Bayern de Munique Campeão da Liga dos Campeões 1975

A supremacia do Bayern de Munique na Copa dos Campeões da Europa teve continuidade no ano de 1975. Com a base da seleção que venceu a Copa do Mundo no ano anterior - Sepp Maier no gol, Franz Beckenbauer na zaga, Gerd Müller no ataque, entre outros -, o clube bávaro prosseguiu seu domínio sobre os adversários com resultados simples e consistentes.

Livre da primeira fase por estar defendendo o título (eram 29 participantes ao todo), o Bayern iniciou sua campanha nas oitavas de final diante do Magdeburg, da Alemanha Oriental. O primeiro jogo aconteceu no Estádio Olímpico de Munique. após sofrer dois gols, o time ocidental virou de maneira épica para 3 a 2. A segunda partida foi em território socialista, e desta vez a vitória veio sem maiores complicações, por 2 a 1.

Nas quartas, foi a vez de enfrentar o Ararat Yerevan, da União Soviética. Na ida, os alemães venceram em casa por 2 a 0. Na volta, fora, os armênios pressionaram, tentaram a reação, mas o Bayern segurou a derrota útil por 1 a 0 para chegar à semifinal.

Na fase seguinte, o enfrentamento foi contra o Saint-Étienne. A primeira partida foi realizada na França, no Estádio Geoffroy-Guichard, e terminou empatada por 0 a 0. O segundo jogo ocorreu em Munique, e o Bayern confirmou o favoritismo ao fazer 2 a 0, gols de Beckenbauer (no começo do primeiro tempo) e Bernd Dürnberger (na metade da etapa complementar).

Novamente na final, o Bayern de Munique enfrentou o Leeds United, clube da Inglaterra que no caminho bateu Zürich, Újpesti Dózsa (Hungria), Anderlecht e Barcelona. O local escolhido para a partida foi o Parc des Princes, em Paris.

Os britânicos bem que tentaram segurar o poderio alemão, mas o Bayern conseguiu os gols da vitória no segundo tempo. Aos 26 minutos, Franz Roth abriu o placar. Aos 36, foi a vez do artilheiro Gerd Müller fazer 2 a 0 e confirmar o bicampeonato da equipe.

A campanha do Bayern de Munique:
7 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 11 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/Bayern de Munique

Bayern de Munique Campeão da Liga dos Campeões 1974

Competitiva com sua seleção, a Alemanha costumava dar azar na hora de decidir com seus clubes na Copa dos Campeões da Europa. Até 1973, apenas um vice fora obtido. Essa história seria modificada a partir de 1974, quando o Bayern de Munique inverteu a maré e iniciou a sequência de três títulos.

O caminho germânico rumo ao título começou na primeira fase, contra o Atvidaberg, da Suécia. Na ida, os bávaros venceram em casa por 3 a 1. Na volta, foram surpreendidos fora pelo mesmo placar, com o atacante adversário Conny Torstensson marcando dois gols. Nos pênaltis, o Bayern fez 4 a 3 e se salvou.

Nas oitavas de final, foi a vez de enfrentar o Dínamo Dresden, coirmão da Alemanha Oriental. O primeiro jogo foi no Olímpico de Munique, e os alemães ocidentais tiveram que virar duas vezes para vencer por 4 a 3. A segunda partida ocorreu em Dresden, e o Bayern passou mais uma ao empatar por 3 a 3.

Nas quartas, o desafio foi encarar o CSKA Sofia. Em Munique, os alemães abriram boa vantagem na goleada por 4 a 1. Nesta partida, o primeiro e o último gols foram marcados por Torstensson - sim, o mesmo sueco que complicou na primeira fase contra a equipe bávara, e que acabou contratado pela mesma. E o resultado largo permitiu ao Bayern até ser derrotado por 2 a 1 na Bulgária.

A semifinal foi contra o Újpesti Dózsa, da Hungria. Em Budapeste, empate por 1 a 1. Em Munique, o Bayern voltou a arrasar e venceu por 3 a 0, confirmando seu lugar na final.

A decisão iria revelar um campeão inédito: Bayern ou Atlético de Madrid, que eliminou Galatasaray, Dínamo Bucareste, Estrela Vermelha e Celtic. O estádio escolhido foi o Heysel, em Bruxelas, na Bélgica.

E quase não deu para os alemães, que levaram 1 a 0 na prorrogação a seis minutos do fim. No último lance, porém, Hans-Georg Schwarzenbeck fez 1 a 1 e forçou uma partida-desempate. Dois dias depois, Uli Hoeness e Gerd Müller não deram chance ao azar e marcaram duas vezes cada para o Bayern fazer 4 a 0 e levar o primeiro título da série de três.

A campanha do Bayern de Munique:
10 jogos | 5 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 25 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Arquivo/Bayern de Munique

Ajax Campeão da Liga dos Campeões 1973

Em 1973, a Holanda completou a quadra de títulos que ajudou a fazer sua fama no futebol. Ao fim desta temporada, o Ajax levou para casa o tricampeonato da Copa dos Campeões da Europa e se estabeleceu como o segundo maior vencedor do torneio até então. O último capítulo desta intensa história foi escrito com vitórias emblemáticas sobre equipes de países tradicionais.

Na primeira fase, o Ajax foi dispensado da disputa. Isso porque a competição contava com 30 clubes, e dois acabaram classificados diretamente às oitavas de final. Então, as honras couberam ao dono da taça e, por sorteio, ao Spartak Trnava (Tchecoslováquia). Dessa forma, a estreia dos holandeses foi contra o CSKA Sofia, da Bulgária, que eliminou o Panathinaikos. A vaga nas quartas veio de maneira fácil, com vitórias por 3 a 1 na capital búlgara, e por 3 a 0 em Amsterdã.

O adversário seguinte foi o Bayern de Munique. Na ida, o Ajax aplicou uma inesquecível goleada por 4 a 0 nos alemães, em casa. O resultado até deu uma relaxada na equipe holandesa, que perdeu a volta fora por 2 a 1.

A semifinal foi contra o Real Madrid. O primeiro jogo aconteceu no Olímpico de Amsterdã, e o Ajax conseguiu uma bela virada para vencer por 2 a 1. Bastava não perder a volta, mas os holandeses foram além e triunfaram por 1 a 0 no Santiago Bernabéu.

Na quarta final em cinco temporadas, o Ajax foi desafiado pela Juventus de Turim, que chegou lá após bater Olympique Marselha, Magdeburg (Alemanha Oriental), Újpesti Dózsa (Hungria) e Derby County. O lugar escolhido para a decisão foi a capital da Iugoslávia, Belgrado, no Estádio Red Star (também conhecido como Marakana).

Com o uniforme todo vermelho, o time holandês furou cedo a resistência italiana, logo aos cinco minutos do primeiro tempo, com o gol marcado por Johnny Rep. E esse 1 a 0 deu e sobrou para o Ajax fechar com chave de ouro um período feliz e de vanguarda do futebol laranja.

A campanha do Ajax:
7 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 15 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/Ajax

Ajax Campeão da Liga dos Campeões 1972

O Ajax fez acontecer em 1971 e manteve-se em alta em 1972, mesmo após a saída de Rinus Michels. Para o seu lugar, veio o técnico romeno Stefan Kovács. Dentro de campo, o futebol total continuou imune a tudo, e o clube holandês partiu rumo ao segundo título da Copa dos Campeões da Europa.

O adversário na primeira fase do torneio foi o Dínamo Dresden, da Alemanha Oriental. Na ida, vitória do Ajax em casa por 2 a 0. Na volta, empate fora por 0 a 0. Nas oitavas de final, foi a vez de enfrentar o Olympique Marselha e passar com mais tranquilidade, vencendo por 2 a 1 na França e por 4 a 1 na Holanda, ambas de virada.

Nas quartas, o oponente foi o Arsenal, e o Ajax avançou ganhando novamente os dois jogos, por 2 a 1 no Olímpico de Amsterdã, e por 1 a 0 no Highbury, em Londres. Na semifinal, esteve à frente do Benfica. A primeira partida aconteceu em Amsterdã, e o Ajax abriu pequena vantagem sobre os portugueses ao vencer por 1 a 0. O segundo jogo foi no Estádio da Luz, em Lisboa, e os holandeses seguraram o empate sem gols para presença na terceira final dentre as últimas quatro disputas europeias.

Do outro lado estava a Internazionale, que sofreu a campanha toda e até levou goleada que não valeu. Na ida das oitavas, o time perdeu por 7 a 1 para o Borussia Mönchengladbach. Porém, uma latinha de Coca-Cola que um torcedor alemão acertou no atacante Roberto Boninsegna fez com que a partida fosse anulada. A repetição foi realizada após a volta (4 a 2 para a Inter) e terminou 0 a 0. Antes, os italianos superaram o AEK Atenas, e depois, Standard Liège e Celtic.

E a decisão foi disputada na terra do Ajax mesmo, mas em Roterdã, no Estádio De Kuip. Então, o apoio era todo holandês. No segundo tempo, Johan Cruyff apareceu para marcar os gols do título. O primeiro saiu aos dois minutos, e o 2 a 0 definitivo veio aos 33. Agora invicto, o clube chegou ao justo bicampeonato continental, no segundo terço da jornada.

A campanha do Ajax:
9 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 14 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Arquivo/Ajax

Ajax Campeão da Liga dos Campeões 1971

Após a conquista europeia do Feyenoord, o mundo do futebol conheceu o potencial da Holanda. Mas faltava algo para que o momento ficasse marcado para sempre na história. Pois não faltou mais a partir de 1971. Treinado por Rinus Michels, o clube de Amsterdã conquistou o primeiro de uma sequência de três títulos e apresentou uma nova forma de atuação no campo - chamada de futebol total -, em que os jogadores flutuavam por todas as posições, confundindo a marcação adversária.

Esse estilo ficaria marcado mesmo na Copa do Mundo três anos depois. A base da seleção holandesa? O Ajax, com Johan Cruyff, Johan Neeskens, Wim Suurbier, entre outros. No comando, Michels. Mesmo com tantas qualidades, a campanha do Ajax teve suas dificuldades. Na primeira fase, o time deixou escapar a vitória fora de casa diante do Nëntori Tirana, da Albânia, no primeiro jogo: abriu 2 a 0 e levou o 2 a 2. Em casa, se recuperou ao ganhar por 2 a 0.

Nas oitavas de final, os holandeses passaram pelo Basel de maneira mais tranquila vencendo em Amsterdã por 3 a 0 e na Suíça por 2 a 1, de virada. Nas quartas, o adversário foi o Celtic. Na ida, novamente 3 a 0 em casa. Na volta, derrota fora por 1 a 0 só para tirar a invencibilidade.

A semifinal foi contra o Atlético de Madrid, e a primeira partida, na Espanha, terminou com derrota por 1 a 0. Agora precisando do resultado, no Olímpico de Amsterdã, o Ajax voltou a fazer 3 a 0 e carimbou a vaga na decisão.

Não era inédita uma final continental para o Ajax, que já havia assombrado a todos quando chegou lá em 1969. Mas agora o favoritismo era da equipe holandesa, que teve pela frente o Panathinaikos, surpresa da Grécia que eliminou Boldklubben (Dinamarca), Slovan Bratislava, Everton e Estrela Vermelha. O jogo aconteceu no Wembley, em Londres, e o Ajax foi campeão pela primeira vez com 2 a 0 no placar, gols de Dick Van Dijk, aos cinco minutos do primeiro tempo, e Arie Haan, aos 42 do segundo.

A campanha do Ajax:
9 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 17 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Rolls Press/Popperfoto/Getty Images

Campinense Campeão Paraibano 2022

Deu Raposa no penúltimo estadual de 2022. De maneira invicta, o Campinense conquistou o 23º título paraibano de sua história. O clube rubro-negro simplesmente passeou na competição, disputada entre dez equipes. Na primeira fase, elas foram divididas em dois grupos e atuaram em dois turnos.

E o Campinense venceu sete de oito jogos, empatou o oitavo e liderou o grupo B com folga, somando 22 pontos - nove a mais que o vice Nacional de Patos e dez acima do rival Treze. Com isso, o time avançou diretamente à semifinal. Contra o Sousa, a Raposa conseguiu a classificação ao vencer fora por 1 a 0 e empatar em casa por 1 a 1.

A final foi contra o Botafogo-PB. A ida aconteceu no Almeidão, em João Pessoa, o Campinense venceu por 2 a 1, de virada. A volta ocorreu no Amigão, em Campina Grande, e os rubro-negros triunfaram novamente para levar o título, por 1 a 0, gol marcado pelo artilheiro Olávio.

A campanha do Campinense:
12 jogos | 10 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 26 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto João da Paz/PB Esportes

Feyenoord Campeão da Liga dos Campeões 1970

A década de 70 começou com novos ventos soprando em terras europeias. Na Copa dos Campeões de 1970 - que registrou o recorde de 33 participantes -, o Feyenoord inaugurou não apenas a Holanda como país vencedor, mas também a parte germânica do continente. Ainda que holandeses e alemães sejam um tanto diferentes nas culturas, as origens dos dois povos vêm de um ancestral em comum.

Este troféu do Feyenoord soou como um aviso: a Holanda chegou para ficar! Na primeira fase, o clube de Roterdã eliminou o time amador do KR Reykjavík de maneira impiedosa, com goleadas por 12 a 2 e por 4 a 0. Ambos os jogos ocorreram na Holanda, porque à época os estádios na Islândia não foram aprovados.

Nas oitavas de final, contra o Milan, toda essa facilidade foi embora. Na ida, derrota por 1 a 0 no San Siro. Na volta, vitória por 2 a 0 no De Kuip, o suficiente para se classificar. Nas quartas, o adversário foi o Vorwärts Berlim (atual FC Frankfurt Oder), da Alemanha Oriental. Os resultados da fase anterior se repetiram: derrota fora por 1 a 0 e vitória em casa por 2 a 0.

Na semifinal, foi a vez de enfrentar o Legia Varsóvia. A primeira partida aconteceu na Polônia, e terminou empatada por 0 a 0. A classificação para a final veio no segundo jogo, em Roterdã, com outro triunfo por 2 a 0.

Pela primeira vez na final, o Feyenoord teve como adversário o Celtic, que deixou para trás Basel, Benfica, Fiorentina e Leeds United. O palco da disputa foi o San Siro, em Milão, e os holandeses precisavam superar um fato: nenhum gol da campanha foi marcado fora de Roterdã.

Os escoceses abriram o placar aos 30 minutos do primeiro tempo, mas Rinus Israël desencantou aos 32. O placar permaneceu assim até o fim dos 90 minutos. Aos 12 do segundo tempo da prorrogação, Ove Kindvall desafogou o jogo e virou para 2 a 1. O maior título europeu da história do Feyenoord deu início à dinastia da Holanda, que seria assumida nos três anos seguintes por uma das maiores formações que o futebol já forneceu.

A campanha do Feyenoord:
9 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 24 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/Feyenoord