense por 1 a 0 em Minas Gerais. Ao todo, foram 35 pontos, dez vitórias, cinco empates e três derrotas do vice-líder Operário.

Nas quartas de final, o adversário paranaense foi o Santa Cruz. A partida de ida foi em um Arruda lotado, onde a camisa pesou e o Operário saiu derrotado por 1 a 0. A volta foi no Germano Krüger, estádio mais acanhado porém também lotado de torcedores, que empurraram o time para a virada por 3 a 0 e o acesso inédito. A semifinal foi contra o Bragantino, e os dois jogos ficaram no empate sem gols. Nos pênaltis, o Fantasma fez 4 a 2 e foi à final, disputada contra o Cuiabá.

A ida da decisão foi em Ponta Grossa, e cheia de reviravoltas: o Operário marcou dois gols, sofreu a virada e arrancou o empate por 3 a 3 nos acréscimos. A volta foi na Arena Pantanal, com mais ingredientes especiais. Primeiro, a falta de luz no estádio, que deixou a partida paralisada por mais de meia hora. Depois, a atuação monumental e os milagres do goleiro Simão, que ajudou a sustentar a vitória por 1 a 0, gol marcado por Bruno Batata no segundo tempo.

A conquista desta Série C é mais importante da história do Operário, que assim voltou para a disputa da Série B após 28 anos de ausência.

A campanha do Operário-PR:
24 jogos | 12 vitórias | 8 empates | 4 derrotas | 32 gols marcados | 21 gols sofridos


Foto Lucas Figueiredo/CBF

CSA Campeão Brasileiro Série C 2017

Chega o ano de 2017, e a Série C continua com sua fórmula bem-sucedida. Nesta temporada, foram poucas as presenças ilustres. O Remo continuou a fazer uma competição apenas razoável, ao lado do Joinville, que vertiginosamente despencou da primeira divisão em dois anos. Com eles, o Fortaleza entrou no torneio novamente para, enfim, carimbar o acesso. Mas a glória maior ficou para outra força nordestina, que fazia o caminho inverso ao do clube catarinense. O CSA disputou o campeonato vindo de um vice na Série D ao ano anterior. E já na reestreia, caminhou rumo ao título inédito.

A campanha do Azulão foi tranquila desde o princípio. Já na estreia, dentro do Rei Pelé, aplicou 3 a 0 no rival ASA. No jogo seguinte, fez 2 a 0 no Sampaio Corrêa fora de casa. A primeira derrota foi na terceira rodada, por 2 a 0 para o Botafogo-PB em João Pessoa. Daqui para a virada do turno, o time alagoano teve outras três vitórias e mais três empates, em campanha que lhe rendeu a liderança por um bom tempo.

A classificação foi antecipada, na penúltima rodada, ao vencer por 2 a 0 o Salgueiro em Maceió. No total foram 32 pontos ao CSA, com oito vitórias, oito empates e duas derrotas. O clube ficou na vice-liderança do grupo A, perdendo para o Sampaio Corrêa no critério de número de triunfos. 

Nas quartas de final, o Azulão disputou o acesso com o Tombense. A ida foi jogada em Minas Gerais, e de lá o time alagoano voltou com a vitória e a vantagem de 2 a 0. Na volta no Rei Pelé, um gol solitário bastou para o CSA administrar a situação. Vencendo por 1 a 0, o clube comemorou a classificação para a Série B. A competição sucedeu-se com a semifinal, onde o adversário da vez foi o São Bento. O Azulão venceu por 1 a 0 em Sorocaba e perdeu pelo mesmo placar em Maceió. Nos pênaltis vitória por 4 a 2 e classificação alagoana.

A decisão foi contra o Fortaleza, com a ida jogada no Castelão. Mesmo com 43 mil torcedores contra, o CSA conseguiu uma ótima vitória por 2 a 1 e abriu vantagem. A volta da final foi no Rei Pelé, e bastou segurar o 0 a 0 para o time de Alagoas vencer seu primeiro título nacional na história, o primeiro também do estado. E após esta conquista o CSA continuou sua escalada, passando pela segunda divisão em 2018, e chegando até a primeira divisão em 2019.

A campanha do CSA:
24 jogos | 12 vitórias | 9 empates | 3 derrotas | 27 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Lucas Figueiredo/CBF

Palmas Campeão Tocantinense 2019

O penúltimo campeão estadual de 2019 vem do Tocantins. O Palmas conquistou o sétimo título de sua história e se isolou na ponta do ranking de vencedores. Após liderar seu grupo na primeira fase com quatro vitórias e duas derrotas, o Tricolor da Capital eliminou o Atlético Cerrado na segunda fase, vencendo fora por 4 a 0 e em casa por 1 a 0. Na semifinal, eliminou o Interporto com empate por 2 a 2 fora e vitória por 2 a 1 em casa.

A final foi contra o rival Tocantinópolis. A ida foi jogada na região do Bico do Papagaio, no Estádio Ribeirão, e o Palmas venceu por 1 a 0. A volta foi na capital, no Nilton Santos, e o Tricolor voltou a vencer, desta vez por 3 a 1.


Foto Divulgação/Palmas

Boa Esporte Campeão Brasileiro Série C 2016

A Série C entra no ano de 2016. Via de regra, a competição contou com seus representantes que outrora frequentaram a primeira divisão. O clube da vez a se juntar ao grupo foi o Remo, que ficou na mesma situação de Fortaleza, Guarani, Juventude, Portuguesa e América-RN. O clube paraense fez o suficiente para se manter, enquanto o cearense continuou com a sina de bater na trave e não subir. Já potiguares e paulistanos foram ladeira abaixo até o melancólico rebaixamento. Apenas campineiros e gaúchos comemoraram alguma coisa, ainda assim sem o título, que ficou nas mãos do Boa Esporte.

O clube mineiro veio após cinco temporadas na segunda divisão, e procurou não se apegar muito à nova realidade. No grupo B, estreou com empate por 1 a 1 com o Tombense em casa. A primeira vitória veio na segunda rodada, com goleada por 5 a 1 sobre o Macaé fora. Até a virada de turno, o Boa teve mais três vitórias, um empate e três derrotas.

No returno, o clube mineiro não perdeu e conseguiu a classificação a uma rodada do fim, após vencer o Ypiranga por 2 a 0 no Esádio Dilzon Melo. Na vice-liderança do grupo na primeira fase, a Coruja teve ao todo 35 pontos com dez vitórias, cinco empates e três derrotas.

A disputa pelo acesso nas quartas de final foi contra o Botafogo-PB. Na ida em João Pessoa, empate por 0 a 0. A decisão ficou para Varginha, e parecia que os pênaltis iriam definir o futuro dos clubes. Mas aos 50 minutos do segundo tempo, Gênesis fez o gol da vitória, e o Boa comemorou a vaga com 1 a 0 no placar. Na semifinal, venceu o Juventude com duas vitórias por 2 a 1, tanto no Alfredo Jaconi quanto no Melão.

A final foi contra o Guarani, que vinha de um histórico 6 a 0 sobre o ABC, após sofrer 4 a 0 na ida. O primeiro jogo foi realizado em Campinas, no Brinco de Ouro. Visitante, o Boa segurou a pressão e empatou por 1 a 1. O segundo jogo foi em Varginha. Agora em casa, o time mineiro tratou de decidir tudo em 13 minutos, com gols do paraguaio Samudio e de Felipe Mateus. No fim, Kaio Cristian fez 3 a 0 e consumou o título da Série C para o Boa Esporte.

Esta conquista é até hoje a maior da história do clube, que ainda possui dois títulos da segunda divisão mineira. Após 2016, o Boa participou da Série B por duas temporadas, até ser rebaixado em 2018 e retornar à terceira divisão em 2019.

A campanha do Boa Esporte:
24 jogos | 14 vitórias | 7 empates | 3 derrotas | 37 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Lucas Figueiredo/CBF

Vila Nova Campeão Brasileiro Série C 2015

Chega a temporada de 2015, e pode-se enfim afirmar que a Série C consolidou-se no calendário do futebol brasileiro, com um regulamento claro, número fixo de participantes e transmissão de televisão. A edição do ano em questão contou novamente com a presença de clubes tradicionais. Fortaleza, Guarani e Juventude ganharam a companhia de Portuguesa, América-RN, Brasil de Pelotas e Vila Nova, times de torcida e que já incomodaram na primeira divisão. Desses sete, só um faria a festa com a taça, e a honra coube ao último nome.

No grupo A da primeira fase, o Vila começou bem a competição, vencendo em casa o Cuiabá por 1 a 0. Da estreia até a virada de turno, foram mais cinco vitórias - como os 3 a 0 sobre o ASA na nona partida -, um empate e duas derrotas. No returno, venceu mais quatro vezes, sendo as mais importantes os 3 a 0 sobre o Icasa em Juazeiro do Norte, e os 2 a 1 sobre o Salgueiro em Goiânia, que classificou o Tigre para as quartas de final. Ao fim da fase, o time goiano terminou em terceiro lugar, com 33 pontos, dez vitórias, três empates e cinco derrotas.

No mata-mata valendo o acesso, a missão do Vila Nova foi contra a Portuguesa. Na ida no Serra Dourada, venceu por magro 1 a 0. A tarefa na volta seria segurar a vantagem dentro do Canindé. E lá, o início de jogo fulminante ajudou o Vila a vencer novamente - agora por 2 a 1 - e conquistar o acesso, logo um ano após o rebaixamento. Tranquilo, o Tigre enfrentou o Brasil de Pelotas na semifinal. Tanto no Rio Grande do Sul quanto em Goiás, 0 a 0 no placar. Nos pênaltis, os goianos tiveram mais competência e venceram por 4 a 3.

A final foi entre Vila Nova e Londrina. A partida de ida foi jogada no Estádio do Café, e o time colorado esbarrou na marcação paranaense, que fez 1 a 0 e impôs a desvantagem no confronto. A partida de volta foi jogada no Serra Dourada para 39 mil torcedores. Precisando vencer por mais que um tento de diferença, o Vila fez um jogo frenético. Saiu perdendo e virou o placar em dez minutos, gols de Ramires e Moisés.

A situação ainda não servia por conta da regra do gol fora de casa, então a tranquilidade só veio no segundo tempo, quando Zotti marcou o terceiro aos sete minutos. Já nos acréscimos, Moisés guardou mais um e abriu a festa colorada. A goleada por 4 a 1 garantiu mais um título para o Vila Nova, bicampeão da Série C. O clube tornou-se o segundo na história com mais de uma conquista na terceira divisão. O primeiro é o rival Atlético.

A campanha do Vila Nova:
24 jogos | 13 vitórias | 5 empates | 6 derrotas | 31 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Leo Iran/Diário de Goiás