Santos Campeão Brasileiro 1963

A Taça Brasil de 1963 manteve quase o mesmo regulamento que a do ano anterior. Houve um aumento de dois participantes, totalizando 20. Campeão Mundial, da Libertadores, Paulista e do próprio Brasileiro, o Santos colocou em sua coleção de taças mais um troféu nacional.

Entrando diretamente na semifinal, ao lado do Botafogo, assistiu os adversários caindo aos poucos no torneio. O Sport venceu o Grupo Norte, o Bahia levou o Grupo Nordeste, o Grêmio faturou o Grupo Sul e o Atlético-MG conquistou o Grupo Leste. No confronto da Zona Norte, o Bahia eliminou o Sport, e no enfrentamento da Zona Sul, o Grêmio passou pelo Atlético-MG.

Na semifinal, o Santos fez a estreia contra o time gaúcho, e venceu as duas partidas, no Pacaembu e no Olímpico. No outro confronto, o Bahia se segurou contra o Botafogo, marcou um gol e não sofreu nenhum. Dessa maneira, Santos e Bahia fariam pela terceira vez na história a decisão.

Diferentemente das outras oportunidades (1959 e 1961), em que foi necessário três partidas em cada final, o Peixe precisou só dos dois primeiros jogos. Já entrando no ano de 1964, o Alvinegro cortou qualquer esperança baiana logo na ida, com um 6 a 0 em São Paulo. Na Fonte Nova, foi só completar o serviço, com 2 a 0, e comemorar o tri.

A campanha do Santos:
4 jogos | 4 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 15 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Press

Santos Campeão Brasileiro 1962

Em 1962, a Taça Brasil seguiu forte, e com o mesmo formato do ano anterior. 18 times campeões estaduais foram divididos em eliminatórias regionais, com os campeões paulista e carioca (antiga Guanabara), entrando diretamente na semifinal. O Santos, campeão vigente, entrou diretamente entre os quatro melhores, junto com o Botafogo.

No Grupo Norte, o Sport foi o vencedor. No Grupo Nordeste, deu Campinense. No Grupo Leste, o Cruzeiro se saiu melhor. E no Grupo Sul, o Internacional se classificou. Na decisão da Zona Norte, o Sport elimina o Campinense com um empate e uma vitória, os mesmos resultados obtidos pelo Internacional na final da Zona Sul.

O Brasil, ainda de ressaca com o bicampeonato na Copa do Mundo, viu as semifinais serem jogadas já em 1963. O Santos conseguiu um empate em 1 a 1 na Ilha do Retiro, e se classificou para a final com vitória por 4 a 0 em São Paulo. Na outra chave, o Botafogo bateu o Internacional em melhor de três jogos.

As duas maiores equipes do país se encontraram na final. De um lado, Pelé, Coutinho e Pepe. Do outro, Garrincha, Quarentinha e Amarildo. Foram dois jogos apertados. Na ida, o Santos venceu por 4 a 3 no Pacaembu. Na volta, o Botafogo devolveu 3 a 1 no Maracanã. Mas na partida extra só um time jogou. No Rio de Janeiro, o Santos aplicou 5 a 0 e ficou com o bicampeonato brasileiro.

A campanha do Santos:
5 jogos | 3 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 15 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Agência JB

Santos Campeão Brasileiro 1961

O Santos iniciou sua dinastia dentro do futebol brasileiro com o título da Taça Brasil de 1961. Esta edição contou com a participação de 18 equipes (17 campeões estaduais e o campeão da edição anterior), sendo que os campeões dos estados de São Paulo e de Pernambuco, assim como ocorreu em 1960, já entravam na fase final.

Dessa maneira, o Peixe entrou diretamente na semifinal, e ficou esperando por seu adversário. Na divisão clássica dos quatro grupos, o Bahia ficou à frente do Grupo Nordeste, o Fortaleza venceu o Grupo Norte, o America-RJ faturou o Grupo Leste e o Palmeiras ganhou no Grupo Sul. Nas quartas de final, o America-RJ venceu o Palmeiras na Zona Sul e o Bahia ganhou do Fortaleza na Zona Norte. 

Dessa forma, o Santos enfrentou o time da antiga Guanabara na semifinal. O Alvinegro venceu o America do Rio por 6 a 2 na ida em São Paulo, e usou o regulamento ao perder por 1 a 0 no Maracanã. No outro lado, o Bahia eliminou o Náutico.

A final de 1961 foi uma reedição de 1959. E uma grande revanche. Pelé e Coutinho marcaram três gols cada nas duas partidas. Na ida, 1 a 1 na Fonte Nova, e na volta, 5 a 1 no Pacaembu. É o primeiro dos cinco títulos santistas nessa modalidade do Campeonato Brasileiro.

A campanha do Santos:
5 jogos | 3 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 18 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Santos

Palmeiras Campeão Brasileiro 1960

A Taça Brasil de 1960 foi a segunda edição do Campeonato Brasileiro da história. Em relação ao ano anterior, houve a entrada de mais uma equipe, totalizando 17. Os times de São Paulo e Pernambuco foram beneficiados com a entrada diretamente na semifinal. Dessa maneira, o Palmeiras precisou de pouca coisa para faturar o primeiro de seus nove títulos brasileiros.

O Verdão viu de camarote o Bahia conquistar o Grupo Nordeste, o Fortaleza vencer o Grupo Norte, o Grêmio ganhar o Grupo Sul e o Fluminense faturar o Grupo Leste. Depois, o Fortaleza derrotou o Bahia na final da Zona Norte, e o Fluminense venceu o Grêmio na Zona Sul. Na semifinal, o Fortaleza eliminou o Santa Cruz com uma vitória e um empate.

Na outra chave, o Palmeiras encontrou finalmente o Fluminense. No primeiro jogo, no Pacaembu, empate sem gols. Na segundo jogo, o Alviverde venceu no Maracanã por 1 a 0 e se classificou para a final contra o time cearense.

Muito favorito, o time de Valdir de Moraes, Djalma Santos, Chinesinho e Julinho Botelho não tomou conhecimento do Fortaleza. Na ida, no Presidente Vargas, o Palmeiras aplicou 3 a 1 e antecipou o que seria em São Paulo. A partida de volta no Pacaembu registrou a maior goleada em finais nacionais: 8 a 2 fora o baile de uma dos maiores times da época. Verdão campeão pela primeira vez.

A campanha do Palmeiras:
4 jogos | 3 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 12 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Press

Bahia Campeão Brasileiro 1959

A Taça Brasil foi a primeira competição nacional de clubes de futebol do Brasil a dar ao seu vencedor o título de campeão brasileiro. Apesar do certame ter sido instituído em 1954 pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos, atual CBF) e ter seu regulamento definido em 1955, a primeira edição da competição não pôde ser disputada como o planejado, pois o calendário do futebol brasileiro até 1958 já estava aprovado e não podia sofrer alterações por causa da Copa do Mundo de 1958.

Sendo assim, ficou definido que a Taça Brasil começaria somente em 1959. Porém, como ainda haviam restrições econômicas e dificuldades para viagens longas, a competição foi montada apenas com os campeões estaduais que se enfrentavam em um grande sistema mata-mata.

O Brasileirão de 1959 contou com a participação de 16 campeões estaduais do ano anterior. Com os clubes divididos regionalmente, paulistas e cariocas entraram apenas nas semifinais. O Bahia pertenceu ao Grupo Nordeste, e começou a competição contra o CSA. Um triunfo em Maceió por 5 a 0, e outro em Salvador por 2 a 0 classificou o Tricolor de Aço.

Na fase seguinte, enfrentou o Ceará, com empates em Fortaleza e na Bahia. Um jogo-desempate foi necessário, e finalmente o Bahia ganhou, por 2 a 1 na Fonte Nova. Campeão do grupo, encarou nas quartas de final o campeão do Grupo Norte, o Sport, triunfando por 3 a 2 em Salvador. Mas em Recife, perdeu por 6 a 0. Como não havia a regra do saldo de gols, mais um desempate foi forçado. E o Bahia não deu outra chance ao azar, ganhando por 3 a 2.

Campeão da Zona Norte, foi à semifinal contra o Vasco. No Maracanã, o Tricolor triunfou por 1 a 0, mas na Fonte Nova sofreu 2 a 1. Em mais um jogo extra, fez 1 a 0 em Salvador, e avançou para a final, contra o Santos.

Àquela altura, o Santos já era tido como o melhor time do Brasil, com Pelé sendo o principal jogador. Mas o Bahia tinha Alencar e Biriba, autores dos gols do triunfo por 3 a 2 no Pacaembu. Na partida na Fonte Nova, o Santos devolveu 2 a 0. Outro desempate foi preciso e, já invadindo 1960, o Bahia ganhou no Rio de Janeiro por 3 a 1, se tornando assim, o primeiro campeão brasileiro e o primeiro time do Brasil a disputar uma Libertadores.

A campanha do Bahia:
14 jogos | 9 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 25 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Agência O Globo

Atlético-MG Campeão Brasileiro 1937

No dia 25 de agosto de 2023, a CBF reconheceu de maneira oficial o Torneio dos Campeões de 1937 como o primeiro Campeonato Brasileiro da história. Desta forma, o Atlético-MG atinge sua terceira conquista nacional e volta a ser o primeiro campeão da história, depois de ter perdido o posto para o Bahia na unificação da Taça Brasil e do Robertão em 2010.

O Torneio dos Campeões foi disputado num contexto histórico complexo. Fazia apenas quatro anos que o profissionalismo imperava no futebol brasileiro, que rachou em duas entidades concorrentes: a Confederação Brasileira de Desportos (CBD), que mantinha-se com clubes amadores e controlava a Seleção Brasileira, e a Federação Brasileira de Futebol (FBF), feita por times profissionais. A CBD também organizava o Brasileiro de Seleções Estaduais, desde 1922.

Em 1933, a FBF começou seu torneio, inicialmente também com seleções estaduais. Mas a ideia era fazer um campeonato com clubes para se opor à CBD. E em 1937, foi criado o Torneio dos Campeões, com cinco vencedores dos estaduais de 1936 e um convidado: Atlético-MG, Fluminense, Portuguesa, Rio Branco-ES, Aliança-RJ e a Liga da Marinha.

O regulamento foi de tiro curto: uma primeira fase preliminar entre Liga da Marinha e Aliança (campeã fluminense) definiria o adversário do Rio Branco (campeão capixaba) em uma segunda preliminar. Quem vencesse daqui iria para o quadrangular final de dois turnos com os demais. Que passou deste começo foi o Rio Branco.

Em seis jogos, o Atlético-MG definiu o título. Mas a estreia foi terrível, ao levar uma goleada por 6 a 0 Fluminense nas Laranjeiras. Na sequência, o Galo ainda empatou por 1 a 1 com o Rio Branco, em Vitória. A arrancada triunfante veio a partir da terceira rodada, nas partidas disputadas no antigo Estádio de Lourdes, em Belo Horizonte. Contra a Portuguesa, goleada por 5 a 0. Contra o Fluminense, a revanche veio no placar de 4 a 1.

Nesta altura, o clube carioca já tinha feito as seis partidas, com seis pontos (três vitórias e três derrotas). Todos os outros tinham quatro jogos, com os mineiros somando sete pontos, os capixabas cinco e os paulistas dois, já sem chances de título. No primeiro jogo faltante, a Portuguesa derrotou o Rio Branco e foi a quatro pontos, no que ajudou o Galo. A partida contra o Rio Branco em Belo Horizonte tornou-se na decisão do título. E assim foi. Com dois gols de Paulista e um de Guará, Nicola e Bazzoni, o Atlético goleou por 5 a 1 foi campeão dos campeões de 1937, hoje um título equivalente ao Brasileirão.

No fim, o Galo ainda venceu a Portuguesa por 3 a 2 em São Paulo e chegou a nove pontos. O Fluminense ficou com o vice, superando o Rio Branco por um ponto.

O Torneio dos Campeões não voltaria mais a ser organizado, pois na mesma época FBF e CBD começaram uma aproximação. Em 1941, a FBF foi absorvida pela CBD, passando a gerir o futebol brasileiro até 1979, quando foi criada a CBF.

A campanha do Atlético-MG:
6 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 18 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Arquivo/Atlético-MG