Palmeiras Campeão da Copa dos Campeões 2000

Para indicar o quarto representante na Libertadores a partir de 2001, a CBF instituiu no ano 2000 a Copa dos Campeões, competição composta pelos campeões das competições regionais. Estavam dentro dela os vencedores do Torneio Rio-São Paulo, da Copa Sul-Minas, da Copa do Nordeste, da Copa Centro-Oeste e da Copa Norte, além dos campeões paulista e carioca e os vices da Sul-Minas e do Nordeste.

O Palmeiras entrou pelo Rio-SP, mas passava por uma reformulação no time, depois de ter perdido a final da principal competição sul-americana. Vários jogadores deixaram a equipe, além do técnico Felipão. Seu auxiliar Flávio Murtosa assumiu como interino e, com vários novos contratados, o Verdão precisou se entrosar em tempo recorde.

O vice nordestino e os campeões do Norte e do Centro-Oeste jogaram uma fase preliminar para definir dois classificados. Goiás e Vitória eliminaram o São Raimundo-AM e seguiram para João Pessoa e Maceió, as sedes do campeonato. No mata-mata, o sorteio colocou o Palmeiras na frente do Cruzeiro, vice da Sul-Minas, pelas quartas de final. Na ida, o Alviverde abriu vantagem de 3 a 1, e na volta, confirmou a classificação ao empatar em 1 a 1.

Na semifinal, o adversário foi o Flamengo, campeão carioca. Sem ser considerado favorito, o Palmeiras perdeu a primeira partida por 2 a 1, mas devolveu o resultado na segunda com 1 a 0, gol de Taddei. Na disputa de pênaltis, o Verdão não errou nenhuma cobrança, e por 5 a 4 avançou para a final. O último confronto na Copa dos Campeões seria contra o Sport, campeão do Nordeste, que eliminou o São Paulo, campeão paulista.

A grande final foi jogada em partida única, no Estádio Rei Pelé, em Maceió. O jovem time palmeirense estava confiante, partiu para cima dos pernambucanos e conseguiu dois gols nos pés de Asprilla e de Alberto, um oriundo do time do primeiro semestre e o outro recém chegado. O Sport ainda descontaria no fim, mas nada tirava mais a vitória do Palmeiras. O resultado de 2 a 1 deu um título inédito e único ao clube, além da preciosa vaga na Libertadores do ano seguinte.

A campanha do Palmeiras:
5 jogos | 3 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 8 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Eduardo Knapp/Folha Imagem

Athletico-PR Campeão da Seletiva da Libertadores 1999

De 1999 para 2000, a Conmebol aumentou o número de participantes da Libertadores de 21 para 32. O sistema de duas vagas por país foi substituído por um novo critério, em que o Brasil teria quatro vagas: para o campeão e o vice do Brasileirão (Corinthians e Atlético-MG), para o vencedor da Copa do Brasil (Juventude) e mais uma vaga, que ainda não estava definida.

Em função disso, a CBF instituiu, apenas em 1999, a Seletiva da Libertadores, um torneio eliminatório que seria disputado em paralelo à fase final do Campeonato Brasileiro, pelos clubes que não tivessem possibilidade de chegar na final. Participariam da Seletiva os clubes até o 16º lugar, desde que não tivessem sido rebaixados.

Com o Palmeiras (10º) já garantido na Libertadores, e o Gama (15º) rebaixado, abriram-se duas vagas, preenchidas pelo Grêmio (18º) e pelo vencedor da preliminar entre os não rebaixados que sobraram: Portuguesa (21º) e Sport (22º). Vivendo uma grande fase no final da década, o Athletico-PR encerrou o Brasileiro em 9º lugar e participou desta competição desde a primeira fase.

O Furacão estreou contra o vencedor da preliminar, a Portuguesa. Perdeu no Canindé por 3 a 1, mas venceu na Arena da Baixada por 2 a 0, conseguindo a classificação por ter a melhor campanha no Brasileiro. Na segunda fase, os eliminados nas quartas de final entraram no torneio, e o Rubro-negro enfrentou o rival Coritiba (13º). No Couto Pereira, o Athletico goleou por 4 a 1 e ficou com ótima vantagem, que não foi afetada pela derrota de 2 a 1 na Baixada.

Na terceira fase, o adversário athleticano foi o Internacional (16º). Na ida no Beira-Rio, empate em 1 a 1, e na volta na Arena da Baixada, vitória do Furacão por 2 a 1. Os eliminados da semifinal do Brasileirão foram movidos para a semi da Seletiva, e o Athletico-PR encarou o São Paulo (3º). Em Curitiba, a vitória por 4 a 2 deixou a classificação encaminhada. No Morumbi, o time paranaense se segurou, e a derrota por 2 a 1 não tirou o embalo para a final.

Contra o Cruzeiro (5º), o Furacão precisou novamente decidir tudo fora de casa. Antes, na Baixada, abriu boa frente no confronto ao vencer por 3 a 0. No Mineirão, o Athletico-PR repetiu a estratégia da fase anterior, se reforçou na defesa e colocou o regulamento embaixo do braço. A derrota por 2 a 1 não tirou o brilho do título rubro-negro, que colocou o clube na Libertadores pela primeira vez e abriu o caminho para voos maiores. Até hoje, o torcedor do clube lembra com carinho da conquista.

A campanha do Athletico-PR:
10 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 4 derrotas | 20 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Arquivo/Tribuna do Paraná

America-RJ Campeão da Taça dos Campeões 1982

Em 1982, o Brasileirão foi disputado entre janeiro e abril, a Copa do Mundo entre junho e julho, e os estaduais entre agosto e dezembro. Para que os principais clubes do Brasil não ficassem quatro meses sem jogos de alto nível, a CBF criou um torneio para ser disputado no hiato deixado pela Copa, a Taça dos Campeões. Todos os campeões e vices das competições nacionais e Torneio Rio-SP estavam classificados para disputar, e 17 times adquiriram este direito. Mas como era difícil montar o regulamento com um número ímpar, foi convidada a equipe com mais participações sem título ou vice, o America do Rio. E antes de começar a competição, o Flamengo abriu mão de sua vaga para excursionar pelo exterior. Para definir o substituto, Santa Cruz e Paysandu (empatados em participações) fizeram um jogo-desempate, com vitória pernambucana.
Os 18 times ficaram divididos em quatro grupos, com dois turnos distintos, e o campeão de cada um se classificando para as quartas de final. O America ficou no grupo 3, ao lado de Atlético-MG, Cruzeiro e Grêmio. O Mequinha se deu bem logo de cara, liderando o turno com quatro pontos, uma vitória e dois empates. Já classificada, a equipe alvirrubra repetiu o desempenho no returno, porém foi superada pelo Atlético-MG no número de gols marcados.
O mata-mata da Taça dos Campeões foi composto somente com partidas únicas, à exceção da final, em ida e volta. O que definiu o mando de campo nas quartas de final era a melhor campanha somando os turnos. O Alvirrubro fez oito pontos contra sete do Atlético-MG, e mandou a partida no Maracanã. Com muito esforço, o America conseguiu o gol da classificação aos 44 do segundo tempo com o atacante Elói. O resultado de 1 a 0 colocou o time carioca na semifinal contra a Portuguesa, surpresa que eliminou o Fluminense. Nesta fase, o mando pertencia ao clube vindo de um dos grupos de cinco equipes. Assim, o Mequinha foi ao Pacaembu e, com muita emoção de novo, sofreu uma virada para empatar em 2 a 2 no último minuto, mais uma vez com o artilheiro Elói. Nos pênaltis, o America foi mais eficiente e eliminou a Portuguesa vencendo por 4 a 3.
A final foi contra o Guarani, e o Brinco de Ouro foi o palco da ida. O jogo terminou 1 a 1, com o America saindo atrás no placar, mas buscando o empate. A volta foi no Maracanã, e debaixo de muita chuva. O Alvirrubro abriu o marcador, mas sofreu o empate no segundo tempo. Na prorrogação, o grito americano de campeão finalmente saiu da garganta quando Gilson Gênio aproveitou o gramado molhado para marcar o gol do título. O America se tornou o campeão dos campeões, a maior conquista de sua história.

A campanha do America-RJ:
10 jogos | 4 vitórias | 6 empates | 0 derrotas | 11 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Adalberto Diniz/Placar

Corinthians Campeão Brasileiro 2017

A primeira força do Brasil. Mais uma vez, o Corinthians levantou a taça do Brasileirão. Em pleno feriado de Proclamação da República, o Alvinegro conquistou o sétimo Campeonato Brasileiro de sua história, com três rodadas de antecedência. Com a conquista, o Timão se isolou como o maior campeão na era dos pontos corridos, com quatro taças (2005, 2011, 2015 e 2017). A campanha do time de Jô, Rodriguinho e Cássio foi ótima desde o começo.

O Timão estreou com empate de 1 a 1 com a Chapecoense na Arena Corinthians. Na segunda rodada, a primeira vitória foi sobre o Vitória, com a coincidência da ironia, por 1 a 0 na Fonte Nova. O time se tornou líder a partir da quinta rodada, quando goleou por 5 a 2 o Vasco em pleno São Januário.

Dali para a frente, ninguém mais o alcançou, passou 20 rodadas sem perder, com 17 vitórias e três empates. Entre os resultados mais importantes, as vitórias 1 a 0 sobre o Grêmio em Porto Alegre, na décima rodada, e por 2 a 0 sobre o Palmeiras no Allianz Parque, na 13ª partida. Mesmo assim, no começo do segundo turno a conquista chegou a ficar em dúvida.

Depois de conhecer as primeiras derrotas, por 1 a 0 para o Vitória e para o Atlético-GO, ambas em casa na 21ª e 22ª rodadas, o Corinthians viu o Palmeiras encurtar a distância para apenas cinco pontos. Mas no clássico, na 32ª rodada, o Alvinegro se impôs, vencendo por 3 a 2 e dando um passo fundamental rumo ao título.

A conquista foi sacramentada na partida contra o Fluminense, na Arena Corinthians pela 35ª rodada, pelo placar de 3 a 1. O Timão encerrou o Brasileirão com o heptacampeonato, marcando 72 pontos em 38 partidas, sendo 21 vitórias, nove empates e oito derrotas. Foram nove pontos de vantagem sobre o vice Palmeiras e o terceiro colocado Santos.

A campanha do Corinthians:
38 jogos | 21 vitórias | 9 empates | 8 derrotas | 50 gols marcados | 30 gols sofridos


Foto Miguel Schincariol/AFP

Palmeiras Campeão Brasileiro 2016

O Palmeiras quebrou 22 anos de fila no Brasileirão de 2016. Foi montado um time milionário, que - com certa facilidade - deixou para trás os seus adversários e atingiu o eneacampeonato, ou seja, nove títulos brasileiros, algo que nenhuma outra equipe já conseguiu.

A estreia do Verdão foi vitoriosa, com goleada de 4 a 0 sobre o Athletico-PR no Allianz Parque. O saldo de gols alto deu logo de cara a liderança ao Palmeiras, mas que foi perdida no segundo jogo, na derrota de 2 a 1 para a Ponte Preta no Moisés Lucarelli, a primeira no campeonato.

Na nona rodada, o Alviverde recupera o primeiro lugar na vitória de 3 a 1 sobre o Santa Cruz em São Paulo. Na 17ª rodada, o Palmeiras perdeu de 3 a 1 para o Botafogo no Rio de Janeiro e deixou a liderança novamente. Na última partida do turno, o time palmeirense voltou a ser líder ao fazer 2 a 1 no Vitória em casa.

E da liderança o Palmeiras não saiu mais. Das equipes que se alternaram no primeiro lugar, o Corinthians perdeu fôlego, o Santos ficou na briga pelo segundo lugar com o Flamengo, o Grêmio se dedicou à Copa do Brasil, e Santa Cruz e Internacional foram para a zona de rebaixamento.

O enea do Verdão foi conquistado na 37ª rodada, na vitória de 1 a 0 sobre a Chapecoense no Allianz Parque. Infelizmente, esta partida também seria marcada como a última antes do acidente com o avião que transportava a equipe catarinense rumo à Colômbia, para a final da Copa Sul-Americana. A tragédia vitimou 71 passageiros, sendo a maioria do elenco e comissão técnica do clube, e da imprensa.

Em meio ao luto, o Campeonato Brasileiro encerrou com o Palmeiras marcando 80 pontos, com 24 vitórias, oito empates e seis derrotas. Uma das melhores campanhas dos pontos corridos.

A campanha do Palmeiras:
38 jogos | 24 vitórias | 8 empates | 6 derrotas | 62 gols marcados | 32 gols sofridos


Foto Miguel Schincariol/Gazeta Press

Corinthians Campeão Brasileiro 2015

O melhor aproveitamento de pontos dos Brasileirões de pontos corridos com 20 equipes foi o do Corinthians em 2015. O time chegou ao hexacampeonato com 71% da pontuação possível e uma campanha impecável.

A estreia do Timão foi com vitória sobre o Cruzeiro, o time que era o campeão do momento, por 1 a 0 no Mineirão. Na segunda rodada, a vitória de 1 a 0 sobre a Chapecoense na Arena deu ao Corinthians a liderança pela primeira vez.

O primeiro lugar foi passageiro, perdido na terceira rodada, no empate sem gols com o Fluminense no Maracanã. A primeira das cinco derrotas corinthianas foi na quarta rodada, por 2 a 0 no clássico com o Palmeiras em casa. Após alguns tropeços, o Alvinegro começou uma perseguição aos líderes do momento, Sport e Atlético-MG. Na 18ª rodada, o Corinthians se tornou o líder definitivamente ao vencer o Sport por 4 a 3 na sua Arena, em Itaquera.

No segundo turno quase perfeito, o Timão arrancou para o sexto título brasileiro. Detonou o principal oponente na briga pela taça no returno, o Atlético-MG por 3 a 0 em pleno Independência, na 33ª rodada. O título chegou na 35ª rodada, no empate em 1 a 1 com o futuro rebaixado Vasco em São Januário.

E já campeão, o torcedor corinthiano teve outra enorme alegria na 36ª rodada, na partida em que foi entregue o troféu. O time reserva entrou em campo na Arena, e goleou por 6 a 1 o São Paulo. Ao todo, o Corinthians fez 81 pontos em 38 jogos (12 a mais que o vice Atlético-MG), com 24 vitórias, nove empates e cinco derrotas. O título praticamente concluiu um ciclo de cinco anos de comando e idolatria do técnico Tite, que partiria para treinar a Seleção Brasileira no ano seguinte.

A campanha do Corinthians:
38 jogos | 24 vitórias | 9 empates | 5 derrotas | 71 gols marcados | 31 gols sofridos


Foto Daniel Augusto Júnior/Corinthians