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Porto Campeão da Liga Europa 2003

Portugal chegou ao primeiro título na Copa da UEFA apenas em 2003. O vencedor foi o Porto, que viveu uma de suas melhores eras na primeira metade dos anos 2000, com o auge nas conquistas da Liga dos Campeões e do Mundial em 2004. A temporada também foi marcada por ter sido a última completa do Estádio das Antas (que seria fechado e demolido no começo de 2004). E não menos importante, no comando dos jogadores estava um jovem técnico português muito promissor: José Mourinho.

Os dragões iniciaram a caminhada na primeira fase da Copa da UEFA, diante do Polonia Varsóvia. A classificação foi praticamente garantida  na partida de ida, na goleada por 6 a 0 no Estádio das Antas. Na volta, os portistas perderam por 2 a 0 fora de casa. Na segunda fase, foi a vez pelo Austria Viena. No primeiro jogo, vitória por 1 a 0 na capital austríaca. Na segunda partida, o triunfo foi por 2 a 0 em casa.

Na terceira fase, o Porto enfrentou o Lens, saído da Liga dos Campeões. A ida foi disputada no Estádio das Antas, e os dragões venceram por 3 a 0. Com a classificação encaminhada, bastou ao portugueses segurarem o ímpeto francês no Estádio Félix-Bollaert, que fez apenas 1 a 0 e não conseguiu reverter o confronto. O adversário nas oitavas de final foi o Denizlispor, da Turquia. E mais uma vez a passagem de fase foi tranquila, com goleada por 6 a 1 na ida em casa, e empate por 2 a 2 na volta fora.

Nas quartas de final, os dragões tiveram pela frente o Panathinaikos, e só então que as dificuldades apareceram. O primeiro jogo foi no Estádio das Antas, mas o Porto acabou derrotado por 1 a 0. As coisas ficaram para serem definidas na segunda partida em Atenas. O artilheiro Derlei abriu o placar aos portugueses ainda no primeiro tempo, que levou o confronto à prorrogação, quando Derlei fez 2 a 0.

A semi foi disputada contra a Lazio. Disposto a não repetir o sofrimento da fase anterior, o Porto tratou de ir para cima desde o começo contra os italianos. Com dois gols de Derlei, e um de Maniche e Hélder Postiga, os portugueses golearam a ida nas Antas por 4 a 1. A volta aconteceu no Olímpico de Roma, e a vaga na decisão veio após o empate por 0 a 0 que os azuis seguraram.

A final foi contra o Celtic, que passou por Suduva (Lituânia), Blackburn, Celta de Vigo, Stuttgart, Liverpool e Boavista. A partida foi realizada no Estádio de La Cartuja, à época chamado de Olímpico, em Sevilha, na Espanha. A parada foi dura. Derlei abriu o placar no fim do primeiro tempo, mas os escoceses empataram já na volta do intervalo. Dmitri Alenichev fez o segundo dos dragões aos nove minutos, mas 12 já estava tudo empatado de novo. Foi só na prorrogação, já sem o gol de ouro e a cinco minutos de acabar, que Derlei fez 3 a 2 e confirmou o título português.

A campanha do Porto:
13 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 29 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Alain Gadoffre/Onze/Icon Sport/Getty Images

Feyenoord Campeão da Liga Europa 2002

Em competições de final única, geralmente o estádio é escolhido com antecedência, antes de se conhecer os times finalistas. Algumas vezes, pode acontecer de um deles ser o próprio usuário do palco. Foi o caso do Feyenoord na Copa da UEFA de 2002. O clube levou o bicampeonato depois de 28 anos junto à sorte que acompanha os competentes. Foi a primeira conquista europeia do clube holandês desde a década de 1970.

Mas a caminhada do Feyenoord inicia na Liga dos Campeões, onde o time sucumbiu na fase de grupos. Na chave D, foi eliminado para Nantes e Galatasaray, ficando à frente somente da Lazio. A terceira colocação jogou a equipe para a Copa da UEFA, e é aí que a história de verdade começa a ser escrita, com atacantes experientes somados a uma jovem promessa, ainda discreta, chamada Robin Van Persie.

Na terceira fase, o Feyenoord enfrentou o Freiburg. O primeiro jogo foi realizado no De Kuip, a casa do clube em Roterdã. O resultado foi de vitória por 1 a 0. A segunda partida aconteceu no Dreisamstadion. O adversário alemão até chegou a reverter o confronto com dois gols, mas os holandeses conseguiram buscar o empate por 2 a 2. Nas oitavas de final, foi a vez de passar pelo Rangers ao empatar por 1 a 1 em Glasgow, e vencer por 3 a 2, de virada, em Roterdã.

Na quartas, dois clássicos duros com o PSV Eindhoven. O primeiro foi no Estádio Philips, e ficou empatado por 1 a 1. O segundo foi realizado no De Kuip e teve o mesmo resultado, obtido de maneira agônica aos 48 minutos do segundo tempo, no gol de Pierre Van Hooijdonk. Nos pênaltis, vitória do Feyenoord por 5 a 4.

Na semifinal, o adversário foi a Internazionale. A ida aconteceu no San Siro, e os holandeses conseguiram vencer por 1 a 0. A volta foi em Roterdã. O Feyenoord abriu dois gols de frente com Van Hooijdonk e Jon Dahl Tomasson, mas levou o empate por 2 a 2 nos minutos finais e passou de maneira sofrida.

Na decisão, Feyenoord e Borussia Dortmund, que eliminou Copenhagen, Lille, Slovan Liberec e Milan. Como já mencionado, o estádio da final previamente escolhido foi o De Kuip, em Roterdã. Em casa, os holandeses anotaram dois gols no primeiro tempo, ambos com Van Hooijdonk. Os alemães reagiram aos três do segundo tempo, mas aos cinco Tomasson fez o terceiro. Logo depois, outro tento alemão deu o placar definitivo de 3 a 2, que coroou a invicta história do Feyenoord bicampeão.

A campanha do Feyenoord:
9 jogos | 4 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 15 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Robert Vos/ANP

Liverpool Campeão da Liga Europa 2001

A integrada e nova Copa da UEFA era uma verdadeira festa da diversidade futebolística. Em 2001, 145 marcaram presença na competição, que acabou vencida pelo Liverpool. Depois de 25 anos e sob a lideranças dos jovens promissores Steven Gerrard e Michael Owen, o clube inglês conquistou o tricampeonato e voltou ao circuito das taças europeias.

Os reds estiveram presentes no torneio desde a primeira fase, que foi precedida por uma preliminar com 82 times. Destes, 41 juntaram-se a mais 55, entre eles o Liverpool. A estreia vermelha foi contra o Rapid Bucareste. No primeiro jogo, vitória por 1 a 0 dentro da Romênia. Na segunda partida, em Anfield Road, um chato empate por 0 a 0 colocou o time inglês na segunda fase.

O próximo adversário do Liverpool foi o Slovan Liberec, da República Tcheca. A primeira partida foi em casa, com vitória suada por 1 a 0. A classificação foi obtida fora de casa, com outra vitória por 3 a 2. Na terceira fase, dois confrontos com os gregos do Olympiacos. Na ida, empate por 2 a 2 em Atenas. Na volta, vitória por 2 a 0 em Anfield.

Nas oitavas de final, o rival foi a Roma. O primeiro jogo aconteceu no Olímpico romano. E os reds voltaram a superar os italianos, por 2 a 0. A segunda partida foi realizada em Liverpool, e os italianos deram um susto nos ingleses, que perderam por 1 a 0, mas conseguiram a passagem de fase.

Nas quartas, o Liverpool encarou o Porto. Na ida, no velho Estádio das Antas, os ingleses seguraram empate sem gols com os portugueses. Na volta, vitória por 2 a 0 em casa deu a classificação para os reds. Na semifinal, a vítima foi o Barcelona. Os ingleses empataram o primeiro jogo por 0 a 0 no Camp Nou, e venceram por 1 a 0 o segundo em Anfield. O gol foi marcado por Gary McAllister, de pênalti.

A final da Copa da UEFA foi entre Liverpool e Alavés, surpresa da Espanha que eliminou Gaziantepspor, Lillestrom, Rosenborg, Internazionale, Rayo Vallecano e Kaiserslautern. O estádio da decisão foi o Westfalenstadion, em Dortmund, e o que se viu foi uma das maiores partidas da história. Markus Babbel abriu o placar aos quatro minutos do primeiro tempo. Gerrard ampliou aos 16 e os espanhóis reagiram aos 26. Aos 40, McAllister fez o terceiro. No segundo tempo, o Alavés buscou o empate ao marcar aos dois e aos quatro minutos. Aos 27, Robbie Fowler fez o quatro tento inglês, mas os espanhóis empataram aos 43. Na prorrogação, o jogo foi até os 11 da segunda etapa, quando Delfí Geli fez o gol contra de ouro e deu o tricampeonato ao Liverpool pelo insano placar de 5 a 4.

A campanha do Liverpool:
13 jogos | 8 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 19 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Popperfoto/Getty Images

Galatasaray Campeão da Liga Europa 2000

A virada para o ano 2000 trouxe uma nova era para a Copa da UEFA, que já vinha em constante mutação ao longo da década de 1990. Com o fim da Recopa Europeia, as vagas das copas nacionais foram absorvidas pela competição agora alçada à segunda mais importante do velho continente. Mas isso não foi tudo, pois a UEFA também resolveu mexer com a Liga dos Campeões, que passou a ter os terceiros colocados eliminados da fase de grupos "rebaixados" para a terceira fase da copa menor.

De tal forma, o número de participantes saltou para 142. Entre eles, o Galatasaray, clube da Turquia e que tinha como principal atração o goleiro Taffarel, o meia Gheorghe Hagi e o atacante Hakan Sükür. O país jamais havia atingido uma decisão na Europa até a Copa da UEFA de 2000, que seria conquistada de maneira invicta pelos "aslanlar" (os leões). Mas o caminho começou na Liga dos Campeões, superado por Chelsea e Hertha Berlim no grupo H. Porém, a equipe terminou à frente do Milan e garantiu um lugar na Copa da UEFA.

O primeiro adversário do Galatasaray na nova competição foi o Bologna. Na ida, empatou por 1 a 1 na Itália. Na volta, venceu por 2 a 1 no antigo Estádio Ali Sami Yen, em Istambul. Nas oitavas de final, foi a vez de enfrentar o Borussia Dortmund. Na primeira partida, vitória por 2 a 0 em plena Alemanha, com gols de Hakan Sükür e Hagi. No segundo jogo, bastou segurar o 0 a 0 na Turquia.

Nas quartas de final, o Galatasaray encarou o Mallorca. E novamente o time encaminhou a classificação na ida fora de casa, ao golear por 4 a 1, com gols de Arif Erdem, Emre Belözoglu, Hakan Sükür e Okan Buruk. Em casa, a equipe turca voltou a vencer, fazendo 2 a 1 no rival espanhol.

A semifinal foi disputada contra o Leeds United. Desta vez, o primeiro jogo foi realizado em Istambul. Ainda no primeiro tempo, Hakan Sükür e o zagueiro Capone (o brasileiro) anotaram os tentos da vitória por 2 a 0 que encaminhou a vaga do Galatasaray na final. A segunda partida aconteceu em Elland Road e o time turco arrancou dos ingleses o empate por 2 a 2.

Na decisão, o Galatasaray enfrentou outro inglês, o Arsenal. Também egresso da Liga dos Campeões, o clube de Londres passou por Nantes, Deportivo La Coruña, Werder Bremen e Lens. O estádio definido para a partida foi o Parken, em Copenhague, na Dinamarca. Entretanto, apesar das chances criadas pelos dois times, o gol não saiu nem nos 90 minutos, nem na prorrogação. Nos pênaltis, a trave ficou do lado dos turcos, que viram duas cobranças inglesas pararem lá. Por 4 a 1, deu Galatasaray.

A campanha do Galatasaray:
9 jogos | 5 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 15 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Philippe Huguen/AFP/Getty Images

Parma Campeão da Liga Europa 1999

A última Copa da UEFA do milênio passado, em 1999, foi também a última antes da fusão com a Recopa, conforme a própria entidade já preparava desde algumas temporadas antes, com 104 participantes. E o título daquele ano voltou a ficar nas mãos de um clube da Itália, o Parma. A virada da década de 1990 para a de 2000 foi também o ponto final para o domínio italiano, que nunca mais chegaria à conquista da competição.

O gialloblù tinha um elenco invejável, do goleiro (Gianluigi Buffon) ao centroavante (Hernán Crespo), passando pela zaga (Fabio Cannavaro), laterais (Lilian Thuram) e meio-campo (Juan Sebastián Verón). Não devia nada para os gigantes da Europa. A campanha do Parma teve início contra o Fenerbahçe, o qual perdeu a ida por 1 a 0 na Turquia, e venceu a volta por 3 a 1 no Ennio Tardini.

Na segunda fase, o adversário foi o Wisla Cracóvia, da Polônia. O primeiro jogo foi fora de casa, e os italianos empataram por 1 a 1. A segunda partida foi na Itália, e o Parma conseguiu mais uma classificação ao vencer por 2 a 1. Nas oitavas de final, foi a vez de passar pelo Rangers. Na ida, empate por 1 a 1 na Escócia, em Glasgow. Na volta, vitória por 3 a 1 em casa.

Na quartas, o Parma enfrentou o Bordeaux. A primeira partida foi disputada no Parc Lescure. Mal, o gialloblù acabou derrotado por 2 a 1, com Hernán Crespo salvando o gol de honra no fim. O segundo jogo, porém, foi muito diferente. No Ennio Tardini, Crespo abriu o placar aos 37 minutos do primeiro tempo. Aos 43, Enrico Chiesa fez o segundo. Aos três da etapa final, Roberto Sensini anotou o terceiro. Aos 14, Chiesa fez o quarto. Aos 21, Crespo marcou o quinto. E aos 44, Abel Balbo fez 6 a 0.

Na semifinal, os italianos jogaram contra o Atlético de Madrid. A ida foi disputada no Vicente Calderón, mas o Parma não se importou com a pressão rival. Com dois gols de Chiesa e um de Crespo, o gialloblù venceu por 3 a 1 e encaminhou a vaga na final. A volta foi no Ennio Tardini, e bastou ganhar novamente, por 2 a 1, para o clube também conhecido como "crociati" (cruzados) chegar à decisão.

A final da Copa da UEFA de 1999 foi entre Parma e Olympique Marselha, que derrubou Sigma Olomouc (República Tcheca), Werder Bremen, Monaco, Celta de Vigo e Bologna. O palco da partida foi o russo Luzhniki, em Moscou. Em campo, o equilíbrio só durou 25 minutos, quando Crespo abriu o placar. Aos 36, Paolo Vanoli fez o segundo italiano. Aos dez do segundo tempo, Chiesa fez 3 a 0 e consumou o bicampeonato do Parma.

A campanha do Parma:
11 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 25 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Arquivo/Parma

Internazionale Campeã da Liga Europa 1998

A edição de 1998 da Copa da UEFA foi um marco muito especial na competição. Foi neste ano que a final passou a ser em partida única, em sede neutra, num movimento que culminaria na fusão do torneio com a Recopa, que sabidamente já vivia seus últimos dias no fim da década.

A decisão em um só jogo foi o passo derradeiro para que a Copa da UEFA assumisse o posto de segunda competição mais importante da Europa. E naquele 1998, o título foi parar pela terceira vez nas mãos da Internazionale, o que fez com que a Itália recuperasse seu domínio. Mas, mesmo com melhor jogador do mundo da época em seu ataque, Ronaldo Fenômeno, a conquista não foi fácil.

Na primeira fase, o time nerazzurri enfrentou o Neuchâtel Xamax, da Suíça, e venceu as duas partidas por 2 a 0, primeiro em casa e depois fora. Na segunda fase, o adversário foi o Lyon. A ida foi no San Siro, e os franceses surpreenderam ao impor derrota por 2 a 1 nos italianos. A volta aconteceu no antigo Gerland, e a Inter teve de reverter o confronto fora de casa, no triunfo por 3 a 1.

Nas oitavas de final, a Inter jogou contra outro francês, o Strasbourg. A primeira partida foi fora, no La Meinau, e os nerazzurri acabaram derrotados por 2 a 0. Foi preciso buscar outro placar na volta, desta vez em Milão. Ronaldo, Javier Zanetti e Diego Simeone marcaram uma vez cada na vitória por 3 a 0 que colocou a Inter nas quartas.

Na fase seguinte, um algoz recente: o Schalke 04, que venceu a Copa da UEFA de 1997 em pleno San Siro. A ida foi disputada no próprio estádio italiano, e a Inter venceu por 1 a 0, gol de Ronaldo. A volta foi no velho Parkstadion, em Gelsenkirchen. Até os 44 minutos do segundo tempo, tudo estava empatado. Até que os alemães acharam um gol aos 45, e o confronto foi à prorrogação. Logo no primeiro minuto, Taribo West fez 1 a 1 e colocou o time nerazzurri na semifinal.

Na semi, contra o Spartak Moscou, a Inter avançou com duas vitórias por 2 a 1. Em Milão, Ivan Zamorano e Zé Elias foram os autores dos gols. Na Rússia, Ronaldo anotou duas vezes.

A final da Copa da UEFA foi, pela quarta vez, entre dois italianos: Internazionale e Lazio, que superou Vitória de Guimarães, Rotor Volgogrado, Rapid Viena, Auxerre e Atlético de Madrid. O estádio escolhido para a primeira decisão única foi o Parc des Princes, em Paris. Logo aos cinco do primeiro tempo, Zamorano abriu o placar. Aos 15 do segundo, Zanetti fez o segundo. Aos 25, Ronaldo fechou o placar e o título nerazzurri por 3 a 0.

A campanha da Internazionale:
11 jogos | 8 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 20 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Gerd Scheewel/Bongarts/Getty Images

Schalke 04 Campeão da Liga Europa 1997

O fim da década de 1990 foi de transições na Copa da UEFA. Em 1995, houve o aumento no número de times, vindos da Liga dos Campeões. Em 1996, a Copa Intertoto também passou a classificar seus vencedores. E em 1997, a UEFA faria pela última vez a decisão em dois jogos. Tudo isso visava uma mudança maior: a fusão com a Recopa, que já não fazia sentido sem a presença da maior parte dos ganhadores da copas (que estavam na Liga dos Campeões devido a vices ou terceiros lugares na ligas).

Melhor para a Copa da UEFA, que ganhava mais olhares e mais fases. Em 1997, foram duas preliminares. Quem chegou ao título foi o Schalke 04, no que ficou marcado por um pequeno domínio alemão em meio à hegemonia italiana, já que o Bayern de Munique tinha sido o vencedor em 1996. Foi a taça mais importante que "die königsblauen" (os azuis reais) obteve em sua história.

A jornada do Schalke iniciou na primeira fase, contra o Roda JC, da Holanda. No primeiro jogo, no antigo Parkstadion, em Gelsenkirchen, vitória por 3 a 0 com dois gols de Marc Wilmots, o principal nome da equipe. Na segunda partida, empate por 2 a 2 fora de casa. Na segunda fase, foi a vez de passar pelo Trabzonspor, com triunfo por 1 a 0 em casa, e empate por 3 a 3 na Turquia.

O adversário do Schalke nas oitavas de final foi o Club Brugge. A primeira partida aconteceu na Bélgica, e os alemães acabaram derrotados por 2 a 1. O segundo jogo foi em Gelsenkirchen, e o time alemão se classificou com vitória por 2 a 0, gols de Martin Max e Youri Mulder. Nas quartas, foi a vez de eliminar o Valencia ao ganhar novamente por 2 a 0 em casa, e empatar por 1 a 1 na Espanha.

A semifinal foi contra o Tenerife, surpreendente time da Espanha. A primeira partida foi disputada nas longínquas Ilhas Canárias, em Santa Cruz. Mas, com um tento sofrido muito cedo, o Schalke saiu com a derrota por 1 a 0. O segundo jogo aconteceu no Parkstadion. Thomas Linke abriu o placar aos 23 minutos do segundo, o que forçou a prorrogação no confronto. Wilmots fez 2 a 0 no segundo minuto da etapa extra decisiva e colocou o time alemão na histórica decisão.

A final da Copa da UEFA foi entre Schalke 04 e Internazionale, que passou por Guingamp, Grazer (Áustria), Boavista, Anderlecht e Monaco. A ida foi em Gelsenkirchen, e o dono da casa conseguiu a vantagem por 1 a 0, gol anotado por Wilmots aos 25 do segundo tempo. A volta foi no San Siro. Os alemães quase conseguiram segurar o empate, mas levaram 1 a 0 dos italianos a seis minutos do fim. Nos pênaltis, Jens Lehmann pegou um e outro italiano foi para fora. Ninguém do Schalke errou, e a vitória por 4 a 1 confirmou a conquista inédita.

A campanha do Schalke 04:
12 jogos | 6 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 18 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Bongarts/Getty Images

Bayern de Munique Campeão da Liga Europa 1996

Em 1996, a Copa da UEFA completou 25 edições, com 16 clubes diferentes tendo o prazer de ter erguido a taça. Naquele momento, o domínio era todo da Itália, que havia vencido seis dos últimos sete torneios. Mas não foi o que aconteceu naquela temporada, nem de perto: nenhum clube da Itália chegou na semifinal. Quem levou o título foi a Alemanha.

Buscando voltar aos bons tempos de glórias internacionais, o Bayern de Munique chegou para conquistar seu primeiro título de caráter europeu em 20 anos. A taça veio com o ídolo máximo Franz Beckenbauer no comando técnico. E em campo, com a fusão de duas gerações: perto do fim, a de Jürgen Klinsmann e Lothar Matthäus, e ainda no início, a de Oliver Kahn.

"Die roten" (os vermelhos) teve uma campanha quase perfeita. Começou diante do Lokomotiv Moscou, na primeira fase. Surpreendente, a equipe foi derrotada por 1 a 0 na ida, em pleno Olímpico de Munique. A correção da rota foi feita na volta, na Rússia, com a goleada por 5 a 0. Na segunda fase, o Bayern passou pelo Raith Rovers, da Escócia, com vitórias por 2 a 0 fora, e por 2 a 1 em casa.

Nas oitavas, os alemães enfrentaram o Benfica. O primeiro jogo aconteceu em Munique, e teve uma das melhores atuações da carreira de Klinsmann. Com quatro gols, o atacante foi o responsável pela goleada por 4 a 1 que encaminhou a classificação. A segunda partida foi em Lisboa, no Estádio da Luz, e o Bayern voltou a vencer, por 3 a 1. Nas quartas, o adversário foi o Nottingham Forest. Com vitória por 2 a 1 na Alemanha e goleada por 5 a 1 na Inglaterra, a equipe bávara chegou na semifinal.

O próximo confronto foi contra o Barcelona. A primeira partida, foi disputada no Olímpico de Munique e foi complicada. Os catalães abriram o placar, Marcel Witeczek e Mehmet Scholl fizeram os gols do da virada Bayern, mas o time cedeu o empate por 2 a 2 no fim das contas. O segundo jogo foi no Camp Nou, e os alemães conseguiram a passagem para a final ao vencerem por 2 a 1, com tentos de Markus Babbel e outro de Witeczek e outra atuação inesquecível.

A decisão foi contra o francês Bordeaux, que eliminou Vardar (Macedônia), Rotor Volgogrado (Rússia), Betis, Milan e Slavia Praga. O primeiro jogo foi realizado no Olímpico de Munique, e o Bayern venceu tranquilamente por 2 a 0. Os gols foram anotados por Thomas Helmer e Scholl. A segunda partida foi no Estádio Parc Lescure. Jogando pelo empate, o Bayern conseguiu outra vitória, por 3 a 1 para ficar com o título. Scholl, Emil Kostadinov e Klinsmann foram os autores dos gols históricos.

A campanha do Bayern de Munique:
12 jogos | 10 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 32 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Aubrey Washington/Empics/PA Images

Parma Campeão da Liga Europa 1995

Vinte e três anos depois de sua criação, a Copa da UEFA passou por sua primeira mudança verdadeira de regulamento, em 1995. Tal fato de seu em tabela com as alterações na Liga dos Campeões. Os 22 piores campeões nacionais do ranking da entidade foram "rebaixados" da competição principal para a terciária (lembrando sempre que existia a Recopa no meio delas). Este número somado as entradas de novos países saltou os participantes de 64 para 91. Assim, foi preciso introduzir uma fase preliminar com 54 equipes. Destas, 27 se juntariam às 37 já colocadas na primeira fase.

O que não mudou foi o domínio da Itália. O país tinha tanta hegemonia nos torneios europeus, que sobrava taça até para clubes médios. Foi o caso do Parma em 1995. Os "gialloblù" (auriazuis) nunca venceram um Campeonato Italiano e tinham apenas um título da Copa da Itália, em 1992. Em compensão, esta conquista levou aos triunfos na Recopa e na Supercopa Europeias, em 1993. Era o histórico time comando por Nevio Scala.

A campanha do Parma começou contra o Vitesse, da Holanda. Na ida, derrota por 1 a 0 fora. Na volta, vitória por 2 a 0 no Ennio Tardini, em casa. Os dois gols da classificação foram de Gianfranco Zola, destaque do time junto com Dino Baggio e o colombiano Faustino Asprilla. Na segunda fase, os gialloblù eliminaram o AIK, com triunfos por 1 a 0 na Suécia, e por 2 a 0 na Itália.

Nas oitavas de final, o Parma passou pelo Athletic Bilbao. Na ida, porém, perdeu por 1 a 0 no velho San Mamés. A classificação veio com emoção e grande atuação na volta, na vitória por 4 a 2 no Ennio Tardini. Nas quartas, duas atuações magras contra o Odense, da Dinamarca. No primeiro jogo, vitória por 1 a 0 em casa. Na segunda partida, empate por 0 a 0 fora.

O Parma enfrentou o Bayer Leverkusen na semifinal. No primeiro jogo, na Alemanha, vitória italiana por 2 a 1, com gols de Dino Baggio e Asprilla. Na segunda partida, no Ennio Tardini, uma ótima atuação trouxe a vitória por 3 a 0 e a classificação, com dois tentos anotados por Asprilla e um por Zola.

A final da Copa da UEFA foi entre Parma e Juventus, a terceira entre italianos nas últimas seis edições. O adversário gialloblù eliminou CSKA Sofia, Marítimo, Admira Wacker (Áustria), Eintracht Frankfurt e Borussia Dortmund. A primeira partida aconteceu no Ennio Tardini, e o Parma venceu por simples 1 a 0, gol marcado por Dino Baggio. O segundo jogo foi no San Siro, em Milão, pois a Juventus se desentendeu com os donos do Delle Alpi, em Turim. Os amarelos começaram perdendo no primeiro tempo, mas Dino Baggio fez 1 a 1 aos nove do segundo e garantiu a histórica conquista do Parma.

A campanha do Parma:
12 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 17 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Imago/Buzzi

Internazionale Campeã da Liga Europa 1994

Mais uma Copa da UEFA que ficou nas mãos da Itália. Pela segunda vez, com a Internazionale. Em 1994, não havia mais o trio alemão. Em compensação, a nova dupla holandesa, Dennis Bergkamp e Wim Jonk, foi fundamental para a conquista do bicampeonato nerazzurri.

Fora de campo, a geopolítica continuava a forçar mudanças na distribuição das vagas. Enfim, a Rússia estreou de maneira independente. Por outro lado, a Iugoslávia e seus países dissidentes (exceto Eslovênia) seguiam fora, junto com Albânia e Polônia (punidas como os iugoslavos).

Nas quatro linhas, a Inter fez uma campanha grandiosa, que só ratificou a bela fase do "calcio". Na primeira fase, passou pelo Rapid Bucareste com vitórias por 3 a 1 no San Siro, e por 2 a 0 na Romênia. Na primeira partida, Bergkamp antou um hat-trick. Na segunda partida, eliminou o Apollon Limassol, do Chipre, com vitória por 1 a 0 em Milão, e empate por 3 a 3 fora de casa.

Nas oitavas de final, a Internazionale encarou o Norwich. O primeiro jogo foi disputado na Inglaterra, e os nerazzurri venceram por 1 a 0, gol marcado por Bergkamp, de pênalti. A segunda partida aconteceu no San Siro, e adivinha? O artilheiro holandês antou outra vez, e a Inter venceu novamente por 1 a 0.

Nas quartas, as coisas ficaram mais difíceis contra o Borussia Dortmund. A ida foi na Alemanha, com vitória italiana por 3 a 1 e gols de Jonk (dois) e Igor Shalimov. A vantagem relaxou muito a Inter, que acabou derrota por 2 a 1 na volta em casa, e com chances de sofrer o terceiro tento.

O adversário na semifinal da Copa da UEFA foi o Cagliari. A primeira partida ocorreu no Sant'Elia, na ilha da Sardenha. E só confirmando como o futebol italiano era forte nos anos 1990, os donos da casa venceram por 3 a 2. A desvantagem obrigou a Internazionale a correr no segundo jogo. E a classificação à final veio com vitória por 3 a 0. Os gols foram de Bergkamp, Jonk e Nicola Berti.

A Inter chegou na decisão contra o Austria Salzburg (atual Red Bull), que superou DAC (Eslovênia), Antwerp, Sporting, Eintracht Frankfurt e Karlsruher. A partida de ida foi em Viena, no Ernst-Happel, e o time nerazzurri conseguiu um triunfo simples, por 1 a 0. O gol saiu aos 35 minutos do primeiro tempo, com Berti. O jogo de volta foi no San Siro, para mais de 80 mil torcedores. Confirmando o favoritismo, os italianos levaram o bicampeonato com nova vitória por 1 a 0. O gol do título foi de Jonk, aos 22 do segundo tempo.

A campanha da Internazionale:
12 jogos | 9 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 22 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Imago/Buzzi

Juventus Campeã da Liga Europa 1993

A partir de 1993, a Europa teve seu mapa drasticamente alterado com o fim da União Soviética e da Iugoslávia. Claro que as competições da UEFA deveriam de adaptar a isso. Mas não foi uma causa imediata, pois os novos países ainda dependiam da filiação à entidade. De novidades de fato para a Copa da UEFA desta temporada, tivemos as entradas de Ucrânia e Eslovênia. Os soviéticos ainda conseguiram uma sobrevida com a Comunidade dos Estados Independentes. Já a Iugoslávia, em guerra, estava suspensa. Para finalizar, a Alemanha Oriental enfim desapareceu dos quadros.

À parte da geopolítica, a Itália recuperou sua hegemonia na Copa da UEFA. A Juventus, comandada por Giovanni Trapattoni e capitaneada por Roberto Baggio, conseguiu em 1993 o tricampeonato, um feito inédito na história do torneio, com uma campanha que beirou a perfeição. A caminhada bianconeri começou diante do Anorthosis, do Chipre. A classificação foi fácil, com goleadas por 6 a 1 no Delle Alpi, em Turim, e por 4 a 0 fora de casa.

Na segunda fase, a Juve enfrentou o Panathinaikos, numa classificação mais difícil do que se imaginava. Na ida, vitória curta por 1 a 0 na Grécia. Na volta, em casa, os italianos não conseguiram sair do 0 a 0. Nas oitavas de final, contra o Sigma Olomouc, da Tchecoslováquia, as coisas voltaram a ficar tranquilas, com vitória por 2 a 1 fora, e goleada por 5 a 0 em Turim.

Nas quartas, o adversário foi o Benfica. O primeiro jogo aconteceu em Lisboa, no Estádio da Luz, e a Juventus acabou derrotada por 2 a 1. A segunda partida foi no Delle Alpi, e os bianconeros reverteram a situação e garantiram um lugar na semifinal ao ganharem por 3 a 0. Os gols foram marcados por Jürgen Kohler, Dino Baggio e Fabrizio Ravanelli.

O Paris Saint-Germain foi o rival da Vecchia Signora na semi. A ida foi realizada em Turim. De maneira emocionante, a Juve conseguiu abrir 2 a 1 de vantagem, de virada, com dois gols de Roberto Baggio, com o segundo acontecendo aos 45 minutos do segundo tempo. A volta foi no Parc des Princes, e os italianos confirmaram a vaga na decisão com outra vitória por 1 a 0 e outro tento de Baggio.

A decisão foi contra o Borussia Dortmund, que deixou para trás Floriana (Malta), Celtic, Zaragoza, Roma e Auxerre. O primeiro jogo foi no Westfalenstadion, na Alemanha. Com dois gols de Roberto Baggio e outro do xará Dino, a Juventus venceu por 3 a 1 e colocou a mão no terceiro título. A segunda partida foi no Delle Alpi, e a confirmação veio no triunfo por 3 a 0, com dois gols de Dino Baggio e um de Andreas Möller.

A campanha da Juventus:
12 jogos | 10 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 31 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Juventus

Ajax Campeão da Liga Europa 1992

A Copa da UEFA de 1992 foi de transição. Na mesma época, a Europa sofria grandes mudanças geográficas com o fim da União Soviética, da Iugoslávia unificada e da Alemanha Oriental. Os alemães, aliás, conseguiram um "golpe de sorte" com a participação de seis clubes na terceira competição do continente. Quatro do lado ocidental e dois do lado oriental. Isto se deu porque as ligas ainda ocorreram separadamente em 1991. Já as alterações para soviéticos e iugoslavos só aconteceriam em 1993, pois ambas as quedas de governo ocorreram com a Copa da UEFA em andamento.

Em campo, o título europeu ficou nas mãos do Ajax, que conseguiu colocar um freio na dominação italiana que já durava desde 1989. Um time promissor, comandado por Louis Van Gaal, que abriria caminho para conquistas maiores três anos depois. Na primeira fase, os holandeses eliminaram o Örebro, da Suécia, com vitórias por 3 a 0 na ida, disputada em Düsseldorf (Alemanha) devido a uma punição da UEFA por hooliganismo, e por 1 a 0 na volta fora.

Na segunda fase, "de godenzonen" (os filhos de Deus), enfrentaram o Rot-Weiss Erfurt, da ex-Alemanha Oriental. No primeiro jogo, vitória por 2 a 1 fora de casa. Na segunda partida, ainda sob pena em solo alemão, outro triunfo por 3 a 0 classificou o Ajax para as oitavas de final.

O próximo adversário foi o Osasuna, da Espanha. A ida aconteceu em Pamplona, fora de casa, com vitória do Ajax por 1 a 0, gol marcado por Dennis Bergkamp. A volta, de novo, foi fora da Holanda, em Düsseldorf. E com outro gol de Bergkamp e outro triunfo por 1 a 0, o clube holandês estava nas quartas de final.

Nas quartas, o Ajax encarou o Gent. A primeira partida foi disputada na Bélgica, e a campanha 100% dos vermelhos foi interrompida pelo empate por 0 a 0 fora de casa. O segundo jogo, enfim, foi realizado em Amsterdã, no Estádio Olímpico. Com o fim da punição, o Ajax bateu os belgas por 3 a 0. Na semifinal, eliminou o Genoa com uma emocionante vitória por 3 a 2 na Itália, garantida com um gol de Aron Winter aos 44 minutos do segundo tempo, e um empate por 1 a 1 na Holanda, buscado com um gol de Bergkamp.

A final foi contra o Torino, que buscava manter a hegemonia italiana. Eles passaram por KR (Islândia), Boavista, AEK Atenas, Boldklubben (Dinamarca) e Real Madrid. O primeiro jogo foi em Turim. Wim Jonk e Stefan Pettersson marcaram para o Ajax, mas o adversário buscou duas vezes o empate, que ficou no 2 a 2. O tento de Petterson, de pênalti, acabou sendo o do título (invicto), pois na volta em Amsterdã, o placar ficou no 0 a 0 e os holandeses fizeram valer a regra do gol anotado fora de casa.

A campanha do Ajax:
12 jogos | 8 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 20 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto ANP/Hollandse Hoogte

Internazionale Campeã da Liga Europa 1991

A bela fase do futebol italiano na Copa da UEFA atingiu seu terceiro ato na edição de 1991, logo após a realização da Copa do Mundo no país. Tudo era festa, exceto pela eliminação da Azzurra na semifinal do Mundial. O título ficou com a Alemanha. Mas o que isso tem a ver? É que alguns dos alemães vencedores na seleção foram os pilares do primeiro título da Internazionale na Copa da UEFA,

Lothar Matthäus, Jürgen Klinsmann e Andreas Brehme era o trio alemão que, à sua forma, emulava na Inter o que o rival Milan possuía com a trinca holandesa (Van Basten, Rijkaard e Gullit) na mesma época. O ápice foi a conquista da Copa da UEFA, que em 1991 teve o retorno do regulamento de 64 times e da Inglaterra entre os representantes.

A jornada do clube nerazzurri teve início contra o Rapid Viena, o qual bateu com muita dificuldade. Na ida, derrota por 2 a 1 na Áustria, de virada. Na volta no San Siro, a Internazionale devolveu o resultado nos 90 minutos, com dois gols de Nicola Berti e um austríaco a dois minutos do fim. Na prorrogação, Klinsmann fez 3 a 1 e sacramentou a classificação.

Na segunda fase, o adversário foi o Aston Villa, em mais uma passagem com drama. O primeiro jogo foi na Inglaterra, e a Inter perdeu por 2 a 0. A segunda partida aconteceu em Milão, e com gols de Klinsmann, Berti e Alessandro Bianchi, a equipe italiana avançou para as oitavas de final.

A tranquilidade enfim apareceu nas oitavas, contra o Partizan. O clube nerazzurri venceu a ida em casa por 3 a 0 para depois segurar o empate por 1 a 1 na volta em Belgrado, Iugoslávia. Nas quartas, um confronto regional com a Atalanta. A primeira partida aconteceu na cidade de Bergamo, e acabou empatada sem gols. O segundo jogo foi no San Siro, e a Inter venceu por 2 a 0.

A semifinal foi disputada contra o Sporting, de Portugal. A ida ocorreu no José Alvalade, em Lisboa, e mais uma vez a Internazionale conseguiu segurar o empate por 0 a 0. A volta foi realizada na Itália, e com gols de Klinsmann e Matthäus a Inter venceu por 2 a 0 e se classificou à final.

Assim como em 1990, a final da Copa da UEFA de 1991 foi entre italianos: Internazionale e Roma. Os romanos chegaram lá ao superarem Benfica, Valencia, Bordeaux, Anderlecht e Brondby. A ida foi jogada no San Siro, para mais de 73 mil torcedores. Matthäus abriu o placar aos 10 minutos do segundo tempo, de pênalti. Aos 22, Berti fez 2 a 0 e consolidou a vantagem. A volta foi no Olímpico de Roma. Com a pressão de quase 71 mil na arquibancada, a Inter perdeu por 1 a 0, mas comemorou o título.

A campanha da Internazionale:
12 jogos | 6 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 17 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Bob Thomas/Getty Images

Juventus Campeã da Liga Europa 1990

O futebol da Itália era, de muito longe, o mais competitivo da Europa entre o fim da década de 1980 e quase toda a de 1990. Liga forte, clubes fortes e jogadores consagrados. Tal fato se refletia também nas competições europeias. Na Copa da UEFA, até 1988, só um título ficou em solo italiano. Já entre 1989 e 1999, foram oito conquistas, fora os vices.

O título solitário da Itália havia sido em 1977, com a Juventus. Em 1990, o clube de Turim chegou ao bicampeonato e deu sequência à hegemonia aberta com o Napoli em 1989. Foi nesta época que o torneio sofreu a primeira mudança de regulamento, com a participação de 65 times. Tudo porque França e Iugoslávia estavam empatadas no ranking da UEFA e precisaram de uma fase preliminar para ver com quem ficaria com uma das vagas da Inglaterra, excluída desde 1986 devido à Tragédia de Heysel.

A campanha do bianconero começou contra o Górnik Zabrze, o qual venceu por 1 a 0 na Polônia, e por 4 a 2 no Estádio Comunale, em Turim. Na segunda fase, a Juve eliminou o Paris Saint-Germain com mais duas vitórias, por 1 a 0 na França, e por 2 a 1 na Itália.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Karl-Marx-Stadt (hoje Chemnitzer), da Alemanha Oriental (já sem o Muro de Berlim). A campanha 100% da Juventus continuou firme, com triunfos por 2 a 1 em Turim, e por 1 a 0 fora de casa. Nas quartas, o time bianconeri teve problemas contra o Hamburgo. Depois de vencer por 2 a 0 em plena Alemanha, os italianos levaram 2 a 1 de virada em casa, mas se classificaram.

A Juventus enfrentou o Colônia na semifinal. A ida foi disputada no Comunale, e a equipe teve um grande início com gols de Rui Barros, Giancarlo Marocchi e um contra de Alfons Higl. Mas os alemães se aproximaram com dois tentos no fim e o placar ficou 3 a 2 para Juve. A volta aconteceu no Müngersdorfer. Com resistência, os italianos seguraram o 0 a 0 e chegaram à final.

A final foi contra a Fiorentina, que eliminou Atlético de Madrid, Sochaux, Dínamo Kiev, Auxerre e Werder Bremen. O primeiro jogo foi disputado no Comunale de Turim, e a Juventus abriu vantagem de 3 a 1, com gols de Roberto Galia, Pierluigi Casiraghi e Luigi De Agostini. A segunda partida foi na cidade de Avellino, no Estádio Partenio, pois o Artemio Franchi, em Florença, já estava à disposição da FIFA para a Copa do Mundo de 1990. Num campo praticamente neutro, a Vecchia Signora segurou outro empate sem gols para ficar com o título da Copa da UEFA.

A campanha da Juventus:
12 jogos | 9 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 20 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Bob Thomas/Getty Images

Napoli Campeão da Liga Europa 1989

A consagração de um dos maiores atletas de todos os tempos. Com Diego Maradona no ataque, na inesquecível parceria com Careca, o Napoli atingia o auge de sua história ao conquistar o título da Copa da UEFA de 1989. O título veio em meio a outros dois no Campeonato Italiano, em 1987 e 1990. E ajudou a ditar a tendência do que seria a década de 1990, com clubes italianos dominando e vencendo taças continentais quase todos os anos.

A campanha napolitana começou contra o PAOK, da Grécia. Na ida, vitória por 1 a 0 no San Paolo, em casa. Na volta, empate por 1 a 1 na cidade de Tessalônica. Na segunda fase, o adversário foi o Lokomotive Leipzig.  O primeiro jogo aconteceu na Alemanha Oriental, e ficou empatado por 1 a 1. A segunda partida foi em Nápoles, e acabou com vitória italiana por 2 a 0.

Nas oitavas de final, o Napoli encarou o Bordeaux. Na França, Andrea Carnevale anotou o gol da vitória dos azzurri por 1 a 0. No San Paolo, os italianos garantiram a classificação às quartas ao ficarem no empate por 0 a 0.

O próximo adversário foi a Juventus, em época de rivalidade pesada. A partida de ida foi disputa em Turim, no Estádio Comunale, e o Napoli acabou derrotado por 2 a 0. O jogo de volta aconteceu em Nápoles, para mais 83 mil torcedores no San Paolo. Maradona abriu o placar de pênalti, e Carnevale fez o gol que igualou o confronto. No último minuto da prorrogação, Alessandro Renica fez 3 a 0 e explodiu a cidade em festa.

A semifinal foi contra o Bayern de Munique. O primeiro jogo aconteceu em casa, e o Napoli abriu vantagem confortável por 2 a 0, com gols de Careca e Carnevale. No Olímpico de Munique, a confirmação da vaga na decisão com o empate por 2 a 2, com mais dois tentos de Careca.

A final foi disputada contra o Stuttgart, que bateu Tatabányai (Hungria), Dínamo Zagreb, Groningen, Real Sociedad e Dínamo Dresden. A ida ocorreu no San Paolo, e o Napoli venceu de virada por 2 a 1. Os gols italianos foram marcados pela dupla Maradona-Careca. A volta foi no Neckarstadion, na Alemanha. Com gols de Alemão aos 18 minutos do primeiro tempo, Ciro Ferrara aos 39, e Careca aos 17 da segunda etapa, os azzurri ficaram com o título ao empatarem por 3 a 3.

A campanha do Napoli:
12 jogos | 6 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 18 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Arquivo/Napoli

Bayer Leverkusen Campeão da Liga Europa 1988

O que esperar de um clube que nunca foi campeão de liga ou copa nacional, no máximo venceu uma vez a segunda divisão de seu país, mas que vai para a disputa de uma competição continental? Em 1988, conquistar a Copa da UEFA. Foi o caso do Bayer Leverkusen, campeão de apenas uma 2.Bundesliga em em 1979, e que só viria a ganhar sua única Copa da Alemanha em 1993. Sem dúvidas, um título memorável não só para o clube, mas para o futebol alemão como um todo.

A campanha dos "11 da fábrica" (die werkself) começou diante do Austria Viena. O primeiro jogo foi realizado fora de casa, e ficou no empate sem gols. A segunda partida aconteceu no Estádio Ulrich-Haberland (atual BayArena), e os donos da casa golearam por 5 a 1, numa boa mostra da consistência que viria a seguir.

Na segunda fase, o Bayer enfrentou o Toulouse. A ida foi disputada na França, e terminou empatada por 1 a 1. A volta foi em Leverkusen, e a vitória por 1 a 0 em casa colocou os alemães nas oitavas de final. O adversário seguinte foi o Feyenoord, e o roteiro da classificação rubro-negra foi semelhante: empate por 2 a 2 na Holanda e vitória por 1 a 0 na Alemanha.

Nas quartas de final, foi a vez de encarar o complicado Barcelona. O Bayer mandou a ida no Müngersdorfer, estádio em Colônia maior que o seu em Leverkusen. O problema é que o placar ficou no 0 a 0. A volta foi no Camp Nou, e os alemães conseguiram a vaga na semifinal com uma inesquecível vitória por 1 a 0, com gol anotado pelo meia brasileiro Tita.

A semifinal foi caseira, contra o Werder Bremen. O primeiro jogo ocorreu no Ulrich-Haberland, e o Bayer abriu a vantagem mínima de 1 a 0. A segunda partida foi jogada no Weserstadion, e o clube rubro-negro conseguiu segurar o empate sem gols para chegar na inédita final.

A decisão da Copa da UEFA foi contra o Espanyol, que chegou lá ao passar por Borussia Mönchengladbach, Milan, Internazionale, Vítkovice (Tchecoslováquia) e Club Brugge. E uma das maiores remontadas da história da competição estava para acontecer. A ida foi no Sarrià, em Barcelona, e o Bayer perdeu por 3 a 0.

A volta foi disputa no Ulrich-Haberland, com todos os 22 mil lugares ocupados. Aos 12 minutos do segundo tempo, Tita abriu o placar para os alemães. Aos 18, Falko Götz fez o segundo, e aos 36, Cha Bum-kun anotou 3 a 0. Tudo igual no confronto e na prorrogação, a decisão foi aos pênaltis. Os espanhóis erram três cobranças, com o goleiro Rüdiger Vollborn pegando uma, e as outras indo para fora e na trave. Por 3 a 2, o Bayer Leverkusen era o campeão.

A campanha do Bayer Leverkusen:
12 jogos | 6 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 15 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Sven Simon/Imago

IFK Gotemburgo Campeão da Liga Europa 1987

Em 1987, tivemos a volta do IFK Gotemburgo ao topo da Copa da UEFA, no que é até o momento a última grande incursão da Suécia em competições europeias. Depois de cinco anos, o clube azul e branco chegou ao bicampeonato com campanha invicta, de longe superior às feitas pelo Real Madrid nos títulos das duas temporadas anteriores.

Na primeira fase, o blavitt enfrentou o Sigma Olomouc, da Tchecoslováquia. A ida foi disputada no Leste Europeu, e terminou empatada por 1 a 1. A volta foi jogada no Ullevi, em casa, e o IFK aplicou a primeira goleada da campanha, por 4 a 0. Na segunda fase, foi a vez de encarar o Stahl Brandemburgo, da Alemanha Oriental, e passar com vitória por 2 a 0 na Suécia e empate por 1 a 1 fora de casa.

Nas oitavas de final, o IFK jogou contra o Gent. A partida de ida foi realizada na Bélgica, e terminou com vitória simples dos suecos, por 1 a 0. O jogo de volta aconteceu no Ullevi, e outra vez a equipe alviazul goleou por 4 a 0.

Nas quartas, o confronto mais complicado da campanha, contra a Internazionale. A primeira partida foi em Gotemburgo, mas o IFK não conseguiu sair do 0 a 0. O segundo foi disputado no San Siro, em Milão. Os italianos largaram na frente do placar no começo do segundo tempo. Com parcimônia, os suecos mantiveram a calma e chegaram ao empate aos 33 minutos, com Stefan Pettersson. O 1 a 1 colocou o time nórdico na semifinal.

A semi foi jogada contra o Swarovski Tirol, da Áustria. Desta vez sem passar dificuldades, o IFK logo fez 5 a 1 na ida em casa. Na volta, em Innsbruck, Michael Andersson fez o gol da vitória por 1 a 0 que colocou a equipe sueca na decisão.

A final da Copa da UEFA de 1987 foi entre IFK Gotemburgo e Dundee United, clube da Escócia que no mata-mata superou Lens, Universitatea Craiova, Hajduk Split, Barcelona e Borussia Mönchengladbach. A ida foi jogada no Ullevi. Com gol de Pettersson aos 38 minutos do primeiro tempo, o IFK venceu por 1 a 0. A volta foi no Tannadice Park, em Dundee. Lennart Nilsson abriu o placar para os suecos aos 22 da primeira etapa, e praticamente sacramentou o título. Os escoceses chegaram a marcar 1 a 1, mas não mudou a situação, e os visitantes fizeram a festa.

A campanha do IFK Gotemburgo:
12 jogos | 7 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 21 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Charlie Gustavsson

Real Madrid Campeão da Liga Europa 1986

Numa época em que apenas os campeões nacionais disputavam a Champions, e os vencedores das copas se classificavam para a Recopa, a Copa da UEFA era a tábua de salvação para quem não ganhava nada na temporada, porém fazia uma campanha de alto de tabela. Foi o caso do Real Madrid para os anos de 1985 e 1986. E se na primeira oportunidade o título europeu veio com muitos momentos de sofrimento, o bicampeonato também teve altas doses de emoção. E uma campanha idêntica.

A jornada merengue começou diante do AEK Atenas, para o qual perdeu por 1 a 0 o jogo de ida na Grécia. Na volta, goleada por 5 a 0 no Santiago Bernabéu. Na segunda fase, foi a vez de enfrentar o Chornomorets Odessa, da União Soviética. A primeira partida foi em casa, com vitória do Real por 2 a 1. O segundo jogo aconteceu no Leste Europeu, e o empate sem gols classificou os espanhóis.

Nas oitavas de final, o primeiro momento épico. Contra o Borussia Mönchengladbach, o Real Madrid começou o confronto levando 5 a 1 na Alemanha. No Santiago Bernabéu, Jorge Valdano e Santillana anotaram dois gols cada, e o 4 a 0 somado ao gol fora de casa colocou o time nas quartas. Esta não foi a primeira nem a última virada da campanha, mas é a mais lembrada pelo torcedor.

O adversário na quartas de final foi o Neuchâtel Xamax. A ida ocorreu na Espanha, com vitória merengue por 3 a 0. A volta foi na Suíça, e o Real voltou a perder, mas por 2 a 0, sem afetar sua classificação.

A semifinal foi jogada contra a Internazionale, repetindo o roteiro da temporada anterior. E como em 1985, o Real Madrid perdeu a ida no San Siro, mas por 3 a 1. Na volta, Hugo Sánchez fez dois gols e Rafael Gordillo um nos 90 minutos. A Inter descontou e a partida foi à prorrogação. Para desempatar, Santillana guardou outros dois tentos no tempo extra, e a goleada por 5 a 1 colocou o Real na decisão.

A final da Copa da UEFA foi contra o Colônia, clube alemão que bateu Sporting Gijón, Bohemians, Hammarby (Suécia), Sporting e Waregem (Bélgica). A ida foi jogada no Santiago Bernabéu, e o Real Madrid consolidou uma ótima vantagem ao golear por 5 a 1, com dois gols de Valdano e um cada de Sánchez, Gordillo e Santillana. A volta foi realizada no Olímpico de Berlim. Tendo já revertido um resultado de 5 a 1 contra, o time merengue sabia que nada era garantido. O Colônia até abriu 2 a 0 no placar, mas os espanhóis souberam se segurar na defesa para ficar com o segundo título.

A campanha do Real Madrid:
12 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 5 derrotas | 26 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Arquivo/Real Madrid

Real Madrid Campeão da Liga Europa 1985

Este fato é impensável nos dias de hoje, mas em 1985 o Real Madrid protagonizou uma campanha trepidante rumo ao título da Copa da UEFA, que na época era a competição europeia de menor importância. Sob o comando do ídolo Luis Molowny e há duas décadas sem conquistas internacionais, os merengues no fim demonstraram um pequeno rastro daquela glória obtida nos anos 1950 e 1960.

A campanha do Real Madrid começou contra o Wacker Innsbruck, da Áustria. Na ida, o clube espanhol já tratou de encaminhar a classificação ao golear por 5 a 0 no Santiago Bernabéu. Na volta, tal vantagem deixou os jogadores tão relaxados que acabaram perdendo por 2 a 0 fora de casa. Na segunda fase, os merengues sofreram para eliminar o Rijeka, da Iugoslávia. No primeiro jogo, levaram 3 a 1 fora. Assim, em Madrid, precisaram suar para vencer por 3 a 0.

Os desafios do Real Madrid seguiram sem trégua. Nas oitavas de final, contra o Anderlecht, uma derrota por 3 a 0 na Bélgica obrigou os madridistas a correrem dobrado mais uma vez em casa. E  de maneira épica no Bernabéu, golearam por 6 a 1 no jogo de volta, com hat-trick de Emilio Butragueño, dois gols de Jorge Valdano e um de Manuel Sanchís.

Nas quartas, o adversário foi o Tottenham, que defendia o título. A ida foi disputada no White Hart Lane, em Londres, e o Real Madrid conseguiu uma ótima vitória por 1 a 0. Mas quem esperava tranquilidade na volta não encontrou. O empate por 0 a 0 imperou no placar durante todos os 90 minutos. O alívio só veio no apito final.

Na semifinal, o clube merengue teve um confronto emocionante com a Internazionale. Novamente atuando fora de casa na primeira partida, os espanhóis sofreram uma dura derrota, desta vez por 2 a 0. A desvantagem obrigava a mais uma remontada no Santiago Bernabéu, e ela veio: 3 a 0, com dois gols de Santillana e um de Míchel.

A final da Copa da UEFA de 1985 foi contra o Videoton (atual Fehérvár), da Hungria, que eliminou Dukla Praga, Paris Saint-Germain, Partizan, Manchester United e Zeljeznicar (Iugoslávia). A primeira partida ocorreu no Estádio Sóstói, na cidade de Székesfehérvár, e o Real Madrid venceu bem por 3 a 0, com gols de Míchel, Santillana e Valdano. O roteiro para este confronto inverteu-se em relação a muitas fases anteriores. No Santiago Bernabéu, para mais de 98 mil torcedores e livre de todos os sofrimentos já sentidos, o time merengue tornou-se campeão com derrota por 1 a 0.

A campanha do Real Madrid:
12 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 5 derrotas | 22 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Bob Thomas/Getty Images

Tottenham Campeão da Liga Europa 1984

O bicampeonato do Tottenham na Copa da UEFA de 1984 foi a última glória internacional do clube inglês. O primeiro campeão da competição voltou ao topo 12 anos depois, com uma campanha irrepreensível e com boas doses de emoção para o torcedor.

A campanha dos spurs começou contra o Drogheda United, da Irlanda. Os londrinos venceram confortavelmente os dois jogos, por 6 a 0 fora e por 8 a 0 em casa, garantindo passagem para a segunda fase. O adversário seguinte foi o Feyenoord, e mais uma vez com duas vitórias - por 4 a 2 em Londres e por 2 a 0 na Holanda - se classificou.

Nas oitavas, o caldo do Tottenham engrossou diante do Bayern de Munique. O primeiro jogo foi disputado na Alemanha, derrota por 1 a 0. Precisando reverter, os spurs foram para cima no White Hart Lane. Com gols de Steve Archibald e Mark Falco, a vitória por 2 a 0 selou a vaga nas quartas.

Nas quartas de final, o Tottenham enfrentou o Austria Viena. No jogo de ida, no White Hart Lane, os spurs fizeram uma exibição brilhante e venceram por 2 a 0, obtendo boa vantagem para a volta fora de casa. No Praterstadion, os ingleses saíram na frente e sofreram a virada, mas Osvaldo Ardiles garantiu o empate por 2 a 2 a oito minutos do fim.

A semifinal foi um confronto emocionante contra o Hadjuk Split, da Iugoslávia. Após perder por 2 a 1 de virada no jogo de ida fora de casa, o Tottenham precisou outra vez de seu torcedor em Londres. Com gol de Micky Hazard logo aos seis minutos do primeiro tempo e uma enorme resiliência, conquistou a suficiente vitória por 1 a 0, que, graças a regra do gol fora chegou para a final da Copa da UEFA.

Na decisão, o Tottenham enfrentou o Anderlecht, defensor do título que passou por Bryne (Noruega), Baník Ostrava (Tchecoslováquia), Lens, Spartak Moscou e Nottingham Forest. O primeiro jogo, disputado em Bruxelas, terminou empatado em 1 a 1, o que deixou tudo em aberto para a partida de volta em Londres. O gol dos spurs foi anotado por Paul Miller.

Em um jogo tenso no White Hart Lane, a partida de volta teve o mesmo 1 a 1. Os belgas saíram na frente aos 15 minutos do segundo tempo, e o empate do Tottenham só veio aos 39, com Graham Roberts. A decisão do título foi para os pênaltis. Os spurs mostraram mais habilidade nas cobranças e venceram por 4 a 3. O goleiro Tony Parks defendeu duas cobranças na conquista.

A campanha do Tottenham:
12 jogos | 7 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 30 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Bob Thomas/Getty Images