União Soviética Campeã Olímpica 1956

Pela primeira vez na história, os Jogos Olímpicos saem da rota Europa/América do Norte e ancoram do outro lado mundo, mais precisamente na Oceania. A edição de 1956 foi sediada em Melborune, na Austrália. Com isso, o futebol também apresentou novidades: a cidade australiana foi a primeira não-europeia a receber o torneio oficialmente. (Saint Louis viria a ocupar esse meio século depois). Porém nem tudo foram flores. Dos 16 participantes programados, cinco desistiram da viagem: Egito, Turquia, Hungria, Vietnã do Sul e a nova China comunista. O mata-mata original foi reorganizado para abrigar os 11 remanescentes.
Sem os húngaros, o favoritismo à medalha de ouro caiu no colo da União Soviética, que ali fazia sua segunda participação olímpica (se contarmos a aparição em 1912, nos tempos do Império, é a terceira). Como seu futebol era amador e os atletas eram funcionários do governo, a seleção jogou com o que tinha de melhor a oferecer, no que foi chamado à época de "futebol científico". Na primeira fase, venceu a Alemanha (unificada com jogadores ocidentais e orientais) por 2 a 1. Nas quartas de final, os soviéticos foram inicialmente surpreendida pela Indonésia, que segurou o empate por 0 a 0 em 120 minutos. Na partida extra de desempate, a porteira abriu: 4 a 0. Na semifinal, foi a vez de eliminar a Bulgária em jogo complicado, derrotando o adversário por 2 a 1 na prorrogação. Os búlgaros foram à disputa pela medalha de bronze, e derrotaram a Índia por 3 a 0.
O ouro e a prata ficariam entre os times da União Soviética e da Iugoslávia, que, além dos indianos, passou pelos Estados Unidos. A final foi disputada no Melbourne Cricket Ground. Os dois times estavam embalados, e a partida foi de poucas oportunidades. Quem não desperdiçou foi Anatoli Ilyin, que aos três minutos do segundo tempo fez 1 a 0 e confirmou o título soviético. Foi o primeiro título de uma era interessante de mais de 30 anos para o futebol da união das repúblicas socialistas, que passaria ainda pela conquista da primeira Eurocopa, quatro anos depois, e por sucessivas boas campanhas em Copas do Mundo.

A campanha da União Soviética:
5 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 9 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Arquivo/RFS

Hungria Campeã Olímpica 1952

Os rumos do futebol olímpico começaram a mudar a partir da edição de 1952, sediada em Helsinque, capital da Finlândia. O profissionalismo já era a maioria entre os países nessa época, o que inviabilizava as seleções de colocar seus melhores jogadores em campo. Mas isso não era uma regra geral em um mundo claramente dividido após a Segunda Guerra. O amadorismo imperava em todo o bloco socialista, majoritariamente ocupado pelos países do Leste Europeu. Os atletas de lá eram funcionários do governo, ou dos exércitos e, na prática, não recebiam salários. Então era normal ver estas nações atuando com força máxima nas Olimpíadas.
Era o caso da Hungria, que no início dos anos 50 formou um dos melhores times da história do futebol, com jogadores do nível de Ferenc Puskás, Zoltán Czibor e Sándor Kocsis. A seleção magiar encarou os Jogos Olímpicos de 1952 como uma preparação para a Copa do Mundo de 1954. O comando da equipe era feito pelo próprio Ministro do Esporte do país, Gusztáv Sebes. A competição em si levou o mesmo de sempre, com 25 participantes disputando cinco fases de mata-mata. O time húngaro estreou ainda na preliminar, derrotando a Romênia por 2 a 1. Nas oitavas de final, venceu a Itália por 3 a 0. Nas quartas de final, goleou a Turquia por 7 a 1. Na semifinal, outra goleada, mas sobre a Suécia por 6 a 0. Não foi nem um pouco difícil para atingir a final. Do outro lado chegava a Iugoslávia, que eliminou Índia, União Soviética, Dinamarca e Alemanha. Na disputa valendo a medalha de bronze, os suecos venceram os alemães por 2 a 0.
O ouro ficaria entre húngaros e iugoslavos, que atuaram no Estádio Olímpico de Helsinque. Com uma equipe amplamente superior, a Hungria conquistou seu primeiro título com uma vitória tranquila, por 2 a 0. Os gols aconteceram no segundo tempo, com Puskás aos 25 minutos e com Czibor aos 43. Uma nova era começava. Se para o Mundial não serviu de nada, em Olimpíadas foi o início de um tricampeonato. A nota final sobre os Jogos de 1952 fica por conta de um estreante sul-americano: o Brasil. Sua primeira jornada olímpica foi até às quartas de final, com vitórias sobre Holanda e Luxemburgo e derrota para a Alemanha.

A campanha da Hungria:
5 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 20 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Arquivo/Getty Images

Avaí Campeão Catarinense 2021

A disputa pela hegemonia em Santa Catarina está acirrada. Pela 18ª vez, o Avaí chegou ao título estadual, igualando-se no topo do ranking de título ao seu maior rival, o Figueirense.

A primeira fase da competição foi composta por 12 clubes, jogando em turno único. Nas 11 partida que realizou, o Leão da Ilha venceu seis e empatou três, somando ao todo 21 pontos. Na classificação, ficou em terceiro lugar, com cinco pontos a menos que a líder Chapecoense.

Nas quartas de final, eliminou o Próspera com duas vitórias: 1 a 0 na ida em Criciúma e 2 a 1 na volta em Florianópolis. A semifinal foi contra o Brusque, e o primeiro jogo aconteceu na Ressacada, terminando empatado por 0 a 0. O segundo jogo foi no Augusto Bauer, e o Avaí venceu por 1 a 0, retornando à final. 

Na final, a Chapecoense chegava para defender o título. Mas o time avaiano acabou com a vantagem adversária ao vencer por 2 a 1 a ida em casa. A volta ocorreu na Arena Condá, em Chapecó, e o Leão empatou por 1 a 1, reconquistando a taça catarinense depois de dois anos.

A campanha do Avaí:
17 jogos | 10 vitórias | 5 empates | 2 derrotas | 17 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Liamara Polli/Estadão Conteúdo

Real Noroeste Campeão Capixaba 2021

Desde 2014, o Espírito Santo faz um campeão diferente no estadual. E não foi diferente em 2021, com o Real Noroeste - clube da cidade de Águia Branca - chegando a um título inédito na sua história. A primeira fase contou com a participação de dez equipes atuando em turno único. O Merengue Capixaba fez uma campanha segura nas nove partida que disputou: venceu cinco e empatou uma, somando 16 pontos e encerrando na terceira posição, seis atrás do líder Rio Branco de Venda Nova.

Nas quartas de final, o Real eliminou o Estrela do Norte com duas vitórias, por 2 a 1 na ida fora e por 1 a 0 na volta em casa. Na semifinal, passou pelo Vitória-ES, vencendo por 4 a 2 nos pênaltis após empatar sem gols a primeira partida em Águia Branca e por 1 a 1 a segunda na capital capixaba.

A final foi contra o Rio Branco VN. Outra vez o jogo que abriu o confronto foi no Ninho da Águia, e terminou com empate por 0 a 0. O duelo derradeiro aconteceu no Olímpio Perim, em Venda Nova do Imigrante, e as equipes ficaram no 1 a 1. Nos pênaltis, o Real Noroeste venceu por 8 a 7 para erguer a taça histórica.

A campanha do Real Noroeste:
13 jogos | 7 vitórias | 5 empates | 3 derrotas | 16 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Júnior Sapo's

Atlético Alagoinhas Campeão Baiano 2021

Temos um campeão novo na Bahia. É o Atlético Alagoinhas, fundado em 1970. Para chegar ao seu maior título em 51 anos de história, o Caracará precisou superar muita coisa. Dez times participaram da primeira fase, se enfrentando em grupo e turno únicos. Em nove partidas, o Atlético venceu quatro e empatou uma.

Foi uma campanha difícil, em que a classificação veio somente na última rodada. Com 13 pontos, o clube encerrou na quarta posição, com dois pontos a mais que o tradicional Vitória, além do divisionado Jacuipense. Na semifinal, dois jogos contra o líder Juazeirense. Na ida em Alagoinhas, vitória por 2 a 1. Na volta em Juazeiro, derrota por 1 a 0. Nos pênaltis, o Carcará fez 3 a 2 e conseguiu um lugar na final pelo segundo ano seguido.

Este ano o adversário foi o Bahia de Feira, que eliminou xará maior de Salvador. Na primeira decisão da história do Baianão sem times da capital, o Atlético fez a ida no seu Estádio Carneirão, empatando por 2 a 2. A volta aconteceu em Feira de Santana, na Arena Cajueiro. E com 3 a 2 fora de casa, o clube vermelho e preto chegou ao título.

A campanha do Atlético Alagoinhas:
13 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 5 derrotas | 19 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Max Haack/Bahia Notícias

Altos Campeão Piauiense 2021

O Altos vai consolidando cada vez mais seu posto como maior força do futebol do Piauí na atualidade. Com vaga garantida na Série C nacional, o clube da região metropolitana de Teresina reconquistou o título estadual em 2021, depois de um pequeno jejum de três anos.

O Jacaré atingiu sua terceira conquista na história com uma ótima campanha. A primeira fase do Piauiense foi disputada com oito times em dois turnos. Nas 14 partidas que fez, o Altos marcou 26 pontos, com sete vitórias e cinco empates. Os resultados classificaram a equipe na liderança. 

Apenas líder e vice avançavam de fase, assim, o clube alviverde já estava na final, e seu adversário foi o surpreendente Fluminense. O jogo de ida aconteceu no Albertão, na capital do Estado, e o Altos venceu por 2 a 1. A volta foi na Arena Ytacoatiara, na cidade de Piripiri, e o Jacaré voltou a ganhar, desta vez por 3 a 0. O título veio de maneira incontestável.

A campanha do Altos:
16 jogos | 9 vitórias | 5 empates | 2 derrotas | 28 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Elziney Santos/FFP

Paysandu Campeão Paraense 2021

Com uma virada grandiosa no segundo jogo da final, o Paysandu chegou ao seu 49º título paraense na história. A competição teve a presença de 12 clubes, divididos em três grupos e com enfrentamentos apenas com equipes de chaves diferente.

O Papão ficou no grupo A, e nas oito partidas que realizou venceu seis e empatou uma, marcando ao todo 19 pontos. Nas quartas de final, eliminou o Bragantino-PA de maneira bem simples, empatando sem gols na ida fora e vencendo por 1 a 0 na volta em casa.

Na semifinal, foi a vez de passar pelo Castanhal, desta vez de um jeito difícil: depois de empatar por 0 a 0 o primeiro jogo no interior e ficar no 1 a 1 na segunda partida em Belém, o Paysandu fez 4 a 2 nos pênaltis.

A final foi contra a Tuna Luso, que voltava à primeira divisão depois de seis anos. A ida foi jogada no Souza, casa do rival, e o Papão saiu de lá derrotado por 4 a 2. A volta foi na Curuzu, e a Tuna saiu na frente do placar. Ainda no primeiro tempo, o Paysandu empatou e o adversário perdeu um jogador expulso.

Então veio a virada para 4 a 1 no segundo tempo, contando ainda com o pênalti perdido pelo rival nos acréscimos - no que levaria a decisão aos pênaltis. Mas era a vez do bicampeonato do clube bicolor.

A campanha do Paysandu:
14 jogos | 8 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 20 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Wagner Santana/Diário do Pará