Paysandu Campeão da Copa Verde 2016

A Copa Verde chegou para 2016 com novidades. Goiás apareceu pela primeira vez na competição, com dois representantes: o vice estadual Aparecidense (o campeão Goiás abriu mão da vaga) e o melhor ranqueado Vila Nova. E foi justamente a entrada via Ranking da CBF a segunda das evoluções, com quatro clubes vindo dele. A terceira e última foi o número de participantes, que aumentou de 16 para 18 e obrigou o torneio a ter uma fase preliminar antes das oitavas de final.

Foi nesta edição que o Paysandu conseguiu seu primeiro título, após ser vice em 2014 e semifinalista em 2015. Nas oitavas, enfrentou o Fast amazonense, o qual passou com empate por 1 a 1 em Manaus e vitória por 3 a 0 em Belém. Nas quartas de final, foi a vez de enfrentar o Rio Branco-AC. A classificação foi fácil, com vitórias por 1 a 0 na Curuzu  na ida e por 5 a 2 no Acre na volta.

A semifinal foi uma repetição do ano anterior, com o clássico Re-Pa. Mas agora a história feliz trocou de lado, com o Paysandu avançando com duas vitórias sobre o Remo: 2 a 1 na primeira partida e um categórico 4 a 2 na segunda.

A decisão da Copa Verde foi entre Paysandu e Gama, que no outro lado do chaveamento deixou para trás a Aparecidense. O jogo de ida foi marcado para o Mangueirão. Era importante para o Papão abrir uma vantagem alta logo na largada, para não passar aperto depois. E a vitória aconteceu, por 2 a 0, com os gols saindo um no começo do primeiro tempo e o outro no fim do segundo.

A partida de volta aconteceu no Bezerrão, no Distrito Federal. O Paysandu começou bem a peleja, abrindo o placar já aos dois minutos da primeira etapa. Mas o time candango virou no segundo tempo, marcando entre os 28 e 34 minutos. Os 2 a 1 contra deixaram o ar tenso para os dois lados, porém no fim tudo deu certo ao Papão, que comemorou sua segunda taça regional, 14 anos depois da primeira.

A campanha do Paysandu:
8 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 19 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Rafael Ribeiro/CBF

Cuiabá Campeão da Copa Verde 2015

O regulamento da primeira Copa Verde foi mantido para a realização da segunda edição, em 2015. Desde oitavas de final, 16 clubes de 11 Estados lutaram pelo título e pela vaga na Copa Sul-Americana do ano seguinte. Mais uma vez Goiás optou por não entrar na competição. Assim, a briga pelo título ficou entre as equipes mato-grossenses e paraenses, com uma decisão onde país viu o Cuiabá fazer o épico contra o Remo.

Mas antes, o Dourado precisou enfrentar nas oitavas de final o CENE, do Mato Grosso do Sul. A classificação foi tranquila, com vitórias por 1 a 0 fora de casa e por 3 a 1 em casa. Nas quartas, o adversário foi o Estrela do Norte. E a passagem à semifinal veio com vitória por 1 a 0 na ida no Espírito Santo e empate por 1 a 1 na volta no Mato Grosso. A semi foi contra o Luverdense, e mais uma vez o Cuiabá definiu seu confronto com vitória fora, por 1 a 0, e empate em casa, por 0 a 0.

A última disputa do Dourado foi contra o Remo, na final. O time paraense chegou junto após ter eliminado seu rival Paysandu nos pênaltis. A partida de ida aconteceu no Mangueirão, em Belém. Diante de uma forte e de uma torcida grande, o Cuiabá não resistiu e levou 4 a 1, no que deu a impressão de tudo já estar perdido.

Mas ainda tinha a volta na Arena Pantanal. A torcida não levou muita fé e apenas pouco mais de 3 mil torcedores compareceram. Foram sortudos, pois viram uma virada sensacional. No primeiro tempo, o Dourado já fazia três gols e revertia o confronto. No segundo tempo, aos 4 minutos, saiu o quarto gol pelos pés de Raphael Luz (que ali completou um hat-trick).

O Remo descontou aos 28 tentando forçar a disputa de pênaltis, mas aos 35 Nino Guerreiro fez seu segundo e o quinto cuiabanista. Com 5 a 1 no placar, a história estava contada, e o Cuiabá chegava a um título histórico, obtido em uma virada difícil de se ver.

A campanha do Cuiabá:
8 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 13 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Pedro Lima/Cuiabá

Brasília Campeão da Copa Verde 2014

Após a descontinuidade da Copa Norte e da Copa Centro-Oeste junto aos demais regionais, em 2002, as duas regiões sofreram muito com a falta de competitividade. Principalmente os clubes pequenos, que mal tinham chances nos campeonatos nacionais e ficavam resumidos apenas aos estaduais. Mas a recriação e o imediato sucesso da Copa do Nordeste motivou as equipes do Norte a pressionar a CBF para que o local voltasse também a ter seu torneio.

A entidade não só gostou da ideia, como também a ampliou para o Centro-Oeste e Espírito Santo. Logo, estava criada a Copa Verde, que leva esse nome em alusão à Floresta Amazônica e ao Pantanal. A sustentabilidade também fez parte do projeto: garrafas plásticas e latas de alumínio podiam ser trocadas por ingressos das partidas.

----------------------------------------

A primeira edição da Copa Verde aconteceu em 2014 e reuniu 11 Estados brasileiros. Apenas Goiás recusou a entrada. O critério técnico para indicação dos participantes foi o mesmo dos regionais antecessores, ou seja, a posição nos estaduais. Na primeira competição, foram 16 equipes, o que facilitou na hora de montar o regulamento, em mata-mata do início ao fim.

Um campeonato em que os times podem avançar de fase ou cair fora logo de cara suscita o aparecimento de zebras em potencial. E foi justamente o que aconteceu já na estreia, com o Brasília chegando a um título histórico. O primeiro adversário colorado foi o CENE, do Mato Grosso do Sul, nas oitavas de final. A classificação não foi simples, pois o time empatou por 0 a 0 a ida no Distrito Federal, só indo vencer fora de casa na volta, por 2 a 0.

Nas quartas foi a vez de encarar o Cuiabá. Novamente o Brasília fez o primeiro jogo na Capital Federal, agora o vencendo por 1 a 0. No Mato Grosso, empate sem gols colocou a equipe na semifinal. A terceira disputa foi caseira, contra o Brasiliense. Mandando a ida no Bezerrão, o Brasília foi derrotado por 2 a 0. O milagre aconteceu na volta, quando o Avião reverteu o confronto fazendo 3 a 0 na casa do rival, a Boca do Jacaré, em Taguatinga.

A final foi entre Brasília e Paysandu, e pela primeira vez o time vermelho jogaria a primeira partida fora de casa: no Mangueirão, 2 a 1 de virada aos paraenses. A segunda partida foi no Mané Garrincha, com quase 52 mil torcedores acompanhando. O Brasília não se assustou com a desvantagem, foi para cima do adversário e marcou dois gols. Mas o Paysandu descontou para 2 a 1 a seis minutos do fim e levou a disputa aos pênaltis. Em 16 cobranças, o Brasília venceu por 7 a 6 e conquistou o título inédito.

Feito conquistado, mas quase tudo mudou na Justiça. O Paysandu entrou com recurso no STJD devido à irregularidades no BID, vencendo em primeira instância. Mas no julgamento do Pleno, o caso foi revisado a favor do Brasília, que permaneceu como campeão.

A campanha do Brasília:
8 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 9 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Rafael Ribeiro/CBF

Goiás Campeão da Copa Centro-Oeste 2002

A última edição da Copa Centro-Oeste aconteceu em 2002. E foi uma disputa especial, não apenas por representar a terceira conquista seguida para o Goiás, mas também por ter sido a competição com o maior número de jogos e o regulamento mais interessante. Os oito participantes jogaram no formato todos contra todos em dois turnos, com os quatro melhores avançando ao mata-mata.
O Esmeraldino tinha o melhor elenco para suportar a maratona de jogos no torneio de 2002. Apesar disso, a estreia foi com empate por 0 a 0 com o Comercial-MS. Esse tropeço foi um dos raros do clube, que na segunda rodada já derrotava o Palmas no Tocantins por 3 a 0. Foram dez vitórias, dois empates e duas derrotas na primeira fase. Entre os destaques, as vitórias por 3 a 2 sobre o Vila Nova, na quarta rodada, e por 9 a 0 em casa sobre o Serra, na sétima partida, além do empate no outro clássico com o Vila, na 11ª rodada, por 1 a 1. O Goiás assinalou 32 pontos e terminou na liderança do campeonato, fazendo dois a mais que o vice Gama. Na semifinal, mais dois Derbies do Cerrado com o Vila Nova. No primeiro, derrota por 1 a 0. No segundo, a classificação veio com um emocionante triunfo por 4 a 3.
A decisão foi entre alviverdes. Em duas partidas, o Goiás encontrou o Gama, que na semi passou pelo Comercial e na fase inicial impôs o maior revés esmeraldino, uma derrota por 4 a 0 fora de casa na 12ª rodada. Mordido, o Goiás foi à ida no Bezerrão com mais cuidado, mas ainda assim acabou perdendo, por 3 a 2. A volta precisava ser vencida por qualquer placar, já que a melhor campanha era critério de desempate. Mas a regra não foi necessária, pois o Esmeraldino sagrou-se tricampeão da Copa Centro-Oeste ao fazer 3 a 0 no Serra Dourada, gols de Kleyr, Josué e Zé Carlos. 
Na Copa dos Campeões, o Goiás foi bem. Eliminou São Caetano e Atlético-PR na fase de grupos e parou nas quartas de final diante do Cruzeiro.

A campanha do Goiás:
18 jogos | 12 vitórias | 2 empates | 4 derrotas | 41 gols marcados | 22 gols sofridos


Foto Wagner Cabral/O Popular/Futura Press

Goiás Campeão da Copa Centro-Oeste 2001

Regulamento mantido para a disputa da Copa Centro-Oeste em 2001. Oito participantes divididos em dois grupos, com os dois primeiros passando à semifinal. Só houve uma diferença em relação a 2000, que foi na distribuição de vagas: Goiás caiu de três para duas e o Distrito Federal passou de uma para duas.
O Goiás chegava para a busca do bicampeonato com um embalo forte, consolidado pelo penta estadual e a boa campanha no Brasileirão no ano anterior. Seu grupo na Copa Centro-Oeste foi junto com Bandeirante-DF, Serra e Comercial-MS. E a campanha não poderia ter sido mais tranquila, com seis vitórias nas seis partidas disputadas. No cartel, 4 a 0 em casa e 6 a 1 fora sobre o Bandeirante, e 6 a 3 em Goiânia sobre o Serra. O Esmeraldino liderou a chave com 18 pontos, bem a frente dos demais, que terminaram empatados com seis. A semifinal foi contra o Gama, e o roteiro foi mais complicado. Na ida, no Distrito Federal, derrota por 2 a 0. A volta foi no Serra Dourada, e o Goiás precisou suar para vencer por 4 a 2 e chegar na final devido a ter melhor campanha.
A decisão manteria os ingredientes da fase anterior, com um adversário bem mais casca grossa. Outra vez, o Goiás teria que duelar com o Vila Nova pelo título. Se no ano anterior a taça veio com goleada, agora a situação era outra. No primeiro jogo, vitória apertada por 1 a 0, gol marcado pelo atacante Araújo. No segundo jogo, empate por 1 a 1, com o Vila saindo na frente e o Esmeraldino marcando somente aos 42 minutos do segundo tempo, com o volante Josué. No fim tudo deu certo, a freguesia foi mantida e o bi da Copa Centro-Oeste foi conquistado.
Outra vez a conquista levou o Goiás à Copa dos Campeões. Mas as coisas não deram certo nesta competição, e o time acabou eliminado ainda na fase preliminar, para São Raimundo-AM e Sport.

A campanha do Goiás:
10 jogos | 8 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 29 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Carlos Costa/Placar

Goiás Campeão da Copa Centro-Oeste 2000

Já na sua segunda edição, em 2000, a Copa Centro-Oeste passou por uma reformulação. Alegando falta de competitividade, os clubes mineiros se retiraram do torneio para fazerem parte da Copa Sul - que mudou de nome para Copa Sul-Minas. Desta forma, o torneio na região central teve alteração no número de participantes: de dez para oito, com Goiás passando a ter três vagas, e os demais Estados seguindo com uma cada.
O benefício aos clubes goianos ficou evidente. Então, todos os seus representantes foram alocados no mesmo grupo. E foi o Goiás - então tetracampeão estadual e campeão da Série B - quem despontou como o grande favorito ao título. A disputa na primeira fase ficou concentrada com o rival Vila Nova. Os dois clássicos terminaram com empate sem gols, mas o Esmeraldino compensou tudo contra os outros, goleando a conterrânea Anapolina por 5 a 0 em Goiânia e o candango Dom Pedro II (atual Real Brasília) duas vezes, por 4 a 0 em casa e por 4 a 1 fora. O time ficou com 14 pontos na chave, dois a mais que o Vila. Na semifinal, o Goiás não teve problemas para eliminar o Juventude-MT: venceu por 1 a 0 a ida no Mato Grosso e por 2 a 1 a volta em casa.
Com um regulamento de tiro curto, a Copa Centro-Oeste teve a final com pouco mais de um mês de disputa. E foi com o "Derby do Cerrado", já que o Vila Nova havia despachado o capixaba São Mateus na semi. Mas desta vez a falta de gols dos clássicos da fase de grupos foi compensada por uma facilidade verde. As duas partidas aconteceram no Serra Dourada, e o Goiás sagrou-se campeão (invicto) pela primeira vez com vitórias por 3 a 1 na ida e por 5 a 1 na volta.
O título do Centro-Oeste em 2000 colocou o Esmeraldino na inédita Copa dos Campeões. Na preliminar, o clube ficou na frente de Vitória e São Raimundo-AM. Mas nas quartas de final, duas derrotas para o Flamengo eliminaram os goianos.

A campanha do Goiás:
10 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 26 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Donizete de Souza/Placar

Cruzeiro Campeão da Copa Centro-Oeste 1999

Os campeonatos regionais apresentavam um bom crescimento no fim dos anos 90. Mas nem todas as regiões eram contempladas no começo. Foi só em 1999 que o Centro-Oeste e o Sul ganharam uma competição, juntando-se ao Nordeste e Norte. O Sudeste também possuía seu torneio, mas ele ficava resumido a Rio de Janeiro e São Paulo. Órfãos, Minas Gerais, Espírito Santo e Tocantins (que também sobrou no Norte) acabaram incorporados à Copa Centro-Oeste, que tornava a ser disputada depois de 15 anos. Foram três edições "pré-históricas": em 1976, vencida pelo Mixto, 1981, conquistada pelo Gama, e 1984, ganha pelo Guará-DF.

----------------------------------------

A recriação da Copa Centro-Oeste em 1999, junto aos outros regionais, foi uma tentativa da CBF em fortalecer o calendário do primeiro semestre dos clubes grandes do Brasil sem desagradar as federações estaduais, que ganhariam mais um qualificador para seus campeonatos. Sete Estados marcaram presença na estreia, somando ao todo dez participantes. O "intruso" Minas Gerais entrou com quatro representantes. Espírito Santo e Tocantins - os outros convidados - colocaram um time cada, bem como os quatro nativos.
Na primeira fase, as equipes foram divididas em três grupos, sendo um quadrangular só com os mineiros e dois triangulares com o restante. Assim ficou fácil de perceber o favoritismo recaindo sobre a dupla Cruzeiro e Atlético-MG, que iriam eliminar um ao outro antes da decisão, assim como Vila Nova e Gama, que também ficaram na mesma chave. E não deu outra. Galo e Raposa fizeram dez pontos cada e confirmaram suas vagas na semifinal ante América-MG e Villa Nova, enquanto o Vila goiano passou pelos candangos, para ficar de frente com o Operário-MT, o líder do terceiro grupo.
Apesar de ter sido vice-líder na primeira fase, o Cruzeiro se deu bem nos dois clássicos contra o Atlético: venceu por 3 a 2 e por 3 a 0. Mas a grande vitória aconteceu na partida única da semifinal, por impiedosos 5 a 1. Com um embalo desses, a Raposa encarou o Vila Nova na final da Copa Centro-Oeste. A ida foi no Mineirão, com vitória azul por 3 a 0. A volta foi no Serra Dourada, mas o Vila aplicou 2 a 1 no time mineiro e forçou um terceiro jogo, pois o saldo de gols não tinha validade nas duas partidas iniciais. Só na última, também em Goiânia, que acabou 0 a 0 e deu ao Cruzeiro o título.
A Copa Centro-Oeste dava ao seu campeão uma vaga na Copa Conmebol, mas o Cruzeiro já participava da Mercosul no mesmo período. Então foi o vice Vila Nova quem jogou, sendo eliminado pelo CSA nas oitavas de final.

A campanha do Cruzeiro:
10 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 21 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Eugênio Sávio/Placar