Palmeiras Campeão da Copa do Brasil 2015

Em 2015, depois de ter passado por momentos difíceis, como o rebaixamento à Série B em 2012, a volta à Série A em 2013 e a quase nova queda em 2014, o Palmeiras precisava se reencontrar. Nem parecia que o clube tinha sido bicampeão da Copa do Brasil apenas três anos antes. Na temporada de recomeço, o clube chegaria ao tricampeonato da competição nacional. Foi a primeira conquista de uma nova era, no recém-inaugurado Allianz Parque, estádio construído no mesmo terreno do velho Palestra Itália, e que abriria o caminho para títulos maiores nos anos seguintes.

A campanha do Verdão teve início contra o Vitória da Conquista, da Bahia. No primeiro jogo, goleou por 4 a 1 fora de casa e garantiu a classificação sem necessitar da partida de volta em São Paulo. Na segunda fase, foi a vez de passar pelo Sampaio Corrêa com empate por 1 a 1 no Castelão de São Luís, e goleada por 5 a 1 no Allianz Parque.

Na terceira fase, o Palmeiras enfrentou o ASA, o carrasco que tirou o clube da disputa em 2002 ainda na fase inicial. Treze anos depois, a dificuldade foi igual, mas a revanche aconteceu. Na ida em São Paulo, empate sem gols. Na volta, que os alagoanos venderam o mando de campo para Londrina, o Verdão venceu por 1 a 0, gol de Gabriel Jesus.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Cruzeiro. Na primeira partida, vitória alviverde por 2 a 1 no Allianz Parque. No segundo jogo, novo triunfo palmeirense por 3 a 2 no Mineirão. Nas quartas, o rival foi o Internacional, e o Palmeiras passou após empatar por 1 a 1 em Porto Alegre, e vencer por 3 a 2 em São Paulo.

Na semifinal, foi a vez de encarar o Fluminense. No primeiro jogo, o alviverde acabou derrotado por 2 a 1 no Maracanã, com Zé Roberto salvando uma desvantagem menor na etapa final. Na segunda partida, Lucas Barrios marcou duas vezes e o Palmeiras conseguiu devolver os 2 a 1 no Allianz Parque. Nos pênaltis, veio a classificação com vitória por 4 a 1.

A final da Copa do Brasil 2015 teve o clássico entre Palmeiras e Santos, que bateu Londrina, Maringá, Sport, Corinthians, Figueirense e São Paulo. Como novidade, a regra do gol fora de casa deixou de valer em decisões a partir desta. A ida foi disputada na Vila Belmiro, mas o Verdão acabou derrotado por 1 a 0 nos últimos minutos. A volta aconteceu no Allianz Parque. Já no segundo tempo, Dudu anotou dois gols, aos 11 e aos 39 minutos. Mas os santistas descontaram por 2 a 1 aos 41. Pela primeira vez a Copa do Brasil seria definida nos pênaltis. Por 4 a 3, deu Palmeiras, e a última cobrança coube a ser convertida pelo goleiro Fernando Prass.

A campanha do Palmeiras:
13 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 25 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Miguel Schincariol/AFP/Getty Images

Atlético-MG Campeão da Copa do Brasil 2014

Em 2014, ano da Copa do Mundo dentro do Brasil, o Mineirão foi o destaque. Primeiro, por ter sido o palco do 7 a 1, maior vexame da história da Seleção. Depois, por ter sido o palco de viradas épicas que fizeram parte da campanha do Atlético-MG no primeiro título da Copa do Brasil. E que foi conquistado em cima do maior rival.

O Galo inaugurou a era dos clubes campeões que entraram diretamente nas oitavas de final. Vencedor da Libertadores de 2013, o time não repetiu a boa campanha em 2014, caindo logo na mesma fase de oitavas. A estreia na Copa do Brasil foi somente em agosto, contra o Palmeiras. Na ida, venceu por 1 a 0 no Pacaembu. Na volta, vitória por 2 a 0 no Independência.

Nas quartas de final, o adversário foi o Corinthians. O primeiro jogo aconteceu em São Paulo, e o Atlético foi derrotado por 2 a 0. A história das viradas começaria na segunda partida. No Mineirão, o time treinado por Levir Culpi começou perdendo logo aos quatro minutos do primeiro tempo. Aos 23, Luan empatou. Aos 31, Guilherme virou. No segundo tempo, aos 29, Guilherme fez mais um, mas ainda era insuficiente. Eis que, aos 41, Edcarlos cabeceou e fez 4 a 1. Galo classificado.

Na semifinal, a parada foi contra o Flamengo, e a ida mais uma vez aconteceu fora de casa, no Maracanã. E novamente o Atlético perdeu por 2 a 0, necessitando de outra virada. Mas o Galo também começou perdendo, aos 34 do primeiro tempo. O empate veio aos 41, com o gol de Carlos. A virada aconteceu aos 11 do segundo tempo, com Maicosuel. Aos 35, Dátolo anotou o terceiro. Faltava um, e ele veio aos 39, com o desvio de Luan em cobrança de escanteio. Atlético na decisão com outro 4 a 1.

A cereja no bolo de uma Copa do Brasil frenética foi a final entre Atlético-MG e Cruzeiro, outro egresso da Libertadores que bateu Santa Rita-AL, ABC e Santos. O Galo tinha o mando da partida de ida e levou ela para o Independência. Com gols de Luan aos oito do primeiro tempo, e Dátolo aos 11 do segundo, o time venceu por 2 a 0. A volta foi no Mineirão, mas o Cruzeiro não demonstrou a mesma força que teve no Brasileirão. Com gol de Diego Tardelli nos acréscimos do primeiro tempo, o Atlético venceu por 1 a 0 e faturou o título inédito.

A campanha do Atlético-MG:
8 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 2 derrotas | 14 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Buda Mendes/Getty Images

Flamengo Campeão da Copa do Brasil 2013

Mudanças à vista! A Copa do Brasil mudou muita coisa a partir de 2013. Para começar, o número de participantes saltou de 64 para 87. Mas o mais importante foi que, dentre essas 23 vagas a mais, estavam incluídas a dos clubes que estavam na Libertadores da mesma temporada, acabando com a restrição que durava desde 2001. Porém, esses times só começaram a disputa nas oitavas de final.

A competição também ganhou uma fase a mais. De tal forma que o calendário precisou ser esticado para durar quase todo o ano, de fevereiro a novembro. E apesar do caminho facilitado para as equipes da Libertadores, o título em 2013 ficou com quem jogou desde o começo. O Flamengo chegou ao tricampeonato com um futebol não muito brilhante, mas que compensou na eficiência.

Na primeira fase, o Fla passou pelo Remo com duas vitórias, por 1 a 0 em Belém, e por 3 a 0 em Volta Redonda, pois o Maracanã ainda estava em reformas para a Copa do Mundo de 2014. Na segunda fase, a vítima foi o Campinense, também com duas vitórias, ambas por 2 a 1, na Paraíba e em Juiz de Fora. Na terceira fase, dois triunfos sobre o ASA, por 2 a 0 em Arapiraca, e por 2 a 1 em Volta Redonda.

Nas oitavas, as definições dos confrontos foram por sorteio, e o Flamengo ficou para enfrentar o Cruzeiro. Na ida, derrota por 2 a 1 no Mineirão, com Carlos Eduardo descontando um gol importante para o rubro-negro. A volta foi no Maracanã, reaberto, e a classificação veio com vitória por 1 a 0, gol de Elias a dois minutos do fim.

Nas quartas de final, dois clássicos com o Botafogo no Maracanã. No primeiro empate por 1 a 1. No segundo, goleada por 4 a 0 e um show da torcida. Na semifinal, o Fla passou pelo Goiás. Na ida, vitória por 2 a 1 no Serra Dourada. Na volta, outra vez 2 a 1 no Rio de Janeiro e classificação para a decisão.

Na final, o Flamengo enfrentou o Athletico-PR, que eliminou Brasil-RS, América-RN, Paysandu, Palmeiras, Internacional e Grêmio. A primeira partida foi em Curitiba, mas na Vila Capanema, porque a Arena da Baixada também estava em reforma para a Copa de 2014. O Fla saiu atrás no placar, mas conseguiu o empate por 1 a 1 com Amaral ainda no primeiro tempo. O segundo jogo foi no Maracanã. Sob tensão, o Flamengo só abriu o placar aos 43 do segundo tempo, com Elias. Quando todos já comemoravam, no último lance, aos 49, Hernane fez 2 a 0.

A campanha do Flamengo:
14 jogos | 11 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 26 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Alexandre Loureiro/Placar

Palmeiras Campeão da Copa do Brasil 2012

O regulamento mais duradouro da história da Copa do Brasil teve a sua última aparição em 2012. Foram 12 edições da fórmula que excluía os clubes participantes da Libertadores. Naquele ano, quem aproveitou para ficar com a taça foi o Palmeiras, em temporada que terminaria agridoce: bicampeão da Copa do Brasil e rebaixado para a Série B do Brasileirão.

Novamente sob o comando de Luiz Felipe Scolari (que iria para a Seleção Brasileira antes da queda no Brasileiro), o Verdão começou a campanha diante do Coruripe, de Alagoas. Na ida, vitória por 1 a 0 em Maceió, no Rei Pelé. A volta foi em Jundiaí, no Jaime Cintra, pois o Palestra Itália já não existia mais e o novo estádio palmeirense ainda estava em construção. Na casa improvisada, deu Palmeiras por 3 a 0.

Na segunda fase, o alviverde fora de casa derrotou o Horizonte, do Ceará, por 3 a 1 e dispensou a segunda partida. Nas oitavas de final, o adversário foi o Paraná. Na ida, o Palmeiras venceu por 2 a 1 na Vila Capanema. Na volta, na Arena Barueri, goleada por 4 a 0 e classificação às quartas.

Na fase seguinte, foi a vez de encarar o Athletico-PR. A primeira partida voltou a ser fora, em Curitiba, e terminou empatada por 2 a 2. No segundo jogo, vitória por 2 a 0 e classificação outra vez na Arena Barueri, que se tornou de vez na casa do Palmeiras.

O rival na semifinal foi o Grêmio, que aparentava ser o favorito no confronto. A ida foi disputada no Olímpico, mas o Verdão soube esperar o momento certo para atacar. Com gols de Mazinho e Barcos, aos 41 e 46 minutos do segundo tempo, o alviverde venceu por 2 a 0. Na volta, em Barueri, bastou apenas o empate por 1 a 1.

O Palmeiras chegou na final para enfrentar o Coritiba, que tinha superado Nacional-AM, ASA, Paysandu, Vitória e São Paulo. A ida foi na Arena Barueri, e o Verdão fez boa vantagem ao vencer por 2 a 0, gols de Valdívia e Thiago Heleno. A volta foi no Couto Pereira, e os palmeirenses souberam esperar mais uma vez após saírem atrás no placar. Aos 20 do segundo tempo. Marcos Assunção cobrou falta e Betinho desviou a bola com a cabeça para empatar por 1 a 1 e dar o segundo título da Copa do Brasil para o Palmeiras.

A campanha do Palmeiras:
11 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 23 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Miguel Schincariol/Placar

Vasco Campeão da Copa do Brasil 2011

Mais um clube chegou ao título inédito da Copa do Brasil, em 2011. O Vasco, que passava por um momento de retorno à Série A do Brasileiro após o primeiro rebaixamento, encontrou uma conexão entre time e torcida poucas vezes vista antes e passou pelos adversários de uma maneira verdadeiramente copeira. Uma época de esperança.

A campanha do cruzmaltino teve início contra o Comercial-MS. No Estádio Morenão, em Campo Grande, goleou por 6 a 1 e passou à segunda fase sem precisar disputar a partida de volta no Rio de Janeiro. O próximo oponente foi o ABC, e o Vasco avançou depois de empatar por 0 a 0 em Natal, e vencer por 2 a 1 em São Januário, de virada.

Nas oitavas de final, foi a vez de jogar contra o Náutico. O primeiro jogo foi realizado nos Aflitos, e o cruzmaltino carimbou a classificação logo na ida, ao vencer por 3 a 0. Depois, no Rio de Janeiro, bastou apenas segurar o empate sem gols na segunda partida.

O adversário nas quartas foi o Athletico-PR, e até então o mais complicado. Na primeira partida, na Arena da Baixada, empate por 2 a 2 que o cruzmaltino concedeu perto do fim da etapa complementar. No segundo jogo, em São Januário, os paranaenses largaram na frente, mas Elton buscou o empate por 1 a 1 e a classificação pelo gol fora de casa.

Na semifinal, o Vasco enfrentou o Avaí. A ida foi disputada em São Januário, mas os cariocas por pouco não tiveram uma jornada infeliz, pois os catarinenses venciam até os 49 minutos do segundo tempo, quando um pênalti foi assinalado. Diego Souza bateu e salvou o empate por 1 a 1. Foi preciso vencer na Ressacada, em Florianópolis, por 2 a 0 para o Vasco chegar à sua segunda decisão.

Na final, o Vasco encarou o Coritiba, aquele do recorde de 24 vitórias e que bateu Ypiranga, Atlético-GO, Caxias, Palmeiras e Ceará. A ida aconteceu em São Januário, e o cruzmaltino largou com a vantagem de 1 a 0, gol de Alecsandro. A volta foi no Couto Pereira. Alecsandro abriu o placar cedo, mas o Coritiba virou ainda no primeiro tempo. No segundo, Eder Luís empatou e os paranaenses anotaram 3 a 2. A tensão ficou no ar até o apito final, mas no fim o “trem-bala da colina” comemorou o título.

A campanha do Vasco:
11 jogos | 5 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 20 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Heuler Andrey/LatinContent/Getty Images

Santos Campeão da Copa do Brasil 2010

A Copa do Brasil de 2010 viu o surgimento de um novo craque brasileiro. O primeiro título do Santos na competição foi conquistado sob os gols e dribles de Neymar, com apenas 18 anos de idade. Junto com Paulo Henrique Ganso, a dupla foi responsável pelo início de um ciclo vitorioso, que culminaria no tri da Libertadores do ano seguinte.

O Peixe iniciou sua campanha contra o Naviraiense, do Mato Grosso do Sul. O primeiro jogo foi disputado na capital Campo Grande, com vitória santista por 1 a 0. A segunda partida foi na Vila Belmiro, e o Santos lavou a alma de tanto fazer gols: 10 a 0, com seis no primeiro tempo e quatro no segundo. Na segunda fase, o time goleou o Remo em Belém por 4 a 0.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Guarani. Sem pena, o Peixe voltou a golear de maneira assombrosa em casa, na partida de ida, por 8 a 1. Só Neymar aqui anotou cinco gols. A volta foi no Brinco de Ouro, em Campinas, e o Santos levou a primeira derrota, de virada, por 3 a 2.

Nas quartas, foi a vez de enfrentar o Atlético-MG. O primeiro jogo foi no Mineirão, e o alvinegro praiano voltou a sofrer derrota por 3 a 2, com o segundo gol marcado aos 37 minutos do segundo tempo. A segunda partida foi na Vila Belmiro, e o Santos reverteu a desvantagem com vitória por 3 a 1.

A semifinal foi contra o Grêmio, em dois jogos emocionantes. No primeiro, no Olímpico, o Peixe abriu dois gols de diferença na etapa inicial, mas os gaúchos reagiram com quatro tentos na etapa complementar. No fim, deu para o Santos descontar para 4 a 3. No segundo jogo, o alvinegro só furou a defesa gremista depois de 51 minutos, mas fez isso três vezes e venceu por 3 a 1, chegando à decisão.

A final da Copa do Brasil de 2010 foi entre Santos e Vitória, que bateu Corinthians-AL, Náutico, Goiás, Vasco e Atlético-GO. A ida foi jogada na Vila Belmiro, e o Peixe confirmou o favoritismo ao vencer por 2 a 0, gols de Neymar e Marquinhos. A volta foi em Salvador, no Barradão, e Edu Dracena deixou o Santos mais perto da taça ao abrir o placar no primeiro tempo. Os baianos viraram para 2 a 1 no segundo tempo, porém foi insuficiente.

A campanha do Santos:
11 jogos | 7 vitórias | 0 empates | 4 derrotas | 39 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Marco Sacco/Placar