São José-SP Campeão da Libertadores Feminina 2014

A Libertadores Feminina retornou para a cidade de São José dos Campos, em 2014. A competição estava impulsionada com mais um título do São José-SP, e contou com o mesmo regulamento pela quarta edição consecutiva. Além da Águia do Vale, o Brasil foi representado pelo Centro Olímpico e pelo Vitória das Tabocas. Três estádios foram utilizados: o Martins Pereira, o ADC Parahyba e o ADC GM.

Presente no grupo A, o São José estreou com goleada por 7 a 0 sobre o Real Maracaná, do Peru. O ataque arrasador seguiu nas demais partidas, com 5 a 1 para cima do Boca Juniors e 4 a 0 sobre o Mundo Futuro, da Bolívia. A classificação foi tranquilíssima, com nove pontos e a liderança da chave. 

A dificuldade aumentou na semifinal, contra o Cerro Porteño. As paraguaias abriram o placar, mas a Águia virou o placar para 2 a 1, com gols de Formiga e Rosana, e se classificou para a decisão.

A adversária das brasileiras na final foi o Caracas, que na fase anterior despachou as colombianas do Formas Íntimas. E a rotina de goleadas do São José voltou contra as venezuelanas. Rosana abriu o placar, Poliana marcou duas vezes, Andressa Alves anotou outro e Giovânia fechou a conta. Entre o primeiro de Poliana e o gol de Andressa, o Caracas chegou a descontar o resultado. No total, 5 a 1 para o São José e o tricampeonato da Libertadores Feminina na galeria de troféus.

As alegrias não acabaram por aí. Os títulos sul-americano de 2013 e 2014 levou a equipe paulista a disputar a Copa Internacional, no fim de 2014. A competição, equivalente do Mundial de Clubes masculino, foi conquistada pela Águia do Vale com vitória por 2 a 0 sobre o Arsenal, da Inglaterra.

A campanha do São José-SP:
5 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 23 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Lucas Lacaz Ruiz/Gazeta Press

Icasa Campeão Cearense Série B 2020

Com 304.714 casos e 9.704 mortes por Covid-19 até 09 de dezembro, o Ceará conheceu seu campeão de acesso estadual. Depois de três anos, o Icasa retorna à elite do Cearense como campeão da Série B. Em um torneio com dez participantes, o Verdão do Cariri foi líder com folga na primeira fase, com 20 pontos marcados e sete de vantagem para o vice-líder em nove partidas.

O time jogou na contramão de seu rival Guarani, que foi rebaixado à terceira divisão. Nas quartas de final, eliminou o Tiradentes com empate sem gols na ida fora e goleada por 5 a 1 na volta em casa. Na semifinal, venceu o Itapipoca por 1 a 0 na ida fora e perdeu por 3 a 2 na volta em casa, mas ficou com o acesso e a vaga na final por ter melhor campanha.

A decisão foi com partida única contra o Crato, como mandante. E conquistou o terceiro título da segunda divisão ao vencer por 2 a 0. O Icasa mandou suas partidas na Série B no Estádio Lírio Callou, na cidade de Barbalha, pois o Romeirão, em Juazeiro do Norte, está em reformas.

A campanha do Icasa:
14 jogos | 9 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 31 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Antonio Josimar Segundo

Corinthians Campeão Brasileiro Feminino 2020

Em 2020, o Brasileirão Feminino foi o de período mais longo na história. A competição atravessou dez meses entre a primeira rodada e a final (de 8 de fevereiro a 6 de dezembro). Também na mesma temporada, todos os jogos começaram a ter exibição, seja na televisão aberta, fechada ou internet.

O regulamento da competição foi repetido pelo segundo ano seguido: 16 equipes se enfrentando em turno único, com as oito melhores avançando para a a fase final e as quatro últimas caindo para a Série A2. O campeonato teve oito times tradicionais da elite no masculino atuando com operações próprias também no feminino e levando a competição a sério: Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos e São Paulo. O título ficou nas mãos do Timão, dono do melhor elenco e organização do país.

A campanha corinthiana começou com vitória por 3 a 1 fora de casa sobre o Palmeiras. Foram três vitórias e uma derrota (a única) na primeira parte do Brasileirão. Isso porque durante a quinta rodada a CBF paralisou o campeonato por causa da pandemia de covid-19. Apenas no fim de agosto aconteceu o retorno, com as alvinegras fazendo 2 a 0 na Ferroviária dentro do Parque São Jorge. 

O Corinthians venceu todas as partidas daqui até o encerramento da primeira fase, a maioria por goleada, como os 4 a 0 fora sobre o Internacional na oitava rodada, os 6 a 0 em casa sobre o Vitória na 11ª e os 7 a 0 fora sobre a Ponte Preta na 14ª. Com 42 pontos, a equipe terminaram na liderança.

Nas quartas de final a vítima do time treinado por Arthur Elias foi o Grêmio, vencido na ida em Porto Alegre por 3 a 0 e na volta em Sâo Paulo por 2 a 1. A semifinal foi em dois clássicos com o Palmeiras. No primeiro Derby, 0 a 0 fora. No segundo, 3 a 0 para o Corinthians em casa.

A decisão foi contra o Avaí Kindermann, que desde 2019 atuam em parceria. O clube de Florianópolis empresta o uniforme, a estrutura, um pouco de dinheiro e, nas finais, o estádio. A ida foi na Ressacada, terminando em empate sem gols. A volta foi na Neo Química Arena, e o Corinthians conquistou o título ao bater as catarinenses por 4 a 2. Gabi Zanotti anotou dois gols, e os outros foram marcados por Gabi Nunes e Victória. É o bicampeonato do Timão, que junta-se à Ferroviária com mais títulos brasileiros.

A campanha do Corinthians:
21 jogos | 18 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 57 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Lucas Figueiredo/CBF

UNIRB Campeão Baiano Série B 2020

Com 423.124 casos e 8.418 mortes por Covid-19 até 06 de dezembro, a Bahia conheceu seu campeão de acesso estadual. Diretamente de Alagoinhas, o UNIRB, time da rede de universidades do Nordeste de mesmo nome e fundado em 2018, chegou ao seu primeiro título na história, na Série B do Baianão de 2020.

A competição foi curtinha, bem como a maioria dos estaduais de acesso durante a pandemia. Contra cinco adversários, o UNIRB passou invicto o turno único da primeira fase: foram três vitórias e dois empates na campanha, terminando na liderança.

A final foi contra o vice Colo Colo, em dois jogos. O primeiro foi em Ilhéus, que acabou com empate sem gols. O 0 a 0 seguiu na segunda partida, no Carneirão. Nos pênaltis, o clube azul e vermelho venceu por 4 a 2. E como vem sido há alguns anos na Bahia, o acesso à elite do estadual fica apenas com o campeão da Série B.

A campanha do UNIRB:
7 jogos | 3 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 9 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Divulgação/UNIRB

Porto Velho Campeão Rondoniense 2020

Com 82.408 casos e 1.593 mortes por Covid-19 até 05 de dezembro, Rondônia conheceu seu campeão estadual. O Porto Velho conquista o rondoniense pela primeira vez na história e recupera o título para a capital, que não comemorava há quatro anos. Fundado em 2018, a Locomotiva Tricolor entrou na disputa junto com mais dez times, que foram divididos em dois grupos.

A competição rolou normalmente até a sétima rodada, quando aconteceu a paralisação devido à pandemia. Nisso, sete equipes desistiram de jogar, sobrando apenas quatro, com o Porto Velho entre eles. Vitórias em campo e por W.O. deixaram a Locomotiva na liderança do grupo A, com 18 pontos. Na semifinal, o Porto Velho eliminou o União Cacoalense, após perder a ida fora por 1 a 0, vencer a volta por 2 a 1 e os pênaltis por 4 a 3.

A final foi contra o Real Ariquemes. O primeiro jogo foi no Aluizão, na capital, e terminou 2 a 1 para o time tricolor. A segunda partida foi no Gentil Valério, em Ariquemes, e o Porto Velho voltou a vencer, desta vez por 1 a 0.

A campanha do Porto Velho:
12 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 16 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto  Alexandre Almeida/FFRO

Azuriz Campeão Paranaense 2ª Divisão 2020

Com 288.546 casos e 6.243 mortes por Covid-19 até 02 de dezembro, o Paraná conheceu seu campeão de acesso estadual. O jovem Azuriz chegou ao primeiro título de sua história na edição de 2020 da segunda divisão do Paranaense. O clube foi fundado em fevereiro de 2018 na cidade de Marmeleiro, mas neste ano mandou seus jogos em Pato Branco, em parceria com a prefeitura local.

Quarto colocado na terceira divisão de 2019, a Gralha entrou na segunda devido as desistências do Foz do Iguaçu e do Arapongas. E o time não se assustou com a responsabilidade, ao contrário. Ficou na terceira posição entre os dez participantes da primeira fase, com 15 pontos, superando no saldo de gols o Araucária e o Prudentópolis, ficando a um ponto do vice Apucarana e a oito do líder Maringá.

Na semifinal, conseguiu o acesso ao empatar sem gols as duas partidas e vencer nos pênaltis por 8 a 7 o Apucarana. Na final, contra o Maringá, o título foi conquistado com uma virada inesquecível: o Azuriz perdeu a ida no Estádio Os Pioneiros por 1 a 0 e venceu a volta no Willie Davids por 3 a 0.

A campanha do Azuriz:
13 jogos | 5 vitórias | 5 empates | 3 derrotas | 14 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Arthur Chociai/Azuriz

São José-SP Campeão da Libertadores Feminina 2013

Depois de três edições com o Brasil vencendo, a Libertadores Feminina teve seu primeiro campeão que fala espanhol. Em 2012, as chilenas do Colo Colo derrotaram nos pênaltis o Foz Cataratas e ficaram com o título. A competição foi sediada em Pernambuco. Para 2013, a sede foi Foz do Iguaçu, nos estádios do ABC e Pedro Basso.

O regulamento estreado em 2011 foi repetido pela terceira vez, e as equipes representantes do Brasil foram o próprio Foz Cataratas e o São José-SP, que foi semifinalista sul-americano e campeão da Copa do Brasil um ano antes.

A Águia do Vale foi sorteada para o grupo B da Libertadores e venceu suas três partidas por placares pequenos: 1 a 0 no Cerro Porteño e no Rocafuerte, do Equador, e 2 a 0 no Everton, do Chile. A classificação foi tranquila, com nove pontos e na liderança da chave.

Na semifinal, o São José enfrentou o Colo Colo. A disputa entre os últimos campeões foi acirrada, e terminou com empate por 1 a 1 no tempo normal. Foi nos pênaltis que as brasileiras puderam comemorar a classificação, após vencer por 3 a 0.

A final foi entre São José e Formas Íntimas, da Colômbia. A partida foi movimentada nos primeiros minutos, com as colombianas abrindo o placar aos dez minutos. Aos 11 já vinha o empate, com Priscilinha. E aos 20 a virada, com Danielli. A confirmação do título chegou com o gol de Gislaine, que fez 3 a 1 aos oito minutos do segundo tempo.

E assim o São José corrigiu seu percurso, recuperando a Libertadores Feminina após um ano de eliminação. Mas o bicampeonato da América do Sul não foi o fim de um ciclo, que ainda estava longe de acabar.

A campanha do São José-SP:
5 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 8 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Gerson Kaiser/Rádio Cultura Foz