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Fluminense Campeão da Copa Rio Internacional 1952

Apesar das desistências dos campeões de Espanha, Inglaterra e Escócia, a primeira edição da Copa Rio Internacional, em 1951, foi bem-sucedida. Tanto que FIFA, CBD e Prefeitura do Rio de Janeiro repetiram a fórmula para 1952. Mas outros convites declinados comprometeram a segunda disputa. Itália e França juntaram-se ao bolo inicial dos europeus e não enviaram representante.

Outros localidades também impuseram dificuldades: a Argentina proibiu o Racing de jogar devido a rixa da época entre AFA e CBD. Já a Alemanha forçou o Stuttgart a desistir por conta de uma lei que proibia os clubes locais de disputar competições no exterior. Assim, o país foi representado pelo Saarbrücken, da região do Sarre, administrada então pela França. Esta equipe juntou-se a mais cinco estrangeiras, além de Corinthians e Fluminense. E seriam os próprios brasileiros os donos da festa, com a felicidade do título para os cariocas.

Mas não foi fácil a trajetória do Flu. A estreia no Maracanã foi com empate sem gols contra o Sporting, de Portugal. Na segunda rodada, o Tricolor enfrentou o Grasshoppers, da Suíça, e venceu por 1 a 0, gol marcado somente na etapa final. A desforra veio na terceira partida, contra o uruguaio e classificado Peñarol, em ótima vitória por 3 a 0. O resultado alçou o Fluminense à liderança do grupo A, com cinco pontos.

Na semifinal, o adversário foi o Áustria Viena. Em dois jogos, duas vitórias: a primeira por 1 a 0 e a segunda por 5 a 2. A vaga na decisão chegou com certa facilidade, e o último oponente foi o Corinthians. Os paulistas despacharam o Peñarol com uma partida apenas. Descontentes com a arbitragem e alegando hostilidade da torcida, os uruguaios solicitaram que a volta fosse remarcada para o Rio. Como a organização e o adversário não aceitaram, o clube abandonou a competição.

A final entre brasileiros foi decidida pelo fator local, pois as duas partidas foram no Maracanã. Logo na primeira, o Flu abriu 2 a 0 de vantagem, colocando uma mão na taça. E na segunda, Didi e Marinho marcaram os gols do empate por 2 a 2, confirmando o título tricolor.

A conquista do Fluminense, embora importante, se perdeu ainda mais na lembrança dos torcedores em geral, se comparada à palmeirense de 1951. Isso ocorreu por uma soma de fatos: a Copa Rio de 1952 não atingiu o mesmo sucesso que a anterior; as várias desistências europeias, que diminuíram o nível; além da final caseira e o abandono uruguaio, que desvalorizaram a competição. Foram estas que também fizeram a FIFA largar mão da ideia por quase meio século.


Foto Arquivo/Fluminense

Fluminense Campeão Brasileiro Série C 1999

A Série C em 1999 foi diferente. Pelo primeiro ano, a competição receberia um clube considerado grande. O Fluminense caiu em uma profunda crise na segunda metade da década e foi rebaixado duas vezes seguidas, atingindo o fundo do poço. E também foi nesta temporada que o campeonato recebeu uma leve repaginada. Os estaduais voltaram a ser o único critério técnico para a classificação, e o número de participantes foi reduzido para 36, divididos em seis grupos.

A obrigação do Fluminense era clara: sair da lama na primeira oportunidade, para o vexame não ficar ainda pior. Misturando atletas jovens, como Magno Alves, Roni e Roger, com outros mais experientes, como Válber e Yan, o time ficou no grupo 4. A estreia foi fora de casa, com derrota por 2 a 0 para o Villa Nova-MG em Nova Lima.

A primeira vitória veio no primeiro jogo em casa, por 1 a 0 sobre o Serra. Na sequência no Maracanã, venceu por 3 a 0 o Goiânia, e por 1 a 0 o Dom Pedro II. Em outros dois jogos como visitante, derrota por 4 a 3 para o Goiânia no Serra Dourada, e vitória por 2 a 0 sobre o Dom Pedro II em Brasília. Voltando ao Rio de Janeiro, o Tricolor perdeu por 1 a 0 para a Anapolina, mas ganhou os pontos no tribunal porque o time goiano contou com escalação irregular. Na "revanche" em Goiás, nova derrota para a Anapolina, agora por 3 a 2. Na reta final da primeira fase, o Flu venceu o Serra por 1 a 0 no Espírito Santo, e por 3 a 1 o Villa Nova no Maracanã.

Assim, com 21 pontos, o time se classificou em segundo lugar. Nas oitavas de final o time carioca enfrentou o Moto Club, o eliminando com empate por 1 a 1 em São Luís e vitórias por 1 a 0 e por 2 a 1 no Rio de Janeiro. Nas quartas, contra o Americano, o Tricolor fez a mesma sequência, com empate por 1 a 1 na ida em Campos, vitória por 4 a 0 na volta no Maracanã, e outra vitória por 2 a 1 no play-off, também no Rio de Janeiro.

O Flu então chega do quadrangular final, contra São Raimundo-AM, Serra e Náutico. A estreia foi vitória sobre o Náutico, por 2 a 1 no Maracanã. Na sequência, empatou sem gols com o São Raimundo no Vivaldão, mas nova escalação irregular deu a vitória ao Tricolor no tribunal. Na virada do turno, derrota em casa por 2 a 1 para o Serra. No returno, o empate por 2 a 2 com o Serra fora de casa e a vitória por 2 a 0 sobre o São Raimundo em casa consumaram o acesso.

Com o peso nas costas bem menor, o Fluminense foi aos Aflitos e enfrentou o Náutico na rodada final. E com gols de Roger, o Tricolor venceu por 2 a 0 e ficou com o título. Que é pouco ou nenhum motivo de orgulho para o torcedor, mas que foi um ponto de partida para a reversão da crise.

A campanha do Fluminense:
22 jogos | 15 vitórias | 3 empates | 4 derrotas | 38 gols marcados | 20 gols sofridos


Foto Eduardo Monteiro/Placar

Fluminense Campeão Brasileiro 2012

O Brasileirão atingiu o número de 56 edições no ano de 2012. E no regulamento, a CBF repetiu a receita de colocar os clássicos regionais na última rodada. Em campo, o Fluminense de Fred, Deco e Thiago Neves levou o título do campeonato pela quarta vez. Diferentemente de dois anos antes, o time conseguiu a conquista de maneira mais tranquila e com mais antecedência.

Mas o Flu demorou para chegar ao topo da classificação. Não conseguiu isto no primeiro turno, dominado pelo Atlético-MG, mas sempre ficou por perto esperando o momento certo de aproveitar algum vacilo mineiro, e conseguiu. A estreia tricolor foi positiva e simbólica. Contra o Corinthians, que era o atual campeão, venceu no Pacaembu por 1 a 0.

A partir de então, uma invencibilidade de 11 partidas foi construída, só terminando na 12ª rodada, com a primeira derrota, por 1 a 0 para o Grêmio no Olímpico. Foi o único resultado negativo no turno do Fluminense, que virou a metade no torneio na vice-liderança, atrás apenas ao Atlético-MG. No segundo turno, as posições foram invertidas na 22ª rodada, na vitória de 3 a 1 sobre o Santos no Engenhão. Nas 16 rodadas restantes, o Flu manteve distância dos principais postulantes ao título, o Atlético-MG e o Grêmio.

O tetra do Tricolor foi confirmado na 35ª rodada, na vitória de 3 a 2 sobre o futuro rebaixado Palmeiras no Estádio Prudentão, em Presidente Prudente, interior de São Paulo. O Fluminense encerrou a competição de 2012 com uma campanha ainda melhor que a de 2010. Foram 77 pontos em 38 jogos, com 22 vitórias, 11 empates e cinco derrotas.

A campanha do Fluminense:
38 jogos | 22 vitórias | 11 empates | 5 derrotas | 61 gols marcados | 33 gols sofridos


Foto Ricardo Ayres/Photocamera

Fluminense Campeão Brasileiro 2010

A taça do Campeonato Brasileiro seguiu no Rio de Janeiro em 2010. Um ano depois de ter se livrado do rebaixamento na última rodada do torneio, o Fluminense derrubou 26 anos de jejum e venceu o tricampeonato nacional.

A estreia do Tricolor foi contra o Ceará, no Castelão. E não foi boa, com derrota por 1 a 0. A primeira vitória aconteceu na segunda rodada, sobre o Atlético-GO por 1 a 0 no Maracanã. Já demonstrando que brigaria nas primeiras posições nas rodadas iniciais, com mais vitórias que derrotas, o Flu assumiu a liderança pela primeira vez na 10ª rodada, ao vencer o Cruzeiro por 1 a 0 em casa. Ela durou só uma rodada, pois no jogo seguinte houve empate em 1 a 1 com o Botafogo no Engenhão, e o Corinthians o passou.

Mas no jogo seguinte, o Fluminense vence em casa por 3 a 1 o Atlético-PR e recupera a frente, a ocupando por dez rodadas. Nesse meio tempo, o Tricolor trocou de estádio. Se despediu do Maracanã na 18ª rodada, no empate em 1 a 1 com o Palmeiras. O campo foi fechado para as obras da Copa do Mundo de 2014, e o time se transferiu para o Engenhão na 20ª rodada, na vitória sobre o Ceará por 3 a 1.

O Flu virou o turno como líder, e deixou o posto outra vez na 23ª rodada, ao empatar em 3 a 3 com o Flamengo e ser ultrapassado novamente pelo Corinthians. O primeiro lugar foi retomado na 25ª rodada, com a vitória por 2 a 1 sobre o Vitória no Barradão. Na 29ª rodada, nova troca de líder, e em confronto direto. O Fluminense foi a Uberlândia e perdeu para o Cruzeiro por 1 a 0, e os mineiros pularam para a ponta.

Na 31ª rodada, o Flu voltou ao primeiro lugar ao empatar em 2 a 2 com o Athletico-PR na Arena da Baixada. E ainda assim era difícil se descolar dos rivais pelo título. Na 35ª rodada, um empate em 1 a 1 com o Goiás no Engenhão tirou os cariocas da liderança mais uma vez, colocando o Corinthians nela de novo. Somente na rodada seguinte é que o Fluminense teve mais tranquilidade, ao retornar para a primeira posição com a goleada de 4 a 1 sobre o São Paulo fora de casa.

Dependendo apenas de si nas rodadas finais, o Tricolor venceu o Palmeiras por 2 a 1 na Arena Barueri, na 37ª rodada e o Guarani por 1 a 0 no Engenhão, na última rodada que definiu a conquista para o Fluminense. Foram 71 pontos com 20 vitórias, 11 empates e sete derrotas, e a consagração de uma equipe que foi do inferno ao céu.

A campanha do Fluminense:
38 jogos | 20 vitórias | 11 empates | 7 derrotas | 62 gols marcados | 36 gols sofridos


Foto Buda Mendes/Getty Images

Fluminense Campeão Brasileiro 1984

A CBF foi saudosista no Brasileirão de 1984. O nome da competição voltou a ser Copa Brasil. E a entidade ainda chutou para escanteio alguns pontos do critério de vagas pelos estaduais e pela segunda divisão. A Juventus-SP, campeã da Série B de 1983, não conseguiu a vaga para o ano seguinte na elite. E Vasco e Grêmio entraram como convidados, pois ficaram abaixo da linha de classificação pelo Carioca e Gaúcho. Em meio a isso, o Fluminense deu continuidade à hegemonia carioca no torneio.

Na primeira fase, os 40 times foram colocados em oito grupos, e o Tricolor entrou no grupo 3. Fez uma trajetória tranquila, garantindo a segunda vaga entre as três disponíveis, com cinco vitórias, dois empates e uma derrota. Marcou 12 pontos, três a menos que o líder Santos. Os quartos colocados dessa fase fizeram a famosa repescagem, e quatro times se juntaram aos 24 classificados.

Na segunda fase, as 28 equipes se separaram em sete grupos, com o Flu caindo no grupo 1, com São Paulo, Goiás e Bahia. Seis rodadas depois, o time carioca acabou na liderança com oito pontos, três vitórias, dois empates e uma derrota. De cada grupo, dois times se classificaram.

Os 14 classificados mais o time de melhor aproveitamento entre os eliminados e o campeão da segunda divisão entraram na terceira fase, em quatro grupos de quatro equipes. O Fluminense encabeçou outro grupo 1, seguido por Santo André, Operário-MS e Portuguesa. Líder novamente, se classificou para as quartas de final com dez pontos, quatro vitórias e dois empates.

Dois times de cada grupo formaram o mata-mata, e o Tricolor carioca enfrentou o Coritiba nas quartas. Segurou empate em 2 a 2 na ida no Couto Pereira e goleou por 5 a 0 na volta no Maracanã. Na semifinal, o rival foi o Corinthians. A categórica vitória por 2 a 0 no Morumbi cravou a revanche de 1976, quando o Flu perdeu a vaga na final os paulistas. No Rio de Janeiro, empate em 0 a 0 colocou o time na final em clássico contra o Vasco.

O Maracanã lotou nos dois jogos para ver quem seria o carioca a continuar mandando no Brasil. O gol do título do Fluminense aconteceu ainda no primeiro jogo, com Romerito. A vitória por 1 a 0 permitiu ao Tricolor segurar empate em 0 a 0 no segundo jogo, e assim faturar o seu bicampeonato brasileiro.

A campanha do Fluminense:
26 jogos | 15 vitórias | 9 empates | 2 derrotas | 37 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Ronaldo Kotscho/Placar

Fluminense Campeão Brasileiro 1970

No ano do tricampeonato mundial, o Brasileirão teve sua última temporada como Robertão, antes de se tornar de fato o Campeonato Brasileiro. Com o mesmo regulamento das edições anteriores, 17 equipes lutaram pelo título, para se tornar o melhor time no país da melhor seleção do mundo. O Fluminense, ainda com pouca afinidade com as finais nacionais, montou um time competitivo e chegou lá pela primeira vez.

Na primeira fase, o Flu ficou destinado ao grupo B, de nove times. No enfrentamento de 16 rodada, disputou ponto a ponto a vaga com Cruzeiro, Flamengo e Internacional. Ficou na segunda posição, um ponto a menos que o time mineiro, e com um gol a mais de saldo (10 a 9) que os outros rivais. Foram oito vitórias, quatro empates e quatro derrotas. No grupo A, os classificados foram Palmeiras e Atlético-MG.

O quadrangular final foi jogado em um semana. Na primeira rodada, o Tricolor lotou o Maracanã e venceu o Palmeiras por 1 a 0. Começou liderando, pois Cruzeiro e Atlético-MG só empataram o outro jogo. Na rodada seguinte, o Fluminense foi ao Mineirão e conseguiu fazer 1 a 0 no Cruzeiro, encaminhando a conquista. O Palmeiras se apresentou como candidato ao bater por 3 a 0 o Atlético-MG.

Flu, Palmeiras e Atlético entraram com chances na rodada final. O time paulista fez a sua parte, vencendo o Cruzeiro por 4 a 2. Mas o Fluminense jogava pelo empate, e segurou o 1 a 1 com o Atlético-MG no Maracanã. Assim, o Tricolor Carioca venceu o título brasileiro de 1970.

A campanha do Fluminense:
19 jogos | 10 vitórias | 5 empates | 4 derrotas | 29 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Arquivo/Fluminense

Fluminense Campeão da Copa do Brasil 2007

Quem aprende com um erro, não erra duas vezes - parte 2. Em 2007, as campanhas de redenção na Copa do Brasil continuaram com o Fluminense que, dois anos depois da derrota para o Paulista, chegou ao título nacional com uma trajetória ao melhor estilo copeiro, sob o comando do técnico Renato Portaluppi.

O Flu iniciou sua caminhada contra a Adesg, pequena equipe do Acre. Na primeira partida, vitória por 2 a 1 na Arena da Floresta, em Rio Branco. No segundo jogo, no Maracanã, a goleada por 6 a 0 foi praticamente o último momento sem sustos para o time dali até a decisão.

Na segunda fase, o adversário do tricolor carioca foi o América-RN. A ida foi disputada em Natal, com vitória do Fluminense por 2 a 1. A volta foi no Rio de Janeiro, e o primeiro susto foi dado: derrota por 1 a 0, que pela regra dos gols fora de casa serviu para a classificação.

O segundo susto veio nas oitavas de final, contra o Bahia. Na ida, o Flu saiu atrás, mas empatou por 1 a 1 no Maracanã. Na volta, na Fonte Nova, o time voltou a ficar perdendo no placar (duas vezes), mas terminou com o empate por 2 a 2 e nova classificação pelos gols como visitante.

Nas quartas, o adversário foi o Athletico-PR. O primeiro jogo foi realizado no Rio de Janeiro, e o Fluminense novamente não conseguiu a vitória, ficando em outro empate por 1 a 1. A segunda partida foi disputada na Arena da Baixada. Complicada, ela só foi resolvida a 13 minutos do fim, com o gol de Adriano Magrão, que garantiu a vitória por 1 a 0.

Na semifinal, o rival foi o Brasiliense, algoz de 2002. O clima era de revanche, e o tricolor enfim voltou a ganhar um jogo em casa, mas de virada, por 4 a 2. A volta aconteceu na Boca do Jacaré, em Taguatinga. Os donos da casa largaram na frente, mas Adriano Magrão garantiu no segundo tempo o empate por 1 a 1 e o lugar do Flu na final.

Na decisão, o adversário foi o Figueirense, que eliminou Madureira, Noroeste, Gama, Náutico e Botafogo. A ida foi no Maracanã, mas o Fluminense outra vez não venceu. Aos 43 do segundo tempo, de novo, Adriano Magrão salvou o time ao marcar o gol do empate por 1 a 1. A volta foi no Orlando Scarpelli, em Florianópolis, e o tricolor garantiu o título com vitória por 1 a 0, gol anotado pelo zagueiro Roger logo aos três minutos da etapa inicial.

A campanha do Fluminense:
12 jogos | 6 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 22 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Edison Vara/Placar