Santa Cruz Campeão da Copa do Nordeste 2016

A Copa do Nordeste de 2016 começou sem alterações em relação ao ano anterior. Nove Estados e 20 times em cinco grupos. A notável ausência nesta temporada foi a do Vitória. A Bahia possuía três vagas, mas o clube ficou em quarto lugar no estadual. Outro Estado com três vagas foi Pernambuco, e aqui quem faltou foi o Náutico. Mas com os outros terços da rivalidade, tudo certo. E era a hora do Santa Cruz despertar para o título inédito, após subir da quarta para a primeira divisão nacional em seis temporadas.

Na primeira fase, o Santinha ficou no grupo C da competição. Estreou contra o Bahia, e com derrota em casa por 1 a 0. Mas tirando o adversário de Salvador, tudo foi tranquilo. No turno, venceu o Confiança em Aracaju por 2 a 0 e empatou com o Juazeirense em Recife por 1 a 1. No returno, venceu o Juazeirense fora de casa por 1 a 0 e o Confiança no Arruda por 3 a 1. Já classificada, a Cobra-coral encarou o Bahia na Fonte Nova e perdeu novamente por 1 a 0. No fim, terminou na vice-liderança da chave com dez pontos.

Nas quartas de final, era a hora de encarar o então campeão Ceará. Venceu de virada a ida em casa por 2 a 1. Na volta no Castelão, o Santa cozinhou o jogo até conseguir a vitória por 1 a 0 e a vaga na semifinal. Então houve o reencontro com o Bahia, que na fase de grupos tinha marcado todos os 18 pontos possíveis.

A primeira partida foi no Arruda, e o Santa Cruz só conseguiu um empate amargo, por 2 a 2, daqueles em que o time sai perdendo, vira e leva o gol nos minutos finais. A segunda partida foi na Fonte Nova, e desta vez o Santinha estava vacinado. Fez o gol com Grafite aos 13 minutos e passou os 77 restantes se defendendo, buscando o contra-ataque. Tudo deu certo e a vitória por 1 a 0 colocou o time pernambucano na final.

O adversário na decisão foi o Campinense, que eliminou o Sport e melou a expectativa do clássico. A ida no Arruda foi sofrida, o Santinha venceu por 2 a 1 marcando o tento redentor aos 47 do segundo tempo, com Bruno Moraes. O gol foi mesmo redentor. Na volta em Campina Grande, o Santa Cruz foi campeão com empate por 1 a 1, com Arthur Caíke marcando a bola que selou o título da  Copa do Nordeste de 2016 e marcou o topo da escalada que o clube começou na Série D de 2011.

A campanha do Santa Cruz:
12 jogos | 7 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 16 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Pablo Kennedy/Lancepress

Ceará Campeão da Copa do Nordeste 2015

Demorou 21 anos, mas em 2015 a Copa do Nordeste finalmente reuniu todos os nove Estados que compõem a região. Antigos integrantes da Copa Norte e deslocados da Copa Verde, Maranhão e Piauí tiveram suas entradas aprovadas pela CBF e Liga do Nordeste. Deste modo, a competição saltou de 16 para 20 participantes, ganhando também um quinto grupo na primeira fase. Dentro de campo, tivemos as forças de sempre lutando pelo título, que desta vez cairia em novas mãos, nas do Ceará.

O Vozão ficou no grupo D da primeira fase. Rapidamente o clube se credenciou ao favoritismo. A estreia foi justamente com um Clássico-Rei contra o Fortaleza, empate por 1 a 1 no Castelão. Na sequência, outro empate por 1 a 1 com o River no Piauí e vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo-PB em casa fecharam o turno. No returno, o Ceará tornou a empatar por 1 a 1 fora de casa, desta vez contra o Botafogo na Paraíba. Voltando à Fortaleza, o time alvinegro venceu o River por 1 a 0. Na última rodada, a vitória no Clássico-Rei por 2 a 1 garantiu a classificação.

Com 12 pontos, o Vozão ficou na liderança e não dependeu do índice técnico, já que somente três dos cinco vices avançariam. Nas quartas de final, o Ceará foi sorteado para enfrentar o Salgueiro. A ida foi disputada no interior de Pernambuco, e o time alvinegro venceu por 2 a 0. A volta foi no Castelão, e nova vitória por 2 a 1 confirmou mais uma classificação cearense.

Na semifinal, foi a vez de encarar o Vitória. O primeiro jogo em Fortaleza foi 0 a 0. O segundo jogo foi em Salvador, e o Ceará precisava fazer gol e não perder. Conseguiu, com o empate por 2 a 2 (estando duas vezes atrás no placar). A regra do gol fora colocou o Vozão na final contra o Bahia.

A decisão da Copa do Nordeste começou na mesma cidade onde acabou a semifinal. Na Fonte Nova, o Ceará conseguiu dominar o ímpeto baiano e venceu por 1 a 0, conquistando uma enorme vantagem. A volta foi jogada no Castelão, diante de mais de 63 mil torcedores. Sem tempo a perder, o Ceará tratou de aumentar a soma dos placares aos 15 minutos do primeiro tempo e aos seis do segundo. O Bahia descontou faltando dois para acabar, mas a festa já acontecia. A vitória por 2 a 1 deu ao Ceará um título inédito, o principal de sua história centenária.

A campanha do Ceará:
12 jogos | 7 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 16 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto LC Moreira/Futura Press

Sport Campeão da Copa do Nordeste 2014

De volta com tudo, a Copa do Nordeste ganhou uma novidade em 2014. Seu campeão passaria a ter uma vaga na Copa Sul-Americana, do mesmo modo que entre 1997 e 1999 (só que neste caso, a vaga era para a Copa Conmebol). As regras da nova disputa (16 times em quatro grupos) foram mantidas, o que acarretou na ausência do Campinense, quarto colocado do estadual paraibano.

Com o defensor do título fora, as forças maiores da região deveriam entrar mais espertas na competição. Mas não foi exatamente isto o que aconteceu, visto que o Bahia caiu novamente na primeira fase e o Vitória levou uma surra histórica de 5 a 1 para o Ceará nas quartas de final. Outro que quase dançou foi o Sport.

No grupo D do torneio, o Leão da Ilha já via sua última conquista distante 14 anos. Ainda de ressaca pelo acesso à Série A nacional, a equipe demorou a embalar diante de Náutico, Guarany de Sobral e Botafogo-PB. A estreia foi contra o Botafogo, em empate por 1 a 1 fora de casa. Depois disso foram mais três jogos sem vencer: derrota por 1 a 0 no clássico com o Náutico em casa, empate sem gols e outra derrota por 1 a 0 em duas partidas contra o Guarany, primeiro na Ilha do Retiro e depois em Sobral.

Quase eliminado, o Sport cresceu nas últimas duas rodadas, vencendo por 3 a 0 o rival na Arena Pernambuco e por 1 a 0 o time paraibano em Recife. Com oito pontos, o Leão acabou vice-líder na chave. A situação só não foi mais delicada porque o Botafogo-PB havia perdido quatro pontos no tribunal (senão seria outro com oito).

Nas quartas de final, o adversário foi o CSA. Na ida na Ilha do Retiro, vitória por 2 a 0. Na volta no Rei Pelé, derrota por 1 a 0, mas classificação garantida. A semifinal reservou outro clássico, desta vez com o Santa Cruz. De novo com o primeiro jogo em casa, o Sport tornou a abrir vantagem de 2 a 0. No segundo jogo, no Arruda, nova vitória por 2 a 1 colocou o rubro-negro na decisão.

O adversário da final foi o Ceará, e o roteiro foi o mesmo das outras fases. Na ida na Ilha do Retiro, 2 a 0 para o time pernambucano. A volta foi disputada no Castelão, e o Sport soube jogar com o regulamento debaixo do braço. Empatou por 1 a 1, com Neto Baiano marcando de pênalti o gol do título. A conquista da Copa do Nordeste de 2014 representou o tricampeonato na história do Sport.

A campanha do Sport:
12 jogos | 6 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 14 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Genival Paparazzi

Campinense Campeão da Copa do Nordeste 2013

O retorno da Copa do Nordeste em 2010 trouxe muitas expectativas e algum otimismo para os clubes da região. Mas a ideia não pegou de imediato e a competição voltou a "adormecer" em 2011 e 2012. Muito porque a Liga do Nordeste não queria bancar tudo sozinha. Somente em 2013 é que a CBF topou em retomar a co-organização, e colocou o campeonato para ser jogado entre janeiro e março.

A televisão também dividiu a responsabilidade, e o Esporte Interativo/TopSports revendeu os direitos de transmissão para a Globo Nordeste, abrindo mão da exclusividade. No campo, o critério de participação foi estritamente via estaduais. Sete campeões, sete vices e dois terceiros colocados (BA e PE) formando os 16 clubes, que depois foram colocados em quatro grupos.

Enquanto todos focavam o favoritismo nos times mais tradicionais, as equipes menores jogavam um futebol bem ajeitado. Caso do Campinense, que dividiu a chave D com Santa Cruz, CRB e Feirense. A campanha na primeira fase foi quase perfeita. Estreou empatando por 2 a 2 com o Feirense no interior baiano, depois venceu duas partidas em Campina Grande: 3 a 0 no Santa Cruz e 1 a 0 no CRB.

No returno, tornou a vencer o adversário alagoano, por 2 a 1 em Maceió. A única derrota, por 2 a 0, foi para o rival pernambucano, em Recife. No encerramento, 1 a 0 em casa sobre o fraco time baiano. Com 13 pontos, a Raposa Feroz só não liderou porque o Santa Cruz marcou 15. Classificada para o mata-mata, a coisa engrossou contra o Sport.

Na ida das quartas de final, no Amigão, o Campinense não saiu do 0 a 0. A tarefa seria ingrata na Ilha do Retiro, mas o time paraibano foi lá e fez: empatou por 2 a 2 (chegou a fazer 2 a 1) e se classificou pela regra do gol fora de casa. A semifinal foi contra o Fortaleza, e o gol fora foi necessário novamente, já que a equipe rubro-negra perdeu por 2 a 1 no Castelão e venceu por 1 a 0 no Amigão.

A final da Copa do Nordeste foi atípica e improvável: Campinense versus ASA. O primeiro jogo foi em Arapiraca, no Estádio Fumeirão, e a Raposa abriu boa vantagem ao vencer por 2 a 1. O segundo jogo foi em Campina Grande, e a festa do Campinense começou graças a dois maranhenses, Jéferson e Ricardo fizeram os gols do 2 a 0 que confirmou o título, o principal na história do Campinense.

A campanha do Campinense:
12 jogos | 7 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 17 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Rafael Ribeiro/CBF

Vitória Campeão da Copa do Nordeste 2010

Foram sete anos de pausa. A esvaziada edição de 2003 da Copa do Nordeste levou à descontinuidade da competição a partir de 2004. Não havia espaço no calendário, já que o Brasileirão fora esticado e as federações jamais soltaram seus ossos, os deficitários estaduais.

Até que chega 2010 e a Liga do Nordeste se reúne com força. Baseada no regulamento de 2002 e com direitos de transmissão vendidos ao Esporte Interativo, a Copa do Nordeste consegue seu reingresso no calendário, aproveitando a parada da Copa do Mundo daquele ano. Sem parte na organização da competição, a CBF deu o sinal verde para que fossem usadas as lacunas de calendário para a disputa das rodadas. Foram 15 participantes, já que o Sport preferiu não entrar.

O nivelamento da competição era evidente, já que os clubes integrantes da Série A e da Série B optaram em usar suas equipes de aspirantes. Uma delas foi o Vitória, que seria vice na Copa do Brasil e brigaria para não cair no Brasileiro. O Leão da Barra estreou perdendo por 1 a 0 para o CRB fora de casa, e na sequência empatou por 2 a 2 com o ABC em casa.

O time só engrenou no terceiro jogo, quando tocou 5 a 1 sobre o rival Bahia em Pituaçu. Tendo o controle dos resultados e sempre próximo ou dentro da zona de classificação, o Vitória ficou definitivamente lá a partir da décima rodada, ao fazer 2 a 1 no América-RN no Barradão. A equipe não chegou a liderar, mas ficou sem perder desde então.

A vaga na semifinal foi confirmada na última rodada, ao empatar sem gols com o Treze em casa. Vice-líder com 25 pontos, livrou três do eliminado Bahia, superou o CSA no saldo de gols e ficou cinco atrás do ABC. Foram sete vitórias, quatro empates e três derrotas na campanha. Na semifinal em partida única, o rubro-negro venceu por 2 a 1 o CSA em Salvador.

A final da Copa do Nordeste também foi em jogo único. O ABC passou pelo Treze na outra chave e ficou com o direito de receber o Vitória no Frasqueirão. Então, o time de aspirantes foi até Natal, e não se assustou com a pressão. Até saiu perdendo, mas conseguiu a virada durante o segundo tempo. Com 2 a 1 no placar, o Leão conquistou o tetra, até hoje insuperável. Quatro dias depois, a equipe principal encerraria o Brasileirão em 17º lugar, rebaixada para a Série B.

A campanha do Vitória:
16 jogos | 9 vitórias | 4 empates | 3 derrotas | 26 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Frankie Marcone/FuturaPress

Vitória Campeão da Copa do Nordeste 2003

De todos os campeonatos regionais realizados entre 1997 e 2002, a Copa do Nordeste foi certamente o de maior sucesso, tanto para o clubes quanto para os torcedores. O ano de 2003 tinha tudo para seguir com o modelo adotado um ano antes, mas a criação do Brasileirão de pontos corridos mudou os planos. 

Com maior duração, a competição nacional diminuiu o tempo dos estaduais de cinco para apenas dois meses (janeiro a março). O baque fez as federações pressionarem a CBF, que removeu os regionais do calendário. Só que a Liga do Nordeste bateu o pé e organizou sozinha sua copa. O problema é que Bahia, Fortaleza, Confiança e o trio pernambucano pularam fora antes da disputa.

O jeito então foi convidar dois times de fora da liga (Corinthians-AL e Palmeiras de Feira) para fechar com 12 participantes e montar um simples regulamento de tiro curto, um mata-mata com preliminar de oito, quartas, semifinal e final. A única grande força da Copa do Nordeste de 2003 foi o Vitória, que levou o tricampeonato sem precisar de muito esforço.

O Leão da Barra entrou na competição já nas quartas de final, esperando o vencedor do jogo entre Sergipe e Palmeiras de Feira. Os sergipanos fizeram 2 a 0 e seguiram como o primeiro adversário do Vitória. Em partida única no Barradão, o time rubro-negro não teve nenhum problema e goleou por 4 a 0. Na semifinal, foi a vez do Leão encarar o América-RN. A ida foi no Machadão, em Natal, e o Vitória abriu vantagem vencendo por 1 a 0. Na volta em Salvador, o time baiano sofreu um pouco mas venceu por 3 a 2 e carimbou a vaga para a sexta final em oito edições. E ela seria realizada em um confronto estadual.

A última parada do Vitória foi o Fluminense de Feira, primeiro clube de interior na decisão e que eliminou Ceará e ABC. A primeira partida foi no Joia da Princesa, em Feira de Santana e acabou empatada por 1 a 1, com o rubro-negro saindo atrás no marcador. A segunda partida foi no Barradão. 

Apesar da pressão interiorana, o Leão tinha a vantagem do gol fora de casa e se segurou. Assim, o empate por 0 a 0 serviu bem para o Vitória chegar ao seu terceiro título, na única alegria de uma edição quase esquecida da Copa do Nordeste, que só gerou prejuízos e motivou a descontinuidade da competição para 2004.

A campanha do Vitória:
5 jogos | 3 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 9 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Carlos Santana/Agência A Tarde/Futura Press

Folheie a Edição dos Campeões 2019!

O ano futebolístico do futebol masculino encerrou-se ontem, após a confirmação do vice-campeonato do Flamengo no Mundial de Clubes. E como o Fla não emplacou seu quarto pôster na temporada, trazemos agora mais uma edição em PDF da nossa Edição dos Campeões.

Para quem gosta de ter a sensação de folhear uma revista, esta edição de 2019 traz 46 pôsteres de 40 clubes e da Seleção Brasileira.

Lembrando que, esta publicação - assim como todo o blog -, é uma criação que homenageia a Edição dos Campeões da Revista Placar, publicada entre 1980 e 2016. O blog não possui nenhuma relação com a revista, tampouco detêm os direitos sobre as fotografias. Somos apenas um arquivo, e não fizemos comércio com as artes aqui publicadas.

Confira a seguir os principais campeões de 2019. Depois, continue acompanhando o blog, procure por seu time ou por algum campeonato no menu do lado esquerdo da tela. Não encontrou o pôster que procurava? Faça sua sugestão: pode ser pelo Facebook (Edição dos Campeões), pelo Twitter (@ever_ruchel) ou pelo e-mail (everton.ruchel@gmail.com).