CSA Campeão Alagoano 2021

Alagoas volta a ser dominada pelo CSA. Pela 40ª vez, o time azulino ergueu a taça estadual, e com doses fortes de emoção na final. Antes, teve a primeira fase com a presença de nove clubes jogando em turno único.

Em oito partidas, o Marujo venceu quatro e empatou três, marcando desta forma 15 pontos, assim como o CSE. Mas o saldo de gols favoreceu o CSA (12 a 6), que terminou na segunda posição, com um ponto a menos que o líder e rival CRB. Na semifinal, contra o já falado CSE, o time azulino conseguiu a classificação ao empatar a ida fora por 1 a 1 e vencer a volta em casa por 3 a 0.

A final reservaria mais uma vez o clássico de Maceió. As duas partidas foram disputadas no Rei Pelé, e nenhuma das equipes venceria em tempo normal. A primeira acabou 0 a 0. A segunda, 1 a 1. A decisão ficou para os pênaltis, e o CSA conseguiu a vitória ao fazer 4 a 3 nas cobranças. O título voltou a ser conquistado pelo clube depois de dois anos.

A campanha do CSA:
12 jogos | 5 vitórias | 6 empates | 1 derrota | 22 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas

Atlético-MG Campeão Mineiro 2021

Pela 46ª vez na história, o Atlético-MG conquista o título estadual. Dono da melhor equipe de Minas Gerais na atualidade, o Galo conseguiu o bicampeonato sem passar por maiores problemas, apesar de um ou outro susto isolado.

Um destes contratempos foi a derrota por 1 a 0 para o Cruzeiro na primeira fase - que foi disputada por 12 equipes -, mas o resultado adverso não tirou a classificação do Atlético, líder com 27 pontos e nove vitórias em 11 jogos. Na semifinal, o alvinegro derrubou o Tombense, vencendo a primeira fora por 3 a 0 e empatando a segunda em casa por 1 a 1.

A final foi contra o América-MG, que eliminou o rival comum cruzeirense. A ida foi disputada no Independência, terminando com empate sem gols. A volta aconteceu no Mineirão, e mais uma vez o 0 a 0 imperou no placar. A igualdade de resultados favorecia a melhor campanha do Atlético, que com isso voltou a comemorar mais um título mineiro.

A campanha do Atlético-MG:
15 jogos | 10 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 27 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Fernando Michel/Hoje em Dia

Costa Rica Campeão Sul-Mato-Grossense 2021

Os estaduais sempre são uma ótima chance para os clubes chegarem a um título inédito. Foi o caso do Costa Rica no Mato Grosso do Sul. O clube localizado na cidade de mesmo nome chegou ao primeiro estadual de sua história com uma campanha belíssima, com uma rodada de antecipação.

Dez equipes participaram da competição, divididas em dois grupos se enfrentando em dois turnos. A Cobra do Norte ficou na chave B, liderando-a com 20 pontos, seis vitórias e dois empates nas oito partidas que disputou. Foi a melhor pontuação da primeira fase.

Os três primeiros de cada grupos avançaram ao hexagonal final, que também foi disputado em dois turnos. A trajetória do Costa Rica continuou em alta, derrotando adversários como Operário-MS, Comercial-MS e o novato Dourados. O título veio na nona rodada, ao golear o Comercial por 4 a 1 no Morenão. Ao todo, o time ficou com apenas uma derrota em 17 jogos.

A campanha do Costa Rica:
17 jogos | 13 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 35 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Divulgação/Costa Rica

Suécia Campeã Olímpica 1948

As tensões políticas e o totalitarismo aumentavam a cada dia na segunda metade dos anos 30. Os Jogos Olímpicos de 1936 já tiveram um forte reflexo disso, com a Alemanha Nazista sediando o evento e a Itália Fascista vencendo no futebol. Para 1940, tudo estava sendo preparado para que Tóquio fosse a cidade anfitriã, mas em setembro de 1939, o exército alemão invadiu a Polônia e deflagrou o início da Segunda Guerra Mundial. Os japoneses faziam parte das Potências do Eixo, juntamente com Alemanha e Itália, e o COI incialmente transferiu as Olimpíadas para Helsinque, na Finlândia. Mas o conflito espalhou-se rapidamente pela Europa, e as competições foram canceladas de vez.
A guerra durou até 1945, afetando também os Jogos Olímpicos de 1944. O retorno só aconteceu em 1948, com Londres sediando o evento pela segunda vez. O regulamento do torneio de futebol foi mantido, e 18 seleções confirmaram participação. Alemanha e Japão estiveram ausentes, cumprindo suspensão devido ao fato de serem os principais causadores do conflito armado. A Itália foi poupada e pôde defender seu título. Entre as novidades, Coreia do Sul, Índia e República da China fizeram o contingente asiático.
Nessa época, o profissionalismo já superava o amadorismo na maioria dos participantes da competição. Um dos poucos que ainda mantinha-se "jogando por amor" era a Suécia, que logo despontou com a favorita ao ouro, pois utilizava sua seleção principal. A estreia foi nas oitavas de final, derrotado a Áustria por 3 a 0. Nas quartas, os suecos não tiveram pena da Coreia do Sul, goleando-a por 12 a 0. Na semifinal, foi a vez de derrotar a Dinamarca por 4 a 2. Na outra chave, a Iugoslávia eliminava a Grã-Bretanha. Na disputa pelo bronze, dinamarqueses fizeram 5 a 3 nos britânicos.
O ouro ficaria mesmo entre suecos e iugoslavos, ambos com força máxima. A partida foi disputa no antigo Wembley, e a Suécia não encontrou muitos problemas para conseguir a vitória. Gunnar Gren abriu o placar aos 24 minutos do primeiro tempo. Aos 42, Stjepan Bobek empatou, mas o destino apontava à Escandinávia. Gunnar Nordahl desempatou aos três do segundo e Gren fez 3 a 1 aos 22. O resultado confirmou o único título sueco até a atualidade.

A campanha da Suécia:
4 jogos | 4 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 22 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Arquivo/SVFF

Itália Campeã Olímpica 1936

Depois da calmaria, a tempestade estava pronta para chegar ao Torneio Olímpico. A estreia da Copa do Mundo, em 1930, mexeu negativamente com a competição e estremeceu a relação entre FIFA e COI. Para os Jogos de 1932, em Los Angeles, não houve acordo, pois a entidade futebolística não queria concorrência e a olímpica não queria abrir mão da modalidade. Desta forma, nada de futebol nos gramados norte-americanos. A situação só seria resolvida para 1936, quando ficou acertado que apenas atletas amadores fariam parte das seleções olímpicas. Como o profissionalismo estava crescente na época, não foi difícil para a FIFA topar a proposta e para o COI manter a tradição.
Dessa forma, a maioria dos 16 times que desembarcaram em Berlim eram compostos pelos quadros de aspirantes ou de jogadores de clubes menores. O regulamento usado nas Olimpíadas da capital alemã foi o mesmo de sempre: mata-mata a partir das oitavas de final. Sem a presença do Uruguai, que boicotou tudo o que se organizava na Europa em represália aos poucos europeus que disputaram a Copa de 1930, a principal seleção era a da Itália, que mesmo com uma equipe B era a mais forte e a favorita ao ouro. Sua estreia foi com vitória por 1 a 0 sobre os Estados Unidos. Nas quartas, a Azzurra goleou por 8 a 0 o Japão, que surpreendentemente passou pela Suécia na fase anterior. Na semifinal, foi a vez de eliminar por 2 a 1, na prorrogação, a Noruega, que também tinha aprontado, batendo a Alemanha uma partida antes. Os noruegueses ficariam com a medalha de bronze, após fazerem 3 a 2 na Polônia.
O ouro ficaria entre Itália e Áustria, que chegou na final após vencer Egito e Polônia e perder para o Peru. Isso mesmo, o time austríaco perdeu nas quartas para os peruanos por 4 a 2. Mas a organização europeia deu um jeito de anular o jogo, alegando invasão de campo da delegação sul-americana. Em protesto, o Peru abandonou o torneio. Italianos e austríacos disputaram a decisão no Estádio Olímpico de Berlim. Sob olhares dos ditadores Hitler e Mussolini, a Azzurra bateu o adversário por 2 a 1, gols marcados por Annibale Frossi (sempre de óculos) aos 25 minutos do segundo tempo e aos dois da etapa inicial da prorrogação - Karl Kainberger havia empatado aos 34. Ao receberam as medalhas, quase todos os atletas fizeram a saudação fascista/nazista, numa triste cultura que havia se tornado comum naqueles tempos. E isso viria a causar um mal enorme ao mundo todo, nos anos seguintes.

A campanha da Itália:
4 jogos | 4 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 12 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Arquivo/FIGC

Brasiliense Campeão Candango 2021

Com uma campanha irretocável, a melhor de todos os tempos do Candangão, o Brasiliense conquistou o décimo título estadual em sua história de 21 anos. O campeonato foi jogado por 12 times divididos em dois grupos. O Jacaré ficou no grupo A, e na primeira fase venceu todas as suas seis partidas, já que o regulamento previu o enfrentamento entre as chaves ao invés do interno.

Na segunda fase, oito clubes formaram dois novos grupos em turno único, e o Brasiliense voltou a fazer 100% de aproveitamento em três jogos. Na terceira fase, quatro equipes compuseram o quadrangular semifinal, agora em dois turnos. Os únicos pontos perdidos pelo Jacaré foram aqui, na quinta rodada, ao empatar por 1 a 1 com o Ceilândia fora de casa.

Com 16 pontos em seis partidas, o time superou Gama e Luziânia e foi à final, contra o próprio Ceilândia. No único jogo, que definiu o primeiro campeão estadual de 2021, o Brasiliense por 1 a 0 no Mané Garrincha, voltando a comemorar no Distrito Federal, invicto, depois de quatro anos.

A campanha do Brasiliense:
16 jogos | 15 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 43 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Júlio César Silva/Esportes Brasília

Uruguai Campeão Olímpico 1928

O apogeu do Torneio Olímpico de futebol aconteceu na edição de 1928, sediada em Amsterdã, a capital da Holanda. O projeto da Copa do Mundo já estava encaminhado neste ano, com a FIFA determinando o início dela para 1930 e uma periodicidade quadrienal, com disputas entre os ciclos da Olimpíada. E o que se viu nos gramados holandeses foi uma prévia do que viria a ser o novo Mundial.
O regulamento dos Jogos seguiu o mesmo formato de sempre, com chaveamentos de mata-mata em quatro fases. Desta vez foram 17 seleções participantes, algo muito próximo do que a própria Copa presenciara em 1934 e 1938. O número de não-europeus aumentou de quatro para sete, com Argentina, México e Chile juntando-se a Estados Unidos, Egito, Turquia e Uruguai. Mais forte do que quatro anos antes, a Celeste era a grande favorita ao bicampeonato, e desta vez contava com o respeito de todos (tanto que o país foi o escolhido para ser o anfitrião da primeira Copa). Sua estreia nas oitavas de final foi exatamente contra a dona da casa Holanda, a qual derrotou por 2 a 0. Nas quartas, a equipe goleou a Alemanha por 4 a 1. A semifinal foi um pouco mais complicada, mas os uruguaios tiraram de letra a dificuldade, vencendo por 3 a 2, de virada. Indo à disputa pela medalha de bronze, os italianos pegaram o lugar mais baixo do pódio ao aplicar 11 a 3 no Egito.
O ouro e a prata ficaram em decisão entre Uruguai e Argentina, que pela primeira vez extrapolaram as linhas do clássico para fora da América do Sul. O rival da Celeste chegou na final eliminando Estados Unidos, Bélgica e Egito. E como o previsto, a partida entre as duas seleções foi pegada, de muita oportunidades mas poucos gols. Após 90 minutos de jogo e 60 de prorrogação no Estádio Olímpico de Amsterdã, o resultado ficou no 1 a 1, gol uruguaio marcado por Pedro Petrone e argentino por Manuel Ferreira. O jeito foi fazer o desempate três dias depois, no mesmo local. O Uruguai abriu o placar aos 17 minutos do primeiro tempo com Roberto Figueroa. Aos 28, Luis Monti empatou à Argentina. Para evitar mais desgastes, Héctor Scarone fez 2 a 1 aos 28 do segundo tempo, confirmando o segundo título e o status de melhor seleção do mundo dos uruguaios. E ainda viria mais, mas na Copa do Mundo. No Torneio Olímpico, a incerteza passaria a rondar a mente dos torcedores e do COI.

A campanha do Uruguai:
5 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 12 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/AUF