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Brasil Campeão da Copa do Mundo 2002

A última conquista do Brasil em Copas do Mundo foi na primeira competição do século 21, em 2002, na primeira vez em que a competição foi até à Ásia e ficou dividida entre dois países-sede: Japão e Coreia do Sul. Mesmo após as turbulências que afetaram o time nas Eliminatórias, com direito a três técnicos no comando em dois anos, a seleção que no fim foi comandada pelo técnico Luiz Felipe Scolari brilhou no Oriente, também debaixo das lideranças técnicas de Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho e Roberto Carlos.
Com 100% de aproveitamento ao todo, a trajetória da "Família Scolari" começou em solo sul-coreano, com uma vitória inesperadamente difícil por 2 a 1 sobre a Turquia. Os resultados da sequência foram mais tranquilos, com goleadas por 4 a 0 sobre a China e por 5 a 2 sobre a Costa Rica. Os resultados renderam a liderança absoluta do grupo C ao Brasil, com nove pontos.
O caldo engrossou mesmo foi no mata-mata, já em terras japonesas. Contra a Bélgica nas oitavas de final, o jogo mais duro que o time canarinho teve. Mas um golaço de voleio de Rivaldo tranquilizou a situação e a vitória por 2 a 0 manteve o sonho.
Nas quartas, a pedreira foi contra a Inglaterra e o golaço da vez foi de Ronaldinho Gaúcho, que bateu uma falta lateral direto no gol. De virada, o Brasil venceu por 2 a 1 e seguiu. Na semifinal, foi a vez de reencontrar a Turquia, uma das muitas surpresas daquele Mundial, junto com Senegal e Coreia do Sul. Não teve golaço, apenas o oportunismo de Ronaldo, com o bico da chuteira para garantir a vitória por 1 a 0 e a vaga na final.
A decisão contra a Alemanha foi no Estádio Internacional de Yokohama, no Japão. Era a primeira vez que os dois países se enfrentavam em mundiais, e a partida correu com chances de gol dos dois lados. Até que Ronaldo Fenômeno apareceu para decidir na etapa final. Aos 22 minutos, ele pegou o rebote do goleiro Kahn, Aos 34, o craque se aproveitou do corta-luz de Rivaldo para marcar os dois gols do jogo e se consagrar na artilharia do torneio, com oito tentos no total. Por 2 a 0, o Brasil despachou os alemães e venceu pela quinta vez a Copa do Mundo. E coube ao "100% Jardim Irene" Cafu a honra de ser o capitão do penta, o quinto guardião da taça.

A campanha do Brasil:
7 jogos | 7 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 18 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Paulo Pinto/Estadão Conteúdo

Brasil Campeão da Copa do Mundo 1994

Foram 24 anos de fila e algumas frustrações entre a Copa do Mundo de 1970 até a de 1994. Mas a sorte voltou a sorrir para o Brasil no Mundial realizado nos Estados Unidos, o último com 24 seleções. A seleção treinada pelo técnico Carlos Alberto Parreira não tinha um futebol tido como bonito, por outro lado era pragmático e eficiente, um time que jogava pelo resultado positivo e nada mais. A principal liderança técnica era Romário, servido no ataque por Bebeto, Zinho e Mazinho. Mais atrás, Dunga, Mauro Silva, Aldair e Taffarel cuidavam do trabalho burocrático na defesa.
O caminho para o tetra começou a ser aberto na vitória por 2 a 0 sobre a Rússia, e seguiu com os 3 a 0 sobre Camarões e o empate em 1 a 1 com a Suécia. Com sete pontos, a Seleção Brasileira garantiu a liderança do grupo B com sete pontos. A dupla Romário e Bebeto já cumpria com o dever quando caiu de vez nas graças do torcedor, nas oitavas de final contra o Estados Unidos. Foi o camisa 11 quem deu o passe para o gol do camisa 7 na vitória por 1 a 0.
Nas quartas, na sempre lembrada partida contra a Holanda, a dupla já havia guardado seus gols quando o time cedeu o empate, tudo no segundo tempo. A vitória só veio na bola parada, com uma forte cobrança de falta do lateral Branco e o providencial "desvio de coluna" de Romário da trajetória da bola. Por 3 a 2, a Seleção foi para a semifinal, onde reencontrou a Suécia. E coube ao Baixinho decidir desta vez, ao pular mais alto que os zagueiros suecos e marcar de cabeça o gol da vitória por 1 a 0.
A final marcou outro reencontro, agora com a Itália. O mesmo país que sofreu nas mãos do Brasil no tri de 1970 e que acabou com o sonho da geração de 1982 seria o oponente pelo tetra no Rose Bowl em Los Angeles (Pasadena). O jogo foi tenso, com as duas seleções perdendo chances. Em 120 minutos de futebol, 0 a 0 no placar.
Pela primeira vez a Copa do Mundo seria decidida nos pênaltis. Márcio Santos errou, mas Romário, Branco e Dunga converteram para o Brasil. Para a Itália, Baresi mandou para fora, Albertini e Evani marcaram e Taffarel pegou a cobrança de Massaro. A cobrança final dos italianos foi de Baggio, o anti-herói que atirou a bola fora do estádio. Com o 3 a 2 a favor, o Brasil se tornou o primeiro tetracampeão do mundo. E o capitão de 1994 foi Dunga, que viria a se tornar um símbolo de raça daquela geração de atletas.

A campanha do Brasil:
7 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 11 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Peter Robinson/Empics/PA Images/Getty Images

Brasil Campeão da Copa do Mundo 1970

Para muita gente, aquele Brasil de 1970 foi o maior time de futebol de todos os tempos. E de fato, reunia um esquadrão no 11 titular: Félix; Carlos Alberto Torres, Brito, Piazza e Everaldo; Clodoaldo, Gérson, Jairzinho e Rivellino; Tostão e Pelé. Estes atletas, comandados por Zagallo, foram os responsáveis por trazer o tri da Copa do Mundo e a posse definitiva da Taça Jules Rimet para terras brasileiras. O mundial foi o primeiro a ser realizado tanto fora da Europa quanto fora da América do Sul. Foi no México, na América do Norte.
A trajetória do Brasil no Mundial começou em Guadalajara, no Estádio Jalisco, contra a Tchecoslováquia, com uma goleada de virada por 4 a 1. Nesta estreia aconteceu o primeiro gol que Pelé não fez, chutando a bola do meio de campo. Na segunda rodada, uma das partidas mais lembradas na história das Copas, a vitória de 1 a 0 sobre a Inglaterra. A primeira fase se encerrou com vitória por 3 a 2 sobre a Romênia. Assim, os brasileiros se classificaram na liderança do grupo C, com seis pontos.
A campanha seguiu nas quartas de final, com outra convincente vitória por 4 a 2 sobre o Peru, comandado por Didi, que fora bicampeão como jogador pelo Brasil. A semifinal foi contra o Uruguai, em uma espécie de revanche por 1950. Os contornos do jogo foram parecidos, com os uruguaios marcando primeiro e os brasileiros virando para 3 a 1. Aqui, o outro gol que Pelé não fez, driblando o goleiro sem tocar na bola para depois só escorá-la para a meta, mas ela vai lentamente junto a trave, para fora.
Com um lindo futebol, o Brasil foi para a final contra a Itália. Depois de fazer todo o Mundial em Guadalajara, a seleção brasileira rumou para o Estádio Azteca, na Cidade do México. E foi de lá que o mundo viu talvez a maior apresentação coletiva de futebol na história. Pelé abriu o placar, e Boninsegna empatou ainda no primeiro tempo, mas foi só isso por parte dos italianos. Gérson desempatou no segundo tempo, e Jairzinho ampliou.
Faltando quatro minutos para o fim, um dos gols mais bonitos em Copas. Depois de uma roda de "bobinho" envolvendo quase todo o time brasileiro, Pelé jogou de lado para a bomba cruzada de Carlos Alberto Torres. Com o 4 a 1 no placar, o Brasil se sagrou tricampeão da Copa do Mundo e consolidou a maior seleção de sua história. A Taça Jules Rimet seria erguida por um capitão campeão pela última vez, e a honra coube a Carlos Alberto Torres.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 19 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Imago Images/Werek

Brasil Campeão da Copa do Mundo 1962

Uma Copa do Mundo que quase foi abalada pelo terremoto que assolou o Chile em 1960, com epicentro na cidade de Valdivia. Mas ela aconteceu, em 1962, com algumas sedes em relação às oito previstas: entre Santiago, Viña del Mar, Rancagua, Arica, Talca, Concepción, Talcahuano e Valdivia, só permaneceram as quatro primeiras.
E lá estava o Brasil com sua vaga automática de campeão, ainda melhor que o time de quatro antes, com Pelé mais experiente e cada vez mais afinado com Garrincha, Didi, Zagallo e Vavá. Era o grande favorito para levar o bicampeonato. E assim foi.
Apesar de tudo, o começo foi um pouco preocupante. A estreia foi com uma burocrática vitória de 2 a 0 sobre o México. Depois, a grande baixa brasileira na Copa. No empate sem gols com a Tchecoslováquia, Pelé se machucou ainda no primeiro tempo, e foi cortado do restante da competição. 
Amarildo entrou em seu lugar, e decidiu a classificação do Brasil com os dois gols na virada de 2 a 1 sobre a Espanha. Outro diferencial nesta partida foram os dois passos ao lado de Nilton Santos, que transformaram um pênalti em falta fora da área para os espanhóis, antes da virada. Com cinco pontos, o Brasil liderou o grupo C. 
Nas quartas de final, Garrincha assumiu o protagonismo e detonou a Inglaterra com dois gols na vitória por 3 a 1. Na semifinal, o time brasileiro enfrentou o Chile, dono da casa, que tentou, bateu e contou com a pressão da torcida que superlotou no Estádio Nacional de Santiago, mas que não foi páreo e acabou superado por 4 a 2 com outro show do Mané.
O Brasil se classificou para a final e reencontrou a Tchecoslováquia, no mesmo Nacional de Santiago. Os brasileiros tomaram um susto com os tchecos abrindo o placar aos 15 minutos do primeiro tempo. Mas Amarildo logo empatou aos 17. No segundo tempo,  Zito e Vavá trataram de dar a virada - aos 24 e aos 33 minutos - e a vitória por 3 a 1 para o Brasil, bicampeão do mundo.
Ao receber a taça, o zagueiro e capitão Mauro Ramos repetiu o gesto de Bellini quatro anos antes, e a ergueu sobre a sua cabeça, a oferecendo para seu torcedor.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 14 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/CBF

Brasil Campeão da Copa do Mundo 1958

Onde a hegemonia começou. Em 1958, o mundo enfim se curvaria ao talento do futebol brasileiro. E foi na Copa do Mundo na Suécia que o planeta viu o surgimento do maior jogador de futebol da história: Pelé, então com 17 anos, conquistou a todos e se tonaria o rei. Rodeado por Garrincha, Didi, Zagallo e Nilton Santos, entre outros, o garoto foi um dos destaques do primeiro título brasileiro.
A campanha do Brasil no Mundial começou com tranquilidade, uma vitória por 3 a 0 sobre a Áustria. Depois, empate em 0 a 0 com a Inglaterra, o primeiro resultado sem gols na história das Copas. Esta partida motivou o técnico Vicente Feola a fazer algumas mudanças no time titular. Mazola e Joel deram lugar a Pelé e Garrincha. Contra a União Soviética, a dupla estreou e ajudou na vitória por 2 a 0, gols de Vavá.
O Brasil acabou a primeira fase na liderança do grupo D, com cinco pontos. Nas quartas de final, o adversário foi o País de Gales. Em partida difícil, Pelé marcou pela primeira vez em Mundiais, e com o 1 a 0 a seleção avançou para a semifinal. E contra a França, o Brasil voltou a dar show. Goleada por 5 a 2 sobre os franceses, três gols de Pelé, mais um de Didi e outro de Vavá.
A final foi contra a dona da casa, a Suécia, no Estádio Rasunda de Estocolmo. Só que antes de outro show, o Brasil levou um susto com o gol sueco logo aos quatro minutos de jogo. Mas o time não se abalou e empatou já aos nove minutos, com Vavá, que seria também o responsável pela virada ainda no primeiro tempo.
Na etapa final, apareceu Pelé, que chapelou o zagueiro da Suécia e marcou o terceiro gol. Zagallo ampliou com o quarto gol, e os suecos descontaram faltando dez minutos. Pelé deixaria sua marca novamente no último minuto. Com outro 5 a 2, o Brasil enfim chegava ao seu primeiro título de Copa do Mundo, enterrando qualquer medo e complexo que a derrota de oito anos antes tinha deixado na Seleção Brasileira.
Na entrega da taça, o capitão Bellini criou um gesto que se tornaria o símbolo de todas conquistas de futebol dali para a frente. A pedido de fotógrafos, o zagueiro ergueu o troféu por cima de sua cabeça, exibindo-o para todo o estádio, todo o mundo. Atualmente, todo capitão ergue a taça quando seu time a conquista.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 16 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Popperfoto/Getty Images

Brasil Campeão da Copa América Feminina 2022

No mesmo ano em que a FIFA criou a Copa do Mundo Feminina, a Conmebol também resolveu fazer a sua competição de seleções para as mulheres, a Copa América. Desde 1991, foram realizadas nove edições do torneio, que sempre serviu de Eliminatórias para o Mundial. Em 2022, as três primeiras equipes se classificaram para a Copa de 2023. E a quarta e quinta colocadas, para a repescagem intercontinental.
Mas independentemente de vagas, no fim quem fica mais feliz são as campeãs. E nessa matéria o Brasil já é mestre. O título só não veio em 2006, quando perdeu para a Argentina e foi vice no quadrangular decisivo.
Em 2022, na Colômbia, a Seleção chegou ao oitavo título com 100% de aproveitamento e sem sofrer gols. A primeira fase foi composta por dez times, divididos em duas chaves. No grupo B, as brasileiras derrotaram a Argentina por 4 a 0, o Uruguai por 3 a 0, a Venezuela por 4 a 0 e o Peru por 6 a 0. Com 12 pontos, o Brasil ficou na primeira posição. Na semifinal, foi a vez de vencer o Paraguai por 2 a 0.
A final foi contra a Colômbia, dona da casa que eliminou a Bolívia, Equador e Chile na fase inicial, além da Argentina na semi. No Estádio Alfonso López, em Bucaramanga, a Seleção treinada pela sueca Pia Sundhage levou o octa com sua vitória mais simples, por 1 a 0. O gol foi marcado pela atacante Debinha, de pênalti.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 20 gols marcados | 0 gols sofridos


Foto Staff Images/Conmebol

Brasil Campeão da Copa das Confederações 2013

E a Copa das Confederações pousou na América do Sul, no país que mais a venceu. Sede da Copa do Mundo de 2014, o Brasil recebeu o evento preparatório de 2013, que antecipou o gosto do Mundial em um ano. Então detentor dos últimos dois títulos, a Seleção Brasileira era favorita ao tri consecutivo e tetra no geral.
Mas a concorrência desta vez foi maior. Campeã do mundo e bi da Europa, a Espanha entrou disposta a superar a queda antes da final em 2009. A Itália (vice europeia), mais concentrada, e o Uruguai (campeão sul-americano), no auge de uma geração, também chegavam mirando a taça. México, Japão, Nigéria e o simpático Taiti completaram os oito lugares.
A Canarinho ficou no grupo A, e estreou em Brasília com 3 a 0 nos japoneses. Depois, em Fortaleza, o time antecipou a classificação com os 2 a 0 sobre os mexicanos. Valendo a liderança, o Brasil enfrentou a Azzurra em Salvador e venceu por 4 a 2. Os brasileiros somaram nove pontos e os italianos ficaram com seis. Fora, o México marcou três pontos, e o Japão nenhum.
No grupo B, a Fúria confirmou as expectativas e também fez nove pontos com vitórias por 2 a 1 sobre o Uruguai, por 10 a 0 sobre o Taiti e por 3 a 0 sobre a Nigéria. A Celeste Olímpica passou em segundo, com seis, e os nigerianos fizeram três. Já a amadora equipe da Polinésia Francesa apenas se divertiu, embora tenha ficado zerada e com outras goleadas fora os dez dos espanhóis: levaram 6 a 1 dos africanos e 8 a 0 dos charrúas.
As semifinais ocorreram com os favoritos. Em Belo Horizonte, o Brasil venceu o Uruguai por 2 a 1. Na outra chave, Espanha e Itália empataram por 0 a 0, e os ibéricos avançaram com 7 a 6 nos pênaltis. Na disputa do terceiro lugar, uruguaios e italianos ficaram no 2 a 2, com 3 a 2 nos pênaltis para o time europeu.
No Maracanã, no Rio de Janeiro, Brasil e Espanha enfim disputaram a final que não aconteceu quatro anos antes. Mas, em atuação muito acima da média (e ilusória, como se provou depois na Copa do Mundo), a Canarinho não deu chances á Fúria. Fred abriu o placar aos dois minutos do primeiro tempo, Neymar ampliou aos 44 e - de novo - Fred fechou 3 a 0 aos três do segundo tempo. Em casa, o time comandado por Luiz Felipe Scolari chegou ao quarto e último título da Copa das Confederações.

A campanha do Brasil:
5 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 14 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Piervi Fonseca/AGIF

Brasil Campeão da Copa das Confederações 2009

Passados quatro anos, igualmente ao que acontece com a Copa do Mundo e as Olimpíadas, a Copa das Confederações voltou a dar o ar da graça em 2009. Foi na África do Sul, num verdadeiro teste de fogo para o país de Nelson Mandela, mirando o Mundial do ano seguinte.
Campeão da Copa América, o Brasil foi novamente o principal favorito ao título, mas desta vez com a forte concorrência da Espanha, vencedora da Eurocopa. A Itália, mesmo sendo campeã da Copa, não aparentava tanto brilho e correu por fora. Os demais participantes foram Estados Unidos, Egito, Nova Zelândia e Iraque.
No grupo B, o Brasil começou a trajetória do tricampeonato com sofrida vitória por 4 a 3 sobre o Egito. Na segunda rodada, as coisas se tranquilizaram nos 3 a 0 sobre os Estados Unidos. No fim, contra uma fragilizada Itália, nova vitória por 3 a 0 valeram os nove pontos e a classificação na primeira posição. As outras seleções marcaram três pontos cada, e o saldo e os gols pró definiram: norte-americanos em segundo, com quatro e menos dois, italianos em terceiro, com três e menos dois, egípcios em último, com três e menos três.
No grupo A, a Espanha não sofreu gols, também venceu todas e somou nove pontos. A anfitriã África do Sul foi vice com quatro, enquanto Iraque e Nova Zelândia voltaram para casa sem vitórias e sem balançarem as redes.
Na semifinal, a Canarinho passou pelo time sul-africano ao vencer por 1 a 0, gol de falta de Daniel Alves. Mas a esperada final com a Espanha melou um dia antes, por que a Fúria levou 2 a 0 dos Estados Unidos. Na disputa do terceiro lugar, a equipe espanhola derrotou a dona da casa por 3 a 2.
Brasil e Estados Unidos jogaram a final no Ellis Park, em Johannesburgo. E quase que o US Team cometeu outro crime, pois abriu dois gols de vantagem no primeiro  tempo, com Clint Dempsey, aos dez minutos, e Landon Donovan, aos 27. Os brasileiros reagiram no segundo tempo. Luís Fabiano descontou no minuto um e empatou aos 29. Aos 39, Lúcio marcou de cabeça e virou para 3 a 2. De maneira dramática, o Brasil - comandado pelo técnico Dunga - chegou ao seu terceiro título de Copa das Confederações, o primeiro ganhando todas as partidas.

A campanha do Brasil:
5 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 14 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Pierre-Philippe Marcou/AFP/Getty Images

Brasil Campeão da Copa das Confederações 2005

Após a Copa das Confederações de 2003, a FIFA resolveu mudar o itinerário. Não haveriam mais edições de pós-Copa, sobrando apenas as versões de evento-teste no país-sede do Mundial de um ano depois. Assim, a competição passaria a ser disputa a cada quatro anos. E 2005, na Alemanha, deu o pontapé inicial na nova fase.
Junto com a anfitriã, Brasil e Argentina despontaram como candidatos ao título. Campeão do mundo e da América do Sul, a Canarinho foi com força quase máxima. A Albiceleste, que herdou uma das vagas brasileiras no vice continental, prometia incomodar. Os outros lugares ficaram com México, Grécia, Japão, Austrália e Tunísia.
O Brasil ficou no grupo B do torneio, e começou vencendo bem o time grego, por 3 a 0. Na segunda rodada, porém, os brasileiros perderam por 1 a 0 para os mexicanos e ficaram com a classificação ameaçada. Na última partida, contra a equipe japonesa, o Brasil não podia perder. Ficou no 2 a 2 (empate cedido nos minutos finais) e conseguiu uma vaga na semifinal ao ficar na vice-liderança da chave, com quatro pontos, tal como o próprio Japão. Mas no saldo de gols, o dois contra zero deixou para trás os asiáticos. Em primeiro, o México fez sete pontos.
No grupo A, alemães e argentinos duelaram ponto a ponto e chegaram a sete. No saldo, Alemanha líder com quatro gols e Argentina vice com três. Austrália e Tunísia nem chance tiveram.
Na semifinal, o Brasil se reencontrou contra a dona da casa e venceu por 3 a 2, com dois gols de Adriano e um de Ronaldinho. No outro jogo, argentinos venceram os mexicanos por 6 a 5 nos pênaltis após empate por 1 a 1 em 120 minutos. Na disputa do terceiro lugar, a Alemanha derrotou o México por 4 a 3.
A decisão, no Waldstadion, em Frankfurt, reuniu o maior clássico da história. Valendo o bicampeonato, Brasil e Argentina prometeram, ao menos no papel, uma partida equilibrada. Mas o que se viu foi um baile brasileiro em campo. Adriano, aos 11 do primeiro tempo e aos 18 do segundo, abriu e fechou a goleada, que também passou pelos gols de Kaká, aos 16 da etapa inicial, e de Ronaldinho, aos dois da complementar. Pablo Aimar descontou para 4 a 1 aos 20 minutos, porém isso não serviu nem um pouco para diminuir o efeito do passeio brasileiro.

A campanha do Brasil:
5 jogos | 3 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 12 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Nilton Santos/CBF

Brasil Campeão da Copa das Confederações 1997

Depois de duas edições exitosas, a Copa do Rei Fahd partiu para sua terceira competição em 1997. Mais do que isso, o sucesso chamou a atenção da FIFA, que organizou o torneio em conjunto com os sauditas. Foi o primeiro passo para a entidade criar uma alternativa um ano antes e um depois da sua Copa do Mundo.
O campeonato foi rebatizado: Copa das Confederações. E foi feita mais uma expansão no número de participantes, de seis para oito, com a adição dos campeões da Oceania e da próprio Mundial de seleções. Austrália e Brasil ocuparam estas vagas, juntando-se à Arábia Saudita, Emirados Árabes, África do Sul, México, Uruguai e República Tcheca (que substituiu a Alemanha).
Com a dupla Ronaldo e Romário no auge do entrosamento, a Seleção Brasileira entrou de longe com a maior favorita ao título. No grupo A, estreou com vitória por 3 a 0 sobre a anfitriã Arábia Saudita. Na segunda rodada, porém, o time não saiu do 0 a 0 com a Austrália e adiou a classificação. No confronto direto com o México, no terceiro jogo, os jogadores passaram um pouco de aperto, mas venceram por 3 a 2 e garantiram a liderança da chave, com sete pontos. Os australianos, que arrancaram uma vitória por 3 a 1 dos mexicanos na estreia ficaram com a outra vaga, com quatro pontos. O México morreu com três pontos, assim como os sauditas.
No grupo B, o Uruguai dominou com três vitórias e nove pontos. A República Tcheca se complicou no empate com a África do Sul na estreia, mas passou em segundo com quatro pontos. Os Emirados Árabes somaram três e os sul-africanos, apenas um.
Na semifinal, o Brasil encarou os tchecos e venceu por 2 a 0, gols de Romário e Ronaldo. No outro lado, a Austrália surpreendeu o time uruguaio e fez 1 a 0 no gol de ouro da prorrogação. Na disputa do terceiro lugar, a República Tcheca venceu o Uruguai por 1 a 0.
Em mais um campeonato com todas as partidas no Estádio King Fhad, em Riad, brasileiros e australianos fizeram a final. E se na primeira fase faltaram gols no confronto, na decisão eles sobraram para o time canarinho. Com três tentos de Ronaldo e outros três de Romário, o Brasil goleou por 6 a 0 e levou seu primeiro de quatro títulos na Copa das Confederações.

A campanha do Brasil:
5 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 14 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Karel Novák/Getty Images

Brasil Campeão Olímpico 2020

Os Jogos Olímpicos de Tóquio foram realizados em tempos difíceis. A pandemia do coronavírus atrasou as disputas de 2020 para 2021, mas a vontade dos atletas de vencer permaneceu a mesma. E na melhor participação brasileira em um século de história olímpica, o futebol masculino não poderia ficar de fora da festa, conquistando o bicampeonato nos gramados japoneses. A competição seguiu o mesmo regulamento das últimas edições, com 16 seleções divididas em quatro grupos. A única mudança foi forçada pelo adiamento do evento: jogadores de 24 anos foram autorizados pela FIFA e pelo COI a participarem das partidas.
A pressão pela conquista do ouro já era coisa do passado, e o Brasil começou a jornada no grupo D da primeira fase. A estreia foi contra a Alemanha, vencendo por 4 a 2. Na segunda rodada, um empate chato por 0 a 0 contra a Costa do Marfim. A classificação foi confirmada no terceiro jogo, em vitória por 3 a 1 sobre a Arábia Saudita. Com sete pontos, a Seleção Brasileira ficou na liderança da chave. Nas quartas de final, o Brasil passou pelo Egito com vitória simples, por 1 a 0. Na semifinal, foi a vez de eliminar o México (na revanche de 2012) com 4 a 1 nos pênaltis após 0 a 0 na partida e na prorrogação. A final foi contra a Espanha, que havia passado sobre Argentina, Austrália, Costa do Marfim e Japão. Mas antes da decisão, teve a disputa do bronze, com os mexicanos fazendo 3 a 1 sobre os japoneses.
A medalha de ouro foi decidida em Yokohama, no Estádio Internacional - o mesmo em que o Brasil levou o penta na Copa do Mundo, em 2002. Depois de 19 anos, o reencontro com o palco foi sem público na arquibancada e de jogo tenso em campo. O placar foi aberto aos 47 minutos do primeiro tempo, com Matheus Cunha. Antes, Richarlison tinha perdido um pênalti, atirando a bola para fora. Os espanhóis empataram aos 16 do segundo tempo, com Mikel Oyarzabal. A partida foi à prorrogação, e aos três da segunda etapa extra Malcom recebeu assistência de Antony para fazer 2 a 1. Os 12 minutos restantes foram de muita emoção, mas a Espanha não conseguiu reagir e o Brasil segurou o resultado para conquistar o segundo título olímpico.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 10 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Fernando Vergara/AP

Brasil Campeão Olímpico 2016

Demorou 120 anos, mas as Olimpíadas enfim desembarcaram na América do Sul. A cidade escolhida para o momento histórico, nos Jogos de 2016, foi o Rio de Janeiro. E precisava ser no Brasil mesmo para que uma espera de 64 chegasse ao fim. A Seleção Brasileira de futebol estreou nos Jogos Olímpicos na edição de 1952, em Helsinque, em uma época em que apenas seleções amadoras eram autorizadas a participar. De lá até 2012 o Brasil amargou péssimos resultados, como quedas para equipes de menor nome nas fases de grupos e derrotas categóricas para as forças máximas do lado socialista, que dominou o pódio até os anos 1980.
E a sonhada medalha ouro veio depois de uma campanha invicta. Mas o começo dela foi preocupante. No grupo A da primeira fase, a Canarinho estreou com empate sem gols contra a África do Sul. A sequência seguiu com outro 0 a 0, desta vez contra o Iraque. Com a situação precisando ser revertida imediatamente para que o vexame de ser eliminado cedo diante do próprio torcedor fosse evitado, o Brasil enfrentou a Dinamarca precisando vencer. E conseguiu, goleando-a por 4 a 0. Com cinco pontos, a seleção ficou na primeira posição da chave. Nas quartas de final, vitória por 2 a 0 sobre a Colômbia. A semifinal foi contra Honduras, e com acachapantes 6 a 0 o time o brasileiro chegou na decisão.
A final foi contra a carrasca do 7 a 1 na Copa do Mundo 2014: a Alemanha. Ela chegou lá após passar por México, Fiji, Portugal e Nigéria. Na disputa pelo bronze, antes da decisão, os nigerianos bateram os hondurenhos por 3 a 2. Brasileiros e alemães se enfrentaram no Maracanã. Ambas as equipes nunca haviam vencido uma Olimpíada no futebol masculino. E com essa credencial, somada à do 7 a 1, era possível cortar a tensão no gramado com uma faca. Neymar abriu o placar, de falta, aos 27 minutos do primeiro tempo. Aos 14 do segundo, Max Meyer empatou. O 1 a 1 ficou no placar pelo resto dos 120 minutos da partida, e a definição a favor do Brasil veio nos pênaltis: 5 a 4, com Nils Petersen tendo a última cobrança alemã defendida por Weverton e Neymar convertendo a derradeira do time brasileiro, para delírio da torcida.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 3 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 13 gols marcados | 1 gol sofrido


Foto Ricardo Stuckert/CBF

Brasil Campeão da Copa América 2019

Pela quinta vez na história, e pela segunda na era moderna, o Brasil sediou a Copa América, em 2019no que completou a inversão iniciada em 2015 com o Chile. Nada mudou em relação às edições normais anteriores do torneio, com 12 participantes. O que mudou foram os convidados: pela primeira vez desde 1993, o México estava de fora. Aí, a coitada da geografia sofreu, a Ásia virou América, e Japão e Catar foram chamados para jogar. Mas o mais importante era saber que o Brasil jamais havia perdido a competição em casa. Era preciso manter a escrita.
Escaldada pelos fracassos recentes na últimas quatro Copas do Mundo e nas últimas três Copas América, a Seleção Brasileira foi reconquistando a confiança da torcida aos poucos. Sem Neymar (lesionado), os condutores do time foram Everton (o Cebolinha), Gabriel Jesus, Philippe Coutinho e Daniel Alves. Todos eles estiveram comandados pelo técnico Tite. No grupo A da primeira fase, a estreia foi com vitória por 3 a 0 sobre a Bolívia. Depois, o empate por 0 a 0 com a Venezuela gerou algumas dúvidas no torcedor. A situação melhorou na rodada final, na goleada por 5 a 0 no Peru. Líder com sete pontos, o time canarinho enfrentou o Paraguai nas quartas de final. Após empate sem gols nos 90 minutos, classificação por 4 a 3 nos pênaltis. Os traumas das eliminações de 2011 e 2015 na mesma fase, para o mesmo adversário e na mesma condição, enfim foram superados. Na semifinal, contra a Argentina, os hermanos não tiveram chance e a seleção avançou ao vencer por 2 a 0.
A final foi disputada no Maracanã contra o Peru, que apesar da goleada sofrida anteriormente se recuperou eliminado Uruguai e Chile no mata-mata. Com o favoritismo e as arquibancadas ao seu lado, o Brasil não deu chances aos peruanos e venceu por 3 a 1. Everton abriu o placar para os brasileiros. De pênalti, Guerrero deu um susto ao empatar a partida. Ainda no primeiro tempo Gabriel Jesus fez o segundo, antes de sair expulso de campo e dar um pouco de esperança ao adversário. Perto do fim, Richarlison fez o terceiro gol, de pênalti. A conquista da Copa América de 2019 é a nona na história do Brasil, que ainda se mantém distante dos 15 títulos do Uruguai e dos 14 da Argentina.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 13 gols marcados | 1 gol sofrido


Foto Luis Acosta/AFP

Brasil Campeão da Copa América 2007

Após a única disputa de Copa América em ano par desde 1975, a Conmebol voltou à programação original na edição de 2007, seguindo com a transição do período bienal para quadrienal. A sede foi a Venezuela, completando o rodízio que colocou os dez países como anfitriões iniciado em 1987. Pela primeira vez na organização, o país fez uma estrutura só vista em Copas do Mundo, com nove estádios, quase todos grandes demais para um futebol nem tão popular assim por lá.
Com uma equipe extremamente modificada em relação à que fracassou na Copa do Mundo de 2006, o Brasil entrou para defender o título de maneira desacreditada. E a estreia parecia comprovar as previsões, pois o time treinado por Dunga perdeu por 2 a 0 para o México, atuando mal. A recuperação veio no jogo seguinte, ao vencer o Chile por 3 a 0, todos os gols marcados por Robinho. O artilheiro manteve a pegada na última rodada, ao fazer o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Equador, que deixou os brasileiros na vice-liderança do grupo B, com seis pontos. Classificado às quartas de final, o Brasil voltou a encontrar a equipe chilena. E se na fase inicial foram, no mata-mata conta dobrou: 6 a 1, fora o baile. Mas a grande dificuldade estava por vir na semifinal, contra o Uruguai. A seleção Canarinho ficou duas vezes à frente do placar, mas cedeu o empate em ambas as oportunidades. O 2 a 2 levou a partida aos pênaltis, e por 5 a 4 o Brasil conquistou seu lugar na decisão.
E pela segunda vez seguida a final contaria com Brasil e Argentina. Para chegar junto, os hermanos tiveram que derrubar pelo caminho Colômbia, Peru e México. Mas diferentemente do que aconteceu três anos antes, o jogo reservou pouca emoção no Pachencho Romero, em Maracaibo. Isso porque Júlio Baptista abriu o placar com um golaço logo aos quatro minutos. Aos 40, o zagueiro Roberto Ayala tentou cortar uma bola cruzada na área e acabou atirando contra o próprio gol, ampliando para os brasileiros. Aos 24, Daniel Alves fechou a conta, marcando 3 a 0. O resultado consolidou mais um tempo de fila à Argentina (e que dura até a atualidade), além do oitavo título de Copa América ao Brasil.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 15 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Sérgio Pinto/CBF

Brasil Campeão da Copa América 2004

Conforme avança a história da Copa América, é possível observar muito bem como ela correu ao longo dos anos. Recriada para acontecer de quatro em quatro anos na década de 70, foi reduzida para ser de dois em dois nos anos 80. A conta foi assim até 2001, quando a Conmebol reorganizou mais uma vez, colocando a edição seguinte três anos depois, em 2004. O plano não era torná-la trienal (porque uma hora iria se chocar com a Copa do Mundo), mas sim adaptar de maneira gradual para ser novamente quadrienal. Assim, três disputas ocorreriam nesse intervalo especial.
Jogada no Peru, a Copa América teve a sua hegemonia recuperada pelo Brasil, que poupou o time principal e levou à campo uma equipe B, quase inteira de jovens e comandada pelo meia Alex, o goleiro Júlio César, e os atacantes Luís Fabiano e Adriano. No grupo C da primeira fase, a estreia foi contra o Chile, vencendo por 1 a 0 com o gol marcado aos 45 minutos do segundo tempo. Contra a Costa Rica, goleada por 4 a 1 classificou o time antecipadamente. Na vez de enfrentar o Paraguai, porém, o time canarinho perdeu por 2 a 1, terminando a chave em segundo lugar, com seis pontos. Nas quartas de final, o Brasil se recuperou e goleou o México por 4 a 0. Na semifinal, empate por 1 a 1 com o Uruguai e vitória nos pênaltis por 5 a 3.
Eis que chega a decisão. E nela estão Brasil e Argentina, que eliminou Equador, Peru e Colômbia. A partida aconteceu no Nacional de Lima e até hoje povoa o imaginário do torcedor. Com os principais jogadores, o time argentino ficou duas à frente do placar. A primeira foi dos 20 até aos 45 do primeiro tempo, quando o zagueiro Luisão empatou pela primeira vez. E outra foi a partir dos 42 da etapa final, quando pareceu que o título seria da Argentina. Mas aos 48 minutos, Adriano recebeu a bola na entrada da área e, sem deixar ela cair no gramado, girou batendo no canto esquerdo do goleiro Roberto Abbondanzieri. O 2 a 2 levou o jogo aos pênaltis. Andrés D'Alessandro e Gabriel Heinze perderam suas cobranças, enquanto quatro brasileiros acertaram as suas. Nem precisou da quinta: por 4 a 2, o Brasil conquistou sua sétima Copa América.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 3 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 13 gols marcados | 6 gols sofridos 


Foto Orlando Kissner/AFP/Getty Images

Brasil Campeão da Copa América 1999

Em uma confederação com somente dez países, sempre foi mais complicado de organizar competições entre seleções, mas a Copa América nunca chegou a subverter tanto a geografia como faria em 1999. Ancorado no Paraguai, um dos dois convidados foi o já corriqueiro México, Já o outro, não foi nem Estados Unidos ou Costa Rica - os de edições anteriores -, mas o Japão. Isso mesmo que você leu, uma equipe da Ásia jogando na América do Sul. Tudo parte de um acordo que envolveu a Toyota, patrocinadora máster da Libertadores desde um ano antes. Os "penetras" não foram longe: empataram um jogo, perderam dois e se despediram ainda na fase de grupos.
A disputa pelo título ficou concentrada nos irmãos mais velhos, de sangue. Com uma equipe bem renovada, disposta a esquecer rápido o vice na Copa do Mundo de 1998, o Brasil entrou louco para levar o hexa e manter a hegemonia em seu quintal. Na estreia já veio o primeiro furacão: goleada por 7 a 0 sobre a Venezuela, lembrada até hoje devido ao golaço do então garoto de 19 anos Ronaldinho, dando um chapéu no zagueiro. Foi o primeiro dele com a camisa Canarinho, logo na sua primeira partida, entrando no segundo tempo. Na sequência, vitórias por 2 a 1 sobre o México e por 1 a 0 sobre o Chile garantiram a liderança do grupo B, com nove pontos. O adversário nas quartas de final foi a Argentina, que antes havia perdido por 3 a 0 para a Colômbia e visto seu atacante Martín Palermo perder três pênaltis neste jogo. A vitória no clássico aconteceu por 2 a 1, de virada. Na semifinal, outro triunfo sobre o México, agora por 2 a 0.
Chegada a final, o rival do Brasil foi o Uruguai, repetindo o confronto pela quarta vez nas últimas oito edições. O palco foi o Defensores del Chaco, em Assunção. Mas desta vez a dificuldade não chegou nem perto dos resultados apertados de 1983, 1989 e 1995. Com 20 minutos de partida, Rivaldo já abria o placar ao time brasileiro. Aos 27, outra vez ele mandou a bola no fundo da rede. E no primeiro minuto do segundo tempo, Ronaldo fez 3 a 0 e fechou o placar da decisão. Pela sexta vez, Brasil campeão da Copa América.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 17 gols marcados | 2 gols sofridos 


Foto Arquivo/Gazeta Press

Brasil Campeão da Copa América 1997

A concorrida década de 90 foi marcada por surpresas, inícios e quedas de tabu na Copa América. Dois destes fatos aconteceram na edição de 1997, sediada na Bolívia. Houve muita reclamação por parte de várias seleções com a escolha, pois a maioria dos estádios escolhidos localizavam-se nas grandes altitudes bolivianas, como La Paz (3.637 metros), Oruro (3.702), Sucre (2.810) e Cochabamba (2.582). O ar rarefeito fez certa diferença nas eliminações do Uruguai, na primeira fase, e da Argentina, contra o Peru nas quartas de final. Acerca disto, a competição teve um novo estreante, a convidada Costa Rica.
Só um fator ficou inalterado no torneio: o favoritismo do Brasil. Atuando na única cidade ao nível do mar - Santa Cruz de la Sierra -, a seleção Canarinho estava disposta a dar um fim no incômodo de nunca ter vencido a competição fora de seu país. E sob a liderança ofensiva da dupla Ronaldo e Romário, todos "engoliram" o título do time do técnico Zagallo. No grupo C, a estreia foi com uma tranquila goleada por 5 a 0 sobre a Costa Rica. A dificuldade subiu contra o México, uma sofrida vitória de virada por 3 a 2. Com a classificação garantida, a equipe bateu a Colômbia por 2 a 0 na rodada final e encerrou na liderança, com nove pontos. Nas quartas de final, nova vitória por 2 a 0, agora sobre o Paraguai. E na semifinal, o Brasil aplicou impiedosos 7 a 0 sobre o Peru.
O adversário brasileiro na decisão foi a Bolívia, que até ali despachou Uruguai, Colômbia e México. Se a seleção tinha feito todos os jogos no "bem-ventilado" Ramón Aguilera, em Santa Cruz, agora teria de subir o morro até o Hernando Siles, em La Paz, onde os bolivianos atuaram em todas as partidas. O problema já era previsto, mas a qualidade técnica muito maior por parte do Brasil atenuou a questão da falta de fôlego. O primeiro gol demorou para sair, e foi com Denílson aos 40 minutos do primeiro tempo. Aos 45, a Bolívia empatou e conseguiu deixar o jogo amarrado. Mas os brasileiros souberam se poupar e os gols da vitória aconteceram no segundo tempo. Antes com Ronaldo, aos 34 minutos, e depois com o substituto Zé Roberto, aos 45 minutos. A vitória por 3 a 1 trouxe o penta com 100% de aproveitamento e, finalmente, a primeira taça estrangeira da Copa América para o Brasil.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 22 gols marcados | 3 gols sofridos 


Foto Alexandre Battibugli/Placar

Brasil Campeão da Copa América 1989

Agora de dois em dois anos, a Copa América segue seu itinerário e desembarca no Brasil para 1989. Junto surgiram outras mudanças: como uma mudança mais radical no regulamento, que dobrou o número de jogos de 13 para 26. A partir desta edição, os dez participantes ficaram divididos em dois grupos de cinco, com líderes e vices avançando para o quadrangular final. Assim, o campeão perderia seu benefício de entrar direto na semifinal. Apesar do aumento nas partidas, a duração da competição foi reduzida para 15 dias.
Dono da casa após 40 anos, o Brasil convivia com uma sina que duraria ainda mais tempo, o de nunca ter vencido uma Copa América sem ser como país-sede. Portanto, estas mesmas quatro décadas somavam um longo jejum de títulos no continente. O caminho para o tetra começou em Salvador, que sediou o grupo A junto com Recife. Na Fonte Nova, o time fez 3 a 1 na Venezuela. Mas após a estreia vieram os problemas: dois empates sem gols contra Peru e Colômbia. A relação com a torcida baiana ficou ruim, e a seleção fez a última partida no Arruda. Com o apoio dos pernambucanos, o Brasil fez 2 a 0 no Paraguai e se classificou na vice-liderança, empatado em seis pontos com os próprios paraguaios, que tiveram melhor saldo de gols. Do grupo B, sediado totalmente em Goiânia, no Serra Dourada, Argentina e Uruguai garantiram as outras vagas.
O quadrangular final foi jogado totalmente no Rio de Janeiro. A estreia do Brasil foi contra a Argentina, e mais de 100 mil pessoas foram ao Maracanã para vez a vitória por 2 a 0 e o lindo gol de voleio marcado por Bebeto, o que abriu o placar. Na segunda rodada, 3 a 0 sobre o Paraguai, que eliminou o adversário e manteve a Canarinho na briga pelo título. Nos demais jogos, o Uruguai fez exatamente os mesmos resultados sobre os rivais.
Empatados em tudo, Brasil e Uruguai decidiram a Copa América de 1989 no mesmo 16 de julho que definiu a Copa de 1950. E os velhos fantasmas retornaram para assombrar a cabeça dos mais de 148 mil torcedores no Maracanã. Mas a história seria reescrita aos quatro minutos do segundo tempo, quando Romário testou o cruzamento de Mazinho e fez 1 a 0. O placar manteve-se até o fim, e o Brasil acabou com a fila em seu próprio território. Faltava ainda ser campeão fora do país.

A campanha do Brasil:
7 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 11 gols marcados | 1 gol sofrido


Foto César Loureiro/Agência O Globo