Cruzeiro Campeão da Copa Sul-Minas 2001

Mesmo regulamento e o começo de um domínio na Copa Sul-Minas. Em 2001, o Cruzeiro não deu colher de chá para nenhum dos seus adversários e, sem perder nenhuma partida, conquistou o primeiro de seus dois títulos na competição. O feito proporcionou um fato inédito até então, o de um mesmo clube vencer por duas regiões diferentes, já que os mineiros haviam levado uma taça pelo Centro-Oeste dois anos antes.
Os 12 participantes foram definidos através da classificação nos estaduais do ano anterior, e desta vez os quatro Estados contaram com três equipes. A Raposa ficou no grupo C, e estreou vencendo o Internacional por 2 a 0 em pleno Beira-Rio. O time jamais perderia no torneio: contra o Paraná em casa, vitória por 3 a 1. Em Santa Catarina, empate sem gols com o Joinville. De volta ao Mineirão, goleou os catarinenses por 4 a 0. Em Curitiba, empate por 1 a 1 com os paranaenses. E na última rodada, 2 a 2 em casa com os gaúchos. Com 12 pontos, o Cruzeiro encerrou a primeira fase na liderança. A semifinal proporcionou dois clássicos contra o Atlético-MG no Mineirão. No primeiro, empate por 1 a 1. No segundo, a equipe comandada por Luiz Felipe Scolari venceu por 3 a 1 e chegou à final.
O Coritiba foi a última parada do time cruzeirense. A cruzada invicta do clube teve seus dois contornos derradeiros no Couto Pereira e no Mineirão. Na ida na capital paranaense, o Cruzeiro abriu excelente vantagem ao vencer por 2 a 0, gols de Jackson e Oséas. Na volta em Belo Horizonte, a Raposa ampliou ainda mais sua frente, vencendo por 3 a 0. Os gols foram marcados por Jorge Wagner, Geovanni e Marcelo Ramos, todos no segundo tempo. A conquista foi a única boa notícia da Raposa em 2001, ano em que passou longe de ser feliz no estadual, na Libertadores, na Copa dos Campeões e no Brasileirão.

A campanha do Cruzeiro:
10 jogos | 6 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 21 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Cruzeiro

América-MG Campeão da Copa Sul-Minas 2000

A Copa Sul ganhou reforços importantes a partir do ano 2000. Os clubes de Minas Gerais, buscando maior competitividade, retiraram-se da Copa Centro-Oeste e foram realocados pela CBF junto aos times do Sul. Assim, a competição teve seu nome alterado para Copa Sul-Minas, mas mantendo o número de 12 participantes, fazendo com que os sulistas caíssem de quatro para três vagas por Estado (embora, excepcionalmente em 2000, Santa Catarina tivesse duas equipes, e o Paraná quatro).
E os mineiros chegaram com o pé na porta, começando pelo América. A equipe ficou no grupo Aa, e já começou surpreendendo ao vencer o Internacional na estreia fora de casa, por 1 a 0. Na sequência, o Coelho engatou mais duas vitórias em casa, por 4 a 1 sobre o Atlético-PR e por 2 a 0 sobre o Avaí. No returno, o clube perdeu por 3 a 2 fora para os paranaenses, empatou por 0 a 0 fora com os catarinenses e empatou por 1 a 1 no Independência com os gaúchos. Os resultados colocaram o América-MG na liderança da chave com 11 pontos, superando o Atlético no saldo de gols. Na semifinal, o Coelho voltou a encontrar os rubro-negros, empatando por 2 a 2 tanto a ida na Arena da Baixada quanto a volta em Belo Horizonte. Nos pênaltis, o América venceu por 4 a 2 e avançou à decisão.
O último compromisso americano foi contra o Cruzeiro. O favoritismo pertencia ao rival, mas o Coelhão estava embalado. Os dois jogos foram disputados no Mineirão. No primeiro, vitória do América por 1 a 0, gol de pênalti marcado por Pintado. No segundo, o time cruzeirense abriu o placar faltando cinco minutos para o fim da etapa inicial. A tensão foi reduzida aos oito do segundo tempo, quando Zé Afonso empatou. E ficou no ar durante um bom tempo. Aos 34, Pintado perdeu um pênalti. Foi só aos 38 que veio o alívio, quando Álvaro virou para 2 a 1, confirmando o único título da Copa Sul-Minas ao América-MG.

A campanha do América-MG:
10 jogos | 5 vitórias | 4 empates | 1 derrotas | 17 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Eugênio Sávio/Placar

Grêmio Campeão da Copa Sul 1999

Na onda dos campeonatos regionais, o Sul ganhou uma competição para chamar de sua em 1999. A CBF reuniu os clubes do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná na Copa Sul, que na sua única edição valeu uma vaga na última Copa Conmebol da história. O relativo sucesso do torneio na sua estreia trouxe uma extensão a partir do ano 2000, quando as equipes de Minas Gerais foram desmembradas do Centro-Oeste e incorporadas ao Sul, mudando o nome do campeonato para Copa Sul-Minas. A região também teve um antecedente oficioso, o Campeonato Sul-Brasileiro de 1962, realizado em pontos corridos e vencido pelo Grêmio.

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E foi justamente o Grêmio o primeiro e único vencedor entre os clubes sulistas, reforçando ainda mais a sua fama de pioneiro em competições. A Copa Sul de 1999 contou com a presença de 12 times, sendo quatro de cada Estado. O Tricolor ficou no grupo A e estreou contra o Tubarão, de Santa Catarina. A partida foi no antigo Olímpico e vencida por 1 a 0. A campanha gremista foi segura, embora as derrotas por 2 a 0 para o Coritiba e por 3 a 1 para o Criciúma, ambas fora de casa. Nos demais jogos, o time venceu, em casa, o Criciúma por 2 a 0, o Coritiba por 3 a 2 e, fora, o Tubarão por 2 a 0. Com 12 pontos, o Grêmio classificou-se na vice-liderança, três pontos atrás dos paranaenses.
Seis equipes seguiram à segunda fase, quando foram divididas em mais duas chaves, uma toda paranaense e outra inteiramente gaúcha, já que os catarinenses foram todos eliminados. O grupo do Tricolor foi superequilibrado. Na estreia, o Grêmio fez 4 a 1 no Juventude, no Olímpico. Depois, os caxienses aplicaram 3 a 1 no Internacional. No primeiro Grenal, 1 a 1 no estádio gremista. No returno, o Imortal foi até o Alfredo Jaconi e empatou por 2 a 2 com o Juventude, enquanto o time verde segurou 1 a 1 com o Inter. E no clássico derradeiro, no Beira-Rio, o Internacional fez 2 a 0 no Grêmio. Todos os times encerraram com cinco pontos, e foi o saldo de gols que colocou o Tricolor na final: um contra zero dos colorados e menos um dos alviverdes.
A decisão foi contra o Paraná, na modalidade melhor de três. A primeira partida foi no Olímpico, e o Grêmio começou o confronto vencendo por 2 a 1. O segundo jogo foi no Couto Pereira, mas o Imortal não conseguiu a confirmação do título pois perdeu por 2 a 0. O desempate aconteceu no Pinheirão, e a vantagem do empate era paranista. Mas o zagueiro Ronaldo Alves marcou 1 a 0 para o Grêmio aos 11 minutos primeiro tempo, e o resultado deu o título da Copa Sul ao clube gaúcho.

A campanha do Grêmio:
13 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 4 derrotas | 20 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Jader da Rocha/Placar

Corinthians Campeão Paulista Feminino 2020

O Paulistão Feminino também pode ser considerado o mais tradicional do Brasil. A disputa começou a ser feita em 1984, durando até 1987 em um primeiro momento. Em 1997 o campeonato foi retomado em definitivo, com uma interrupção em 2003. Nem sempre os quatro grandes clubes paulistas mantiveram seus departamentos femininos ao mesmo tempo, como ocorre atualmente.

A principal força da atualidade é o Corinthians, bicampeão estadual e brasileiro em 2020. O clube abriu a modalidade em 1997, ficando ativa (apesar de instável) até 2007. A retomada aconteceu em 2016, em parceria com o Audax Osasco, e em 2018, com voo solo. O segundo título estadual das Minas do Timão foi conquistado com sobras.

A competição contou com 12 clubes em dois grupos. O Corinthians venceu de goleada todos os cinco jogos da primeira fase, sendo a maior 11 a 0 sobre o Nacional fora de casa. Líder da chave com 15 pontos, o time eliminou o Santos nas quartas de final e o Palmeiras na semifinal. A final foi contra a Ferroviária, e as Minas foram campeãs aplicando 3 a 1 na ida em casa, em Barueri, e 5 a 0 na volta fora, em Araraquara.

A campanha do Corinthians:
11 jogos | 9 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 41 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Marco Galvão/Corinthians

Internacional Campeão Gaúcho Feminino 2020

O Gauchão Feminino possui uma regularidade desde 1997, embora duas edições entre 1983 e 1984 sejam contadas  por diferentes entidades. Mas nem sempre os clubes grandes do Estado tiveram seus departamentos de futebol feminino em atividade. O Grêmio teve o seu entre 1997 e 2002, voltado apenas em 2017.

Já o Internacional praticou a modalidade nos anos 80 e entre 1996 e 2003. E o Colorado voltou junto com o seu rival, já fixando-se como a principal força do Rio Grande do Sul. Em 2020, o clube foi atrás do bicampeonato diante de cinco adversários. A competição foi de tiro curtíssimo, com dois grupos de três times cada. O Inter ficou na chave A, derrotando o Brasil de Farroupilha por 5 a 0 fora de casa e o João Emílio por 23 a 0 em casa.

Na final enfrentou o Grêmio, que despachara Estrela e Oriente. O Grenal aconteceu na Arena Cruzeiro, em Cachoerinha, e o Internacional foi campeão estadual pela oitava vez ao vencer por 2 a 1 no jogo único, gols de Djeni e Byanca Brasil.

A campanha do Internacional:
3 jogos | 3 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 30 gols marcados | 1 gols sofrido


Foto Marco Favero/Agência RBS

Atlético-MG Campeão Mineiro Feminino 2020

Minas Gerais conta com um campeonato feminino regular desde 2005, e tem como principais forças históricas o Atlético e o América. Em 2020, o time alvinegro acabou com oito anos de jejum e conquistou o Mineiro Feminino pela sexta vez na história. As Vingadoras enfrentaram, além do próprio América, o Ipatinga e o Cruzeiro, único representante do Estado na Série A1 do Brasileirão.

Em seis partidas, o Atlético-MG venceu quatro e empatou duas. O melhor resultado aconteceu na segunda rodada, ao vencer por 3 a 0 o Ipatinga fora de casa. Com 14 pontos a equipe se classificou na liderança, e enfrentou na final o Cruzeiro.

O clássico que decidiu o estadual foi em partida única no Mineirão, e terminou com emocionante empate por 2 a 2 no tempo normal: o Atlético saiu na frente com Gabizinha, sofreu a virada faltando dez minutos para o fim, e Marcella empatou aos 52 minutos do segundo tempo. Nos pênaltis, vitória atleticana por 5 a 3.

A campanha do Atlético-MG:
7 jogos | 4 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 10 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Divulgação/Atlético-MG

Real Brasília Campeão Brasiliense Feminino 2020

Apesar de ainda não possuir a mesma tradição que no masculino, os estaduais femininos também seguem a lógica de ser o primeiro degrau para os times e jogadoras. E desde 2017, quando passou a ser obrigação os clubes terem departamentos de futebol tanto para homens quanto para mulheres, os estaduais passaram a ter um pouco mais de visibilidade, pelo menos nos principais Estados.

Porém, o ano de 2020 colocou um freio na evolução, por causa da pandemia de Covid-19. Muitas federações protelaram a disputa da temporada, deixando o início somente para 2021, como RJ, CE e RN. Outros sequer divulgaram informações, como SC, BA e GO. Alguns estão em andamento - no campo ou no tribunal -, como PE e AM. Mas infelizmente temos aqueles que foram cancelados, como PI e PR. Apenas oito terminaram a tempo: AP, RO, PA, DF, PB, MG, RS e SP.

O critério para a publicação de pôsteres dos estaduais femininos será o seguinte: o Estado deverá ter algum representante na Série A1 ou nas quartas de final da Série A2 do Brasileirão da temporada em questão.

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Estado mais forte do Centro-Oeste quando se fala de futebol feminino, o Distrito Federal foi um dos primeiros a ter a definição de campeão. Foi o Real Brasília, força nova que chega ao segundo título estadual na história. O Candangão contou com seis participantes, jogando em grupo e turno únicos.

A estreia das Leoas do Planalto foi contra o Cresspom, vencendo por 1 a 0 em casa. Na sequência, o time fez 4 a 0 no Ceilândia fora, levou 1 a 0 do Minas Brasília em casa, fez 2 a 0 no Gama fora e fechou com incríveis 31 a 0 sobre o Paranoá. O Real se classificou na vice-liderança com 12 pontos, um a menos que o líder Minas. Na semifinal, a equipe eliminou o Cresspom, empatando a ida por 2 a 2 fora e vencendo a volta por 3 a 2 em casa.

A final foi contra o Minas, em partida única no Estádio Bezerrão. O bicampeonato do Real Brasília veio com vitória por 2 a 1, gols de Dani Silva e da capitã Luciana. Ronaldinha e Amanda, com 11 e 10 gols cada, foram as artilheiras da equipe.

A campanha do Real Brasília:
8 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 45 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Júlio César Silva/Esportes Brasília