Bayern de Munique Campeão Mundial 2020

O ano de 2020 foi maluco para todas as pessoas, em todos os setores. Para o futebol não foi diferente. Entre março e junho, tudo parou devido à pandemia de Covid-19. O calendário futebolístico ficou apertado, e a solução vista foi estender a final de competições: as do meio do ano para o fim, e as do fim para o começo de 2021. Foi o que aconteceu com o Mundial de Clubes.

Era preciso cumprir o contrato de duas edições mundialistas no Catar. Realizado inteiramente em fevereiro, o torneio reviveu uma situação que havia ocorrido pela última vez em 1980 e 1981. Esta não foi a única implicação que o atraso causou: o novo Mundial planejado pela FIFA, quadrienal e com 24 clubes, foi adiado por tempo indeterminado.

Longe do Mundial há sete anos, o Bayern de Munique voltou a ter sucesso fora da Alemanha, vencendo a  Liga dos Campeões da Europa em cima do PSG. Com seu atacante Robert Lewandowski tornando-se o melhor jogador do planeta, o clube bávaro encontrou um oponente que veio do país mais comum desde o novo formato da competição, mas que jamais havia chegado em decisões: o Tigres UANL, vencedor da Liga dos Campeões da Concacaf sobre os estadunidenses do Los Angeles. Os demais times foram: Palmeiras, campeão da Libertadores; Al-Ahly, vencedor africano; Ulsan Hyundai, ganhador pela Ásia; e Al-Duhail, campeão do Catar.

O único participante definido sem título foi o Auckland City, que era o time de melhor campanha no momento em que a Liga dos Campeões da Oceania foi encerrada. Mas o clube abriu mão da vaga para não correr o risco de trazer a Covid-19 de volta à Nova Zelândia, que praticamente erradicou a doença. Sua partida contra o Al-Duhail foi considerada W.O., ou seja, 3 a 0 para os donos da casa.

As quartas de final seguiram com o Tigres derrotando o Ulsan por 2 a 1. E o anfitrião levou 1 a 0 do Al-Ahly. Na semifinal, a expectativa do Palmeiras foi por água abaixo ao perder por 1 a 0 para os mexicanos. Do outro lado, o Bayern derrotou a equipe do Egito por 2 a 0. Valendo o quinto lugar, o Al-Duahil bateu o Ulsan por 3 a 1. E na disputa pela terceira posição, a equipe palmeirense decepcionou novamente, empatando sem gols com os egípcios e perdendo por 3 a 2 nos pênaltis.

Bayern e Tigres se enfrentaram no dia 11 de fevereiro de 2021, no Education City, em Doha. O público foi reduzido, respeitando o distanciamento social imposto pela pandemia. O time alemão foi superior na maior parte do tempo em campo. O gol do título saiu aos 14 minutos do segundo tempo, quando Benjamin Pavard aproveitou sobra de bola deixada em dividida de Lewandowski com o goleiro Nahuel Guzmán pelo alto. Ainda foi preciso a confirmação do VAR para o 1 a 0, mas nada que atrapalhasse a jornada rumo ao tetra.


Foto David Ramos/Getty Images

Paraguai Campeão da Copa América 1979

A América do Sul voltou a se reunir na Copa América em 1979, e o momento do futebol no continente era de renovação. A Argentina chegava com o recente título mundial e ali revelaria Maradona para os torcedores. O Brasil também passava por reformulações, com a geração que jogou com Pelé saindo de vez do time e dando lugar para as lideranças de Zico e Sócrates, num prenúncio do que todos veriam três anos depois. Mas a conquista passaria longe das principais forças, mais uma vez. Era a hora do Paraguai voltar a comemorar.
O futebol paraguaio teve um 1979 inesquecível, com o Olimpia levando tanto a Libertadores quanto o Mundial. A força se refletiu na Copa América, que outra vez não contou com sede fixa. A Albirroja ficou no grupo C da competição, junto com Uruguai e Equador. A jornada começou de maneira perfeita, com duas vitórias sobre os equatorianos, por 2 a 1 em Quito e por 2 a 0 em Assunção. A disputa pela classificação foi exclusivamente contra os uruguaios. No primeiro jogo, no Defensores del Chaco, empate sem gols. A segunda partida foi no Centenario, em Montevidéu, e o Paraguai arrancou outro empate, por 2 a 2, gols de Eugenio Morel. Como o Uruguai havia perdido um jogo para o Equador, a vaga paraguaia na semifinal veio com seis pontos contra quatro. Assunção parou para o confronto contra o Brasil, e a pressão deu certo: vitória por 2 a 1 na ida. A volta aconteceu no Maracanã, e o time albirrojo ficou duas vezes sob o risco de ter que fazer uma partida extra. Mas Milcíades Morel e Julio César Romerito fizeram os gols do empate por 2 a 2, que colocou os Guaranís na final.
Outra vez a Copa América teve uma decisão com tons mais alternativos, agora entre Paraguai e Chile. O primeiro jogo foi no Defensores del Chaco, e gols dois gols de Romerito e outro de Milcíades Morel a Albirroja venceu por 3 a 0. A segunda partida foi no Nacional de Santiago, e o time chileno fez o placar de 1 a 0 contra os paraguaios, o que forçou o desempate em campo neutro, já que o regulamento só previa o saldo de gols como critério após o terceiro jogo. Desse modo, a disputa final foi realizada no José Amalfitani, em Buenos Aires. Os gols não viajaram com as seleções, e o 0 a 0 imperou no placar durante os 90 minutos normais e os 30 da prorrogação. O empate era favorável ao Paraguai, que após 300 voltas no relógio pôde fazer sua festa do bicampeonato. A segunda Copa América da equipe chegou 26 anos depois da primeira.

A campanha do Paraguai:
9 jogos | 4 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 13 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/ABC Color

Peru Campeão da Copa América 1975

Antes, leia o texto sobre a primeira era da Copa América.

Depois de oito anos sem um campeonato de seleções, a Conmebol voltou com o cinquentão Campeonato Sul-Americano todo reformulado. Agora chamado de Copa América, o torneio passou a ser organizado de um modo completamente diferente do que já foi visto, até mesmo do que vinha fazendo a Copa do Mundo. Antes, as seleções sul-americanas se enfrentavam em grupo único, com o líder tornando-se campeão ou com uma final em caso de empate de pontos entre líder e vice.
A partir de 1975, o regulamento da competição mudou: nove seleções divididas em três grupos e jogando em dois turnos, com os líderes avançando à semifinal, junto com o campeão vigente. Não haveria mais país-sede e os jogos seriam em ida e volta, integrando os dez países confederados. O objetivo era atingir um padrão próximo ao da Eurocopa, que na época reunia suas seleções em uma enorme eliminatória, com os quatro semifinalistas reunindo-se em um lugar em comum entre eles para a fase final.
E o primeiro campeão da nova Copa América foi um país que estava na metade da sua melhor década, com uma geração que já havia feito bonito na Copa de 1970 e faria ainda mais em 1978: o Peru. A Blanquirroja ficou localizada no grupo B, enfrentando Chile e Bolívia, e sua estreia foi em Santiago, empatando por 1 a 1 com os chilenos. Em Oruro, foi a vez de derrotar por 1 a 0 os bolivianos. No returno, em Lima, fez 3 a 1 tanto na Bolívia quanto no Chile, garantindo a classificação com sete pontos. Na semifinal, o adversário foi o Brasil. A partida mais lembrada na história peruana certamente é a ida desta fase, em Belo Horizonte: vitória por 3 a 1, gols marcados Enrique Casaretto e Teófilo Cubillas. Apesar da vantagem, o Peru levou 2 a 0 na volta em casa. Sem disputa de pênaltis, um sorteio foi feito pelo árbitro para definir o classificado, e a moedinha deu sorte aos peruanos.
A decisão foi disputada contra a Colômbia, que passou pelo Uruguai, o longínquo campeão de 1967. A primeira partida aconteceu no El Campín, em Bogotá, e o Peru saiu derrotado por 1 a 0. O segundo jogo foi no Nacional de Lima, e o time peruano reverteu fazendo 2 a 0, gols de Juan Oblitas e Oswaldo Ramírez. A final não tinha o perigo se ser encerrada no cara ou coroa, e uma partida extra foi programa para o Olímpico UCV, em Caracas, na Venezuela. E o Peru voltou a vencer, por 1 a 0. Hugo Sotil foi o autor do gol do bicampeonato, o último título da história blanquirroja.

A campanha do Peru:
9 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 14 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/FPF

Especial Copa América - O primeiro meio século de disputa

Foto Vladimir Rodas/AFP/Getty Images

A Copa América é o segundo campeonato de seleções mais antigo ainda em atividade, perdendo em longevidade apenas para o Torneio Olímpico, e o terceiro em ordem de criação, com o extinto Campeonato Britânico entrando no topo na lista.

Os primeiros passos dessa história começam em 1910, quando a Argentina organizou a Copa Centenário da Revolução de Maio, que contou com as presenças de Uruguai e Chile e foi vencida pela dona da casa. O sucesso da competição foi grande, o que levou ao Uruguai fundar, seis anos depois e junto com Argentina, Chile e Brasil, a Confederação Sul-Americana de Futebol, conhecida pelo acrônimo Conmebol.

Foi no mesmo 1916 que houve a primeira edição do Campeonato Sul-Americano, sediado na Argentina e vencido pelo Uruguai. O começo foi com periodicidade anual, sendo assim até 1929. Nesse meio tempo, apenas as edições de 1918 e 1928 foram canceladas, uma devido à pandemia de Gripe Espanhola, e a outra para privilegiar o foco na preparação para o Torneio Olímpico. A disputa de 1930 também foi postergada para dar preferência à organização da Copa do Mundo. Ademais, as competições 1923 e 1927 serviram como qualificação para as Olimpíadas.

A partir daí o Sul-Americano passou por muitos problemas, sobretudo por causa das divergências que Uruguai e Argentina passaram a ter após a final do primeiro Mundial e o início da transição do amadorismo ao profissionalismo. A volta ocorreu em 1935, para qualificar ao Torneio Olímpico de 1936. Então, o campeonato passou a ser bienal, seguindo assim até 1941. Em 1942, com o cancelamento da Copa do Mundo, a Conmebol resolveu organizar uma edição consecutiva de sua competição. Assim, a disputa de 1943 não foi feita, voltando somente em 1945. Deste ponto em diante, a sequência ficaria ainda mais quebrada e mambembe. Em 1946, outro Mundial foi cancelado, o que levou às disputas de três edições seguidas até 1947.

Após o torneio de 1949, o Sul-Americano amargou quatro anos de hiato, até 1953. As Copas do Mundo deste período foram todas puladas, e três disputas sul-americanas seriam realizadas entre 1955 e 1957. O ápice chegaria em 1959, quando duas competições foram feitas, uma oficial em março, na Argentina, e outra extra em dezembro, para comemorar a inauguração do estádio de Guayaquil, no Equador. Após a dupla jornada, a periodicidade passaria a ser quadrienal, com campeonatos em 1963 e 1967, os últimos de uma era confusa.

Nesses 51 anos de linha do tempo, a Argentina conquistou 12 títulos, contra 11 do Uruguai, três do Brasil e um cada de Bolívia, Paraguai e Peru. Todas as taças brasileiras foram obtidas quando a seleção jogou em casa. E o cenário só começaria a mudar para os brasucas quando a Conmebol reorganizou seu Campeonato Sul-Americano, mudando o nome para Copa América e fixando de vez um calendário sério, a cada quatro anos a partir de 1975.

Mirassol Campeão Brasileiro Série D 2020

A Série D do Brasileirão de 2020 passou por uma nova mudança de regulamento que deixou a competição ainda mais atrativa. Ao invés dos 17 grupos com quatro equipes, os 68 participantes passaram a ser divididos da seguinte forma: oito disputaram uma fase preliminar, avançando quatro para juntar-se a outras 60, que foram separadas em oito chaves de oito clubes cada. Com mais calendário, a imprevisibilidade foi maior, mas o final mostrou mais uma vez um bom planejamento e estrutura nunca podem ser superados.

Vindo do interior de São Paulo e com apenas um título estadual de Série A3 e outro de Série B, o Mirassol, entrou na Série D pelo grupo 7, mas o início não foi legal. Comandado por Eduardo Baptista sua estreia foi com empate em casa, por 1 a 1 diante do Bangu, e na segunda rodada perdeu por 3 a 1 fora de casa para a Cabofriense.

A primeira vitória aconteceu na terceira partida, e compensou os tropeços: 6 a 0 sobre o Toledo no José Maria de Campos Maia. A campanha melhorou, e o Leão da Alta Araraquarense foi acumulando vitórias algumas goleadas, como os 8 a 0 sobre o Nacional-PR e os 5 a 2 sobre o FC Cascavel, e casa, e os 4 a 0 sobre o Toledo fora. A equipe encerrou a fase na vice-liderança com 26 pontos.

Na segunda fase, o Mira eliminou o Caxias nos pênaltis por 3 a 0, após perder por 1 a 0 fora e vencer pelo mesmo placar em casa. Nas oitavas de final, passou pelo Brasiliense ao golear por 5 a 2 em São Paulo e perder por 2 a 1 no Distrito Federal. Nas quartas, conseguiu o acesso ao derrubar a Aparecidense, fazendo 2 a 1 no seu estádio e 3 a 2 em Goiás. Na semifinal, eliminou o Altos com duas vitórias, por 4 a 0 na ida no interior paulista e por 1 a 0 na volta no Piauí.

A decisão foi contra o Floresta, que bateu na semi o Novorizontino. O primeiro jogo aconteceria no Castelão, em Fortaleza, mas um incêndio no estádio transferiu a disputa para o Vovozão, campo da base do Ceará. A mudança de última hora não afetou o Mirassol, que derrotou o adversário por 1 a 0.

A segunda partida foi no José Maria de Campos Maia, e o Leão voltou a fazer 1 a 0, gol de João Carlos. O resultado enfim colocava um ponto final na edição pandêmica Série D, que proporcionou mais um título para o sempre tradicional futebol do interior paulista.

A campanha do Mirassol:
24 jogos | 15 vitórias | 5 empates | 4 derrotas | 49 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Célio Messias/CBF

Londrina Campeão da Primeira Liga 2017

A segunda e última edição da Primeira Liga aconteceu em 2017, com muito mais problemas que a anterior. O número de equipes aumentou para 16, mas saídas importantes marcaram a competição. Atlético-PR e Coritiba desistiram da liga e foram substituídos por Londrina e Paraná. Junto com os dois, Chapecoense, Joinville, Brasil de Pelotas e Ceará entraram como membros novos. Mas o torneio (e a liga) já estava fadado ao fracasso, devido à péssima relação interna entre os dirigentes. Embora a confusão, a Primeira Liga é um capítulo marcante na história do Londrina, que superou todos os grandes e ficou com um título invicto, equivalente aos seus quatro estaduais e à sua Série B do Brasileirão.
O Tubarão ficou no grupo D, junto com o co-irmão paranaense e a dupla de Florianópolis. E venceu os três jogos: 1 a 0 sobre o Figueirense no Orlando Scarpelli, 1 a 0 sobre o Avaí na Ressacada, e 2 a 1 sobre o Paraná no Estádio do Café. Com os nove pontos, o time ficou na liderança. Para o mata-mata, um sorteio definiu os confrontos, e o Londrina ficou de enfrentar o Fluminense nas quartas de final. Como tudo seria realizado em partidas únicas, o clube teve o direito de mandar em casa contra quase todos os classificados, já que obteve a segunda melhor campanha da fase de grupos. E venceu os cariocas por 2 a 0. Na semifinal, eliminou o Cruzeiro de maneira agônica, empatando por 2 a 2 aos 51 minutos do segundo tempo e vencendo por 3 a 1 nos pênaltis.
A decisão foi contra o Atlético-MG, que havia passado pelo Internacional e pelo Paraná. O Estádio do Café lotou, mas os gols não apareceram de jeito nenhum nos 90 minutos. A disputa foi outra vez para os pênaltis, e o Londrina voltou a triunfar, desta vez por 4 a 2.

A campanha do Londrina:
6 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 8 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Gustavo Oliveira/Londrina

Fluminense Campeão da Primeira Liga 2016

Após 14 anos de hiato, o Sul e Minas Gerais voltaram a ter uma competição regional, ainda que de modo torto. Foi no momento em que diversos clubes criaram a Primeira Liga, uma organização disposta a tomar os rumos do futebol nacional e a organizar um novo tipo de competição nacional, seguindo o padrão inglês da Premier League. A ideia ganhou força quando Flamengo e Fluminense se juntaram à ela, e no primeiro momento a pauta foi a criação de um torneio nos moldes da antiga Copa Sul-Minas. Mas a liga nasceu cheia de problemas e divergências, tanto internas quanto com a CBF, que a princípio havia aprovado o novo campeonato, depois vetou, e no fim deu sinal verde na condição de amistosa.
A participação na primeira edição ficou fixada em 12 times, todos os que aderiram à liga. Eles ficaram divididos em três grupos em turno único, com os líderes e o melhor vice avançando à semifinal. Apesar do caráter de tiro curto, as datas da Primeira Liga eram muito espaçadas, então ficava difícil prever algum favoritismo. Foi o Fluminense, sorteado no grupo A, quem soube aproveitar melhor a competição. Apesar disso, iniciou perdendo por 1 a 0 para o Atlético-PR, jogando em Volta Redonda. A recuperação veio no jogo seguinte, ao vencer o por 4 a 3 o Cruzeiro no Mineirão. Na última rodada, em Juiz de Fora, derrotou por 2 a 0 o Criciúma. Com seis pontos, o Tricolor liderou a chave, superando os paranaenses com um gol a mais de saldo (2 a 1). Na semifinal, o Flu passou pelo Internacional. Jogando em Brasília, as equipes empataram por 2 a 2, e nos pênaltis os cariocas venceram por 3 a 2.
A final foi um reencontro com o Atlético-PR, que passou pelo Flamengo uma fase antes. A partida aconteceu no Estádio Mário Helênio, em Juiz de Fora. Foi complicada, mas o Fluminense conseguiu a vitória e o título inédito aos 35 minutos do segundo tempo, com Marcos Júnior fazendo 1 a 0 no placar.

A campanha do Fluminense:
5 jogos | 3 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 9 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Mailson Santana/Fluminense