Londrina Campeão Paranaense 2021

Enfim, o Campeonato Paranaense de 2021 teve um fim. Após várias interrupções devido à pandemia de Covid-19 e à falta de datas entre as competições nacionais, o estadual foi concluído com o título do Londrina, que pela quinta vez na história chega ao topo do futebol do Paraná. A competição contou com 12 participantes, que se enfrentaram em grupo e turno únicos.

A campanha do Tubarão começou mal, pois o time não venceu em nenhuma das oito primeiras rodadas e flertou com o rebaixamento. Nas três partidas restantes, no entanto, o clube obteve três vitórias, que somadas a sete empates o colocaram classificado na quinta posição, com 16 pontos.

Nas quartas de final, o Londrina enfrentou o Cianorte, empatando a ida no Estádio do Café por 1 a 1 e vencendo a volta fora por 3 a 0. Na semifinal, foi a vez de enfrentar o Operário-PR. Jogando em casa, o LEC arrancou uma vitória por 1 a 0 na ida. Na volta, em Ponta Grossa, empate por 1 a 1 levou o time alviceleste à decisão.

Contra o Cascavel, que eliminou o Athletico-PR na semi, o Londrina empatou os dois jogos, ambos por 1 a 1, no Café e no Olímpico Regional. Nos pênaltis, a equipe londrinense venceu por 6 a 5.

A campanha do Londrina:
17 jogos | 5 vitórias | 11 empates | 1 derrota | 22 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Ricardo Chicarelli/Londrina

São-Joseense Campeão Paranaense 2ª Divisão 2021

O Paraná foi mais um Estado a conhecer seu campeão de acesso de 2021. O Independente São-Joseense, de São José dos Pinhais, conseguiu seu primeiro título na segunda divisão após seis anos de fundação. O jovem clube irá disputar pela primeira vez a elite paranaense em 2022. Dez times participaram da competição, enfrentando-se em turno único.

Em nove jogos, o São-Joseense conseguiu quatro vitórias e quatro empates, garantindo a liderança com 16 pontos, superando o União Beltrão no saldo de gols, e o Apucarana Sports e o PSTC por um ponto. Estas equipes avançaram à semifinal. Em duas partidas contra o PSTC, o São-Joseense conseguiu o acesso com certa emoção, vencendo por 2 a 0 a ida em Cornélio Procópio e perdendo a volta  por 2 a 1 em São José dos Pinhais.

A final foi contra o União. O primeiro jogo aconteceu fora de casa, em Francisco Beltrão, e o clube azul e amarelo garantiu outra vitória por 2 a 0. A segunda partida foi no Municipal do Pinhão, em casa, e o título veio com outro triunfo, desta vez por 2 a 1.

A campanha do São-Joseense:
13 jogos | 7 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 21 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Divulgação/São-Joseense

Villa Nova-MG Campeão Mineiro Módulo II 2021

Uma das principais força do interior mineiro, o Villa Nova, de Nova Lima, está de volta à primeira divisão do estadual. O clube sagrou-se bicampeão do Módulo II, equivalente ao segundo nível, obtendo um título que não conquistava há 26 anos e corrigindo seu percurso após o rebaixamento em 2020.

Na campanha de 2021, o Leão do Bonfim precisou passar por duas fases, a primeira contra 11 adversários e a segunda contra três. Na etapa inicial, o time venceu seis e empatou quatro das 11 partidas que fez, somando 22 pontos. O alvirrubro ficou na vice-liderança, com apenas um ponto a menos em relação ao líder Nacional de Muriaé.

Quatro times avançaram ao quadrangular final, disputado em dois turnos. O Villa seguiu sua trajetória com quase nenhum erro, e conseguiu acesso e título na última rodada, ao derrotar o Democrata de Governador Valadares (que foi o outro clube a subir) por 3 a 1 no Castor Cifuentes, estádio também conhecido como Alçapão do Bonfim. Nesta fase, a equipe venceu três e empatou dois jogos de seis.

A campanha do Villa Nova-MG:
17 jogos | 9 vitórias | 6 empates | 2 derrotas | 24 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Cristiane Mattos/FMF

Rio Branco-AC Campeão Acreano 2021

O campeão voltou no Acre. O Rio Branco agora é dono de 48 títulos estaduais, mais que todos os demais vencedores somados (que dá 46). A conquista acontece três anos após a última, em 2018. No Acreanão 2021, noves equipes estiveram na disputa. No primeiro turno, todas se enfrentaram uma vez, o campeão se garantiu na final e os quatro melhores no segundo turno. Então, esses quatro times duelaram entre si mais uma vez, com o campeão também indo à decisão.

Na primeira fase, o Estrelão fez uma campanha para o gasto, com três vitórias e dois empates em oito partidas e ficando apenas na quarta posição, com 11 pontos. O clube alvirrubro ficou apenas um acima do Vasco, com quem disputou essa última vaga no returno, e nove atrás do Humaitá, o vencedor do turno.

Na fase seguinte, o Rio Branco acordou e venceu os três jogos que fez, indo à final após derrotar o Galvez por 3 a 1. Nos dois encontros decisivos contra o Humaitá, o Estrelão sofreu, mas o peso da camisa fez diferença. Ambos aconteceram na Arena da Floresta. Na ida, derrota por 1 a 0. Na volta, o Rio Branco devolveu o resultado, segurou o empate na prorrogação, e venceu por 4 a 2 nos pênaltis.

A campanha do Rio Branco-AC:
13 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 4 derrotas | 24 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Sérgio Vale/AC24Horas

Olimpia Campeão da Libertadores 1990

A Libertadores entra nos grandiosos anos 90 com sua estabilidade recuperada. O que não colaboravam eram os países. Detentor do título de 1989, a Colômbia não indicou ninguém para a edição de 1990. O motivo? O campeonato local foi encerrado sem campeão devido ao assassinato de um árbitro durante a fase final.

As acusações da época recaíram sobre o Cartel de Medellín e as motivações davam conta de que o crime foi cometido em retaliação a um gol anulado do Independiente. Pressionada, a federação cancelou o restante da competição e só o Atlético Nacional pôde defender sua taça no ano seguinte.

Com 18 times na primeira fase, a vida seguiu com as velhas forças de sempre. Vice do momento, o Olimpia estava disposto a subir mais um degrau na escada, e a sua campanha pelo bicampeonato começou diante do rival Cerro Porteño, do Vasco e do Grêmio, no grupo 5. Os resultados foram super equilibrados e as distâncias entre as equipes ao fim das seis rodadas foi se só dois pontos. Com sete, o Decano paraguaio classificou-se na liderança, acima de Cerro e Vasco. Foram três vitórias e um empate na largada.

Nas oitavas de final, o Olimpia iria enfrentar o terceiro colocado da chave 2, mas esta foi a que ficou desfalcada dos colombianos, portanto os paraguaios foram já às quartas. Contra a Universidad Católica, o clube venceu a ida em Assunção por 2 a 0 e empatou sensacionalmente a volta na Chile por 4 a 4.

Na semifinal, surgiu a chance da revanche contra o Atlético Nacional. O clima na Colômbia dominada pelo narcotráfico era tenso, e a Conmebol marcou a ida para o Nacional de Santiago, no Chile, onde o Olimpia venceu por 2 a 1. No Defensores del Chaco, o Atlético fez 3 a 2 e forçou os pênaltis. Depois de 12 cobranças, só três entraram e o Decano foi à decisão ao vencer por 2 a 1.

O Olimpia enfrentou na derradeira o Barcelona de Guayaquil, que colocou o Equador pela primeira vez em uma final após bater o uruguaio Progreso, o Emelec e o River Plate. A ida aconteceu no Defensores del Chaco, em Assunção, e o paraguaios abriram vantagem ao fazerem 2 a 0, gols de Raúl Amarilla e Adriano Samaniego. A volta foi no Monumental de Guayaquil, e o Olimpia confirmou seu segundo título com outro gol de Amarilla e o empate por 1 a 1.

A campanha do Olimpia:
12 jogos | 6 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 22 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Arquivo/ABC Color

Atlético Nacional Campeão da Libertadores 1989

Depois de 16 anos de estabilidade, a Libertadores viveu um caos em 1988 com o novo regulamento. A equação difícil de entender foi desfeita a partir de 1989. O desejo da Conmebol e das dez federações era o de ver mais times lutando pelo título nas fases agudas. Então, resolveu-se classificar ao mata-mata três equipes por grupo ao invés de duas. Assim, essas 15 poderiam juntar-se ao campeão logo nas oitavas de final e formar um chaveamento perfeito logo de cara.

Em campo, o continente veria a força dos narcodólares fazer-se presente naquele ano. Vindo da Colômbia e patrocinado por Pablo Escobar, o Atlético Nacional faturou o primeiro título sul-americano do país. Para os adversários, o sucesso só foi possível devido às ameaças e subornos a árbitros e dirigentes. O fato é que aquele time foi a base de uma das melhores seleções colombianas da história. 

No grupo 3 da primeira fase, os verdolagas fizeram uma campanha segura, com duas vitórias, três empates e uma derrota, marcando sete pontos ao todo. Na vice-liderança, ficou três pontos atrás do Millonarios e três na frente do Deportivo Quito. O Emelec foi o outro equatoriano na chave.

Nas oitavas, o Atlético enfrentou o Racing, o qual eliminou com vitória por 2 a 0 em Medellín e derrota por 2 a 1 em Avellaneda. Nas quartas, novamente contra o Millonarios, a classificação veio com 1 a 0 na ida em casa e empate por 1 a 1 na volta fora. Na semifinal, nenhum problema para eliminar o uruguaio Danubio: 0 a 0 em Montevidéu e 6 a 0 em Medellín. Só faltava mais uma etapa.

Do outro lado, o Olimpia chegava para a decisão depois de passar por Boca Juniors, Sol de América e Internacional. A primeira partida aconteceu no Defensores del Chaco, em Assunção, e terminou ruim para o clube colombiano, que perdeu por 2 a 0.

O segundo jogo foi no Atanasio Girardot em Medellín, e o Nacional precisava devolver a diferença para levar aos pênaltis, já que desde o ano anterior havia caído a regra do desempate em campo neutro. Fidel Miño e Albeiro Usuriaga foram os responsáveis pelos 2 a 0 que igualaram o confronto. Nas penalidades, René Higuita contribuiu com um gol e algumas defesas. Ao fim de 18 cobranças, o Atlético Nacional foi campeão ao vencer por 5 a 4.

A campanha do Atlético Nacional:
14 jogos | 6 vitórias | 5 empates | 3 derrotas | 21 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Atlético Nacional

Nacional Campeão da Libertadores 1988

A Libertadores mudou de regulamento em 1988. Para aumentar o número de times depois da primeira fase, a Conmebol passou a classificar dois por grupo. A quantidade total de clubes permaneceu em 21, com o campeão anterior entrando desta vez na terceira fase e os outros 20 ainda sendo divididos em cinco chaves binacionais.

A fórmula durou apenas nesta edição, por causa de uma bizarrice: o mata-mata começava com dez equipes, sobrando cinco para a fase seguinte, que se juntaram ao Peñarol. Daqui, sobravam três times para a semifinal. Então, para fechar quatro, a única solução encontrada foi puxar também melhor perdedora desta etapa de seis. Isso se revelou num problema na hora da final.

Final esta que acabou vencida pelo Nacional, na última vez que o Uruguai comemorou uma Libertadores. Antes, a equipe precisou passar pelo grupo 3 da primeira fase, contra América de Cali, Millonarios e Montevideo Wanderers. Em seis jogos, o Decano obteve três vitórias, dois empates e uma derrota, de 6 a 1 para o Millonarios, em Bogotá. Antes, o clube havia aplicado 4 a 1 no mesmo adversário colombiano. Com oito pontos, o time ficou em segundo lugar, um ponto distante do América.

Na segunda fase, o Bolso eliminou a Universidad Católica no gol fora de casa, com os empates por 1 a 1 em Santiago e por 0 a 0 em Montevidéu. Na sequência, contra o Newell's Old Boys, o Nacional avançou com empate por 1 a 1 na Argentina e vitória por 2 a 1 no Uruguai. Na semifinal, foi a vez bater o América de Cali, com vitória por 1 a 0 em casa e empate por 1 a 1 fora.

Na decisão depois de oito anos, o adversário do Nacional foi o Newell's Old Boys. Aquele mesmo, que tinha sido superado duas partidas antes. Pois foi o clube argentino o melhor perdedor da terceira fase, superando Peñarol e Oriente Petrolero. Na semi, a equipe se recuperou eliminando o San Lorenzo. A ida da final foi disputa no Gigante de Arroyito, em Rosário, e o time uruguaio não segurou a pressão, perdendo por 1 a 0.

Disposto a não passar a vergonha de perder o título para um rival que havia derrotado nas quartas, o Nacional foi com tudo para a volta, no Centenario, em Montevidéu. Com gols de Ernesto Varga, Santiago Ostolaza e Hugo De León, o Decano fez 3 a 0 e levou o tricampeonato.

A campanha do Nacional:
14 jogos | 6 vitórias | 6 empates | 2 derrotas | 17 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/El País