Luverdense Campeão da Copa Verde 2017

O formato da Copa Verde que estreou em 2016 foi mantido pela CBF para 2017. Só que os times goianos voltaram a abrir mão de suas duas vagas, proporcionando assim lugares extras para Acre e Mato Grosso do Sul. Eles juntaram-se a Amazonas, Distrito Federal e Mato Grosso com dois representantes. Com três clubes, o Pará manteve-se como o principal favorito a ficar com o título e emendar duas conquistas.

Mas o melhor momento da meteórica história do Luverdense suplantou a todos ao fim da competição. O título do LEC não poderia ter acontecido de melhor maneira: invicta. Nas oitavas de final, o adversário foi o Ceilândia, o qual eliminou com duas vitórias, por 1 a 0 fora de casa e por 3 a 1 em casa. 

Nas quartas, foi a vez de enfrentar o Rio Branco-ES. Na ida, irretocável goleada por 5 a 0 em Lucas do Rio Verde. Na volta, empate por 2 a 2 no Espírito Santo e vaga na semifinal. O surpreendente Rondoniense foi a vítima alviverde na semi com mais duas vitórias, por 2 a 1 no primeiro jogo, em Porto Velho, e por 3 a 1 no segundo jogo, no Mato Grosso. 

A final chegou rapidinho para o Luverdense, e seu adversário foi o então detentor da taça, o Paysandu.
Na primeira partida, o LEC teve que sair de sua cidade no interior para ir até a Arena Pantanal, em Cuiabá. Lá, venceu por 3 a 1 e conseguiu um pouco de tranquilidade para a volta.

No Mangueirão, o Verdão do Centro-Oeste saiu perdendo logo aos dois minutos de jogo. O empate só foi obtido aos 33 do segundo tempo, quando Rafael Silva converteu pênalti. Depois, a tarefa foi segurar o 1 a 1 até o fim para poder começar a comemoração, ainda em Belém, pelo título inédito. O maior da história de 16 anos do Luverdense.

A campanha do Luverdense:
8 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 20 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Divulgação/Luverdense

Paysandu Campeão da Copa Verde 2016

A Copa Verde chegou para 2016 com novidades. Goiás apareceu pela primeira vez na competição, com dois representantes: o vice estadual Aparecidense (o campeão Goiás abriu mão da vaga) e o melhor ranqueado Vila Nova. E foi justamente a entrada via Ranking da CBF a segunda das evoluções, com quatro clubes vindo dele. A terceira e última foi o número de participantes, que aumentou de 16 para 18 e obrigou o torneio a ter uma fase preliminar antes das oitavas de final.

Foi nesta edição que o Paysandu conseguiu seu primeiro título, após ser vice em 2014 e semifinalista em 2015. Nas oitavas, enfrentou o Fast amazonense, o qual passou com empate por 1 a 1 em Manaus e vitória por 3 a 0 em Belém. Nas quartas de final, foi a vez de enfrentar o Rio Branco-AC. A classificação foi fácil, com vitórias por 1 a 0 na Curuzu  na ida e por 5 a 2 no Acre na volta.

A semifinal foi uma repetição do ano anterior, com o clássico Re-Pa. Mas agora a história feliz trocou de lado, com o Paysandu avançando com duas vitórias sobre o Remo: 2 a 1 na primeira partida e um categórico 4 a 2 na segunda.

A decisão da Copa Verde foi entre Paysandu e Gama, que no outro lado do chaveamento deixou para trás a Aparecidense. O jogo de ida foi marcado para o Mangueirão. Era importante para o Papão abrir uma vantagem alta logo na largada, para não passar aperto depois. E a vitória aconteceu, por 2 a 0, com os gols saindo um no começo do primeiro tempo e o outro no fim do segundo.

A partida de volta aconteceu no Bezerrão, no Distrito Federal. O Paysandu começou bem a peleja, abrindo o placar já aos dois minutos da primeira etapa. Mas o time candango virou no segundo tempo, marcando entre os 28 e 34 minutos. Os 2 a 1 contra deixaram o ar tenso para os dois lados, porém no fim tudo deu certo ao Papão, que comemorou sua segunda taça regional, 14 anos depois da primeira.

A campanha do Paysandu:
8 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 19 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Rafael Ribeiro/CBF

Cuiabá Campeão da Copa Verde 2015

O regulamento da primeira Copa Verde foi mantido para a realização da segunda edição, em 2015. Desde oitavas de final, 16 clubes de 11 Estados lutaram pelo título e pela vaga na Copa Sul-Americana do ano seguinte. Mais uma vez Goiás optou por não entrar na competição. Assim, a briga pelo título ficou entre as equipes mato-grossenses e paraenses, com uma decisão onde país viu o Cuiabá fazer o épico contra o Remo.

Mas antes, o Dourado precisou enfrentar nas oitavas de final o CENE, do Mato Grosso do Sul. A classificação foi tranquila, com vitórias por 1 a 0 fora de casa e por 3 a 1 em casa. Nas quartas, o adversário foi o Estrela do Norte. E a passagem à semifinal veio com vitória por 1 a 0 na ida no Espírito Santo e empate por 1 a 1 na volta no Mato Grosso. A semi foi contra o Luverdense, e mais uma vez o Cuiabá definiu seu confronto com vitória fora, por 1 a 0, e empate em casa, por 0 a 0.

A última disputa do Dourado foi contra o Remo, na final. O time paraense chegou junto após ter eliminado seu rival Paysandu nos pênaltis. A partida de ida aconteceu no Mangueirão, em Belém. Diante de uma forte e de uma torcida grande, o Cuiabá não resistiu e levou 4 a 1, no que deu a impressão de tudo já estar perdido.

Mas ainda tinha a volta na Arena Pantanal. A torcida não levou muita fé e apenas pouco mais de 3 mil torcedores compareceram. Foram sortudos, pois viram uma virada sensacional. No primeiro tempo, o Dourado já fazia três gols e revertia o confronto. No segundo tempo, aos 4 minutos, saiu o quarto gol pelos pés de Raphael Luz (que ali completou um hat-trick).

O Remo descontou aos 28 tentando forçar a disputa de pênaltis, mas aos 35 Nino Guerreiro fez seu segundo e o quinto cuiabanista. Com 5 a 1 no placar, a história estava contada, e o Cuiabá chegava a um título histórico, obtido em uma virada difícil de se ver.

A campanha do Cuiabá:
8 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 13 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Pedro Lima/Cuiabá

Brasília Campeão da Copa Verde 2014

Após a descontinuidade da Copa Norte e da Copa Centro-Oeste junto aos demais regionais, em 2002, as duas regiões sofreram muito com a falta de competitividade. Principalmente os clubes pequenos, que mal tinham chances nos campeonatos nacionais e ficavam resumidos apenas aos estaduais. Mas a recriação e o imediato sucesso da Copa do Nordeste motivou as equipes do Norte a pressionar a CBF para que o local voltasse também a ter seu torneio.

A entidade não só gostou da ideia, como também a ampliou para o Centro-Oeste e Espírito Santo. Logo, estava criada a Copa Verde, que leva esse nome em alusão à Floresta Amazônica e ao Pantanal. A sustentabilidade também fez parte do projeto: garrafas plásticas e latas de alumínio podiam ser trocadas por ingressos das partidas.

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A primeira edição da Copa Verde aconteceu em 2014 e reuniu 11 Estados brasileiros. Apenas Goiás recusou a entrada. O critério técnico para indicação dos participantes foi o mesmo dos regionais antecessores, ou seja, a posição nos estaduais. Na primeira competição, foram 16 equipes, o que facilitou na hora de montar o regulamento, em mata-mata do início ao fim.

Um campeonato em que os times podem avançar de fase ou cair fora logo de cara suscita o aparecimento de zebras em potencial. E foi justamente o que aconteceu já na estreia, com o Brasília chegando a um título histórico. O primeiro adversário colorado foi o CENE, do Mato Grosso do Sul, nas oitavas de final. A classificação não foi simples, pois o time empatou por 0 a 0 a ida no Distrito Federal, só indo vencer fora de casa na volta, por 2 a 0.

Nas quartas foi a vez de encarar o Cuiabá. Novamente o Brasília fez o primeiro jogo na Capital Federal, agora o vencendo por 1 a 0. No Mato Grosso, empate sem gols colocou a equipe na semifinal. A terceira disputa foi caseira, contra o Brasiliense. Mandando a ida no Bezerrão, o Brasília foi derrotado por 2 a 0. O milagre aconteceu na volta, quando o Avião reverteu o confronto fazendo 3 a 0 na casa do rival, a Boca do Jacaré, em Taguatinga.

A final foi entre Brasília e Paysandu, e pela primeira vez o time vermelho jogaria a primeira partida fora de casa: no Mangueirão, 2 a 1 de virada aos paraenses. A segunda partida foi no Mané Garrincha, com quase 52 mil torcedores acompanhando. O Brasília não se assustou com a desvantagem, foi para cima do adversário e marcou dois gols. Mas o Paysandu descontou para 2 a 1 a seis minutos do fim e levou a disputa aos pênaltis. Em 16 cobranças, o Brasília venceu por 7 a 6 e conquistou o título inédito.

Feito conquistado, mas quase tudo mudou na Justiça. O Paysandu entrou com recurso no STJD devido à irregularidades no BID, vencendo em primeira instância. Mas no julgamento do Pleno, o caso foi revisado a favor do Brasília, que permaneceu como campeão.

A campanha do Brasília:
8 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 9 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Rafael Ribeiro/CBF

Goiás Campeão da Copa Centro-Oeste 2002

A última edição da Copa Centro-Oeste aconteceu em 2002. E foi uma disputa especial, não apenas por representar a terceira conquista seguida para o Goiás, mas também por ter sido a competição com o maior número de jogos e o regulamento mais interessante. Os oito participantes jogaram no formato todos contra todos em dois turnos, com os quatro melhores avançando ao mata-mata.
O Esmeraldino tinha o melhor elenco para suportar a maratona de jogos no torneio de 2002. Apesar disso, a estreia foi com empate por 0 a 0 com o Comercial-MS. Esse tropeço foi um dos raros do clube, que na segunda rodada já derrotava o Palmas no Tocantins por 3 a 0. Foram dez vitórias, dois empates e duas derrotas na primeira fase. Entre os destaques, as vitórias por 3 a 2 sobre o Vila Nova, na quarta rodada, e por 9 a 0 em casa sobre o Serra, na sétima partida, além do empate no outro clássico com o Vila, na 11ª rodada, por 1 a 1. O Goiás assinalou 32 pontos e terminou na liderança do campeonato, fazendo dois a mais que o vice Gama. Na semifinal, mais dois Derbies do Cerrado com o Vila Nova. No primeiro, derrota por 1 a 0. No segundo, a classificação veio com um emocionante triunfo por 4 a 3.
A decisão foi entre alviverdes. Em duas partidas, o Goiás encontrou o Gama, que na semi passou pelo Comercial e na fase inicial impôs o maior revés esmeraldino, uma derrota por 4 a 0 fora de casa na 12ª rodada. Mordido, o Goiás foi à ida no Bezerrão com mais cuidado, mas ainda assim acabou perdendo, por 3 a 2. A volta precisava ser vencida por qualquer placar, já que a melhor campanha era critério de desempate. Mas a regra não foi necessária, pois o Esmeraldino sagrou-se tricampeão da Copa Centro-Oeste ao fazer 3 a 0 no Serra Dourada, gols de Kleyr, Josué e Zé Carlos. 
Na Copa dos Campeões, o Goiás foi bem. Eliminou São Caetano e Atlético-PR na fase de grupos e parou nas quartas de final diante do Cruzeiro.

A campanha do Goiás:
18 jogos | 12 vitórias | 2 empates | 4 derrotas | 41 gols marcados | 22 gols sofridos


Foto Wagner Cabral/O Popular/Futura Press

Goiás Campeão da Copa Centro-Oeste 2001

Regulamento mantido para a disputa da Copa Centro-Oeste em 2001. Oito participantes divididos em dois grupos, com os dois primeiros passando à semifinal. Só houve uma diferença em relação a 2000, que foi na distribuição de vagas: Goiás caiu de três para duas e o Distrito Federal passou de uma para duas.
O Goiás chegava para a busca do bicampeonato com um embalo forte, consolidado pelo penta estadual e a boa campanha no Brasileirão no ano anterior. Seu grupo na Copa Centro-Oeste foi junto com Bandeirante-DF, Serra e Comercial-MS. E a campanha não poderia ter sido mais tranquila, com seis vitórias nas seis partidas disputadas. No cartel, 4 a 0 em casa e 6 a 1 fora sobre o Bandeirante, e 6 a 3 em Goiânia sobre o Serra. O Esmeraldino liderou a chave com 18 pontos, bem a frente dos demais, que terminaram empatados com seis. A semifinal foi contra o Gama, e o roteiro foi mais complicado. Na ida, no Distrito Federal, derrota por 2 a 0. A volta foi no Serra Dourada, e o Goiás precisou suar para vencer por 4 a 2 e chegar na final devido a ter melhor campanha.
A decisão manteria os ingredientes da fase anterior, com um adversário bem mais casca grossa. Outra vez, o Goiás teria que duelar com o Vila Nova pelo título. Se no ano anterior a taça veio com goleada, agora a situação era outra. No primeiro jogo, vitória apertada por 1 a 0, gol marcado pelo atacante Araújo. No segundo jogo, empate por 1 a 1, com o Vila saindo na frente e o Esmeraldino marcando somente aos 42 minutos do segundo tempo, com o volante Josué. No fim tudo deu certo, a freguesia foi mantida e o bi da Copa Centro-Oeste foi conquistado.
Outra vez a conquista levou o Goiás à Copa dos Campeões. Mas as coisas não deram certo nesta competição, e o time acabou eliminado ainda na fase preliminar, para São Raimundo-AM e Sport.

A campanha do Goiás:
10 jogos | 8 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 29 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Carlos Costa/Placar

Goiás Campeão da Copa Centro-Oeste 2000

Já na sua segunda edição, em 2000, a Copa Centro-Oeste passou por uma reformulação. Alegando falta de competitividade, os clubes mineiros se retiraram do torneio para fazerem parte da Copa Sul - que mudou de nome para Copa Sul-Minas. Desta forma, o torneio na região central teve alteração no número de participantes: de dez para oito, com Goiás passando a ter três vagas, e os demais Estados seguindo com uma cada.
O benefício aos clubes goianos ficou evidente. Então, todos os seus representantes foram alocados no mesmo grupo. E foi o Goiás - então tetracampeão estadual e campeão da Série B - quem despontou como o grande favorito ao título. A disputa na primeira fase ficou concentrada com o rival Vila Nova. Os dois clássicos terminaram com empate sem gols, mas o Esmeraldino compensou tudo contra os outros, goleando a conterrânea Anapolina por 5 a 0 em Goiânia e o candango Dom Pedro II (atual Real Brasília) duas vezes, por 4 a 0 em casa e por 4 a 1 fora. O time ficou com 14 pontos na chave, dois a mais que o Vila. Na semifinal, o Goiás não teve problemas para eliminar o Juventude-MT: venceu por 1 a 0 a ida no Mato Grosso e por 2 a 1 a volta em casa.
Com um regulamento de tiro curto, a Copa Centro-Oeste teve a final com pouco mais de um mês de disputa. E foi com o "Derby do Cerrado", já que o Vila Nova havia despachado o capixaba São Mateus na semi. Mas desta vez a falta de gols dos clássicos da fase de grupos foi compensada por uma facilidade verde. As duas partidas aconteceram no Serra Dourada, e o Goiás sagrou-se campeão (invicto) pela primeira vez com vitórias por 3 a 1 na ida e por 5 a 1 na volta.
O título do Centro-Oeste em 2000 colocou o Esmeraldino na inédita Copa dos Campeões. Na preliminar, o clube ficou na frente de Vitória e São Raimundo-AM. Mas nas quartas de final, duas derrotas para o Flamengo eliminaram os goianos.

A campanha do Goiás:
10 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 26 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Donizete de Souza/Placar