Bahia Campeão Baiano 2020

Com 191.401 casos e 3.899 mortes por Covid-19 até 8 de agosto, a Bahia conheceu seu campeão estadual. O Bahia conquistou o incrível número de 49 títulos baianos na sua história de 89 anos.

Devido ao fato de o clube ter participado ao mesmo tempo da Copa do Nordeste, o time B foi o mais utilizado no Baianão, embora o time principal tenha atuado na volta da final. Na primeira fase, o Tricolor de Aço ficou na liderança entre dez times, com 18 pontos. De quebra, viu o rival Vitória ser eliminado em quinto lugar, com apenas 13.

O campeonato precisou ser paralisado na sétima rodada por causa da pandemia e só voltou depois de quatro meses, mas isso não tirou o Bahia do caminho do tricampeonato. Na semifinal contra o Jacuipense, a equipe tricolor triunfou na ida por 2 a 0 e empatou a volta por 2 a 2.

A final foi disputada contra o Atlético de Alagoinhas, em duas partidas no Pituaçu vazio. Na primeira, 0 a 0. Na segunda, o Bahia largou atrás no placar, mas buscou o 1 a 1 e levou a parada aos pênaltis. E com um longo 7 a 6, o time do técnico Roger Machado ficou com o título.

A campanha do Bahia:
13 jogos | 6 vitórias | 6 empates | 1 derrota | 17 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Daniel Duarte/AFP/Getty Images (26/02/2020: Nacional-PAR x Bahia)

Palmeiras Campeão Paulista 2020

Com 621.731 casos e 25.016 mortes por Covid-19 até 8 de agosto, São Paulo conheceu seu campeão estadual. O Palmeiras chegou ao seu 23º título após 12 anos de fila, que também foram precedidos por 12 anos de intervalo entre conquistas.

Mas o que há de comum entre 1996, 2008 e 2020? O técnico do Verdão nos três títulos foi Vanderlei Luxemburgo, que também levou as taças de 1993 e 1994. Ou seja, as últimas cinco taças estaduais do clube pertencem também ao mesmo comandante.

Na primeira fase do Paulistão, o Palmeiras liderou o grupo B com 22 pontos, dois a menos que o vice Santo André. Aqui, a competição ficou mais de quatro meses paralisada. Nas quartas de final, o Alviverde enfrentou o próprio Santo André, o qual venceu por 2 a 0 na eliminatória única. Na semifinal, a vitória foi sobre a Ponte Preta, por 1 a 0.

Na final, o adversário foi Corinthians. Foi a sétima decisão estadual na história da rivalidade. Na ida, na Arena Corinthians, empate sem gols. A volta foi no Allianz Parque, e o Palmeiras vencia até os 51 do segundo tempo, quando sofreu o 1 a 1 e precisou da disputa por pênaltis para ser campeão, por 4 a 3.

A campanha do Palmeiras:
15 jogos | 8 vitórias | 5 empates | 2 derrotas | 18 gols marcados | 6 gols sofridos 


Foto César Greco/Palmeiras

CRB Campeão Alagoano 2020

Com 64.194 casos e 1.633 mortes por Covid-19 até 5 de agosto, Alagoas conheceu seu campeão estadual. Depois de três anos, o CRB reconquistou o título estadual. Na primeira fase, o Galo da Pajuçara liderou antes e depois da pausa em razão da pandemia.

O torneio parou em meio à sexta rodada, e só voltou para o restante e a última após mais de quatro meses, no fim de julho. O CRB marcou 13 pontos, com quatro vitórias, um empate e duas derrotas.

A fase final foi diminuída de confrontos de ida e volta para jogos únicos. Na semifinal, o Galo enfrentou o ASA, em partida que acabou sem gols. Nos pênaltis, vitória por 3 a 1 colocou o time regatiano na grande final, contra o rival CSA. Sem a presença de torcida, o Rei Pelé recebeu um bom jogo, que acabou 1 a 0 para o CRB, gol de Igor. Este foi o 31º título alagoano na história alvirrubra.

A campanha do CRB:
9 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 13 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas

Salgueiro Campeão Pernambucano 2020

Com 100.321 casos e 6.758 mortes por Covid-19 até 5 de agosto, Pernambuco conheceu seu campeão estadual. O Salgueiro, pela primeira vez desde a fundação, em 1972, conseguiu o título de um jeito histórico. Na primeira fase, o Carcará ficou na vice-liderança, com 16 pontos, cinco vitórias, um empate e três derrotas, ficando assim nove pontos distante do líder Santa Cruz. A pandemia obrigou a competição a paralisar por quatro meses, entre a penúltima e a última rodadas.

Seis times avançaram para o mata-mata, e o Salgueiro teve o privilégio de se classificar diretamente à semifinal. O Afogados venceu o Retrô nas quartas e foi o adversário do Carcará na primeira eliminatória do futuro campão. Com 3 a 0 em partida única, o Salgueiro foi à final contra o Santa Cruz. 

O jogo de ida foi no Cornélio de Barros, e terminou empatado por 1 a 1. A volta foi no Arruda, em Recife, e o empate desta vez foi por 0 a 0. Nos pênaltis, o Carcará venceu por 4 a 3 e conquistou o inédito título pernambucano, o primeiro de um clube do interior em 105 anos de campeonato.

A campanha do Salgueiro:
12 jogos | 6 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 16 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Paulo Paiva/Diário de Pernambuco

Athletico-PR Campeão Paranaense 2020

Com 85.317 casos e 2.164 mortes por Covid-19 até 5 de agosto, o Paraná conheceu seu campeão estadual. O Athletico-PR conquistou o tricampeonato com uma boa tranquila. Na primeira fase, o clube ficou em terceiro lugar entre os 12 participantes, com 22 pontos, sete vitórias, um empate e três derrotas, e dois pontos a menos que o líder Coritiba.

A primeira fase aconteceu antes da paralisação. A pandemia do novo coronavírus parou as atividades por quatro meses. O mata-mata foi jogado totalmente sem público nos jogos. Nas quartas de final, o Furacão enfrentou o Londrina, e se classificou com empate por 1 a 1 fora e goleada por 5 a 0 em casa. Na semifinal, o time rubro-negro despachou o FC Cascavel com goleada por 5 a 1 em casa e empate sem gols fora.

A decisão foi no clássico Atletiba. A ida foi jogada na Arena da Baixada, e terminou com vitória por 1 a 0 ao Athletico. A volta aconteceu no Couto Pereira, e o Coritiba vencia até aos 45 minutos do segundo tempo, quando Khellven empatou. Aos 47, Nikão virou para 2 a 1 e confirmou o 26º estadual do Furacão.

A campanha do Athletico-PR:
17 jogos | 11 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 37 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Matheus Sebenello/MowaPress

Ceará Campeão da Copa do Nordeste 2020

Maior campeonato regional do Brasil, a Copa do Nordeste de 2020 encerrou com o Ceará conquistando o título de bicampeão, cinco anos após a primeira vez. O regulamento foi igual ao do da temporada anterior, e o Vozão ficou no grupo B, enfrentando os clubes da chave A.

Nas primeiras partidas, cinco empates em sequência: 2 a 2 em casa contra o Freipaulistano, 1 a 1 no Castelão contra o Fortaleza, 0 a 0 fora de casa contra o ABC, 2 a 2 em casa contra o Bahia e outro 2 a 2 em casa contra o Botafogo-PB. Depois disso, o Ceará não empataria mais, nem mesmo perderia.

A primeira vitória foi contra o River do Piauí, em Teresina, por 4 a 0. No último jogo que faria em Fortaleza, em 15 de março, o Alvinegro venceu o Sport por 2 a 1. Então, a pandemia de Covid-19 obrigou o campeonato a paralisar por quatro meses.

Em 22 de julho, a Copa do Nordeste voltou com a última rodada da primeira fase. Nela, o Ceará enfrentou o CRB e venceu por 2 a 1, no Barradão, em Salvador. A Bahia foi escolhida como sede única para a conclusão do torneio, sem a presença de torcida nos estádios.

O Vozão terminou a fase de grupo em segundo lugar, com 14 pontos e uma vitória a menos que o líder Confiança. Nas quartas de final, o Ceará jogou contra o Vitória e se classificou ao fazer 1 a 0. A semifinal foi contra o rival Fortaleza, e o Clássico-Rei acabou com novo 1 a 0 aos alvinegros.

Na final, o Ceará enfrentou o Bahia em duas partidas no Pituaçu. Na primeira, vitória de virada por 3 a 1 sobre os "donos da casa". Na segunda, o placar foi mais simples, somente 1 a 0. O gol do título foi marcado por Cléber. A conquista cearense fica ainda maior com o fato de ter sido de maneira invicta, embora o clube tenha tido três técnicos na campanha: Argel Fucks, Enderson Moreira e Guto Ferreira.

A campanha do Ceará:
12 jogos | 7 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 17 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Kely Pereira/AGIF (21/10/2020: Fortaleza x Ceará)

Internazionale Campeã Mundial 2010

Os Emirados Árabes foram muito bem na organização de seu primeiro Mundial de Clubes. Para a segunda edição, pouca gente ainda sentia falta do Japão. Mas o que quase ninguém poderia imaginar é que, pela primeira vez em 50 anos, a decisão não seria entre Europa e América do Sul.

Na Liga dos Campeões, a Internazionale quebrou 45 anos de fila ao derrotar o Bayern de Munique na final e ser tricampeão europeu. No caminho natural, o clube milanista chegaria ao Oriente Médio para esperar o campeão da Libertadores na decisão, o Internacional, que foi bicampeão ao derrotar o Chivas Guadalajara na derradeira.

O encontro dos xarás não aconteceria. Mas enquanto ninguém sabia disso, confirmavam-se os outros participantes: o Al-Wahda, pelo campeonato local; o Pachuca, pela Concacaf; o Seongnam Ilhwa, pela Ásia; e o Hekari United, pela Oceania. Faltou um, e é ele o responsável pela primeira grande zebra em Mundiais. Direto da República do Congo, o Mazembe foi tetracampeão da Liga dos Campeões da África depois de bater o Espérance Tunis com 5 a 0 na ida e 1 a 1 na volta.

A competição teve início com o encontro entre Al-Whada e Hekari, e os donos da casa não tiveram problemas para fazer 3 a 0 no clube da Papua-Nova Guiné. Nas quartas de final, os sul-coreanos do Seongnam fizeram 4 a 1 no anfitrião, e o Mazembe aprontou a primeira ao ganhar por 1 a 0 do Pachuca.

A história do Mundial aconteceu na semifinal. O Internacional era amplo favorito contra os congoleses, mas Patou Kabangu e Alain Kaluyituka acabaram com a lógica no segundo tempo, fazendo 2 a 0 nos brasileiros. O raio cairia três vezes no mesmo lugar? No que dependesse da Internazionale, não. Na outra semi, no dia 15 de dezembro, o Nerazzurri enfrentou o Seongnam e venceu por 3 a 0, gols de Dejan Stankovic, Javier Zanetti e Diego Milito. Aos colorados, sobrou ficar em terceiro lugar, com 4 a 2 sobre o adversário da Coreia do Sul. A quinta posição ficou com o Pachuca, nos pênaltis contra o Al-Whada.

Mazembe e Internazionale jogaram a final no dia 18, no Zayed Sports City, em Abu Dhabi. Os africanos sonharam, arriscaram 16 chutes contra 9 do clube italiano, mas tudo durou pouco. Aos 13 minutos, Goran Pandev abriu o placar, e aos 17, Samuel Eto'o ampliou. Com a partida controlada, a Inter deu o último golpe aos 40 do segundo tempo, quando o reserva Jonathan Biabiany fez 3 a 0. No fim das contas, foi um tricampeonato mundial facilitado pelas circunstâncias. Mas a grande curiosidade da decisão estava na própria equipe milanista: nenhum italiano pisou no gramado durante o jogo. Ou melhor, teve um, o brasileiro naturalizado Thiago Motta.


Foto Matteo Gribaudi/Image Sport