Uruguai Campeão Olímpico 1924

Um Mundial antes de existir a Copa do Mundo. Este era o status do Torneio Olímpico nos anos 20. Conquistar a medalha de ouro era o máximo que um atleta poderia almejar naquela época. Por isso, não é a toa que o Uruguai se considera tetracampeão, somando as vitórias de 1924 e 1928 aos títulos de 1930 e 1950. A edição de 1924 das Olimpíadas foi em Paris. Era a segunda experiência da capital francesa com a organização, e diferentemente de 1900, quando o futebol foi só um evento de demonstração com três times, agora 22 seleções marcariam presença na competição.
A Celeste foi a primeira representação oriunda da América do Sul. Junto com Estados Unidos, Egito e Turquia (na época representante da Ásia), foram as equipes de fora da Europa. O sistema de disputa foi outra vez o mata-mata, com cinco fases. A estreia uruguaia foi na primeira etapa, arrasando por 7 a 0 a Iugoslávia. Nas oitavas de final, derrubou os norte-americanos ao vencer por 3 a 0. A campanha seguiu com mais uma vitória história, desta vez goleando por 5 a 1 a França. A vítima do Uruguai na semifinal foi a Holanda, derrotada por 2 a 1. A partida valendo o ouro seria contra a Suíça, que chegou até a decisão eliminando Lituânia, Tchecoslováquia, Itália e Suécia. Antes, no confronto que valeu a medalha de bronze, suecos bateram holandeses em dois jogos: 1 a 1 no original, 3 a 1 no extra. 
A partida aconteceu no Estádio Olímpico de Colombes, município localizado na região metropolitana de Paris. Com um futebol que encantou não apenas o público presente, como também a Europa inteira, o Uruguai conquistou sua primeira medalha com uma incontestável vitória por 3 a 0. O placar foi aberto por Pedro Petrone aos nove minutos do primeiro tempo. Pedro Cea ampliou aos 20 do segundo. E o lendário Ángel Romano fechou a conta aos 37 minutos. O título da Celeste foi um marco da primeira grande revolução no futebol. Ela aconteceu menos na parte tática e mais na parte das ideias fora de campo, porque foi neste momento que a Europa percebeu que havia vida futebolística fora do seu território. E foi a partir desta escalada uruguaia que o projeto da FIFA de criar uma Copa do Mundo independente começou a sair do papel.

A campanha do Uruguai:
5 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 20 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Arquivo/AUF

Bélgica Campeã Olímpica 1920

As Olimpíadas continuam a fazer sucesso, e cada vez mais países se interessam pela participação no evento. Para a edição de 1916, a cidade alemã de Berlim foi eleita a sede. Um enorme estádio estava sendo construído para abrigar as cerimônias, o atletismo e o futebol, mas tudo viraria pó em 1914, quando o Império Austro-Húngaro e o Reino da Sérvia deram início à Primeira Guerra Mundial. O conflito terminou em 1918, com a vitória dos Aliados (Reino Unido, França e Império Russo) sobre os Impérios Centrais, a Alemanha e a Áustria-Hungria.
O resultado da luta refletiu nos Jogos Olímpicos de 1920, realizado na cidade belga de Antuérpia. As seleções da Alemanha, Áustria, Hungria, Bulgária e Turquia foram banidas da disputa, que contou com a presença de 14 times. Pela primeira vez uma equipe de fora da Europa entrou na competição: o Egito. O sistema de disputa foi o mata-mata. Anfitriã, a Bélgica começou diretamente nas quartas de final. Isto porque sua adversária, a Polônia, desistiu antes do início. Para efeito de tabela, o confronto das oitavas foi considerado W.O., com vitória belga por 2 a 0. A estreia de fato aconteceu contra a Espanha, vencendo-a por 3 a 1. A partir da semifinal, o Torneio Olímpico dividiu-se em dois: os vencedores das quartas partiam para duelos pelo ouro e pela prata, enquanto os perdedores jogavam na busca pelo bronze. Nesta fase, os Diabos Vermelhos (que atuavam de preto) venceram a Holanda por 3 a 0.
A final foi contra a Tchecoslováquia, que até ali despachou Iugoslávia, Noruega e França. A partida aconteceu no Estádio Olímpico de Antuérpia e só durou 40 minutos. Isso porque os tchecos abandonaram o campo em protesto contra a arbitragem, que expulsou o lateral-esquerdo Karel Steiner. Antes, Robert Coppée havia aberto o placar aos seis minutos, e Henry Larnoe fez 2 a 0 aos 30. O resultado foi confirmado pela organização, que puniu a Tchecoslováquia com a eliminação e a perda da medalha de prata. Antes com o bronze, a Espanha herdou o vice, já que a equipe havia derrotado por 3 a 1 a Holanda na decisão do torneio paralelo. O terceiro lugar, finalmente, ficou com os holandeses. E a Bélgica, dona da casa, comemorou sem culpa o ouro, sendo seu único título até a atualidade.

A campanha da Bélgica:
3 jogos | 3 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 8 gols marcados | 1 gol sofrido


Foto Arquivo/RBFA

Bahia Campeão da Copa do Nordeste 2021

Mantendo o mesmo regulamento pela terceira temporada seguida (um grupo enfrentando o outro e depois mata-mata), a Copa do Nordeste de 2021 reencontra um velho campeão. Pela quarta vez, o Bahia conquista o título, acabando com a sina de derrotas decisivas para o Ceará e recuperando a taça já erguida em 2001, 2002 e 2017.

Inteiramente disputada sem a presença de público nos estádios - pois a pandemia de Covid-19 ainda assola o Brasil e não há uma previsão mínima de quando as coisas irão voltar ao normal -, a competição regional começou com o Tricolor de Aço no grupo A da primeira fase. Sua estreia foi contra o Salgueiro fora de casa, triunfando por 3 a 2.

Na sequência, empatou por 1 a 1 com o Botafogo-PB em casa, perdeu por 1 a 0 o clássico contra o Vitória no Barradão, goleou por 4 a 0 sobre o Sport em Salvador, perdeu por 2 a 0 para o CSA em Maceió, triunfou por 5 a 0 sobre o Altos em Pituaçu, perdeu por 2 a 1 para o Fortaleza no Castelão e triunfou por 2 a 1 sobre o ABC em casa.

O Bahia encerrou a fase de grupos na segunda posição, com 13 pontos. Nas quartas de final, enfrentou o CRB em partida única em Salvador, ganhando por 4 a 0. Na semifinal, foi a vez de eliminar o Fortaleza ao empatar por 0 a 0 e ganhar por 4 a 2 nos pênaltis, atuando fora de casa. Do outro lado da chave, o Ceará passou por Sampaio Corrêa e Vitória.

Dessa forma, Ceará e Bahia decidiram a Copa do Nordeste pela terceira vez na história, a segunda consecutiva. Mas diferentemente das outras duas, o Tricolor conseguiria sua revanche. A ida foi em Pituaçu, terminando com derrota por 1 a 0 para os cearenses.

A volta foi no Castelão. O jogo foi dramático, com os baianos abrindo 2 a 0 no segundo tempo, mas sofrendo o 2 a 1 faltando seis minutos para o fim. Na disputa de penalidades, o Bahia chegou ao tetra ao triunfar por 4 a 3, com o goleiro Matheus Teixeira defendendo uma cobrança e o argentino Germán Conti convertendo a bola que decidiu o título.

A campanha do Bahia:
12 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 4 derrotas | 22 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Thais Magalhães/CBF

Grã-Bretanha Campeã Olímpica 1912

Quatro anos avançam, e o Torneio Olímpico começa a ganhar popularidade. Os jogos de 1912 foram sediados em Estocolmo, na Suécia, e a seleção da Grã-Britânica confirmou sua presença para buscar o bicampeonato. O número de equipes saltou para 11, sendo todas da Europa. Inicialmente seriam 14, mas França e Bélgica desistiram e a Boêmia foi novamente rejeitada. O sistema de mata-mata permaneceu, desta vez com uma fase a mais.
A Grã-Bretanha avançou diretamente às quartas de final. Enquanto isso, a Finlândia eliminou a Itália, a Holanda passou pela Suécia e a Áustria surrou a Alemanha. A estreia britânica foi contra a Hungria: goleada por 7 a 0 sem receio. Nos outros confrontos, a Finlândia venceu a Rússia, a Dinamarca atropelou a Noruega e a Holanda bateu a Áustria. Na semifinal, mais uma vitória elástica dos britânicos: 4 a 0 sobre os finlandeses. Ao mesmo tempo, os dinamarqueses eliminaram os holandeses. Na disputa pelo bronze, a Holanda não teve pena da Finlândia e goleou por 9 a 0. Ainda teve um torneio de consolação para os outros eliminados, vencido pela Hungria sobre a Áustria.
Dessa forma, a final olímpica se repetiu. Grã-Bretanha e Dinamarca disputaram o ouro pela segunda vez seguida no Estádio Olímpico de Estocolmo. Diferentemente da tranquilidade encontrada quatro anos antes, o time britânico passou alguns sufocos. Harold Walden abriu o placar aos 10 minutos do primeiro tempo e Gordon Hoare ampliou aos 22, mas Anthon Olsen descontou aos 28. Hoare e Arthur Berry deram indícios de que tudo estaria calmo ao marcarem aos 41 e 43 minutos da etapa inicial. E parecia mesmo tudo sob controle, até que Olsen fez 4 a 2 aos 36 do segundo tempo. Um pequeno susto que não levaria a lugar alguém por falta de tempo. O resultado permaneceu assim até o apito final, e a Grã-Bretanha comemorou o bi na Olimpíada.
O primeiro quarto do século 20 mostrava-se promissor para o futebol e o esporte em geral, mas as tensões políticas estavam subindo no continente europeu. Todo o planejamento olímpico futuro iria para o espaço em 1914, quando deu-se início à Primeira Guerra Mundial.

A campanha da Grã-Bretanha:
3 jogos | 3 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 15 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Arquivo/FA

Grã-Bretanha Campeã Olímpica 1908

A enorme história do futebol olímpico começa de verdade em 1908. Embora os Jogos de 1900 e 1904 tenham contado com a modalidade, elas foram disputadas na época como esporte de exibição, sem a entrega de medalhas. O reconhecimento do COI veio muito tempo depois, com cerca de um século de diferença. A FIFA, por outro lado, não oficializou os resultados. O motivo alegado para isso é que as partidas foram jogadas com clubes ao invés de seleções, mas à boca pequena se diz que o não-reconhecimento se deve ao fato de a entidade futebolística ainda não existir até aquele momento.
A cidade britânica de Londres abrigou a quarta Olímpiada de Verão, a primeira com seleções disputando o futebol. Donas da casa, Inglaterra, Escócia, País de Gales e a ilha da Irlanda juntaram suas forças e formaram o time da Grã-Bretanha. O favoritismo era natural e ficou provado em campo. Oito equipes estavam programas para entrar na disputa, mas somente seis jogaram: a Hungria desistiu e a Boêmia (posterior Tchecoslováquia) foi impedida pela FIFA por não ser um membro da entidade. Na prática, cinco países estavam mobilizados, pois a França participou com dois elencos. A estreia britânica foi nas quartas de final contra a Suécia, em goleada por 12 a 1. Na semifinal, 4 a 0 sobre a Holanda já valeu a vaga na decisão. Na outra chave, a Dinamarca garantia seu lugar ao aplicar 9 a 0 na França B e 17 a 0 na França principal. A humilhação foi tão grande para os franceses que eles sequer fizeram a partida pelo bronze. Os suecos foram resgatados, mas os holandeses fizeram 2 a 0 e ficaram em terceiro.
O jogo pelo ouro foi entre Grã-Bretanha e Dinamarca, no White City. Confirmando o que já se imaginava antes do início do torneio, o time britânico sagrou-se campeão pela primeira vez. O placar foi bem econômico perto do que se viu nas fases anteriores: 2 a 0, gols de Frederick Chapman aos 20 do primeiro tempo e de Vivian Woodward no primeiro minuto do segundo tempo. Assim, o primeiro pódio da história do futebol olímpico estava formado. E nas edições seguintes, a competição encararia um forte crescimento na popularidade.

A campanha da Grã-Bretanha:
3 jogos | 3 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 18 gols marcados | 1 gol sofrido


Foto Arquivo/FA

Jogos Olímpicos: uma história de (muito mais que) 120 verões


"Mais rápido, mais alto, mais forte". Tudo começou antes mesmo do nascimento de Cristo, na Grécia antiga. Competições atléticas eram disputadas regularmente a cada quatro anos, entre os séculos 8º a.C. e 5º d.C., em honra aos deuses. A tradição milenar não resistiu ao avanço do poder dos romanos, que eliminaram e destruíram toda e qualquer referência ao que eles chamavam de "práticas e cultos pagãos". O que ficou em pé o tempo tratou de esconder por mais de centenas de anos.

O local onde ficava Olímpia foi descoberto em meados do século 18 (por volta de 1766), com sua exploração sendo feita por arqueólogos franceses, britânicos e alemães a partir do século 19 (a partir de 1829). E desde esta época houve o desejo de se reviver as Olimpíadas, com festivais surgindo na França e na Grã-Bretanha, além da própria Grécia entre 1796 e 1862. Os mais famosos deste período foram os britânicos, realizados nas cidades de Wenlock e Liverpool, com organizações distintas.

E foi da união das ideias destes dois jogos que as Olimpíadas renasceram de fato. O Barão francês Pierre de Coubertin se inspirou em criar o Comitê Olímpico Internacional após assistir ao evento de Wenlock em 1890. De Liverpool veio o regramento montado em 1865 pela Associação Nacional Olímpica, cujos artigos serviram de base para a futura Carta Olímpica, que é o guia para a organização dos Jogos modernos e o comando do Movimento Olímpico atual.

O COI foi fundado em 1894, em Paris. No seu primeiro congresso, ficou definido que o retorno das Olimpíadas aconteceria dois anos depois, em Atenas, e que cada edição seria disputada da mesma forma como na Antiguidade: a cada quatro verões e com atletas amadores. A diferença é que o mundo do fim do século 19 era outro, e Coubertin estabeleceu que os Jogos teriam de ter rotatividade internacional. Foi nesta reunião que também foi cunhada a frase "Citius, Altius, Fortius", pelo padre Henri Didon, amigo de Coubertin. Ela se tornaria no Lema Olímpico a partir de 1924.

A primeira Olimpíada da era moderna foi aberta no dia 6 de abril de 1896, na capital grega. Com nove modalidades, foi um sucesso entre atletas e público. Mas entre as quase dez disputas no programa, nenhuma era o futebol. Crescente na Europa na virada para o século 20, o esporte bretão entrou para o calendário em 1900, em Paris. Como modalidade de exibição (sem a entrega de medalhas) e com presenças de clubes ao invés de seleções nacionais, a primeira edição foi vencida pelos britânicos do Upton Park, batendo os franceses da USFSA e os belgas da Université de Bruxelles.

Em 1904, em Saint Louis, os canadenses do Galt superaram os norte-americanos do Christian Brothers College e do St. Rose Parish. Esta segunda jornada também foi considerada de exibição na época. Somente décadas mais tarde que o COI oficializou as duas demonstrações e outorgou medalhas retroativas aos ganhadores. Medalhas estas que só viraram tradição nas Olimpíadas nesta mesma terceira edição: em Atenas, campeões recebiam prata e vices ficavam com bronze. Em Paris, os vencedores ganhavam um troféu. Ouro antes de prata e bronze, só a partir dos Jogos no sul dos Estados Unidos.

Voltando ao futebol... a competição ganhou ares importantes quando a Olimpíada foi abrigada pela terra onde o esporte nasceu: Londres, em 1908. De lá para cá foram 24 disputas, com duas pausas devido à guerra, uma devido a incertezas, além de várias mudanças no chamamento dos jogadores. É a partir daqui a história vai começar, seguindo o que de mais importante aconteceu no evento principal. Evento esse que reúne o mundo esportivo independentemente da situação, capaz de superar até mesmo duas lutas armadas e duas pandemias.

Portugal Campeão da Eurocopa 2016

A constante expansão da Eurocopa teve mais um passo na edição de 2016, quando a UEFA aumentou mais uma vez o número de seleções participantes e de grupos, passando de 16 para 24 e de quatro para seis. Com quase meio continente na disputa, houve o recorde de estreantes nos estádios da França, a sede do torneio: cinco, com as de Islândia e País de Gales tornando-se as mais memoráveis, de campanhas até as quartas e até a semifinal, respectivamente. Fora disso, o título ficou com a uma equipe que vinha de muitas batidas na trave e que contava (e ainda conta) com um dos melhores jogadores do século. Portugal e Cristiano Ronaldo atingiram o auge da relação.
No grupo F, a campanha portuguesa iniciou longe de parecer um time campeão. Foram três empates nas três partidas. Começou no 1 a 1 com a Islândia, continuou no 0 a 0 com a Áustria e terminou no 3 a 3 com a Hungria. A classificação ficou ameaçada na rodada final, já que os húngaros ficaram três vezes à frente do placar, mas Portugal conseguiu no fim uma vaga de terceiro colocado, com apenas três pontos. Depois de tantos três, era a hora do mata-mata. O adversário nas oitavas de final foi a Croácia, vencida somente na prorrogação, por 1 a 0. Nas quartas, mais um empate, agora por 1 a 1 contra a Polônia. Nos pênaltis, 5 a 3 aos portugueses. A semifinal foi jogada contra o País de Gales, e Portugal fianlmente conseguiria uma vitória nos 90 minutos: 2 a 0, com gols de Cristiano Ronaldo e Nani.
Na decisão, o encontro com a dona da casa França, que eliminou Irlanda, Islândia e Alemanha. O jogo no Stade de France, em Saint-Denis, foi o tempo todo sob tensão. O capitão CR7 só durou 25 minutos em campo, sendo substituído após sofrer lesão. A partida desenrolou sem gols por 108 minutos, invadindo a prorrogação. Aos quatro do segundo tempo extra, coube ao reserva Eder anotar o gol do título, com um chute forte e rasteiro de fora da área, sem alcance para o goleiro Hugo Lloris. Calando quase todo o estádio, enfim estava selada a conquista tão sonhada de Portugal. Depois de tantas tentativas frustradas, algumas bem dolorosas, era a hora da comemoração.

A campanha de Portugal:
7 jogos | 3 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 9 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Nick Potts/Empics/Getty Images